Festival da Canção 2007

Qualquer coisa no domínio da insensatez, faz-me sempre ver o festival da Canção da RTP, é um vicío que adquiri desde a primeira edição e sem o qual não posso passar, nem que seja para dizer mal, este ano dentro da mediocridade que o caracteriza o Festival teve uma música que me ficou no ouvido e que foi a última, na Ilha dos Sonhos de Zé P. com letra e música do meu artista POP português preferido que é o grande, o imenso José Cid, com uma melodia fácil e que acho, tinha potencialidades para vencer destacado o Festival da Eurovisão, coisa de que sou também espectador bastante fiel, mas o que eu quero mesmo falar mal é da canção nº6, a que tinha uma representante do concelho da Moita, Milene Candeias e que foi amplamente divulgada na última edição do Jornal da Moita.

Acho que nunca ouvi uma coisa tão repulsiva e dessincronizada melodicamente como esta canção dos TribUrbano em nenhum outro Festival da canção. O problema não estava no Fado que a Milene Candeias cantava muito bem e com uma boa voz, o problema estava no chavalo que a interrompia continuamente aos berros e com atitudes de pseudo-rapper branquela e que destruía sem cerimónia o honesto fado que estava em fundo cantado por Milene Candeias !

Se eu estivesse lá presente, tinha ido ao palco e tinha dado um par de tabefes no cabrão do puto para ver se ele se calava e deixava a pobe moça cantar sossegada, porra que o miúdo enervou-me !

À Milene Candeias, dou-lhe o conselho de se afastar destes merdosos destes karaokistas armados em rappers e que se quiser cantar com rappers verdadeiros, cante com o Sam the Kid, por exemplo. E que por favor, por favor se afaste destas más companhias se deseja singrar na cena fadista ou mesmo no POP português.

.

Os culpados deste desatino cacafónico, são: Luís Oliveira e António Pinho e a letra desta "coisa" aqui está, para que os nossos leitores possam aceder à complexidade maluca deste fado/rap completamente demente.

As frases em vermelho são o que canta o sacana do puto.

.

Dá-me a Lua, dá-me a Lua, ai meu amor, tu dá-me a Lua.Eu bem sei que não é tua, mas se passares à minha rua,Meu amor, tu dá-me a Lua.
Podias querer ter carros ou ter ‘bling-bling’,Ou ‘tar em festas com champanhe e brindar ‘ching-ching’,

Mas afinal só queres a Lua a brilhar ‘pling-pling’,

E é por isso, minha ‘gial’, Que eu espero que o nosso amor, ah! vingue, vingue.

(Será loucura…) Mas tu sabes que não ta posso dar,

(Será mania…) Há mais amantes a desejar o luar.

(Mas serei tua algum dia…)Que seja só hoje, sem ninguém notar…

Oh ‘gial’, só tu és capaz de me desafiar.
Dá-me a Lua, dá-me a Lua, ai meu amor, tu dá-me a Lua.

Eu bem sei que não é tua, mas se passares à minha rua,

Meu amor, tu dá-me a Lua.
Se quiseres eu rapto, rapto

A Lua só pra ti e a seguir faço um pacto, pacto.

O Agir ‘tá a surgir e vai haver contacto, tacto.

É o que acontece quando o ‘dancehall’ atinge o fado:

(Será loucura…) Tu queres a Lua e eu dou-te um quarto,

(Será mania…) Tu queres a Lua e eu dou-te um quarto,

(Mas serei tua algum dia…) Se for preciso…
Dá-me a Lua, dá-me a Lua, ai meu amor, tu dá-me a Lua.

Eu bem sei que não é tua, mas se passares à minha rua,

Meu amor, tu dá-me a Lua.
(Tu queres a Lua… “dá-me a Lua”… Não te dou, não.)
Dá-me a Lua, dá-me a Lua, ai meu amor, tu dá-me a Lua.

da...sse