Antecipando o texto do nosso colaborador António da Costa sobre o fracasso do desenvolvimento de Alhos Vedros e do abandono a que é votada a freguesia em termos económicos, começamos no nosso fotoblog a divulgar a reportagem fotográfica feita a propósito.
Mais tardeseguir-se-ão imagens das carcaças industriais que estão a apodrecer por Alhos Vedros.
sábado, maio 29, 2004
terça-feira, maio 25, 2004
Ide ao fotoblog e não vos arrependereis
O nosso fotoblog está enriquecido com novas e belas imagens do interior (as águas estagnadas em forma de charcos) e do exterior (a bela ruína industrial) do grandioso Parque de Alhos Vedros.
Ide e deleitai-vos.
Ide e deleitai-vos.
segunda-feira, maio 24, 2004
Crónicas do Cótidiano - Moiteiro in the bush
Sábado ao cair da tarde.
Estrada Moita-Palmela.
Trânsito interrompido.
Reboque atravessado na estrada.
O que se passa ? O que se passa?
Nada de mais.
Apenas o que acontece todos os anos com jovens moiteiros, por ocasião das festas de Maio ou Setembro.
Muita água gaseificada (aqui são todos abstémios). Muita habilidade para a condução (aqui ninguém comprou cartas de condução com envelopinhos).
Carrinho enfiado nos arbustos em plena recta, sem mais ninguém à vista.
Boa onda.
E viva a fe’ta.
Estrada Moita-Palmela.
Trânsito interrompido.
Reboque atravessado na estrada.
O que se passa ? O que se passa?
Nada de mais.
Apenas o que acontece todos os anos com jovens moiteiros, por ocasião das festas de Maio ou Setembro.
Muita água gaseificada (aqui são todos abstémios). Muita habilidade para a condução (aqui ninguém comprou cartas de condução com envelopinhos).
Carrinho enfiado nos arbustos em plena recta, sem mais ninguém à vista.
Boa onda.
E viva a fe’ta.
sábado, maio 22, 2004
TM reage a quente
Titta Maurício parece ter percebido que não queríamos mais a sua colaboração. Não é o caso. Apenas gostaríamos que debatesse ou apresentasse ideias sobre o concelho de Alhos Vedros/Moita. Mas, aqui vai aquilo que parece ser a sua última palavra. Se não for, cá estamos nós sempre para publicar.
Pois, pois... comprendi-vos!!!
Envio um ou dois comentários após mais de mês e meio de silêncio para um blog que, no entretanto, na minha ausência,... "fervihou" de posts e comentários. Foram tantos os comentários de leitores que presumo hajam recebido queixas por excesso de uso de espaço virtual! A internet ficou engarrafada tal a colaboração enviada... mas, a vida é assim!
Esclareça-se que o alvo não são só os autores deste blog!
Fica então esta como última palavra! Agradeço que me a haja concedido! Não respondo porque seria abusar da elegância e da oportunidade encerrar um debate do qual não me arrependo de ter participado.
Daí que o comentário que enviarei como resposta ao seu comentário peço-lhe que a entenda como correspondência privada... se não se incomodar, eu não me importarei de dialogar e-epistolarmente consigo!
Quantos aos outros, neófitos (e que bem aplaudo queiram preservar...), fiquem com eles... virei cá de vez em quando... só para apreciar a produção!
Bem hajam, boa sorte e disponham sempre,
João Titta Maurício
Pois, pois... comprendi-vos!!!
Envio um ou dois comentários após mais de mês e meio de silêncio para um blog que, no entretanto, na minha ausência,... "fervihou" de posts e comentários. Foram tantos os comentários de leitores que presumo hajam recebido queixas por excesso de uso de espaço virtual! A internet ficou engarrafada tal a colaboração enviada... mas, a vida é assim!
Esclareça-se que o alvo não são só os autores deste blog!
Fica então esta como última palavra! Agradeço que me a haja concedido! Não respondo porque seria abusar da elegância e da oportunidade encerrar um debate do qual não me arrependo de ter participado.
Daí que o comentário que enviarei como resposta ao seu comentário peço-lhe que a entenda como correspondência privada... se não se incomodar, eu não me importarei de dialogar e-epistolarmente consigo!
Quantos aos outros, neófitos (e que bem aplaudo queiram preservar...), fiquem com eles... virei cá de vez em quando... só para apreciar a produção!
Bem hajam, boa sorte e disponham sempre,
João Titta Maurício
sexta-feira, maio 21, 2004
Post muito pretensioso para responder a TM
Sei que faça o que fizer, serei obrigado a dar a TM a última palavra pois, caso contrário, ele continuará sempre a desafiar-nos a paciência.
O seu último texto fez com que perdesse a vontade lhe explicar algumas coisas básicas que, no fundo, ele saberá mas que por questões de estratégia política faz por ignorar.
TM parece confundir estridência (daí aqueles textos com maiúsculas a substituir o volume da voz) com veemência. Os desafios para a arena de luta – os constantes ziguezagues acusatórios quanto à nossa e minha afinidade partidária, as provocações quanto à identidade, etc, etc – são um pouco cansativos e, por isso começam a desmotivar as respostas (será, talvez, esse um dos seus objectivos). Não é possível argumentar com quem traz as respostas feitas e camufla com o nome de questões o que são afirmações.
Para além disso, este não é um blog destinado a discutir questões de âmbito nacional ou estritamente de luta partidária. Não cabe aqui ilustrá-lo sobre as origens revolução/golpe de estado/whatever de 25 de Abril de 1974 ou da democratização portuguesa na segunda metade dos anos 70, os seus protagonistas, acções ou intenções.
Não faz parte deste blog explicar-lhe a minha cosmovisão nem endereçá-lo para textos meus em outros espaços, como faz com os seus no Diário Digital. Não sendo este blog um projecto pessoal, mas a emanação de um conjunto de vontades que se confederaram para o construir num espírito de constestação às práticas locais, não me compete dirigi-lo para o meu blog pessoal.
Talvez o faça, apenas se achar que esta discussão se começa a personalizar em excesso e que começa a obstruir os objectivos originais do blog e os meus colegas (o Roldão Preto já não quer ouvir falar em si e começam a chegar alguns mails a protestar com esta monopolização do discurso).
Por isso, ficarei por algumas notas avulsas de carácter mais letrado, para o descansar quanto ao volume e profundidade das minhas leituras nas áreas que mais o interessam.
Quanto a definições políticas, a seguir Norberto Bobbio que distingue a esquerda e a direita tendo como base a crença na (necessária) igualdade entre os homens (a esquerda professá-la-ia e agiria para a implementar, enquanto a direita estaria conformada com a desigualdade existente, tendo-a como natural), se calhar sou mesmo de direita. Aliás, cada vez que leio algo sobre as questões da igualdade – John Kekes publicou recentemente um óptimo livro sobre o assunto com o título “The Illusions of Egalitarianism” (Cornell University Press, 2003), bem como o volume editado por Tibor Machan sobre “Liberty and Equality” em 2002 na Hoover Institution Press é excelente para analisar as fronteiras entre liberdade e igualdade e o que são os erros do igualitarismo (e está disponível na net) – fico com a sensação que sou um reaccionário empedernido. No entanto, quando leio coisas como as da nossa direita actual, sinto-me logo esquerdista. Então as do actual CDS, nem se fala. A começar pelo Pires de Lima Jr., distinto porta-voz da agremiação.
Li pouco Marx, porventura. Mas acho-o um bom autor e as suas teses são extremamente interessantes para compreender o mundo até à II Guerra Mundial. A partir daí explicam muito pouco e, entre apaniguados e adversários, era melhor que se conformassem a encará-lo como um autor decisivo no seu contexto histórico. As apropriações posteriores pelo leninismo e outros “ismos” do que escreveu Marx e as suas pretensas aplicações práticas são outra coisa com a qual não me preocupo muito. O seu tempo passou.
Mas, para quem gosta do tema e seus desenvolvimentos, podem sempre ler-se obras de referência: olhe, tem o acessível “100 anos de Socialismo” de Donald Sassoon no Círculo de Leitores ou, para os afrancesados, de Michel Dreyfus “L’Europe des Socialistes” (Editions Complexe, 1991) e de Jean-François Revel o fortíssimo texto crítico do comunismo “La Grande Parade – Essai sur la survie de l’utopie socialiste” (Plon, 2000).
O meu relativo desinteresse por Marx terá muito a ver com a precoce leitura de Max Weber, autor bem mais universal nas suas análises: “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” só faz bem e depois tente achar uma edição de escritos de Weber (em Portugal é pouco e mal publicado) como os dois volumes de “Économie et Société” da Plon.
Já agora, para dar consistência à critica do marxismo enquanto filosofia da História leia “The Poverty of Historicism” de Karl Popper e, já agora, o que puder apanhar dele (“A Sociedade Aberta e os seus Inimigos” entre outros com tradução portuguesa), mas evite os pedantismos do João Carlos Espada, o apóstolo popperiano para estas terras.
A seguir, ou antes, leia (se ainda não leu) Raymond Aron em especial “Démocratie et totalitarisme” (na colecção Folio da Gallimard há uma edição recente, muito acessível para bolsos como o meu) e siga com “L’Oppium des Intellectuels” ou mesmo com “As Etapas do Pensamento Sociológico” (é grande mas há em português, o que sempre acelera a leitura).
Se quiser começar a fazer as comparações entre regimes totalitários. A Gradiva publicou um simpático livrinho em 1999 de François Furet e Ernst Nolte sobre “Fascismo e Comunismo”. Depois sobre as derivas autoritárias europeias, existe tanta coisa que nem sei o que lhe diga. Fiquemo-nos por alguns autores clássicos de centro-direita (não os mostre a historiadores ou políticos de esquerda que se torcem logo todos): de novo Ernst Nolte e “Les mouvements fascistes – L’Europe de 1919 à 1945” (é de 1969 nas foi reeditado pela Pluriel em 91 com a queda do Muro) ou Pierre Milza e “Les Fascismes” (1985 e, de novo, 1991).
Se gostar de aprofundar a análise entre as várias famílias históricas da direita que tal o volume “Fascists and Conservatives – The radical right and the establishment in 20th century Europe” editado por Martin Blinkhorn ? Penso que se lhe propuser o livro “Fascism, Past, Present and Future” de Walter Laqueur (Oxford Univ. Press, 1996) poderá sentir-se ofendido, mas não é essa a ideia.
Depois, para compreender melhor o que considero ser um debate de ideias e quais as causas do seu desaparecimento quase completo, nada como revisitar o muito conservador “The House of Intellect” de Jacques Barzun (1959, mas reeditado em 2002 nos Perenial Classics). Autor académico mais conservador, mas delicioso, é quase impossível.
Para perceber o prazer da leitura e apreciar o estilo de um escritor, mesmo quando não gosta dele, tem disponível “A Experiência de Ler” de C. S. Lewis (outro bem conservador) na lusa Âmbar.
E para melhor perceber os efeitos perniciosos da estupidez humana, é inultrapassável o artigo sobre as leis fundamentais da estupidez humana no voluminho “Allegro ma non troppo” de Carlo Cipolla (de caminho apanhe o “Comment voyager avec un saumon” de Umberto Eco, embora este já fuja um bocado para a esquerda)..
Para acabar com o caso português, depois da tareia que deu em Freitas do Amaral fiquei limitado nas propostas. Grande parte do que li deve ser para si propaganda do PC e amigos.
Com receio, atiro para o ar um livro sobre “A Teoria da Democracia e as Realidades da Europa do Sul” de Nancy Bermeo (Difel, 2000) para enquadramento.
Sei lá. O quê mais ? Um Manuel Braga da Cruz ser-lhe-á agradável ? “O Partido e o Estado no Salazarismo” ajudará a compreender os antecedentes do 25 de Abril ?
Ou só aceita mesmo Jaime Nogueira Pinto, detestável como é ao vivo, mesmo se intelectualmente acutilante ? “A Direita e as Direitas” (Difel, 1996) é bem razoável.
Como o homem andou pelas águas da AD, ouso sugerir o “Ensaio Histórico sobre a Revolução do 25 de Abril – O período Pré-Constitucional” do Medeiros Ferreira (o meu volume até está autografado, veja lá), mas renego tudo o que é livro da malta do Bloco de Esquerda e afiliados. Antes fascistas que sociais-fascistas, digam lá o que disserem, sempre é menos uma palavra.
Sobre os excessos de direita, “A Invasão Spinolista” de Eduardo Dâmaso ganhou um prémio de reportagem do Círculo de Leitores, mas acho que o tipo é lá pr’ás esquerdas.
E, pois é, reflexões de direita sobre o 25/A são um bocado escassas, para além de alguns testemunhos pessoais. Teorizações não são muitas. Vá-se lá saber porquê.
Não sei, mas acho que o Costa Pinto (grande promotor do “Abril é Evolução”) tem andado a bandear-se para a direita e até escreve benzinho, mas não chega a estas datas.
Mesmo para acabar, porque isto como que está a ficar pretensioso de mais, mas foi TM que pediu as referências, um último comentário sobre VPV. Quem escreveu o que escreveu foi TM, eu apenas disse que o homem bebia água. O passo em falso não foi meu. Cada um sabe do que sabe.
Mas, confesso, desde o volume “Tentar perceber” do início dos anos 80 e das crónicas até meados dessa década que não vejo que o homem esteja muito focado. Primeiro no Independente, depois na saudosa K e por fim no DN o indivíduo tem vindo a resvalar para o desvario e mera impercação contra quase tudo e todos. Com o António Barreto, que também acha que merecia um destino maior do que o que teve, fazem um belo par de velhotes dos Marretas, só que com menos graça e mais ressabiamento. Sempre achei que antifascistas tardo-juvenis dos anos 60 que acabam em Oxford a doutorar-se não combinam bem com o meu modo de vida (referência implícita à crónica autobiográfica que VPV deixou para a posteridade a páginas 135-138 da K nº 4 de Janeiro de 91).
E, mesmo para acabar, não critique o Freitas por ter colaborado com o Marcello (ou por apagar essa memória), pois até VPV escreveu que “vinte anos depois os valores de Marcello não se distinguem da actual ortodoxia política do poder” (VPV, “Marcello, as desventuras da razão” in K, nº 2, p. 162). Ele escrevia então a meio do consulado do Cavaco mas, verdade seja dita, se calhar agora escreveria o mesmo.
O seu último texto fez com que perdesse a vontade lhe explicar algumas coisas básicas que, no fundo, ele saberá mas que por questões de estratégia política faz por ignorar.
TM parece confundir estridência (daí aqueles textos com maiúsculas a substituir o volume da voz) com veemência. Os desafios para a arena de luta – os constantes ziguezagues acusatórios quanto à nossa e minha afinidade partidária, as provocações quanto à identidade, etc, etc – são um pouco cansativos e, por isso começam a desmotivar as respostas (será, talvez, esse um dos seus objectivos). Não é possível argumentar com quem traz as respostas feitas e camufla com o nome de questões o que são afirmações.
Para além disso, este não é um blog destinado a discutir questões de âmbito nacional ou estritamente de luta partidária. Não cabe aqui ilustrá-lo sobre as origens revolução/golpe de estado/whatever de 25 de Abril de 1974 ou da democratização portuguesa na segunda metade dos anos 70, os seus protagonistas, acções ou intenções.
Não faz parte deste blog explicar-lhe a minha cosmovisão nem endereçá-lo para textos meus em outros espaços, como faz com os seus no Diário Digital. Não sendo este blog um projecto pessoal, mas a emanação de um conjunto de vontades que se confederaram para o construir num espírito de constestação às práticas locais, não me compete dirigi-lo para o meu blog pessoal.
Talvez o faça, apenas se achar que esta discussão se começa a personalizar em excesso e que começa a obstruir os objectivos originais do blog e os meus colegas (o Roldão Preto já não quer ouvir falar em si e começam a chegar alguns mails a protestar com esta monopolização do discurso).
Por isso, ficarei por algumas notas avulsas de carácter mais letrado, para o descansar quanto ao volume e profundidade das minhas leituras nas áreas que mais o interessam.
Quanto a definições políticas, a seguir Norberto Bobbio que distingue a esquerda e a direita tendo como base a crença na (necessária) igualdade entre os homens (a esquerda professá-la-ia e agiria para a implementar, enquanto a direita estaria conformada com a desigualdade existente, tendo-a como natural), se calhar sou mesmo de direita. Aliás, cada vez que leio algo sobre as questões da igualdade – John Kekes publicou recentemente um óptimo livro sobre o assunto com o título “The Illusions of Egalitarianism” (Cornell University Press, 2003), bem como o volume editado por Tibor Machan sobre “Liberty and Equality” em 2002 na Hoover Institution Press é excelente para analisar as fronteiras entre liberdade e igualdade e o que são os erros do igualitarismo (e está disponível na net) – fico com a sensação que sou um reaccionário empedernido. No entanto, quando leio coisas como as da nossa direita actual, sinto-me logo esquerdista. Então as do actual CDS, nem se fala. A começar pelo Pires de Lima Jr., distinto porta-voz da agremiação.
Li pouco Marx, porventura. Mas acho-o um bom autor e as suas teses são extremamente interessantes para compreender o mundo até à II Guerra Mundial. A partir daí explicam muito pouco e, entre apaniguados e adversários, era melhor que se conformassem a encará-lo como um autor decisivo no seu contexto histórico. As apropriações posteriores pelo leninismo e outros “ismos” do que escreveu Marx e as suas pretensas aplicações práticas são outra coisa com a qual não me preocupo muito. O seu tempo passou.
Mas, para quem gosta do tema e seus desenvolvimentos, podem sempre ler-se obras de referência: olhe, tem o acessível “100 anos de Socialismo” de Donald Sassoon no Círculo de Leitores ou, para os afrancesados, de Michel Dreyfus “L’Europe des Socialistes” (Editions Complexe, 1991) e de Jean-François Revel o fortíssimo texto crítico do comunismo “La Grande Parade – Essai sur la survie de l’utopie socialiste” (Plon, 2000).
O meu relativo desinteresse por Marx terá muito a ver com a precoce leitura de Max Weber, autor bem mais universal nas suas análises: “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” só faz bem e depois tente achar uma edição de escritos de Weber (em Portugal é pouco e mal publicado) como os dois volumes de “Économie et Société” da Plon.
Já agora, para dar consistência à critica do marxismo enquanto filosofia da História leia “The Poverty of Historicism” de Karl Popper e, já agora, o que puder apanhar dele (“A Sociedade Aberta e os seus Inimigos” entre outros com tradução portuguesa), mas evite os pedantismos do João Carlos Espada, o apóstolo popperiano para estas terras.
A seguir, ou antes, leia (se ainda não leu) Raymond Aron em especial “Démocratie et totalitarisme” (na colecção Folio da Gallimard há uma edição recente, muito acessível para bolsos como o meu) e siga com “L’Oppium des Intellectuels” ou mesmo com “As Etapas do Pensamento Sociológico” (é grande mas há em português, o que sempre acelera a leitura).
Se quiser começar a fazer as comparações entre regimes totalitários. A Gradiva publicou um simpático livrinho em 1999 de François Furet e Ernst Nolte sobre “Fascismo e Comunismo”. Depois sobre as derivas autoritárias europeias, existe tanta coisa que nem sei o que lhe diga. Fiquemo-nos por alguns autores clássicos de centro-direita (não os mostre a historiadores ou políticos de esquerda que se torcem logo todos): de novo Ernst Nolte e “Les mouvements fascistes – L’Europe de 1919 à 1945” (é de 1969 nas foi reeditado pela Pluriel em 91 com a queda do Muro) ou Pierre Milza e “Les Fascismes” (1985 e, de novo, 1991).
Se gostar de aprofundar a análise entre as várias famílias históricas da direita que tal o volume “Fascists and Conservatives – The radical right and the establishment in 20th century Europe” editado por Martin Blinkhorn ? Penso que se lhe propuser o livro “Fascism, Past, Present and Future” de Walter Laqueur (Oxford Univ. Press, 1996) poderá sentir-se ofendido, mas não é essa a ideia.
Depois, para compreender melhor o que considero ser um debate de ideias e quais as causas do seu desaparecimento quase completo, nada como revisitar o muito conservador “The House of Intellect” de Jacques Barzun (1959, mas reeditado em 2002 nos Perenial Classics). Autor académico mais conservador, mas delicioso, é quase impossível.
Para perceber o prazer da leitura e apreciar o estilo de um escritor, mesmo quando não gosta dele, tem disponível “A Experiência de Ler” de C. S. Lewis (outro bem conservador) na lusa Âmbar.
E para melhor perceber os efeitos perniciosos da estupidez humana, é inultrapassável o artigo sobre as leis fundamentais da estupidez humana no voluminho “Allegro ma non troppo” de Carlo Cipolla (de caminho apanhe o “Comment voyager avec un saumon” de Umberto Eco, embora este já fuja um bocado para a esquerda)..
Para acabar com o caso português, depois da tareia que deu em Freitas do Amaral fiquei limitado nas propostas. Grande parte do que li deve ser para si propaganda do PC e amigos.
Com receio, atiro para o ar um livro sobre “A Teoria da Democracia e as Realidades da Europa do Sul” de Nancy Bermeo (Difel, 2000) para enquadramento.
Sei lá. O quê mais ? Um Manuel Braga da Cruz ser-lhe-á agradável ? “O Partido e o Estado no Salazarismo” ajudará a compreender os antecedentes do 25 de Abril ?
Ou só aceita mesmo Jaime Nogueira Pinto, detestável como é ao vivo, mesmo se intelectualmente acutilante ? “A Direita e as Direitas” (Difel, 1996) é bem razoável.
Como o homem andou pelas águas da AD, ouso sugerir o “Ensaio Histórico sobre a Revolução do 25 de Abril – O período Pré-Constitucional” do Medeiros Ferreira (o meu volume até está autografado, veja lá), mas renego tudo o que é livro da malta do Bloco de Esquerda e afiliados. Antes fascistas que sociais-fascistas, digam lá o que disserem, sempre é menos uma palavra.
Sobre os excessos de direita, “A Invasão Spinolista” de Eduardo Dâmaso ganhou um prémio de reportagem do Círculo de Leitores, mas acho que o tipo é lá pr’ás esquerdas.
E, pois é, reflexões de direita sobre o 25/A são um bocado escassas, para além de alguns testemunhos pessoais. Teorizações não são muitas. Vá-se lá saber porquê.
Não sei, mas acho que o Costa Pinto (grande promotor do “Abril é Evolução”) tem andado a bandear-se para a direita e até escreve benzinho, mas não chega a estas datas.
Mesmo para acabar, porque isto como que está a ficar pretensioso de mais, mas foi TM que pediu as referências, um último comentário sobre VPV. Quem escreveu o que escreveu foi TM, eu apenas disse que o homem bebia água. O passo em falso não foi meu. Cada um sabe do que sabe.
Mas, confesso, desde o volume “Tentar perceber” do início dos anos 80 e das crónicas até meados dessa década que não vejo que o homem esteja muito focado. Primeiro no Independente, depois na saudosa K e por fim no DN o indivíduo tem vindo a resvalar para o desvario e mera impercação contra quase tudo e todos. Com o António Barreto, que também acha que merecia um destino maior do que o que teve, fazem um belo par de velhotes dos Marretas, só que com menos graça e mais ressabiamento. Sempre achei que antifascistas tardo-juvenis dos anos 60 que acabam em Oxford a doutorar-se não combinam bem com o meu modo de vida (referência implícita à crónica autobiográfica que VPV deixou para a posteridade a páginas 135-138 da K nº 4 de Janeiro de 91).
E, mesmo para acabar, não critique o Freitas por ter colaborado com o Marcello (ou por apagar essa memória), pois até VPV escreveu que “vinte anos depois os valores de Marcello não se distinguem da actual ortodoxia política do poder” (VPV, “Marcello, as desventuras da razão” in K, nº 2, p. 162). Ele escrevia então a meio do consulado do Cavaco mas, verdade seja dita, se calhar agora escreveria o mesmo.
Começam as críticas
Eu tinha avisado. Alguns leitores começam a chatear-se com o rumo que isto toma. Ora vejam:
«Leio com curiosidade o vosso blog. Não percebo o que pretendem a sério, mas por vezes tem graça. Ultimamente parece que tudo se resume a discussões com um leitor.
São assuntos que não revelam interesse para as pretensões que declaram. Quando é que acabam com essas trocas de impressões. Porque é que não vão para o cafe discutir ?
Ficávamos todos a ganhar.
Luis Miguel Ferreira»
«Leio com curiosidade o vosso blog. Não percebo o que pretendem a sério, mas por vezes tem graça. Ultimamente parece que tudo se resume a discussões com um leitor.
São assuntos que não revelam interesse para as pretensões que declaram. Quando é que acabam com essas trocas de impressões. Porque é que não vão para o cafe discutir ?
Ficávamos todos a ganhar.
Luis Miguel Ferreira»
quinta-feira, maio 20, 2004
Só mais uma coisinha, ou duas...
Ainda voltando a uns posts atrás, por causa do nosso leitor Titta Maurício.
Ó TM, desta vez nem explicando que desta vez ia começar pelos comentários que, “embora irrelevantes, são impossíveis de evitar”. Caramba, você gosta da confusão.
PSN. Partido Humanista. Partido da Gente. And so on, and so on (POUS, LCT, OCMLP – do Pacheco quando era ainda mais esquerdista do que é, AOC...).
E quanto ao imposto taurino ? Isso sim são assuntos sérios.
Eurídice. Pronto. Acho que é assim. Consegui escrever.
Outra coisa. Mesmo para acabar. Bacalhau é bom. Mim gostar.
Ó TM, desta vez nem explicando que desta vez ia começar pelos comentários que, “embora irrelevantes, são impossíveis de evitar”. Caramba, você gosta da confusão.
PSN. Partido Humanista. Partido da Gente. And so on, and so on (POUS, LCT, OCMLP – do Pacheco quando era ainda mais esquerdista do que é, AOC...).
E quanto ao imposto taurino ? Isso sim são assuntos sérios.
Eurídice. Pronto. Acho que é assim. Consegui escrever.
Outra coisa. Mesmo para acabar. Bacalhau é bom. Mim gostar.
Desenvolvimento ? O que é isso ?
Em textos que se seguirão, irei procurar analisar com a atenção possível de que forma Alhos Vedros e a sua freguesia têm sido repetidamente negligenciados em termos de desenvolvimento, económico, urbanístico, social, etc.
Se procurarmos identificar os traços definidores do espaço, das gentes e das actividades de Alhos Vedros encontramos a face ribeirinha e o mundo rural mais tradicionais, bem como a mais recente tendência industrial (a cortiça durante grande parte do século passado e, mais tarde, os têxteis num surto terceiro-mundista nas últimas décadas).
A situação de todos estes aspectos, nos tempos que correm, é de profunda degradação.
A zona ribeirinha há muito foi deixada ao abandono, ao lixo e a esporádicas iniciativas individuais (as salinas desapareceram, mesmo como curiosidade patrimonial). O espaço rural, com as suas outrora numerosas quintas, foi retalhado a gosto por interesses urbanísticos ou foi-se desertificando com a morte dos antigos e o desinteresse dos novos (há vereadores que falam muito do declínio da agricultura nacional mas têm as calças rotas quanto ao assunto). Por fim, a industrialização com base na cortiça foi-se dissipando com a perda da importância da matéria-prima para as nossas exportações, sendo sustituída por um fogacho de indústria têxtil com todos os defeitos do vale do Ave e nenhuma das suas qualidades, deixando a nu a ganância dos empresários e a falta de visão – para não dizer a subserviência – do poder político local. Hoje, em Alhos Vedros, as antigas estruturas corticeiras estão praticamente todas em ruínas e o mesmo se vai passando com as têxteis.
Será sobre a tristeza que nos causa tudo isto que iremos falando ao longo do tempo, mostrando em imagens (no fotoblog “AvedrosVisual”) do que falamos, para que as evidências não permitam os desmentidos de quem não vê porque, pior do que não ver, não olha.
António da Costa, 20 de Maio de 2004
Se procurarmos identificar os traços definidores do espaço, das gentes e das actividades de Alhos Vedros encontramos a face ribeirinha e o mundo rural mais tradicionais, bem como a mais recente tendência industrial (a cortiça durante grande parte do século passado e, mais tarde, os têxteis num surto terceiro-mundista nas últimas décadas).
A situação de todos estes aspectos, nos tempos que correm, é de profunda degradação.
A zona ribeirinha há muito foi deixada ao abandono, ao lixo e a esporádicas iniciativas individuais (as salinas desapareceram, mesmo como curiosidade patrimonial). O espaço rural, com as suas outrora numerosas quintas, foi retalhado a gosto por interesses urbanísticos ou foi-se desertificando com a morte dos antigos e o desinteresse dos novos (há vereadores que falam muito do declínio da agricultura nacional mas têm as calças rotas quanto ao assunto). Por fim, a industrialização com base na cortiça foi-se dissipando com a perda da importância da matéria-prima para as nossas exportações, sendo sustituída por um fogacho de indústria têxtil com todos os defeitos do vale do Ave e nenhuma das suas qualidades, deixando a nu a ganância dos empresários e a falta de visão – para não dizer a subserviência – do poder político local. Hoje, em Alhos Vedros, as antigas estruturas corticeiras estão praticamente todas em ruínas e o mesmo se vai passando com as têxteis.
Será sobre a tristeza que nos causa tudo isto que iremos falando ao longo do tempo, mostrando em imagens (no fotoblog “AvedrosVisual”) do que falamos, para que as evidências não permitam os desmentidos de quem não vê porque, pior do que não ver, não olha.
António da Costa, 20 de Maio de 2004
A cada um a escolha do que interessa
Através de diversas fontes, sabemos que o texto do nosso colaborador Manuel Pedro, divulgado primeiro neste blog e depois no jornal O Rio, suscitou grande polémica e, muito em especial, grande apoio nas reacções chegadas à redacção daquele periódico. Infelizmente, alguns números depois, a avaliar pelas suas últimas edições, nada parece ter acontecido.
Será que, perante a fraqueza das reacções adversas (pelos vistos, sendo necessário encomendá-las), fica mal demonstrar como a temática taurina está longe de ser um traço de união do concelho e muito mais um pretexto para algumas camadas se promoverem, com base no seu poder económico e influência política ?
Ficamos na expectativa.
Com sorte, e a avaliar pelo que vimos nas últimas edições, lá teremos de noivo o Luís Carlos a perorar pela enésima vez sobre o Agostinho da Silva (já não há pachorra, deixa lá o homem transmigrar em paz!!!), o Vitor Barros a escrever – pelo menos, admitindo o quase plágio – sobre o que dificilmente percebe, o jovem Hélder Pinhão dissertar sobre não sei exactamente o quê do concelho ou a juvenil Inês perguntar ao vento tudo aquilo que só a juventude pergunta com tanta ingenuidade e lirismo de subúrbio. Isto para não falar daquele rapaz que fala da necessidade dos “diestros” moiteiros (com aqueles nomes assim meio bichosos como Parrita) irem trabalhar para Espanha para conseguirem sobreviver. Cá por nós, não eram só eles que deviam ir, mas isso será outra “converseta”, como escreve outro dilecto colunista.
Será que, perante a fraqueza das reacções adversas (pelos vistos, sendo necessário encomendá-las), fica mal demonstrar como a temática taurina está longe de ser um traço de união do concelho e muito mais um pretexto para algumas camadas se promoverem, com base no seu poder económico e influência política ?
Ficamos na expectativa.
Com sorte, e a avaliar pelo que vimos nas últimas edições, lá teremos de noivo o Luís Carlos a perorar pela enésima vez sobre o Agostinho da Silva (já não há pachorra, deixa lá o homem transmigrar em paz!!!), o Vitor Barros a escrever – pelo menos, admitindo o quase plágio – sobre o que dificilmente percebe, o jovem Hélder Pinhão dissertar sobre não sei exactamente o quê do concelho ou a juvenil Inês perguntar ao vento tudo aquilo que só a juventude pergunta com tanta ingenuidade e lirismo de subúrbio. Isto para não falar daquele rapaz que fala da necessidade dos “diestros” moiteiros (com aqueles nomes assim meio bichosos como Parrita) irem trabalhar para Espanha para conseguirem sobreviver. Cá por nós, não eram só eles que deviam ir, mas isso será outra “converseta”, como escreve outro dilecto colunista.
Ó c'um caraças
TM volta responder-nos, desta vez tão depressa que nem houve tempo de fazer o segundo texto de resposta (aquele com os argumentos sérios de que ele gosta e com muitas referências literárias).
Quem tem razão é o Manuel Pedro, o homem está apaixonado por nós ou, arre, mesmo por mim. Acho que nunca ninguém lhe tinha estimulado assim os neurónios.
Mas, prontossss. Cá vai.
O que se pode dizer ? Espaireça. Vá ver o nosso fotoblog.
Meu grande amigo Paulo,
Folgo em saber que vê bons filmes... rogo a Deus que deles tenha retirado proveito. E que se não compreendeu o setido da mensagem de Redenção que Cristo nos veio anunciar, pelo menos deixou algumas sementes. Parece muito mais tolerante... ácido como sempre... mas tolerante! Quanto à apatia do Deus feito Homem durante a Paixão... não se espante: há muitos homens que muito suportaram, suportam e suportarão em ordem às suas convicções! E as de Cristo são as maiores... ele que é Caminho, Verdade e Vida!
Mas isto é outra questão... e não quero abrir uma nova frente!
À não resposta à primeira parte do meu comentário apenas posso manifestar o meu pesar... e tanto trabalhinho que me deu... e depois eu é que sou mau!
Quantos ao seus comentários:
a) tem piada... mas não pensei nesse trocadilho. Mas, "prontos", teve a sua piada!
b) não é do PS. Nem eu o disse. Mas não deixo de ficar aliviado (sem trocadilhos, please...) pelo facto: agora já só falta negar que é do PPD/PSD, PCP, PEV, a variante "renovadores", BE, PCTP-MRPP, POUS, PRP-BR, FEC-ML, Política XXI, PC(R), PC(M-L), PNR, MIRN, PDC, FN (eh pá... não me lembro de mais)... e fico à sua espera para preencher a ficha de militante do CDS-PP!
c) porém não tenho muita esperança... tão lesto e claro foi na negação à pretensa pertença ao "bando" socialista... e tão cuidadoso quanto ao "comunas"... apenas deixe claro que, a admiti-lo se excluí daqueles que o envergonham pelos seus vis actos (os «torturadores de criancinhas e simpatizantes de choques eléctricos»)... desses não é, já percebi!
d) parabenizo-o pelo resultado obtido no teste de QI... só é pena que não lhe permita soletrar o nome da Senhora chefe dos "xuxalistas" moiteiros (é assim que dizem, não é?!?). Mas, cada um nasce p'ró que nasce... essa é que é essa!
e) leu pouco do Marx... bom aqui divido-me. Por um lado, saúdo uma mente vazia... mas não poluída! Por outro lado, lamento a mente vazia... porque tais leituras poderiam ter vacinado! Diga-me ao menos que a leitura do "Manifesto..." operou em si o milagre da rejeição... e não lhe deu ideias de que a leitura de demagógicos panfletos p'ra entreter chegava para conhecer tais quejandas ideias!
f) quanto ao modo como me refiro, por escrito, aos ministros... sempre o fiz como manda o protocolo... os bajuladores lá dirão "Sua Excelência, o Ministro...". Isso era no tempo da "outra Senhora" (reparou? Com maísculas...). O meu modelo é anglo-saxónico e até prefiro tratá-los sem títulos académicos ou profissionais! Já agora, não sei se reparou, mas partido também escrevo com minúsculas! Com maísculas só os nomes próprios, as designações oficiais de instituições e substantivos como Povo, Portugal, Portugueses, Nação, etc... Não sei se concorda?
g) Quanto ao que ele escrevia como colunista e director do Indy... algumas pessoas deviam saber que ou não escrevem certas coisas ou então não deviam ir para ministros. Mas acho que ele se deu bem com ambos... foi a sua opção. Mas muitas vezes o que se diz a título de opinião (onde o desejo se confunde com a palavra) com o que se pode dizer e fazer quando não liberto de responsabilidades governativas... O mal de Paulo Portas foi ter tido tanto sucesso com o que escreveu... e ter feito tantos "amigos" à conta dessas prosas! Amigos cheios de memória e raivinhas incontroladas! Porém, cada um deita-se na cama que faz... e suporta os danos por ter tido opinião... Engraçado é aqueles que nunca ousaram publicar a sua verdadeira opinião e são meras "Marias-vão-com-as-outras"... alguns defende-nos. Não vejo porquê... apesar de suspeitar para quê!
h) ninguém se queixou do "tacho" da Dra. Maria de Jesus. O que não suporto é que quem teve "tacho" à custa do partido se queixe quando outros partidos entendem que o lugar será melhor desempenhado por seus militantes. Repito: não gosto de "tachos"; compreendo quem por eles faça a sua vida político-partidária; só não percebo é que essas pessoas usem desses métodos para entrar e depois, quais "virgens-talvez-já-só-nas-orelhas", se queixem quando provam do mesmo remédio...
i) a Dra. Maria José Nogueira Pinto... parece que, ao contrário da Dra. Maria de Jesus,... tem feito carreira na área... assim como o Dr. José Luís Nogueira de Brito (que havia sido vogal da direcção da CV... a convite da Dra. Maria de Jesus!). Mas que são belos "tachos", ah isso são! Mas ficam bem melhor quando são ocupados pelos nossos... é a minha opinião! Mas isso sou eu a falar... e eu sou sectário.
j) quanto à Sra. Paulo Portas... presumindo que o Paulo (o do blog) é homem, julgo, por isso, que não se está a habilitar para o cargo? Ou será para alguma sua conhecida... uma que nutra pelo ministro de Estado e da Defesa alguma paixão "assolapada"?!? De qualquer modo, não podia ser útil... sou militante do partido e não tenho a meu cargo o pelouro da "alcoviteirice"... sem ofensa!
k) quanto ao rigor... aqui, desculpe, está a usar de desonestidade académica: eu não disse que o discurso político é desprovido de rigor! Repetindo o texto do seu post: «Então não é que TM, que nos critica pela nossa linguagem, usa expressões como "cobardes", "bárbaros", "canalhas" a propósito daqueles que encara comos seus adversários políticos. A adjectivação é colorida mas o rigor analítico fica curto, mesmo que tenha muita razão por trás». A minha resposta foi: «Quarto, o rigor analítico. O texto é político e não académico! Mas será que quando um texto (mesmo académico que seja) se refere ao nazismo... é rigor analítico dizer "a barbárie nazi"? Resposta: SIM! ASSIM COMO O COMUNISMO!!!»
Descodificando: o que eu disse é que o rigor (na sustentação e demonstração) num texto académico é mais exigente (nomedamente pela necessidade de identificação mais precisa das fonte e pela necessidade de as confrontar todas...). Um texto político, pelo público a que se destina, pelo tipo de mensagem e pelo objectivo a que se destina é muito menos exigente. Tente ler um texto de tese de doutoramento como um texto político e veja os seus leitores ou apoiantes a cairem que nem moscas... mortos de tédio! Modéstia à parte... bem tento que os meus textos sejam intelectualmente honestos e explicativos. A resposta dos leitores foi... "escreve p'ra gente ler e deixa-te de presunções intelectualóides"!
Além disso, como a sua objecção estava na adjectivação ("cobardes", "bárbaros", "canalhas!) eu limitei-me a notar que, mesmo em textos académicos, há sistemas políticos que são adjectivados do mesmo modo... citei o exemplo da "barbárie nazi"!
Compreendido?!?
Eu não escrevo o que me vem à cabeça... isso é coisa para quem o pode fazer... acolitado por detrás do conforto proporcionado pelo anonimato de um nick! Eu leio, estudo, reflicto, depois escrevo, publico, dou a cara, e coloco-me à disposição da publicidade crítica... e a única resposta tem sido insultos... e "brincadeiras"! Sendo justo: também tenho tido muito interessantes diálogos epistulares com militantes comunistas e socialistas. Umas vezes eles aprendem com as informações que eu forneço... outras eu com as deles! Conversas entre homens sérios, tolerantes e intelectualmente honestos!
l) Acha que escrevo mal... Será por causa de alguns erros ortográficos? Fraca argumentação! Não gosta do estilo? Eu também não gosto do do Saramago... e ele ganhou um prémio Nobel! As ideias não são correctas... porquê? Porque, em relação a si, li mais e diferentes livros?!? Quanto às argumentações serem fracas... engraçado, nunca você as tentou rebater... limitando-se a entrar por "brincadeiras" (assim as gosta de classificar) onde o seu alvo não são as ideias mas a pessoa! Fraca técnica para quem julga tudo saber... Sempre cuidei de saber porque será que aqueles que se gabam de não ler e de não ter estudado, se julgam mais sabedores do que aquele que confessa ignorar?!? Os meus argumentos são fracos mas os seus são mais "profundos" e "substanciais": diz que «TM incorre em vários equívocos» (mas não diz quais, nem os corrige... menos pontos para o seu afamado rigor); pretende usar de elevação... mas de vez em quando... a escrita resvala no ataque pessoal: «O resto do texto é um descabelado arrazoado anti-comunista, como já não líamos há muito tempo» (posição que denota uma profundidade e esclarecimento que extasiariam o melhor dos académicos e o mais inspirados dos poetas!!!). Não serve de nada (pelo menos comigo) essas suas afirmações de fé: rebata a argumentação sem atacar o sujeito; esclareça e não tente usar de linguagem de "cassete pirata" para criar nuvens de fumo para tentar obnibular as ideias.
Argumente, não fuja!
Debata, não insulte!!
Rebata, não agrida!!!
m) quanto ao que acredita que sou... lamento informar mas sou sócio do Sporting Clube de Portugal e do GD Fabril do Barreiro!
n) competência profissional...
o) tolerância... quem a tem chama-lhe sua!
Será que não sou tolerante quando respondo às bocas tuas?!?
Aguardo com esperança por um texto rigoroso, com argumentos que ataquem argumentos, com factos (e indicação das fontes a que recorreu) e não com demagogia de cassete (nem CD, nem DVD, ou outros meios de reproduzir argumentos aprendidos "de ouvido"...)!
Se não fôr pedir muito...
Só mais umas coisinhas:
1. Nunca afirmei que Sanches Osório fosse «um farol do rigor histórico e do amor à democracia». Essas são palavras suas. Limitei-me a ler um livro que ele excreveu, a nele constatar perplexidades (que contradiziam os factos que são repetidamente colocadas nos "media" portugueses) e a colocar questões... Tenho pena que elas incomodem! Só o deveriam fazer a quem disso tem consciência pouco segura!
2. Quanto ao Prof. Freitas do Amaral. Compreendo o incómodo que lhe causou a parceria com o PDC... ainda que ele não nos haja esclarecido sobre os sentimentos que lhe causaram ser eleito com votos de eleitores do PDC! Por outro lado, sabendo-se (e é ele que o conta) que o CDS foi fundado a pedido do Conselho da Revolução, recordando-nos da missiva dirigida ao "Companheiro Vasco" (que cobria de encómios e onde tecia louvores à revolução e às nacionalizações...), ao modo cobarde como tenta fazer a "limpeza" do seu passado ao lado de Marcelo Caetano (e do servilismo que lhe devotou) e à traição a que votou aqueles que o elegeram ao desdizer hoje aquilo que bradou para lhes procurar o voto... até aos finais do anos 90, nunca o Prof. Freitas do Amaral se afirmou com rigorosamente ao centro... calou as suas desinteligências com o eleitorado e os dirigentes do CDS... para lhes sacar o voto! Porém, o elogio que lhe faz (tornando-o fonte credível de direita) duvido que ele lhe agradeça... não agora, pois ele está... rigorosamente ao centro! Ao resto ele nunca pertenceu, não conhece, nem ninguém o apresentou!
3. Nunca disse que não houve o ELP ou o MDLP. Nem sequer que eles não foram autores de actos bombistas. Só não percebo porque é que os que lutaram contra o comunismo e pela Liberdade... não merecem uma "medalhinha"... mas também, com tais companhias! Se quer a minha opinião, quem luta contra a Democracia nunca deveria receber uma medalha da Liberdade! Como vê não sou selectivo... essa é mais doença que lastimo o meu amigo padecer! Selectivo seria se eu reclamasse a "medalhinha" para os que citou e não para a "bombista" que referiu. Ora eu apenas disse que ela não a merecia! Mas, "prontos", sou eu que sou tendencioso, faccioso e sofro de "tendencionite aguda"...
Com argumentos desses... rapidamente aprendo o significado de elevação e rigor argumentativos... coisa que muito bem decorre do seu argumento final...o VPV não tem razão... porque alguém espalhou o (conveniente) boato de que ele é bêbado! Só espero que a sua (Paulo) sobriedade permanente lhe permita sequer tentar perceber o que ele diz... porque, uma vez mais, argumentar que é sério... ficou-se apenas pelas intenções!
É a elevação e o rigor no seu expoente! São técnicas... ou tácticas de esclarecimento!
Como diria o outro, «Pois, pois... compreendi-te»!
Post scriptum - se erros de ortografia houver... deixe lá: para quem é, bacalhau basta!
João Titta Maurício (isto fomos nós que acrescentámos, que é para não haver confusões)
Quem tem razão é o Manuel Pedro, o homem está apaixonado por nós ou, arre, mesmo por mim. Acho que nunca ninguém lhe tinha estimulado assim os neurónios.
Mas, prontossss. Cá vai.
O que se pode dizer ? Espaireça. Vá ver o nosso fotoblog.
Meu grande amigo Paulo,
Folgo em saber que vê bons filmes... rogo a Deus que deles tenha retirado proveito. E que se não compreendeu o setido da mensagem de Redenção que Cristo nos veio anunciar, pelo menos deixou algumas sementes. Parece muito mais tolerante... ácido como sempre... mas tolerante! Quanto à apatia do Deus feito Homem durante a Paixão... não se espante: há muitos homens que muito suportaram, suportam e suportarão em ordem às suas convicções! E as de Cristo são as maiores... ele que é Caminho, Verdade e Vida!
Mas isto é outra questão... e não quero abrir uma nova frente!
À não resposta à primeira parte do meu comentário apenas posso manifestar o meu pesar... e tanto trabalhinho que me deu... e depois eu é que sou mau!
Quantos ao seus comentários:
a) tem piada... mas não pensei nesse trocadilho. Mas, "prontos", teve a sua piada!
b) não é do PS. Nem eu o disse. Mas não deixo de ficar aliviado (sem trocadilhos, please...) pelo facto: agora já só falta negar que é do PPD/PSD, PCP, PEV, a variante "renovadores", BE, PCTP-MRPP, POUS, PRP-BR, FEC-ML, Política XXI, PC(R), PC(M-L), PNR, MIRN, PDC, FN (eh pá... não me lembro de mais)... e fico à sua espera para preencher a ficha de militante do CDS-PP!
c) porém não tenho muita esperança... tão lesto e claro foi na negação à pretensa pertença ao "bando" socialista... e tão cuidadoso quanto ao "comunas"... apenas deixe claro que, a admiti-lo se excluí daqueles que o envergonham pelos seus vis actos (os «torturadores de criancinhas e simpatizantes de choques eléctricos»)... desses não é, já percebi!
d) parabenizo-o pelo resultado obtido no teste de QI... só é pena que não lhe permita soletrar o nome da Senhora chefe dos "xuxalistas" moiteiros (é assim que dizem, não é?!?). Mas, cada um nasce p'ró que nasce... essa é que é essa!
e) leu pouco do Marx... bom aqui divido-me. Por um lado, saúdo uma mente vazia... mas não poluída! Por outro lado, lamento a mente vazia... porque tais leituras poderiam ter vacinado! Diga-me ao menos que a leitura do "Manifesto..." operou em si o milagre da rejeição... e não lhe deu ideias de que a leitura de demagógicos panfletos p'ra entreter chegava para conhecer tais quejandas ideias!
f) quanto ao modo como me refiro, por escrito, aos ministros... sempre o fiz como manda o protocolo... os bajuladores lá dirão "Sua Excelência, o Ministro...". Isso era no tempo da "outra Senhora" (reparou? Com maísculas...). O meu modelo é anglo-saxónico e até prefiro tratá-los sem títulos académicos ou profissionais! Já agora, não sei se reparou, mas partido também escrevo com minúsculas! Com maísculas só os nomes próprios, as designações oficiais de instituições e substantivos como Povo, Portugal, Portugueses, Nação, etc... Não sei se concorda?
g) Quanto ao que ele escrevia como colunista e director do Indy... algumas pessoas deviam saber que ou não escrevem certas coisas ou então não deviam ir para ministros. Mas acho que ele se deu bem com ambos... foi a sua opção. Mas muitas vezes o que se diz a título de opinião (onde o desejo se confunde com a palavra) com o que se pode dizer e fazer quando não liberto de responsabilidades governativas... O mal de Paulo Portas foi ter tido tanto sucesso com o que escreveu... e ter feito tantos "amigos" à conta dessas prosas! Amigos cheios de memória e raivinhas incontroladas! Porém, cada um deita-se na cama que faz... e suporta os danos por ter tido opinião... Engraçado é aqueles que nunca ousaram publicar a sua verdadeira opinião e são meras "Marias-vão-com-as-outras"... alguns defende-nos. Não vejo porquê... apesar de suspeitar para quê!
h) ninguém se queixou do "tacho" da Dra. Maria de Jesus. O que não suporto é que quem teve "tacho" à custa do partido se queixe quando outros partidos entendem que o lugar será melhor desempenhado por seus militantes. Repito: não gosto de "tachos"; compreendo quem por eles faça a sua vida político-partidária; só não percebo é que essas pessoas usem desses métodos para entrar e depois, quais "virgens-talvez-já-só-nas-orelhas", se queixem quando provam do mesmo remédio...
i) a Dra. Maria José Nogueira Pinto... parece que, ao contrário da Dra. Maria de Jesus,... tem feito carreira na área... assim como o Dr. José Luís Nogueira de Brito (que havia sido vogal da direcção da CV... a convite da Dra. Maria de Jesus!). Mas que são belos "tachos", ah isso são! Mas ficam bem melhor quando são ocupados pelos nossos... é a minha opinião! Mas isso sou eu a falar... e eu sou sectário.
j) quanto à Sra. Paulo Portas... presumindo que o Paulo (o do blog) é homem, julgo, por isso, que não se está a habilitar para o cargo? Ou será para alguma sua conhecida... uma que nutra pelo ministro de Estado e da Defesa alguma paixão "assolapada"?!? De qualquer modo, não podia ser útil... sou militante do partido e não tenho a meu cargo o pelouro da "alcoviteirice"... sem ofensa!
k) quanto ao rigor... aqui, desculpe, está a usar de desonestidade académica: eu não disse que o discurso político é desprovido de rigor! Repetindo o texto do seu post: «Então não é que TM, que nos critica pela nossa linguagem, usa expressões como "cobardes", "bárbaros", "canalhas" a propósito daqueles que encara comos seus adversários políticos. A adjectivação é colorida mas o rigor analítico fica curto, mesmo que tenha muita razão por trás». A minha resposta foi: «Quarto, o rigor analítico. O texto é político e não académico! Mas será que quando um texto (mesmo académico que seja) se refere ao nazismo... é rigor analítico dizer "a barbárie nazi"? Resposta: SIM! ASSIM COMO O COMUNISMO!!!»
Descodificando: o que eu disse é que o rigor (na sustentação e demonstração) num texto académico é mais exigente (nomedamente pela necessidade de identificação mais precisa das fonte e pela necessidade de as confrontar todas...). Um texto político, pelo público a que se destina, pelo tipo de mensagem e pelo objectivo a que se destina é muito menos exigente. Tente ler um texto de tese de doutoramento como um texto político e veja os seus leitores ou apoiantes a cairem que nem moscas... mortos de tédio! Modéstia à parte... bem tento que os meus textos sejam intelectualmente honestos e explicativos. A resposta dos leitores foi... "escreve p'ra gente ler e deixa-te de presunções intelectualóides"!
Além disso, como a sua objecção estava na adjectivação ("cobardes", "bárbaros", "canalhas!) eu limitei-me a notar que, mesmo em textos académicos, há sistemas políticos que são adjectivados do mesmo modo... citei o exemplo da "barbárie nazi"!
Compreendido?!?
Eu não escrevo o que me vem à cabeça... isso é coisa para quem o pode fazer... acolitado por detrás do conforto proporcionado pelo anonimato de um nick! Eu leio, estudo, reflicto, depois escrevo, publico, dou a cara, e coloco-me à disposição da publicidade crítica... e a única resposta tem sido insultos... e "brincadeiras"! Sendo justo: também tenho tido muito interessantes diálogos epistulares com militantes comunistas e socialistas. Umas vezes eles aprendem com as informações que eu forneço... outras eu com as deles! Conversas entre homens sérios, tolerantes e intelectualmente honestos!
l) Acha que escrevo mal... Será por causa de alguns erros ortográficos? Fraca argumentação! Não gosta do estilo? Eu também não gosto do do Saramago... e ele ganhou um prémio Nobel! As ideias não são correctas... porquê? Porque, em relação a si, li mais e diferentes livros?!? Quanto às argumentações serem fracas... engraçado, nunca você as tentou rebater... limitando-se a entrar por "brincadeiras" (assim as gosta de classificar) onde o seu alvo não são as ideias mas a pessoa! Fraca técnica para quem julga tudo saber... Sempre cuidei de saber porque será que aqueles que se gabam de não ler e de não ter estudado, se julgam mais sabedores do que aquele que confessa ignorar?!? Os meus argumentos são fracos mas os seus são mais "profundos" e "substanciais": diz que «TM incorre em vários equívocos» (mas não diz quais, nem os corrige... menos pontos para o seu afamado rigor); pretende usar de elevação... mas de vez em quando... a escrita resvala no ataque pessoal: «O resto do texto é um descabelado arrazoado anti-comunista, como já não líamos há muito tempo» (posição que denota uma profundidade e esclarecimento que extasiariam o melhor dos académicos e o mais inspirados dos poetas!!!). Não serve de nada (pelo menos comigo) essas suas afirmações de fé: rebata a argumentação sem atacar o sujeito; esclareça e não tente usar de linguagem de "cassete pirata" para criar nuvens de fumo para tentar obnibular as ideias.
Argumente, não fuja!
Debata, não insulte!!
Rebata, não agrida!!!
m) quanto ao que acredita que sou... lamento informar mas sou sócio do Sporting Clube de Portugal e do GD Fabril do Barreiro!
n) competência profissional...
o) tolerância... quem a tem chama-lhe sua!
Será que não sou tolerante quando respondo às bocas tuas?!?
Aguardo com esperança por um texto rigoroso, com argumentos que ataquem argumentos, com factos (e indicação das fontes a que recorreu) e não com demagogia de cassete (nem CD, nem DVD, ou outros meios de reproduzir argumentos aprendidos "de ouvido"...)!
Se não fôr pedir muito...
Só mais umas coisinhas:
1. Nunca afirmei que Sanches Osório fosse «um farol do rigor histórico e do amor à democracia». Essas são palavras suas. Limitei-me a ler um livro que ele excreveu, a nele constatar perplexidades (que contradiziam os factos que são repetidamente colocadas nos "media" portugueses) e a colocar questões... Tenho pena que elas incomodem! Só o deveriam fazer a quem disso tem consciência pouco segura!
2. Quanto ao Prof. Freitas do Amaral. Compreendo o incómodo que lhe causou a parceria com o PDC... ainda que ele não nos haja esclarecido sobre os sentimentos que lhe causaram ser eleito com votos de eleitores do PDC! Por outro lado, sabendo-se (e é ele que o conta) que o CDS foi fundado a pedido do Conselho da Revolução, recordando-nos da missiva dirigida ao "Companheiro Vasco" (que cobria de encómios e onde tecia louvores à revolução e às nacionalizações...), ao modo cobarde como tenta fazer a "limpeza" do seu passado ao lado de Marcelo Caetano (e do servilismo que lhe devotou) e à traição a que votou aqueles que o elegeram ao desdizer hoje aquilo que bradou para lhes procurar o voto... até aos finais do anos 90, nunca o Prof. Freitas do Amaral se afirmou com rigorosamente ao centro... calou as suas desinteligências com o eleitorado e os dirigentes do CDS... para lhes sacar o voto! Porém, o elogio que lhe faz (tornando-o fonte credível de direita) duvido que ele lhe agradeça... não agora, pois ele está... rigorosamente ao centro! Ao resto ele nunca pertenceu, não conhece, nem ninguém o apresentou!
3. Nunca disse que não houve o ELP ou o MDLP. Nem sequer que eles não foram autores de actos bombistas. Só não percebo porque é que os que lutaram contra o comunismo e pela Liberdade... não merecem uma "medalhinha"... mas também, com tais companhias! Se quer a minha opinião, quem luta contra a Democracia nunca deveria receber uma medalha da Liberdade! Como vê não sou selectivo... essa é mais doença que lastimo o meu amigo padecer! Selectivo seria se eu reclamasse a "medalhinha" para os que citou e não para a "bombista" que referiu. Ora eu apenas disse que ela não a merecia! Mas, "prontos", sou eu que sou tendencioso, faccioso e sofro de "tendencionite aguda"...
Com argumentos desses... rapidamente aprendo o significado de elevação e rigor argumentativos... coisa que muito bem decorre do seu argumento final...o VPV não tem razão... porque alguém espalhou o (conveniente) boato de que ele é bêbado! Só espero que a sua (Paulo) sobriedade permanente lhe permita sequer tentar perceber o que ele diz... porque, uma vez mais, argumentar que é sério... ficou-se apenas pelas intenções!
É a elevação e o rigor no seu expoente! São técnicas... ou tácticas de esclarecimento!
Como diria o outro, «Pois, pois... compreendi-te»!
Post scriptum - se erros de ortografia houver... deixe lá: para quem é, bacalhau basta!
João Titta Maurício (isto fomos nós que acrescentámos, que é para não haver confusões)
quarta-feira, maio 19, 2004
Coisa bovinas
Vimos o nº 4 da revista «Tauromaquia».
O dinheiro anda muito mal distribuído nesta terra. Enquanto há falta de dinheiro para publicações com interesse, sobra dele para revistas de grande formato sobre temáticas bovinas, em papel couché, de distribuição gratuita, mas que nem ficha técnica apresentam.
Claro que, na tradição acastelhanada da Moita, temos direito a muito Velazquez (não é o pintor das Ninãs, é claro) e a referências bastas ao Procuna (as piadas com este nome são demasiado simples, demasiado fáceis, para cairmos em tal armadilha). Parece que não existem nomes portugueses adequados a esta actividade, por isso é necessário recorrer a tais lindezas onomásticas. O Roldãoi Preto é que tem razão.
O mosaico das páginas centrais dedicado aos “óscares da tauromaquia” (!!!!), atribuídos pela Sociedade Moiteira de Tauromaquia a pretexto da Feira Taurina, estimula sensações que a transposição em palavras não aconselha.
Digamos assim, tudo isto tem imenso interesse antropológico.
Pena que não existam, títulos à parte, antropólogos em actividade na região.
José da Silva
O dinheiro anda muito mal distribuído nesta terra. Enquanto há falta de dinheiro para publicações com interesse, sobra dele para revistas de grande formato sobre temáticas bovinas, em papel couché, de distribuição gratuita, mas que nem ficha técnica apresentam.
Claro que, na tradição acastelhanada da Moita, temos direito a muito Velazquez (não é o pintor das Ninãs, é claro) e a referências bastas ao Procuna (as piadas com este nome são demasiado simples, demasiado fáceis, para cairmos em tal armadilha). Parece que não existem nomes portugueses adequados a esta actividade, por isso é necessário recorrer a tais lindezas onomásticas. O Roldãoi Preto é que tem razão.
O mosaico das páginas centrais dedicado aos “óscares da tauromaquia” (!!!!), atribuídos pela Sociedade Moiteira de Tauromaquia a pretexto da Feira Taurina, estimula sensações que a transposição em palavras não aconselha.
Digamos assim, tudo isto tem imenso interesse antropológico.
Pena que não existam, títulos à parte, antropólogos em actividade na região.
José da Silva
terça-feira, maio 18, 2004
A pedido de várias famílias respondo a TM
O nosso grande amigo Titta Maurício (o TM) voltou a responder-nos e, como não gostamos de dar a outra face (vimos “A Paixão de Cristo” e aquela apatia enervou-nos a valer) aqui vou replicar. Como sou interpelado directamente – o sôr Paulo é dirigido a quem edita os posts e esse sou eu – assim responderei mais uma vez.
À primeira parte do texto de TM, como aos costumes, direi nada, porque a validade do prazo das questões em apreço já expirou.
Quanto à segunda, mais substancial, vejo-me forçado – e peço desculpa aos nossos outros ocasionais ou habituais leitores – a responder a TM em duas levas, para melhor se distinguir o acessório do essencial e o tentar desviar dos seus equívocos, que não são poucos.
É impossível responder seriamente a tudo, pelo que começarei pelos comentários que, embora irrelevantes, são impossíveis de evitar:
a) O pessoal aqui do blog não (se) bufa. O espaço é pequeno e, mesmo em tempos de narizes entupidos pela rinite alérgica, o cheiro não se aguentaria. Por outro lado, também não somos gatos, mesmo se alguns de nós são assim para o peludo, para bufarmos em qualquer outro sentido. Também não somos canídeos para termos raiva, embora – como se viu pelo nosso Top 10 – não nos coíbamos de uma mijadela contra o poste da electricidade.
b) Não sou do PS, por estranho que isso lhe pareça (embora também insinue que serei um canalha comunista torturador de criancinhas e simpatizante de choques eléctricos). Aliás só o facto de TM me tomar por um dos rosinhas de Alhos Vedros da minha geração, me deixa os cabelos em pé. Vamos lá a ver, modéstia à parte, prezo-me de ter um QI razoável para a minha idade, origem social e habilitações académicas. O facto de não batermos regularmente na líder rosinha da região deve-se apenas à dificuldade que temos em soletrar e escrever o seu nome (qual dos “i” é que se acentua ?, por essas e por outras é que os nomes de baptismo são uma contingência tão incómoda) e ao facto de ela já vir com o chamado “rabo ripado” de Setúbal.
c) Já percebemos que leu qualquer coisa do Marx e que dele recolheu algumas ideias e vocabulário (“traição à classe” e mimos quejandos). Eu, muito sinceramente, tirando uma professora que na Secundária me obrigou a ler o Manifesto do Partido Comunista, li muito pouco e retive apenas o essencial para a minha cultura geral. Por isso, não tenho esse tipo de tiques.
d) Noto com agrado que se refere a Paulo Portas como Sr. ministro, assim com minúsculas. Só lhe fica bem. Realmente, o homem no Indy até escrevia coisas com sentido, em especial que nunca iria entrar na vida partidária. Viu-se.
e) Deixe lá a pobre da Maria Barroso. A Cardona quando lá chegar se calhar está pior. E a srª Paulo Portas nunca saberemos, não é ? E, se calhar, já se esqueceu que do tacho de que ela comeu uns tempos, também já comeram outras senhoras da sua área política (o nome Maria José Nogueira Pinto toca-lhe alguma campainha da memória ?).
f) Fiquei a saber que para si no discurso político não há rigor. Não preciso de mais argumentação para demonstrar porque nunca poderemos concordar com a forma de fazer política entre nós (em Portugal, em Setúbal, na Moita), pois se alguém com responsabilidades na estrutura distrital de um partido afirma que o discurso político só serve para dizer o que vem à cabeça, estamos falados. O pessoal, e eu em particular, gostamos de lhe “bater” não porque é do CDS, ou por qualquer antipatia pessoal (nunca o vi à minha frente e acredito que seja um excelente chefe de família, do Benfica e isso tudo), mas apenas porque acho que escreve mal, com base em ideias pouco correctas e com argumentações muito fracas, como em outro dia tentarei demonstrar.
g) Registo que não gosta que ponham em causa a sua competência profissional. Ó homem, se nos disser que é engenheiro, mais ninguém goza consigo e passamos todos a ter muito apreço por si, pois até consegue alinhavar umas frases com sequência.
h) Se fosse a si ia ao dicionário ler o significado de “tolerância”. Os seus textos são tudo menos uma demonstração de tal. Pelo menos, nós aqui no blog, demonstramos na prática o que é tolerância.
i) Tente usar menos maiúsculas nos textos. Percebemos a ideia mas faz-nos gastar mais tinta e papel quando imprimimos os seus textos para darmos a ler às nossas crianças, nas sessões de Educação Cívica que promovemos.
Por fim, prometo que na segunda leva desta resposta – mais em particular sobre as questões dos 24, 25 ou 26 de Abril – procurarei não me basear em autores esquerdistas, mas apenas em gente respeitável, do PPD/PSD para a direita embora, para quem toma Sanches Osório como farol do rigor histórico e do amor à democracia, toda esta malta não passe de bandalhos revolucionários, cripto-comunistas e afins. Até tenho medo de lhe citar aquelas partes das memórias do Freitas do Amaral (esse maldito fundador de um partido de extrema-esquerda, “companheiro de estrada” dos mais impenitentes marxistas-leninistas deste país) em que ele fala do incómodo que lhe causou a aliança com o PDC. Ou então do testemunho dos operacionais das redes bombistas de direita que, com o aval de Spínola, Alpoim Calvão, o dito Sanches Osório e outros democratas, andaram também a fazer obras de caridade pelo país em 74 e 75.
Pois, porque não foi só a Isabel do Carmo que foi bombista nesse tempos.
A memória é curta e selectiva, mas nem todos padecemos de tal maleita.
PS (salvo seja e vade retro, isto só quer dizer “post-scriptum” e mais nada) – Só mesmo para acabar. Não sei se sabe, mas o VPV parece que bebe uns copitos de água antes de escrever os textos de opinião. Parece que é para lubrificar as meninges.
À primeira parte do texto de TM, como aos costumes, direi nada, porque a validade do prazo das questões em apreço já expirou.
Quanto à segunda, mais substancial, vejo-me forçado – e peço desculpa aos nossos outros ocasionais ou habituais leitores – a responder a TM em duas levas, para melhor se distinguir o acessório do essencial e o tentar desviar dos seus equívocos, que não são poucos.
É impossível responder seriamente a tudo, pelo que começarei pelos comentários que, embora irrelevantes, são impossíveis de evitar:
a) O pessoal aqui do blog não (se) bufa. O espaço é pequeno e, mesmo em tempos de narizes entupidos pela rinite alérgica, o cheiro não se aguentaria. Por outro lado, também não somos gatos, mesmo se alguns de nós são assim para o peludo, para bufarmos em qualquer outro sentido. Também não somos canídeos para termos raiva, embora – como se viu pelo nosso Top 10 – não nos coíbamos de uma mijadela contra o poste da electricidade.
b) Não sou do PS, por estranho que isso lhe pareça (embora também insinue que serei um canalha comunista torturador de criancinhas e simpatizante de choques eléctricos). Aliás só o facto de TM me tomar por um dos rosinhas de Alhos Vedros da minha geração, me deixa os cabelos em pé. Vamos lá a ver, modéstia à parte, prezo-me de ter um QI razoável para a minha idade, origem social e habilitações académicas. O facto de não batermos regularmente na líder rosinha da região deve-se apenas à dificuldade que temos em soletrar e escrever o seu nome (qual dos “i” é que se acentua ?, por essas e por outras é que os nomes de baptismo são uma contingência tão incómoda) e ao facto de ela já vir com o chamado “rabo ripado” de Setúbal.
c) Já percebemos que leu qualquer coisa do Marx e que dele recolheu algumas ideias e vocabulário (“traição à classe” e mimos quejandos). Eu, muito sinceramente, tirando uma professora que na Secundária me obrigou a ler o Manifesto do Partido Comunista, li muito pouco e retive apenas o essencial para a minha cultura geral. Por isso, não tenho esse tipo de tiques.
d) Noto com agrado que se refere a Paulo Portas como Sr. ministro, assim com minúsculas. Só lhe fica bem. Realmente, o homem no Indy até escrevia coisas com sentido, em especial que nunca iria entrar na vida partidária. Viu-se.
e) Deixe lá a pobre da Maria Barroso. A Cardona quando lá chegar se calhar está pior. E a srª Paulo Portas nunca saberemos, não é ? E, se calhar, já se esqueceu que do tacho de que ela comeu uns tempos, também já comeram outras senhoras da sua área política (o nome Maria José Nogueira Pinto toca-lhe alguma campainha da memória ?).
f) Fiquei a saber que para si no discurso político não há rigor. Não preciso de mais argumentação para demonstrar porque nunca poderemos concordar com a forma de fazer política entre nós (em Portugal, em Setúbal, na Moita), pois se alguém com responsabilidades na estrutura distrital de um partido afirma que o discurso político só serve para dizer o que vem à cabeça, estamos falados. O pessoal, e eu em particular, gostamos de lhe “bater” não porque é do CDS, ou por qualquer antipatia pessoal (nunca o vi à minha frente e acredito que seja um excelente chefe de família, do Benfica e isso tudo), mas apenas porque acho que escreve mal, com base em ideias pouco correctas e com argumentações muito fracas, como em outro dia tentarei demonstrar.
g) Registo que não gosta que ponham em causa a sua competência profissional. Ó homem, se nos disser que é engenheiro, mais ninguém goza consigo e passamos todos a ter muito apreço por si, pois até consegue alinhavar umas frases com sequência.
h) Se fosse a si ia ao dicionário ler o significado de “tolerância”. Os seus textos são tudo menos uma demonstração de tal. Pelo menos, nós aqui no blog, demonstramos na prática o que é tolerância.
i) Tente usar menos maiúsculas nos textos. Percebemos a ideia mas faz-nos gastar mais tinta e papel quando imprimimos os seus textos para darmos a ler às nossas crianças, nas sessões de Educação Cívica que promovemos.
Por fim, prometo que na segunda leva desta resposta – mais em particular sobre as questões dos 24, 25 ou 26 de Abril – procurarei não me basear em autores esquerdistas, mas apenas em gente respeitável, do PPD/PSD para a direita embora, para quem toma Sanches Osório como farol do rigor histórico e do amor à democracia, toda esta malta não passe de bandalhos revolucionários, cripto-comunistas e afins. Até tenho medo de lhe citar aquelas partes das memórias do Freitas do Amaral (esse maldito fundador de um partido de extrema-esquerda, “companheiro de estrada” dos mais impenitentes marxistas-leninistas deste país) em que ele fala do incómodo que lhe causou a aliança com o PDC. Ou então do testemunho dos operacionais das redes bombistas de direita que, com o aval de Spínola, Alpoim Calvão, o dito Sanches Osório e outros democratas, andaram também a fazer obras de caridade pelo país em 74 e 75.
Pois, porque não foi só a Isabel do Carmo que foi bombista nesse tempos.
A memória é curta e selectiva, mas nem todos padecemos de tal maleita.
PS (salvo seja e vade retro, isto só quer dizer “post-scriptum” e mais nada) – Só mesmo para acabar. Não sei se sabe, mas o VPV parece que bebe uns copitos de água antes de escrever os textos de opinião. Parece que é para lubrificar as meninges.
segunda-feira, maio 17, 2004
Complemento visual.
Quem quiser aceder à faceta visual deste blog, é só seguir o seguinte endereço:
http://www.phlog.net/user/AVedrosVisual
'Brigados
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domingo, maio 16, 2004
Titta Maurício revive
O nosso já habitual colaborador Titta Maurício reage, lamentando o atraso, a dois textos nossos.
Desta vez não corrigimos as gralhas, porque temos outros entreténs (hobbies para os mais sofisticados).
Em particular sobre o 25 de Abril, TM incorre em vários equívocos que a seu tempo tentaremos esclarecer de forma "elevada", como nos pede, embora não saibamos se conseguiremos.
De qualquer modo, e infelizmente, TM continua a não identificar a ironia onde ela existe e, naquilo que é sério, a enveredar por caminhos esquisitos.
Mas fiquemos com o seu simpático texto.
Senhor "Paulo" (escrevo entre aspas porque, como usam usar pseudónimo,...),
Depois de tanto silêncio, já pensavam que de mim estavam livres e descançados!!! Nã... Olá, cá estou eu!
Oh homem, trate-me como quiser: o nome você sabe; os títulos académicos ou profissionais não nasci (nem hei-de morrer) com eles; a idade ainda não trouxe cãs que justifiquem um tratamento mais respeitoso! E... como nem parece ser vosso hábito tratar bem e tolerar os outros... estejam à vontade!
Comentemos então os seus 2 textos:
Jovem Cunhal em 75?!? Bom, são opinões... apesar de eu achar queo homem já nasceu velho! E nem a madrinha de baptismo lhe valeu...
Há quem transmita oralmente... a mim não: não conheço nenhum de vós e nenhum de vós se me dirigiu! Quanto aos intermediários anónimos... essa, de certeza, não é comigo!
Os deuses da onomástica foram deveras cruéis convosco... assim se compreende a necessidade do nick! Só espero que ao menos os apelidos sejam audíveis!!!
Quanto à divulgação... se entenderem que posso ajudar.. por quem sois!?! Quanto ao resto da frase, nunca paguei anúncios... e faltou-vos acrescentar os jornais pagos pelos contribuintes (a mando e ao serviço das câmaras municipais e juntas de freguesia... "amigas")!
Registo o significativo louvor expendido ao "bons rapazes e raparigas" do BE em Alhos Vedros! Uns "cachopos" exemplares...
Já encaro com preocupação a referência a um suposto (ainda que aparente) carácter "fresco e inovador" do discurso do Dr. Manuel Monteiro... agora quem não entende sou eu!!! E quando juntam a afirmação (a contrario sensu) de que o Dr. Paulo Portas dizia coisas de aproveitar quando era director do Indy... então, só me resta... entregar-vos as fichas de inscrição para o CDS!!!
Quanto ao Dr. Soares... têm razão: o velho nem se reforma, nem deixa de estar sempre a provocar o Sr. ministro! E este que não aprende e não o manda plantar coqueiros... até porque o velho não o deixa trabalhar! O Portas até deixou a senhora Maria de Jesus ir para casa... o tipo devia era aproveitar! Sim porque, como não parece que ela tenha muito que fazer lá na fundação que o maridinho lhe arranjou e na "casinha" que o PS lhe atribuíu (e das quais ela "não dá nem novas nem mandados"... deve estar ainda a arrumar as "tralhas" que trouxe da Cruz Vermelha!),... bem podia ir tomar conta da netinha!
Dizem que são "bad" e batem a toda a gente. Ok... acredito! Não preciso de demonstrações... hehehehe
Mas que poupam os "rosinhas"... lá isso poupam! Fingem é que não... por causa da imagem!!!
Foram ameaçados?!? Por quem?!?
Fico contente por saber que "a malta" gosta de mim... Porém, infelizmente não apareço sempre que quero... mas sempre que posso! Até porque tenho hobbies bem mais agradáveis... mas aprecio-vos muito! A sério...
Quanto à "nota cultural final": não sei se sabia... claro que sabe!... mas "O nome da Rosa" é um romance... histórico, é verdade, mas um romance! Et pour couse...
Agora coisas bem mais interessantes: o meu artigo sobre o 25 de Abril.
Leu o texto todo? Com espírito democrático e tolerante? Ou ficou tão perturbado com o título que, a partir daí, subiram-lhe os calores e, bufando de raiva, só pensava em apanhar-me num qualquer beco escuro!?!
Assim: os comunistas soviéticos (e outros que tais... lá na estranja) não são meus adversários!
Segundo, o texto dizia "implantação do bárbaro e canalha totalitarismo comunista – que ceifou centenas de milhões de vidas!" Referia-me ao modelo, ao regime, ao sistema, ao... que quiser chamar! Não a pessoas.
Terceiro, os vossos excessos de linguagem dirigidos a pessoas concretas (que não conhecem e suportadas, as ofensas, apenas em processos de intenções...) comparados com os qualificativos que usei. É mentira? Não foi o comunismo (invocado por tantos... e tão louvado na boca de outros) causador de CENTENAS DE MILHÕES DE MORTOS?!? Isso é o quê? Civilizado ou bondoso? NÃO! É PURO BARBARISMO e CANALHICE?
Quarto, o rigor analítico. O texto é político e não académico! Mas será que quando um texto (mesmo académico que seja) se refere ao nazismo... é rigor analítico dizer "a barbárie nazi"? Resposta: SIM! ASSIM COMO O COMUNISMO!!!
Quinto, a revisitação da História! Engraçado: tudo o que nesse texto referi são documentos coevos, textos e imagens da época! E, curiosamente, tudo o que lá escrevi, foi muito mais denunciado pelo texto do VPV... é a vantagem de ser mais velho! E eu de, sendo mais novo, poder com ele aprender!
E a propósito de revisitação... o quem têm a dizer do relatório sobre as brutalidade e torturas nas prisões do COPCON? Já sei: quandos os "nossos" são torturados... coitadinhos! Se são os "outros"... são fdp e mereciam! Como para mim são todos iguais...
A questão da coragem: perceba uma coisa! Eu sou um produto do 25 de Abril! Sou Livre! Digo o que penso e não vale a pena tentar encostar-me ao regime do "antigamente" porque não cola: eu não sou do 24... nem quero o "vosso" 26! Estou rigorosamente no 25! Com a Democracia e a Liberdade!
Já quem defendeu o comunismo e procurou implantá-lo (e ainda o diz com orgulho) não pode dizer o mesmo. Fascismo e comunismo são dois regimes iguais: bárbaros e canalhas!!!
Quanto à domesticação da imprensa... concordo! Mas, não me cole a essa "imprensa"!
Sentado à mesa do poder?!? AHAHAHAHAHA
Essa até teve piada... deve ser por isso que estou gordo! Só me falta o charuto e o chapéu alto para fazerem de mim a caricatura do fascista e capitalista!!! Desengane-se: mais facilmente o rico entrava no paraíso...
Isto é engraçado: mal com o poder por dizer a verdade! E depois "levo" com insinuações destas... mas, pronto, sempre dá pra rir um pouco...
O livro. Uma vez mais não leu o texto: faça lá o favor de reler e verificar que eu cito excertos do livro e pergunto se aquilo é verdade! Posso?!? Não cotejo o que aí é relatado? Com o quê? Com as não respostas? Ou com as verdades que por aí vão começando a ver a luz do dia? É que elas parecem estar a dar razão às afirmações que citei de Sanches Osório... (já agora, sempre quero ver que repercussão vai ter esta história das torturas... vamos ver quantos vão pegar na coisa - na televisão ainda nada!!! Mas, já sabiamos... os "media" estão domesticados... vamos lá saber por quem!?!).
Quanto às insinuações sobre as minhas capacidades profissionias... dou-de-barato e por conta da raiva! Mas acho argumentação soez... e de muito mau-gosto e que não gostaria de ver repetida. Ok!
O resto do texto é o quê?!? Se fosse anti-fascista e anti-nazi merecia-lhe os maiores incómios, não?!? Como faço perguntas incómodas que (a serem verdade - e acredito que o são) colocam os "camaradas" em maus-lençóis é um "descabelado e arrazoado"...! Como diria o outro... "compreendi-te"!
Cuidado com as referências ao General Galvão de Melo: parece que o Dr. Cunhal o elogia numa moção aprovado num congresso do PCP...
Eu não defendo a ditadura (nem do proletariado nem dos camisas... da cor que quiser)!
Eu não defendo o "homem novo" (só socialista ou só loirinho de olhos azuis... até porque prefero as morenas)!!
Eu defendo a Liberdade e a Tolerância (e não a morte dos que de mim discordam... nem mesmo daqueles que pretendem a minha eliminação)!!!
Repito: não tente colar-me a lados que não são os meus! Resolvam lá entre vocês (comunistas e nazi-fascistas) as vossas questões e não me confunda!
Quanto aos seus comentários finais... são como os outros: "cada cavadela, uma minhoca"!
Acalme-se lá e corija lá a pontaria!
Realmente, ninguém das minhas relações ficou com salários em atraso no tempo dos governos do PS/CDS nem da AD... Mas já o meu pai (operário da LISNAVE... não sei se serve de exemplo!?!) sentiu isso com o governo PS/PSD! É que só aí é que apareceram!!!
'Tá enganado no alvo! Tenho muito orgulho nas origens operárias e camponesas... e se julga que pega a tanga da "traição de classe"... será mais um tiro na água!
E se quer saber... é bem verdade que a culpa foi dos esquerdistas... e dos idiotas úteis que nunca perceberam que a estratégia do partido comunista sempre foi (e é) quanto pior melhor! Os trabalhadores (e as suas famílias) são alegremente sacrificados pelos comunistas... até porque sempre serão... heróis da revolução... Mesmo que dela nada percebam, que ninguém nada lhes tenha perguntado... Serão como as "catarinas eufémias": comunistas depois de mortos... porque convém... não a eles... mas ao partido!
Quanto a misturar-me com o Avelino... eu sou dos "copos-de-leite"... daqueles que ele não gosta! Como de si nada sei, não posso devolver o "cumprimento"... mas é bem provável que se possa encontrar equivalente: sei lá, uma Odete ou um Jerónimo; um Alberto João ou um Valentim; um Barnabé ou uma das suas "meninas"; um Joãzinho ou um Magalhães (verde não vale: ou é do Sporting ou é melancia!)...
É à escolha!
Podemos manter este diálogo num nível um pouco mais aceitável... e responda lá: o que tem a dizer das torturas feitas pelos "camaradas"?!? Ou foram "bolachadas e choques eléctricos de amor"!?!
Desta vez não corrigimos as gralhas, porque temos outros entreténs (hobbies para os mais sofisticados).
Em particular sobre o 25 de Abril, TM incorre em vários equívocos que a seu tempo tentaremos esclarecer de forma "elevada", como nos pede, embora não saibamos se conseguiremos.
De qualquer modo, e infelizmente, TM continua a não identificar a ironia onde ela existe e, naquilo que é sério, a enveredar por caminhos esquisitos.
Mas fiquemos com o seu simpático texto.
Senhor "Paulo" (escrevo entre aspas porque, como usam usar pseudónimo,...),
Depois de tanto silêncio, já pensavam que de mim estavam livres e descançados!!! Nã... Olá, cá estou eu!
Oh homem, trate-me como quiser: o nome você sabe; os títulos académicos ou profissionais não nasci (nem hei-de morrer) com eles; a idade ainda não trouxe cãs que justifiquem um tratamento mais respeitoso! E... como nem parece ser vosso hábito tratar bem e tolerar os outros... estejam à vontade!
Comentemos então os seus 2 textos:
Jovem Cunhal em 75?!? Bom, são opinões... apesar de eu achar queo homem já nasceu velho! E nem a madrinha de baptismo lhe valeu...
Há quem transmita oralmente... a mim não: não conheço nenhum de vós e nenhum de vós se me dirigiu! Quanto aos intermediários anónimos... essa, de certeza, não é comigo!
Os deuses da onomástica foram deveras cruéis convosco... assim se compreende a necessidade do nick! Só espero que ao menos os apelidos sejam audíveis!!!
Quanto à divulgação... se entenderem que posso ajudar.. por quem sois!?! Quanto ao resto da frase, nunca paguei anúncios... e faltou-vos acrescentar os jornais pagos pelos contribuintes (a mando e ao serviço das câmaras municipais e juntas de freguesia... "amigas")!
Registo o significativo louvor expendido ao "bons rapazes e raparigas" do BE em Alhos Vedros! Uns "cachopos" exemplares...
Já encaro com preocupação a referência a um suposto (ainda que aparente) carácter "fresco e inovador" do discurso do Dr. Manuel Monteiro... agora quem não entende sou eu!!! E quando juntam a afirmação (a contrario sensu) de que o Dr. Paulo Portas dizia coisas de aproveitar quando era director do Indy... então, só me resta... entregar-vos as fichas de inscrição para o CDS!!!
Quanto ao Dr. Soares... têm razão: o velho nem se reforma, nem deixa de estar sempre a provocar o Sr. ministro! E este que não aprende e não o manda plantar coqueiros... até porque o velho não o deixa trabalhar! O Portas até deixou a senhora Maria de Jesus ir para casa... o tipo devia era aproveitar! Sim porque, como não parece que ela tenha muito que fazer lá na fundação que o maridinho lhe arranjou e na "casinha" que o PS lhe atribuíu (e das quais ela "não dá nem novas nem mandados"... deve estar ainda a arrumar as "tralhas" que trouxe da Cruz Vermelha!),... bem podia ir tomar conta da netinha!
Dizem que são "bad" e batem a toda a gente. Ok... acredito! Não preciso de demonstrações... hehehehe
Mas que poupam os "rosinhas"... lá isso poupam! Fingem é que não... por causa da imagem!!!
Foram ameaçados?!? Por quem?!?
Fico contente por saber que "a malta" gosta de mim... Porém, infelizmente não apareço sempre que quero... mas sempre que posso! Até porque tenho hobbies bem mais agradáveis... mas aprecio-vos muito! A sério...
Quanto à "nota cultural final": não sei se sabia... claro que sabe!... mas "O nome da Rosa" é um romance... histórico, é verdade, mas um romance! Et pour couse...
Agora coisas bem mais interessantes: o meu artigo sobre o 25 de Abril.
Leu o texto todo? Com espírito democrático e tolerante? Ou ficou tão perturbado com o título que, a partir daí, subiram-lhe os calores e, bufando de raiva, só pensava em apanhar-me num qualquer beco escuro!?!
Assim: os comunistas soviéticos (e outros que tais... lá na estranja) não são meus adversários!
Segundo, o texto dizia "implantação do bárbaro e canalha totalitarismo comunista – que ceifou centenas de milhões de vidas!" Referia-me ao modelo, ao regime, ao sistema, ao... que quiser chamar! Não a pessoas.
Terceiro, os vossos excessos de linguagem dirigidos a pessoas concretas (que não conhecem e suportadas, as ofensas, apenas em processos de intenções...) comparados com os qualificativos que usei. É mentira? Não foi o comunismo (invocado por tantos... e tão louvado na boca de outros) causador de CENTENAS DE MILHÕES DE MORTOS?!? Isso é o quê? Civilizado ou bondoso? NÃO! É PURO BARBARISMO e CANALHICE?
Quarto, o rigor analítico. O texto é político e não académico! Mas será que quando um texto (mesmo académico que seja) se refere ao nazismo... é rigor analítico dizer "a barbárie nazi"? Resposta: SIM! ASSIM COMO O COMUNISMO!!!
Quinto, a revisitação da História! Engraçado: tudo o que nesse texto referi são documentos coevos, textos e imagens da época! E, curiosamente, tudo o que lá escrevi, foi muito mais denunciado pelo texto do VPV... é a vantagem de ser mais velho! E eu de, sendo mais novo, poder com ele aprender!
E a propósito de revisitação... o quem têm a dizer do relatório sobre as brutalidade e torturas nas prisões do COPCON? Já sei: quandos os "nossos" são torturados... coitadinhos! Se são os "outros"... são fdp e mereciam! Como para mim são todos iguais...
A questão da coragem: perceba uma coisa! Eu sou um produto do 25 de Abril! Sou Livre! Digo o que penso e não vale a pena tentar encostar-me ao regime do "antigamente" porque não cola: eu não sou do 24... nem quero o "vosso" 26! Estou rigorosamente no 25! Com a Democracia e a Liberdade!
Já quem defendeu o comunismo e procurou implantá-lo (e ainda o diz com orgulho) não pode dizer o mesmo. Fascismo e comunismo são dois regimes iguais: bárbaros e canalhas!!!
Quanto à domesticação da imprensa... concordo! Mas, não me cole a essa "imprensa"!
Sentado à mesa do poder?!? AHAHAHAHAHA
Essa até teve piada... deve ser por isso que estou gordo! Só me falta o charuto e o chapéu alto para fazerem de mim a caricatura do fascista e capitalista!!! Desengane-se: mais facilmente o rico entrava no paraíso...
Isto é engraçado: mal com o poder por dizer a verdade! E depois "levo" com insinuações destas... mas, pronto, sempre dá pra rir um pouco...
O livro. Uma vez mais não leu o texto: faça lá o favor de reler e verificar que eu cito excertos do livro e pergunto se aquilo é verdade! Posso?!? Não cotejo o que aí é relatado? Com o quê? Com as não respostas? Ou com as verdades que por aí vão começando a ver a luz do dia? É que elas parecem estar a dar razão às afirmações que citei de Sanches Osório... (já agora, sempre quero ver que repercussão vai ter esta história das torturas... vamos ver quantos vão pegar na coisa - na televisão ainda nada!!! Mas, já sabiamos... os "media" estão domesticados... vamos lá saber por quem!?!).
Quanto às insinuações sobre as minhas capacidades profissionias... dou-de-barato e por conta da raiva! Mas acho argumentação soez... e de muito mau-gosto e que não gostaria de ver repetida. Ok!
O resto do texto é o quê?!? Se fosse anti-fascista e anti-nazi merecia-lhe os maiores incómios, não?!? Como faço perguntas incómodas que (a serem verdade - e acredito que o são) colocam os "camaradas" em maus-lençóis é um "descabelado e arrazoado"...! Como diria o outro... "compreendi-te"!
Cuidado com as referências ao General Galvão de Melo: parece que o Dr. Cunhal o elogia numa moção aprovado num congresso do PCP...
Eu não defendo a ditadura (nem do proletariado nem dos camisas... da cor que quiser)!
Eu não defendo o "homem novo" (só socialista ou só loirinho de olhos azuis... até porque prefero as morenas)!!
Eu defendo a Liberdade e a Tolerância (e não a morte dos que de mim discordam... nem mesmo daqueles que pretendem a minha eliminação)!!!
Repito: não tente colar-me a lados que não são os meus! Resolvam lá entre vocês (comunistas e nazi-fascistas) as vossas questões e não me confunda!
Quanto aos seus comentários finais... são como os outros: "cada cavadela, uma minhoca"!
Acalme-se lá e corija lá a pontaria!
Realmente, ninguém das minhas relações ficou com salários em atraso no tempo dos governos do PS/CDS nem da AD... Mas já o meu pai (operário da LISNAVE... não sei se serve de exemplo!?!) sentiu isso com o governo PS/PSD! É que só aí é que apareceram!!!
'Tá enganado no alvo! Tenho muito orgulho nas origens operárias e camponesas... e se julga que pega a tanga da "traição de classe"... será mais um tiro na água!
E se quer saber... é bem verdade que a culpa foi dos esquerdistas... e dos idiotas úteis que nunca perceberam que a estratégia do partido comunista sempre foi (e é) quanto pior melhor! Os trabalhadores (e as suas famílias) são alegremente sacrificados pelos comunistas... até porque sempre serão... heróis da revolução... Mesmo que dela nada percebam, que ninguém nada lhes tenha perguntado... Serão como as "catarinas eufémias": comunistas depois de mortos... porque convém... não a eles... mas ao partido!
Quanto a misturar-me com o Avelino... eu sou dos "copos-de-leite"... daqueles que ele não gosta! Como de si nada sei, não posso devolver o "cumprimento"... mas é bem provável que se possa encontrar equivalente: sei lá, uma Odete ou um Jerónimo; um Alberto João ou um Valentim; um Barnabé ou uma das suas "meninas"; um Joãzinho ou um Magalhães (verde não vale: ou é do Sporting ou é melancia!)...
É à escolha!
Podemos manter este diálogo num nível um pouco mais aceitável... e responda lá: o que tem a dizer das torturas feitas pelos "camaradas"?!? Ou foram "bolachadas e choques eléctricos de amor"!?!
sexta-feira, maio 14, 2004
Reacções ?
Como é seu costume, Roldão Preto brindou-nos com um novo texto polémico.
Agradecem-se as reacções para avedros@clix.pt.
Moiteiros, sabemos que alguns de vocês sabem ler, e que até nos lêem. Não tenham vergonha de reagir.
Agradecem-se as reacções para avedros@clix.pt.
Moiteiros, sabemos que alguns de vocês sabem ler, e que até nos lêem. Não tenham vergonha de reagir.
Moita para Espanha, Já !!!
Ao ler a agenda de «eventos» do concelho da Moita para este mês de Maio, surgiu-me a ideia definitiva para nos livrarmos de todos os problemas causados pelo facto de convivermos com a terra moiteira.
O programa de actividades da chamada «Feira Regional» (Regional ???) de Maio, está repleto de iniciativas de conteúdo e forma claramente locais, ou regionais:
· No dia 20 de Maio temos a abertura do espaço do «I Encontro de Aficionados de Tertúlias, Peñas e Clubes Taurinos» às 21.15 e às 22.00 um Colóquio sobre tema semelhante.
· A 21 de Maio é a vez de se realizarem Danças de Salão na Sociedade Capricho Moitense pelo grupo de Sevilhanas da Sociedade Estrela Moitense (22.00), estando guardado para uma hora depois um Concerto de Pasodobles.
· Para 22, prevê-se uma actividade com a designação de «El Maleno y su Quadro Flamenco».
Deixam-se aqui de fora, dando de barato, as Largadas, Novilhadas e Corridas de Toiros, que já são da praxe e muito contribuem para o tédio de tantos.
Perante isto, a minha proposta final é a seguinte: Peça a acastelhanada Moita a adesão a Espanha, sendo devolvida a Portugal a lusa vila de Olivença.
Penso que esta ideia é genial e que só nos traria vantagens. Afinal, os moiteiros não parecem muito interessados na preservação das verdadeiras e legítimas actividades e tradições da região, pois se repararem tudo o que é Grupo Foclórico e Etnográfico é da Barra Cheia, da Baixa da Serra, das Arroteias ou de outros locais do concelho menos da sua sede. A Moita, vilória jovem de 300 anos, está mais interessada em tudo o que é coisa que cheire a espanholada, de quem se mostram acirrados apóstolos.
Em contrapartida, ganharíamos em Olivença uma terra que foi 600 anos portuguesa e cujas origens são quase contemporâneas da nossa nacionalidade, só deixando de ser portuguesa pela força das armas. E, por certo, lá se falará algo mais próximo do português do que o dialecto moiteiro com os seus «treuzes», as suas «igreiijas», os seus «carangueiijos» e as suas «cerveiiijas».
A Moita ficaria como um enclave, sendo para Portugal e Espanha, assim como Gibraltar para a Espanha e Inglaterra. Assim nos livraríamos, para retomar a terminologia de Mário Soares em relação ao Paulo Portas, de um «tumor» que não desejamos. Assim, a Moita seria apenas um «abcesso».
A Moita não nos pode pertencer, e muito menos ser sede de concelho de uma região em cujas tradições não se revê, antes preferindo reclamar para si hábitos forasteiros.
Moita para Espanha, já.
Olivença para cá, pois essa, sim, é nossa.
Roldão Preto
Alhos Vedros em Maio de 2004
O programa de actividades da chamada «Feira Regional» (Regional ???) de Maio, está repleto de iniciativas de conteúdo e forma claramente locais, ou regionais:
· No dia 20 de Maio temos a abertura do espaço do «I Encontro de Aficionados de Tertúlias, Peñas e Clubes Taurinos» às 21.15 e às 22.00 um Colóquio sobre tema semelhante.
· A 21 de Maio é a vez de se realizarem Danças de Salão na Sociedade Capricho Moitense pelo grupo de Sevilhanas da Sociedade Estrela Moitense (22.00), estando guardado para uma hora depois um Concerto de Pasodobles.
· Para 22, prevê-se uma actividade com a designação de «El Maleno y su Quadro Flamenco».
Deixam-se aqui de fora, dando de barato, as Largadas, Novilhadas e Corridas de Toiros, que já são da praxe e muito contribuem para o tédio de tantos.
Perante isto, a minha proposta final é a seguinte: Peça a acastelhanada Moita a adesão a Espanha, sendo devolvida a Portugal a lusa vila de Olivença.
Penso que esta ideia é genial e que só nos traria vantagens. Afinal, os moiteiros não parecem muito interessados na preservação das verdadeiras e legítimas actividades e tradições da região, pois se repararem tudo o que é Grupo Foclórico e Etnográfico é da Barra Cheia, da Baixa da Serra, das Arroteias ou de outros locais do concelho menos da sua sede. A Moita, vilória jovem de 300 anos, está mais interessada em tudo o que é coisa que cheire a espanholada, de quem se mostram acirrados apóstolos.
Em contrapartida, ganharíamos em Olivença uma terra que foi 600 anos portuguesa e cujas origens são quase contemporâneas da nossa nacionalidade, só deixando de ser portuguesa pela força das armas. E, por certo, lá se falará algo mais próximo do português do que o dialecto moiteiro com os seus «treuzes», as suas «igreiijas», os seus «carangueiijos» e as suas «cerveiiijas».
A Moita ficaria como um enclave, sendo para Portugal e Espanha, assim como Gibraltar para a Espanha e Inglaterra. Assim nos livraríamos, para retomar a terminologia de Mário Soares em relação ao Paulo Portas, de um «tumor» que não desejamos. Assim, a Moita seria apenas um «abcesso».
A Moita não nos pode pertencer, e muito menos ser sede de concelho de uma região em cujas tradições não se revê, antes preferindo reclamar para si hábitos forasteiros.
Moita para Espanha, já.
Olivença para cá, pois essa, sim, é nossa.
Roldão Preto
Alhos Vedros em Maio de 2004
domingo, maio 09, 2004
Adesão da Moita a Espanha
Anuncia-se para brevemente um novo texto polémico do nosso colaborador Rolão Preto, motivado pela leitura do programa de festas da Mpita deste mês de Maio.
Com tantos concursos de sevilhanas, colóquios sobre tauromaquia e afins, Roldão Preto propõe que, em vez da secessão de Alhos Vedros defendida por Manuel Pedro ou da restauração do tradicional concelho de Alhos Vedros (apoiada por António da Costa e a generalidade dos nossos apoiantes e colaboradores), a Moita devia passar a pertencer a Espanha por troca com Olivença, que é nossa.
A coisa promete.
Com tantos concursos de sevilhanas, colóquios sobre tauromaquia e afins, Roldão Preto propõe que, em vez da secessão de Alhos Vedros defendida por Manuel Pedro ou da restauração do tradicional concelho de Alhos Vedros (apoiada por António da Costa e a generalidade dos nossos apoiantes e colaboradores), a Moita devia passar a pertencer a Espanha por troca com Olivença, que é nossa.
A coisa promete.
sábado, maio 08, 2004
Pobres avezinhas
Agora que já vimos o resultado escultórico final que decora a nova rotunda junto ao Modelo da Moita (com o título de "As Aves"), já nos arrependemos de lhe termos atribuído apenas o 3º lugar nos melhores lugares para urinar (e não só) em público na Moita.
Atendendo à qualidade estéctica do monumento - que chega ao ponto de já vir aparentemente com o verdete da antiguidade incorporado - consideramos que daria boa luta à Praça de Toiros na disputa pelo 1º lugar.
Atendendo à qualidade estéctica do monumento - que chega ao ponto de já vir aparentemente com o verdete da antiguidade incorporado - consideramos que daria boa luta à Praça de Toiros na disputa pelo 1º lugar.
O Imposto Taurino e as tradições moiteiras
Como já referimos, o texto do nosso colaborador Manuel Pedro, publicado no jornal O Rio sobre "O Imposto Taurino" provocou grande celeuma e agitação pró e contra.
Em seguida apresentamos um dos textos pró, da autoria de um outro colaborador nosso - o António da Costa - que foi enviado para o jornal em causa mas que ainda não mereceu qualquer resposta ou publicação. Por isso, divulgamo-lo desde já.
Da Tauromaquia na Moita ou a Invenção da Tradição
A leitura do texto do vosso colaborador Manuel Pedro sobre o peso da tradição tauromáquica na Moita e sobre a possibilidade, a meio-caminho entre a seriedade irónica e a paródia séria, de criação de um imposto taurino, trouxe-me à memória uma das teses mais interessantes do historiador inglês Eric Hobsbawn.
Na obra The Invention of Tradition (Cambridge University Press, 1983), Hobsbawn e os outros colaboradores do volume analisam com profundidade o fenómeno conhecido por “tradição” e os processos pelo qual ele é criado ou, em grande parte das situações, forjado. Aquilo que muita vezes se apresenta como tradição identitária de uma região ou grupo humano não passa, afinal, de uma “tradição inventada”, quantas vezes em períodos bem recentes e historicamente bem definidos, e que ao ganhar crescente popularidade por razões conjunturais se vai tomando como uma prática comum de raízes imemoriais ou, no mínimo, seculares.
Vem isto a propósito da pretensa tradição tauromáquica da Moita.
Analisemos a questão com alguma atenção, esquecendo aquelas mitologias que radicam as tradições tauromáquicas lusas nas lutas com touros existentes na antiga ilha de Creta, porque essa é uma linhagem dificilmente demonstrável sem boa dose de imaginação e fantasia.
Em primeiro lugar, a tradição moderna, ou contemporânea, da tourada, tal como a conhecemos, em Portugal – a agora chamada “tourada à antiga portuguesa” – é uma diversão que vê os seus contornos definidos ao longo do século XVIII no contexto das formas de lazer do barroco tardio nacional, com destaque para os reinados de D. João V e D. José. Em praças com estruturas improvisadas e temporárias, as touradas tornam-se divertimento popular e aristocrático em simultâneo, beneficiando das atenções da Família Real quando têm lugar em Lisboa, particularmente defronte do Paço da Ribeira, antes do terramoto de 1755.
Em segundo lugar, as tradições populares locais de ligação de determinadas povoações a manifestações tauromáquicas, mesmo que com episódicas origens anteriores, só se vão cristalizando nos séculos XIX e XX, em contextos regionais relativamente circunscritos ao Ribatejo e a algumas zonas raianas do Alentejo. As “largadas” de touros vão-se tornando populares em momentos de festa, especialmente no Verão, quando as festividades estivais relacionadas com as colheitas se aliam aos festejos católicos evocativos de um(a) ou outro(a) padroeiro(a).
Ora bem, neste contexto, a tradição tauromáquica da Moita dita “do Ribatejo”, por conveniência e necessidade de distinção onomástica de outras Moitas algures, é um exemplo claro de uma tradição inventada para reforçar traços de identidade de uma localidade, de outra forma, sem particulares pergaminhos históricos.
Recordemos que a localidade da Moita é elevada a vila na sequência de um imbróglio legal com os privilégios e mercês de D. Francisco de Távora, sendo os seus limites e prorrogativas definidos na sequência de irregularidades várias que suscitaram à época acesa polémica (consulte-se a documentação constante na obra Moita – Vila há 300 anos publicada pela CMM, para comprovar o que se afirma). Então, como durante os 150 anos seguintes, a Moita era uma localidade de importância reduzida que, só pelas circunstâncias referidas, se emancipou do concelho de Alhos Vedros, com população e recursos escassos. O poder da Moita e os esforços para a criação de uma identidade própria só ganham verdadeira dimensão numa segunda fase do regime liberal, nas últimas décadas do século XIX, quando os rearranjos dos limites municipais são feitos ao sabor das conveniências eleitorais dos partidos do chamado Rotativismo e o mapa dos concelhos é delineado com base no interesse dos caciques locais.
No século XX, em especial durante o Estado Novo, a Moita consolida a mitologia da sua pretensa tradição ancestral. Esse é um período em que, um pouco por todo o país, a “tradição” é (re)inventada, tão ao gosto da ideologia salazarista que produziu a Exposição do Mundo Português. Todo o país é recoberto de pelourinhos, tristes simulacros dos genuínos, medievais ou manuelinos (como o de Alhos Vedros). A Moita ganha então o seu pelourinho, arrogando-se de um símbolo de um poder municipal sem verdadeira tradição.
É altura da fixação dos brasões municipais, da construção das obras emblemáticas das aldeias e vilas, que se pretendem as mais portuguesas de Portugal. Rasgam-se novas artérias, erguem-se as edificações mais representativas do período.
Na Moita, é o tempo da renovação da chamada “Avenida” (é mais uma alameda, mas...) a subir para o seu ponto alto – a Praça de Touros !!!
Outras terras organizam as suas artérias em função dos Paços do Concelho, da Igreja Matriz, do Tribunal. Alhos Vedros, por imposição urbanística do ilustre Presidente da Câmara moitense Vitor de Sousa viu a sua nova Avenida Bela Rosa travada e fechada pela Escola Primária. Pelo menos, e apesar de tudo, esse é um símbolo da Educação.
A Moita não ! Escolheu para topo da sua artéria mais representativa desses tempos uma Praça de Touros e arregimentou-se ao lote das terras que se arrogam de tradições tauromáquicas, sublinhando o facto de ser Moita “do Ribatejo”. A explicação da origem de tal topónimo é mais do que nebulosa. A linhagem no velho concelho ou terra do “Riba-Tejo”, dos séculos XII e XIII, é mais do que difícil, porque então a Moita era um aglomerado com meia dúzia de casotas e quintas. A ligação ao actual Ribatejo, e às tradições taurinas, é o exemplo mais acabado de uma tradição inventada, sem qualquer fundamentação razoável.
A tradição taurina da Moita é um gosto relativamente recente e, mais do que identidade, é como um desejo de ser outra coisa, diferente do que aquilo que se é. Se terras próximas, como a Aldeia Galega/Montijo ou até Alcochete tiveram durante muito tempo uma importante componente económica na pecuária, na criação de gado, que as liga um pouco aos costumes das planícies e lezírias do Tejo mais a montante, a Moita não é recordada por tal actividade.
Por outro lado, gostava de conhecer a fundamentação documental da antiguidade de tal tradição taurina que justifique o empenho que agora se demonstra na promoção e apoio a esta actividade, desde o poder autárquico (longe vão os tempos em que as touradas eram tidas como manifestações de conservadorismo reaccionário pela inteligentsia de esquerda) à imprensa local (vejam-se os frequentes encómios a qualquer iniciativa tauromáquica no Jornal da Moita ou mesmo a declaração de intenções manifestada em editorial recente de O Rio).
Não tenho nada contra a promoção da tauromaquia como ex-libris da Moita, mas com a condição de que esse é um símbolo da Moita, e não do seu concelho (terras com história bem mais antiga como Alhos Vedros ou o Barreiro, que pertenceram longamente à mesma unidade administrativa, não recordam tal passado). E, para finalizar, que essa promoção não seja feita à custa do forjar de uma memória histórica inexistente ou, pelo menos, bem diversa da que se pretende apresentar como legitimadora da tauromaquia como actividade maior do concelho, o qual é um todo e não apenas uma parte, mesmo que transitoriamente a sua sede.
António da Costa, Abril de 2004
Em seguida apresentamos um dos textos pró, da autoria de um outro colaborador nosso - o António da Costa - que foi enviado para o jornal em causa mas que ainda não mereceu qualquer resposta ou publicação. Por isso, divulgamo-lo desde já.
Da Tauromaquia na Moita ou a Invenção da Tradição
A leitura do texto do vosso colaborador Manuel Pedro sobre o peso da tradição tauromáquica na Moita e sobre a possibilidade, a meio-caminho entre a seriedade irónica e a paródia séria, de criação de um imposto taurino, trouxe-me à memória uma das teses mais interessantes do historiador inglês Eric Hobsbawn.
Na obra The Invention of Tradition (Cambridge University Press, 1983), Hobsbawn e os outros colaboradores do volume analisam com profundidade o fenómeno conhecido por “tradição” e os processos pelo qual ele é criado ou, em grande parte das situações, forjado. Aquilo que muita vezes se apresenta como tradição identitária de uma região ou grupo humano não passa, afinal, de uma “tradição inventada”, quantas vezes em períodos bem recentes e historicamente bem definidos, e que ao ganhar crescente popularidade por razões conjunturais se vai tomando como uma prática comum de raízes imemoriais ou, no mínimo, seculares.
Vem isto a propósito da pretensa tradição tauromáquica da Moita.
Analisemos a questão com alguma atenção, esquecendo aquelas mitologias que radicam as tradições tauromáquicas lusas nas lutas com touros existentes na antiga ilha de Creta, porque essa é uma linhagem dificilmente demonstrável sem boa dose de imaginação e fantasia.
Em primeiro lugar, a tradição moderna, ou contemporânea, da tourada, tal como a conhecemos, em Portugal – a agora chamada “tourada à antiga portuguesa” – é uma diversão que vê os seus contornos definidos ao longo do século XVIII no contexto das formas de lazer do barroco tardio nacional, com destaque para os reinados de D. João V e D. José. Em praças com estruturas improvisadas e temporárias, as touradas tornam-se divertimento popular e aristocrático em simultâneo, beneficiando das atenções da Família Real quando têm lugar em Lisboa, particularmente defronte do Paço da Ribeira, antes do terramoto de 1755.
Em segundo lugar, as tradições populares locais de ligação de determinadas povoações a manifestações tauromáquicas, mesmo que com episódicas origens anteriores, só se vão cristalizando nos séculos XIX e XX, em contextos regionais relativamente circunscritos ao Ribatejo e a algumas zonas raianas do Alentejo. As “largadas” de touros vão-se tornando populares em momentos de festa, especialmente no Verão, quando as festividades estivais relacionadas com as colheitas se aliam aos festejos católicos evocativos de um(a) ou outro(a) padroeiro(a).
Ora bem, neste contexto, a tradição tauromáquica da Moita dita “do Ribatejo”, por conveniência e necessidade de distinção onomástica de outras Moitas algures, é um exemplo claro de uma tradição inventada para reforçar traços de identidade de uma localidade, de outra forma, sem particulares pergaminhos históricos.
Recordemos que a localidade da Moita é elevada a vila na sequência de um imbróglio legal com os privilégios e mercês de D. Francisco de Távora, sendo os seus limites e prorrogativas definidos na sequência de irregularidades várias que suscitaram à época acesa polémica (consulte-se a documentação constante na obra Moita – Vila há 300 anos publicada pela CMM, para comprovar o que se afirma). Então, como durante os 150 anos seguintes, a Moita era uma localidade de importância reduzida que, só pelas circunstâncias referidas, se emancipou do concelho de Alhos Vedros, com população e recursos escassos. O poder da Moita e os esforços para a criação de uma identidade própria só ganham verdadeira dimensão numa segunda fase do regime liberal, nas últimas décadas do século XIX, quando os rearranjos dos limites municipais são feitos ao sabor das conveniências eleitorais dos partidos do chamado Rotativismo e o mapa dos concelhos é delineado com base no interesse dos caciques locais.
No século XX, em especial durante o Estado Novo, a Moita consolida a mitologia da sua pretensa tradição ancestral. Esse é um período em que, um pouco por todo o país, a “tradição” é (re)inventada, tão ao gosto da ideologia salazarista que produziu a Exposição do Mundo Português. Todo o país é recoberto de pelourinhos, tristes simulacros dos genuínos, medievais ou manuelinos (como o de Alhos Vedros). A Moita ganha então o seu pelourinho, arrogando-se de um símbolo de um poder municipal sem verdadeira tradição.
É altura da fixação dos brasões municipais, da construção das obras emblemáticas das aldeias e vilas, que se pretendem as mais portuguesas de Portugal. Rasgam-se novas artérias, erguem-se as edificações mais representativas do período.
Na Moita, é o tempo da renovação da chamada “Avenida” (é mais uma alameda, mas...) a subir para o seu ponto alto – a Praça de Touros !!!
Outras terras organizam as suas artérias em função dos Paços do Concelho, da Igreja Matriz, do Tribunal. Alhos Vedros, por imposição urbanística do ilustre Presidente da Câmara moitense Vitor de Sousa viu a sua nova Avenida Bela Rosa travada e fechada pela Escola Primária. Pelo menos, e apesar de tudo, esse é um símbolo da Educação.
A Moita não ! Escolheu para topo da sua artéria mais representativa desses tempos uma Praça de Touros e arregimentou-se ao lote das terras que se arrogam de tradições tauromáquicas, sublinhando o facto de ser Moita “do Ribatejo”. A explicação da origem de tal topónimo é mais do que nebulosa. A linhagem no velho concelho ou terra do “Riba-Tejo”, dos séculos XII e XIII, é mais do que difícil, porque então a Moita era um aglomerado com meia dúzia de casotas e quintas. A ligação ao actual Ribatejo, e às tradições taurinas, é o exemplo mais acabado de uma tradição inventada, sem qualquer fundamentação razoável.
A tradição taurina da Moita é um gosto relativamente recente e, mais do que identidade, é como um desejo de ser outra coisa, diferente do que aquilo que se é. Se terras próximas, como a Aldeia Galega/Montijo ou até Alcochete tiveram durante muito tempo uma importante componente económica na pecuária, na criação de gado, que as liga um pouco aos costumes das planícies e lezírias do Tejo mais a montante, a Moita não é recordada por tal actividade.
Por outro lado, gostava de conhecer a fundamentação documental da antiguidade de tal tradição taurina que justifique o empenho que agora se demonstra na promoção e apoio a esta actividade, desde o poder autárquico (longe vão os tempos em que as touradas eram tidas como manifestações de conservadorismo reaccionário pela inteligentsia de esquerda) à imprensa local (vejam-se os frequentes encómios a qualquer iniciativa tauromáquica no Jornal da Moita ou mesmo a declaração de intenções manifestada em editorial recente de O Rio).
Não tenho nada contra a promoção da tauromaquia como ex-libris da Moita, mas com a condição de que esse é um símbolo da Moita, e não do seu concelho (terras com história bem mais antiga como Alhos Vedros ou o Barreiro, que pertenceram longamente à mesma unidade administrativa, não recordam tal passado). E, para finalizar, que essa promoção não seja feita à custa do forjar de uma memória histórica inexistente ou, pelo menos, bem diversa da que se pretende apresentar como legitimadora da tauromaquia como actividade maior do concelho, o qual é um todo e não apenas uma parte, mesmo que transitoriamente a sua sede.
António da Costa, Abril de 2004
sexta-feira, maio 07, 2004
Proposta inovadora e muito útil
Vimos por este meio sugerir à CMM a criação da carreira de “Fiscal dos Detritos”.
Seria função destes profissionais, a fiscalização das situações em que, sem qualquer autorização e de modo claramente ilegal, são lançados detritos (entulhos de obras, principalmente) à beira das estradas e em terrenos particulares, chegando mesmo a desrespeitar vedações.
Em Alhos Vedros, foi prática habitual no caminha para o chamado “Cais Novo”, mas agora é hábito espalhado por todo o concelho, com destaque para estradas que atravessam zonas rurais.
A criação deste cargo teria obrigatoriamente vantagens.
Se funcionasse, seriam apanhados os responsáveis e aplicadas coimas, criadas para o efeito, que desencorajariam posteriores actos semelhantes.
Se não funcionasse, sempre se abriria uma nova carreira para a corrupção nos serviços camarários de fiscalização, que pudesse ombrear com os que têm por missão fiscalizar as obras no concelho, em especial aqueles senhores que fingem tão bem verificar se os novos prédios de apartamentos, moradias e vivendas estão de acordo com os projectos, ou mesmo os que são responsáveis pelo licenciamento dessas mesmas obras em prazo célere, quando dá jeito a construtores e promotores imobiliários “generosos”.
Seria função destes profissionais, a fiscalização das situações em que, sem qualquer autorização e de modo claramente ilegal, são lançados detritos (entulhos de obras, principalmente) à beira das estradas e em terrenos particulares, chegando mesmo a desrespeitar vedações.
Em Alhos Vedros, foi prática habitual no caminha para o chamado “Cais Novo”, mas agora é hábito espalhado por todo o concelho, com destaque para estradas que atravessam zonas rurais.
A criação deste cargo teria obrigatoriamente vantagens.
Se funcionasse, seriam apanhados os responsáveis e aplicadas coimas, criadas para o efeito, que desencorajariam posteriores actos semelhantes.
Se não funcionasse, sempre se abriria uma nova carreira para a corrupção nos serviços camarários de fiscalização, que pudesse ombrear com os que têm por missão fiscalizar as obras no concelho, em especial aqueles senhores que fingem tão bem verificar se os novos prédios de apartamentos, moradias e vivendas estão de acordo com os projectos, ou mesmo os que são responsáveis pelo licenciamento dessas mesmas obras em prazo célere, quando dá jeito a construtores e promotores imobiliários “generosos”.
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