Estamos quase no fim e bem precisamos.
A anteceder aquilo que se adivinha ser a reedição de um debate nunca feito há uma dúzia de anos e uma disputa por sanar há tanto ou mais tempo, tivemos um confronto Alegre/Jerónimo que de pouco serviu. Quem vai votar num ou noutro por certo que não deixou de o fazer com o debate de hoje, assim como dificilmente alguém angariou muito mais votos.
No fundo, hoje apenas ficámos a saber claramente que o camarada Jerónimo é candidato porque o Secretariado mandou e que, por muitas e curtas voltas que ele dê à retórica, a sua candidatura é do famigerado Colectivo, que o sendo, apenas representa 6-8% dos portugueses votantes.
Sem colectivos à mistura e contra o seu próprio partido, Alegre vale muito mais do que isso.
Aliás, será curioso verificar se, depois das contas feitas, Alegre não valerá mais do que Jerónimo e Louçã juntos, o que nos poderia levar a pensar que estes dois últimos se quisessem, tinham tudo para impedir um eventual (mas ainda não certo) confronto Soares/Cavaco.
No fundo, Louçã e Jerónimo não se importam nada de voltar mais de uma década atrás na nossa História e reviverem, de forma requentada, por via de terceiros, um ajuste de contas eleitoral que só pode sair mal àquele a quem anadam a fazer o jeito.
Alguém os ouviu atacar Soares ?
Não.
Os alvos de Jerónimo e Louçã são Cavaco (porque é preciso achar um Papão na Direita) e Alegre (porque lhes estraga as contas e os arranjinhos).
O debate de hoje serviu ainda para reavivar o assunto da privatização da água, com que muitos por estas paragens se encresparam há um par de meses, mas que esqueceram mal ficaram a saber que a sua torneira continuaria a correr.
Enfim, Alegre esteve um pouco melhor do que em outros debates, onde foi excessivamente cinzento, mas o adversário de hoje também esteve uns furos abaixo do habitual e mais acabrunhado que anteriormente.
Ambos sabiam que este era um debate para cumprir calendário, onde nada se decidia.
Amanhã se verá se o patriarca Soares se espalha em versão pequena ou em versão mastodontica, pois por certo quererá entrar ao ataque e assim permanecer a hora toda, embora já não tenha meninges e resistência para isso.
Porque, pelo andar da carruagemn, já se percebeu que a Cavaco, para manter a vantagem, basta deixar Soares enfurecer-se e agitar-se a si mesmo.
E, conforme o espalhanço, se verá como fica o panorama destas eleições, tanto no campeonato interno da esquerda, como na questão de saber se teremos prolongamento.
AV1 (meio bocejante)
VIEIRA 2006
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E é assim que se perde um amigo :)
No fundo, concordo com a ideia do Manuel Alegre ter sido o candidato mais consensual (apesar de achar que o homem podia ter feito melhor nos "debates"), mas por obra e arte do PS, e do Socrates, o homem não se fazia à estrada. Depois de Soares ter avançado e Alegre ter ficado no vai ou fica, obrigou praticamente o Jerónimo e o Louçã a fazerem-se ao caminho.
ResponderEliminarIsto vai ser complicado. Nada é garantido.