quinta-feira, janeiro 29, 2004

Crónicas do Quotidiano - Estacionamento moiteiro

Hoje tive a desdita de ter de estacionar em território moiteiro. Ordeiro, parei o meu carrinho enquanto esperava por uma pessoa.
Nisto, chega um condutor trintão tipicamente moiteiro.
Atravessa o jipe atrás de mim, cortando-me a saída e põe-se a olhar para fora, de oculinho escuro (estava tudo nublado e chovia) e mascando pastilha. Depois, sai da coisa, deixa as portas abertas e vai falar não sei com quem.
Fiquei a admirar a leveza da educação daquela besta.
O mundo era só dele.
Que grande balde de merda que merecia ter levado por aquelas ventas abaixo.
Não é espécime único, mas o moiteiro ao volante é um desvio da Natureza.

João Carneiro

domingo, janeiro 25, 2004

Afinando a maquinaria

Andam por aí uns pendentes a anunciar uma concentração de Tunning para dia 1 de Fevereiro junto à Escola Básica 2+3 D. Pedro II. Por estranho que pareça, tal actividade, tem o apoio da Câmara Municipal da Moita.
Ora aí temos.
Nada como apoiar uma actividade que, só para os muito distraídos e hipócritas, é que não está nos limites da legalidade.
A concentração por si só, não tem nada de ilegal.
Agora o que me parece é que o que eles fazem depois não é, e todos o sabemos.
Só que dá o apoiozinhos - e que tal um subsidiozinho - é que não.
Se calhar temos uns autarcas todos radicais (tipo Carlos Sousa, de noite, a "abrir" de mota nas estradas e atalhos da Arrábida) e não sabíamos.
Isto é o poder moiteiro em todo o seu esplendor mentecapto.

sábado, janeiro 17, 2004

sexta-feira, janeiro 16, 2004

Manifesto Anti-Titta não é correcto !

Estou profundamente indignado com o "Manifesto Anti-Titta" de autoria de "Roldão Preto", acho que são manifestações desta índole que podem comprometer desde já à partida o movimento embrionário que visa a restauração do concelho de Alhos Vedros, isto compreendendo a abrangência das duas posições chave que dinamizam este Blog: A secessão ( Divisão do actual concelho da Moita em dois, ficando Alhos Vedros e a Moita coexistindo
como concelhos independentes, posição da qual sou apologista, com a separação natural que é o rio da Moita *) e o integralismo ou
integracionismo que pretende a mudança para Alhos Vedros do poder usurpado pela Moita, em nome do centralismo e numa visão mais regionalista do tema da restauração do concelho de A.Vedros, inclusivé podendo abranger localidades vizinhas como é o caso do Lavradio, Coina e quiçá o próprio Barreiro, de que é defensor o meu caro amigo e criador deste Blog.
Estas duas ideias são aparentemente antagónicas mas não o são na realidade, porque não se põe em causa a ideia básica que é a restauração do concelho de Alhos Vedros.
Mas quando indíviduos como "Roldão Preto" apenas utilizam a critíca destrutiva e nada apresentam como alternativa ao " Status Quo" actual, a credibilidade do Blog, Alhos Vedros ao Poder, fica manchada e em nada contribui para o fortalecimento do movimento emergente para a restauração do Concelho de Alhos Vedros.
Lembro a Roldão Preto (...Curioso nome, que faz lembrar Rolão Preto, que foi o impulsionador em Portugal do Nacional-Sindicalismo na segunda década do séc. 20, e fervoroso admirador do fascismo Italiano e do Nazismo Alemão ) que os ideais radicais de extrema direita já foram à muito eleminados da face da Terra, com a derrota do Fascismo e do Nazismo e em Portugal com o
advento da gloriosa Revolução de Abril.
Mesmo que não se concorde com as ideias de Titta Mauricio, não se deve partir para a crítica destrutiva do indíviduo, mas sim para um diálogo que possa talvez encontrar mais pontos em
comum do que divergências que nos separam.
E não podemos esquecer que a Baixa da Banheira e o Vale da Amoreira terão o incontornável o direito de ter um estatuto priveligiado no futuro estatuto das freguesias a integrar, se assim os seus cidadãos o entenderem, no futuro concelho de Alhos Vedros, que posteriormente explicarei em próximas
crónicas, aqui neste Blog e também se assim for permitido, no jornal de referência O RIO.

*Quero frisar que esta idea não tem como intuito a destruição económica dum futuro concelho da Moita, independente do futuro concelho de Alhos Vedros, mas sim uma maior rentabilização dos dois futuros concelhos, isto multiplicando por dois as potencialidades da nossa região, ao invés de agora que estão divididas por dois.


Saudações Restauracionistas

Manuel Pedro

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Reacções

O nosso colaborador Manuel Pedro não gostou do manifesto abaixo e promete, para breve, rebatê-lo acesamente.

terça-feira, janeiro 13, 2004

Manifesto anti Tetta, quer dizer anti Titta (Roldão Preto)

O nosso amigo Roldão Preto aparentemente não gostou dos votos de Boas Festas do nosso leitor Titta Maurício e vai daí enviou-nos este poema de inspiração modernista/futurista:


Morra Titta, morra Pum Pum !
Que se te acabe a Tetta !
Porque és cheio da treta
Dizes que és católico
mas és é opurtunista
Dizes ser do PP,
Mas tu és é da BB !
Morra Titta, morra Pum Pum !
Depois de tantos anos de falsos comunistas
Tinha de aparecer um falso fascista.
Porque és cheio da Treta
Que se te acabe a Tetta !
Morra Titta, morra Pum Pum !
Dizes que o aborto é crime
Então devias ser preso !
Morra Titta, morra Pum Pum !

Com votos de um santo 2004, Roldão Preto

sexta-feira, janeiro 02, 2004

Cadáveres

Após breve interregno em paragens não devastadas pelo poder moiteiro, voltei à santa terrinha no novo ano para encontrar velhas chagas.
Para não ir mais longe, para quem chega da sede do poder pela Estrada Nacional, que ex-libris mais simbólico do que o cadáver das instalações fabris da Helly-Hansen ? O estado de decomposição avança, com tudo o que pode ser roubado e vandalizado a sê-lo à vista de todos. Há uns anos quando inquiri, numa sessão pública, o então PC da Moita (Presidente da Câmara, claro, uns dois lá para trás) sobre as condições da construção do 3º e 4º mamarrachos da empresa (claramente despropositados atendendo à zona envolvente), foi-me respondido com irritação que os postos de trabalho criados deviam impedir críticas do tipo das minhas. Vê-se agora os postos de trabalho que sobreviveram a um par de anos de chegada de subsídios para a construção. Nada que não se tivesse passado com a Gefa, digo, Guston, dito, Qualquer Coisa, com outro belo conjunto de barracos a entalarem a igreja e o actual verdejante parque. Mas esta é uma tradição do espírito empresarial e da visão de futuro do poder moiteiro, a de alimentarem a ganância alheia e facilitarem as falências fraudulentas, como bem se lembram quando a Igreja do Deus da Cueca Rota ainda se chamava Lander e tantos outros nomes depois. Pois, porque se Alhos Vedros tem são cadáveres das maiores estruturas fabris do concelho: veja-se o destino da Corticeira Ibérica, para além das já atrás referidas. Sorte teve a Socorquex: como já ficava em território plenamente moiteiro teve direito a passar a núcleo museológico.
Destinos...

O fim da memória

Vamos averiguar melhor, mas informa-nos fonte amiga que os restos da velha cadeia de Alhos Vedros, há tanto esquecidos, devem ter os dias dias contados num processo parecido com o do espaço onde funcionava o velho Cinema da terra.
Quando as autoridades camarárias são estúpidas e os empreiteiros as têm na mão, é o que acontece.