sábado, fevereiro 28, 2009

AVP Musical

Opinião - José Bastos

O Caso BPN - O nosso dinheiro


O défice do Banco Português de Negócios (BPN), nacionalizado pelo governo, para salvar os depositantes e evitar a corrida aos bancos, apresentava um buraco de 900 milhões de euros, mas segundo dados da comunicação social e não desmentidos, atinge hoje 1.800 milhões de euros.

Não se percebe a arrogância do Dr. Miguel Cadilhe e da sua equipa ao deporem no inquérito a decorrer na Assembleia da República, quando o défice que apresentaram ao governo, apurado pela sua equipa de auditores, era de 900 milhões e já vai no dobro.

Se era tão fácil como dizem encontrar as fraudes, porque não chegaram logo ao valor de 1.800 milhões de euros?

Atendendo aos valores que constam do relatório do património do Grupo SLN, que deve estar todo hipotecado ao BPN, em que os terrenos estão hipervalorizados, é muito possível que o défice ainda suba bastante quando se ajustarem os valores das hipotecas ao valor real dos terrenos.

Os terrenos da Herdade de Rio Frio, montado de sobro e uso agrícola estão avaliados em 730 milhões de euros, quando o seu valor anda à volta dos 30 a 35 milhões de euros. A diferença de 700 milhões de euros a ser verdade o que penso eleva extraordinariamente o défice.

Mas, não é só a Herdade de Rio Frio que está hipervalorizada, também a quinta das Fontainhas no Concelho da Moita está avaliada em 42 milhões de euros, quando a verdade e enquanto não for alterado o PDM da Moita não vale 1 milhão de euros.

A quinta das Fontainhas tem uma área de 27 hectares, fica situada na parte ocidental do concelho da Moita, junto ao IC 21, entre a Quinta da Lomba no concelho do Barreiro e o Vale da Amoreira no concelho da Moita. É zona REN conforme portaria n.º 778/93, de 3 de Setembro. É espaço canal do TGV. Será que o Estado vai pagar os terrenos como urbanizáveis?

Na revisão do PDM da Moita que ainda não foi aprovado, já conta como solo urbano multiusos proposto para comércio, industria e fogos de habitação.

Existe um protocolo entre a Câmara e os proprietários da quinta, quanto a mim sem valor jurídico, em que a Câmara se obriga a mudar o uso do solo do terreno.

A alteração do PDM da Moita tem sido acompanhada por uma grande polémica que dura há anos e já foram feitas inspecções pela tutela e investigações pela polícia judiciária.

http://umportodostodosporum.blogspot.com/2008/08/o-caso-da-quinta-das-fontainhas.htlm

Espero que este caso seja esclarecido com urgência e até parece mentira que o único preso seja o Dr. José Oliveira Costa, quando sabemos que uma fraude desta dimensão nunca é feita por uma só pessoa, mas por um grande número de malfeitores.

Também me parece urgente que o partido Comunista Português e o Partido Os Verdes, que têm maioria nas Câmaras da Moita, Palmela, Sesimbra e Setúbal onde estão implantados os terrenos do Grupo SLN se pronunciem sobre o assunto.

Do silêncio não aproveitam as populações nem a Democracia.


José Bastos
Montijo

Indecência

Do Jornal de Notícias:
«Sócrates recandidata-se em nome da decência democrática»

Ao ponto a que isto chegou quando o lobo se arma em protector das ovelhas.
OK, a metáfora do lobo não é a melhor, até porque...

Blogosfera Local

Companheiros e amigos (as)

“História da Companhia de Caçadores 3309”

São as novidades em:

http://dotejoaorovuma-cabel.blogspot.com


Um abraço

Carlos Vardasca

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Denúncia de um Abuso e Intimidação.

Uma nossa leitora devidamente identificada, vem denunciar um caso de abuso e intimidação, passado na Moita. Eis o texto enviado:

BRINCADEIRA DE CARNAVAL ou DE HALLOWEEN?

Pelas 14h50’, do domingo, 22 de fevereiro de 2009, fomos à Marisqueira Campino, na Moita, coisa que não fazíamos há algum tempo, embora conhecesse o Fernando (jovem empregado da casa da dona Antónia, há 20 anos), quando costumava lá tomar uma imperial e comer uns caracóis.
Comemos amêijoas à Bulhão Pato, que, por acaso, ao ir ao WC, vi que custavam 14€50, uma vez que, quando o Luís perguntou pela ementa o Senhor Fernando, agora proprietário, julgo eu, respondeu que não havia (mais tarde ele haveria de negar tal situação...). Pedimos também “um pouco” de canilhas, duas “bruxas”, uma dose de pão torrado. Fomos muito bem servidos, embora, desde o primeiro momento, eu tenha estranhado e comentado com o Luís, não ver naquele homem sério e friamente eficiente, o rapaz risonho, tímido e simpático de antigamente. Satisfeitos com a refeição ainda inacabada, pedimos mais uma garrafa de 3,75cl de BSE para completar o repasto. Tudo bem, dois cafezinhos para terminar em beleza.

Diante da conta exorbitante, qual não foi a nossa surpresa ao verificar que as tais amêijoas, o único prato que comemos que não era por quilo, custava 17€50 e não 14€50, como, por acaso, eu tinha visto no quadro entre a zona de bar e a zona de restaurante. Pedi a confirmação e o preço foi rectificado. Enfim, em vez de 67€22, paguei 64€22. O problema ali era o preço tão alto dos ditas bruxas. Como é que três bichinhos, e não dois, como havíamos pedido, custavam 13€21? Pesariam mesmo 190g, conforme a justificação? Nem na Trindade, em Lisboa, servem-nos a peso sem dizer antes quanto pesa determinado marisco, ou sem levar-nos à montra, onde escolhemos o marisco e assistimos ao seu peso.

O meu companheiro, então, pediu o livro de reclamações, para reclamar do preço... penso eu. E não é que ninguém respondia nada até que chegou o tal senhor fernando que nos disse que se quiséssemos escrever no livro de reclamações, teria de ser na frente da GNR. Eu tentei explicar ao tal senhor fernando que tínhamos direito a usar o livro de reclamações e ele insistiu na GNR, cheio de segurança. Tentei lembrá-lo de quem eu era antigamente, com o objectivo de que ele percebesse que eu não queria problemas, mas ele continuou, com ar intimidatório, a dizer que chamaria a GNR, de telemóvel na mão. Farta daquela palhaçada, eu pedi para o meu amigo vir comigo, mas ele insistiu em ficar. Saí e fui para o carro. Estive lá com o meu cão, até que resolvi voltar à dita cuja marisqueira para apoiar o Luís, pois eu sabia que nós tínhamos razão.

Entretanto, já lá estava a GNR que, agindo de forma simplista, já pretendia tornar a situação um mero caso de confusão por bebedeira do reclamante. Intervim, disse que estava junto e que poderia eu mesma escrever no livro de reclamações. Expliquei o que se passara, dizendo que o tal senhor fernando nos tinha ameaçado com chamar a polícia, por querermos usar o seu livro de reclamações. Muito conhecido, provavelmente, do digníssimo dono do bar, o guarda interveio logo, dizendo que isso não era uma ameaça... desculpei-me com o facto de usar a palavra de forma corriqueira, pois não sou advogada (sendo que, para mim, e penso que para o resto dos falantes da língua Portuguesa, o facto de dizer ao meu filho “não faças isso porque se não levas tau tau”, é pura e simplesmente uma ameaça, se eu não concretizar o acto).
Confirmou, o tal senhor fernando, em frente do guarda, que o que dissera foi que só poderíamos escrever no livro de reclamações em frente da GNR. Muita parra, pouca uva. Tal qual eu tinha dito.

Percebi logo a situação e não permiti que tudo se passasse como se fosse um caso de bebedeira, ofereci-me para soprar o balão e disse que, com certeza, daria algum valor porque nós dois bebêramos uma garrafa de 7,5cl e outra de 3,75cl de BSE, vinho branco, com o qual acompanháramos o nosso almoço, o que não nos deixou propriamente bêbados e perturbadores da ordem pública.

Enfim, foi-me entregue o livro de reclamações e eu expliquei brevemente, por escrito, que tive de escrever a reclamação em frente de um agente da Guarda Nacional Republicana, porque assim o exigira o proprietário do estabelecimento, deixando de evidenciar o primeiro motivo que a tentar reclamar nos levou, e realçando o facto de tal imposição, com certeza intimidatória, para não dizer ameaçadora, da presença da GNR para um acto que me é de direito, seja qual for a reclamação sobre qualquer estabelecimento.

O guarda, por sua vez, embora eu oferecesse, não viu o meu bilhete de identidade, nem conferiu a minha assinatura, não tomou nota de nada, deixando-me, com ar complacente, preencher a dita ficha. Ao sair, o seu colega guarda insistiu e aconselhou-me, em relação ao meu amigo: “No estado em que ele está, é melhor levá-lo para casa.”, ao que eu prontamente respondi, e repeti, que o seu estado era o de quem tinha dividido comigo, uma garrafa e meia de vinho branco BSE, o que não justificava essa visão de que tudo não passara de uma altercação por alcoolização.

Só mais tarde vim a saber que, enquanto estive no carro com o cão, passou-se esta situação: É incrível que, não sei se o telefonema foi apenas mais uma manobra de intimidação, o tal senhor fernando, a rir zombeteiramente, depois de ligar para a GNR, disse que a polícia iria demorar e que ele teria de ficar lá no bar a tarde toda. Entretanto, em atitude de “panelinha”, o meu amigo foi ouvindo alguns desaforos de amigos-do-tal- senhor-fernando, que ali estavam presentes e de que nem vale a pena lembrar. Novas atitudes intimidatórias, que só visavam a não utilização do dito livro de reclamações... O meu companheiro, então, dirigiu-se pessoalmente à GNR, que não registou nada, nem lhe entregou qualquer comprovante da participação, para chamá-los e só aí é que apareceram.

Trouxe comigo a factura do almoço, que só em frente do guarda exigi, tal era a minha boa vontade anteriormente, e o original da folha de reclamação, que, por sinal, é a guia errada, pois em situação de tanto constrangimento e irritabilidade contida, parece que nenhum dos dois encarregados do nosso caso leu a targeta na parte inferior da ficha de que aquela tem de ser entregue até cinco dias úteis a partir da reclamação.
E agora? Será que o problema será visto pelas autoridades competentes como uma grave falta de respeito do proprietário em relação aos direitos legais dos seus clientes, pessoas idóneas e trabalhadoras do Concelho, ou será visto como apenas um distúrbio de carnavalescos inconscientes? Será que a “pena” deixa de existir porque não é uma reclamação em relação à qualidade da comida ou dos toaletes?

Bolas! Depois de tanto marisco em tantas casas de renome e de vários países, fui roubada e insultada bem na minha freguesia!

Maria Ernestina de Andrade Sesinando

Comentário do AVP:
Evitai os restaurantes moiteiros, pois além de roubados podeis ser presos !

domingo, fevereiro 22, 2009

Investigações

Os 6 mil hectares de terrenos que a SLN comprou a alguns kilómetros do novo aeroporto

Na reportagem do Jornal Sol de 14 de Fevereiro, sobre o assunto em título, com manchete de primeira pagina, vinha um artigo de Luís Rosa, que entre outras coisas, dizia o seguinte:

“A jóia da coroa da Pluripar acabam por ser os terrenos próximos do futuro aeroporto, avaliados em mais de 730 milhões de euros- “negócio concretizado em Dezembro de 2007, através da compra à Sociedade Agrícola de Rio Frio”, (detentora de mais de 60 hectares de área de construção na futura cidade aeroportuária), afirma Fernando Fantasia.”

Segundo artigo publicado na mesma página e sobre o mesmo assunto pela jornalista Graça Rosendo, a jóia da coroa (herdade de Rio Frio), não pertence à Pluripar, mas sim à Parefur, SA e à Gestoprata, SA. A Graça Rosendo diz que o terreno tem uma área de construção 1 milhão 740.000 m2 e o Fernando Fantasia diz que tem 60 hectares (600.000m2) de área de construção. São diferenças astronómicas que necessitam de ser esclarecidas.

Estes terrenos não estão na periferia da herdade de Rio Frio, são o que resta da herdade.

Estes terrenos são agrícolas e florestais conforme o Prot-Aml e PDM de Palmela e neles existe o famoso sobreiral de Rio Frio mandado plantar por José Maria dos Santos. Os sobreiros por lei só podem ser derrubados para equipamentos de utilidade pública.

Como vivi sempre perto da herdade de Rio Frio, cujo monte fica muito perto do Montijo e conheço alguns dos personagens desta história, tenho muitas dúvidas e penso o seguinte:

1 – Sem que o PROT-ML em alteração e o PDM de Palmela transformem o uso do solo da herdade de Rio Frio de florestal e agrícola para urbanizável, os terrenos devem avaliados pelo seu uso actual;

2 – Temos que saber quem avaliou a herdade de Rio Frio (6 mil hectares) para uso agrícola e florestal (montado de sobro) em 730 milhões de euros.

3 – Para um terreno com este uso e com esta área dificilmente o seu valor atingirá os 35 milhões de euros.

4 – A estratégica política de alteração do PROT-ML, com a construção do novo aeroporto, passa por aproveitar os terrenos das antigas fábricas da margem sul e as zonas urbanizáveis das cidades e vilas já existentes. Nunca ninguém falou na criação de uma nova cidade em Rio Frio.

5 – A Naer já reservou uma área de 6.330 hectares, junto ao futuro aeroporto, para uma cidade aeroportuária.

6 – Os portugueses devem ser informados de quanto estas empresas devem ao BPN, que hoje é nacionalizado e se existem hipotecas e qual o seu valor.

7 – Estamos em presença de uma mega-fraude de consequências imprevisíveis e como o BPN foi nacionalizado, somos nós que vamos pagar a factura.

8 – O Governo, a Caixa Geral de Depósitos e a actual administração do BNP tem obrigação de nos explicar tudo sem esperar pela decisão dos processos crime nos tribunais.

9 – Se se concluir que a estratégia do PROT-MLé fazer crescer as zonas urbanas já existentes (cidades e vilas da margem sul), os terrenos da herdade de Rio Frio, poderão estar supervalorizados em mais de 700 milhões de euros nas contas do Banco.

10- Isto é poderá estar registado um activo de 730 milhões de euros, quando o que deve estar são 30 milhões.

José Bastos
Montijo

Tudo em família...

Do Público:

«Ex-presidente do ICN ajudou a viabilizar nova frente de Alcochete
Antes, a frente ribeirinha de Alcochete era feita de secas de bacalhau. A zona, que agora está abandonada, vai ser ocupada por três empreendimentos turísticos, para cuja viabilização terá contribuído o antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), Carlos Guerra.

Guerra confirmou ontem ao Expresso que, depois de ter abandonado a presidência do ICN, em 2002, já depois da autorização do Freeport, prestou serviços como consultor à Sociedade Ambiente e Manutenção (SAM). Esta é uma das empresas de Manuel Pedro, um dos dois sócios da consultora Smith&Pedro suspeitos de pagamentos corruptos no âmbito da autorização do outlet. O outro é Charles Smith. Ambos foram já constituídos arguidos.

Enquanto presidente do ICN, Carlos Guerra teve um papel determinante na aprovação do Freeport e no "encolhimento" simultâneo da Zona de Protecção Especial do Tejo. Saiu em Agosto de 2002, já com o Governo de Durão Barroso em funções, tendo requerido então uma licença sem vencimento. Em 2004 estava a trabalhar com Manuel Pedro, elaborando pareceres para a SAM que tiveram como alvo os empreendimentos turísticos previstos para as antigas secas de bacalhau. Uma pretensão que foi acolhida favoravelmente pela Câmara de Alcochete, com a condição de serem precedidos por Estudos de Impacto Ambiental (EIA).

As antigas secas, que ocupam entre 15 a 20 hectares, integram a Zona de Protecção Especial do Tejo, criada em 1994, e fazem parte da Reserva Ecológica Nacional. Duas das três secas são hoje propriedade da empresa norte-americana Sulway. A outra foi comprada por uma empresa local, a Ponte Pedrinha.»

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

O Artigo no Jornal da Moita


Não há Hortas Urbanas no Concelho da Moita !




Pensa ele...
Estou-me a referir ao vereador Carlos Santos, que detém os Pelouros de:
• Departamento de Ambiente e Serviços Urbanos• Partido Médico Veterinário• Serviço Municipal de Protecção Civil, na Câmara Municipal da Moita.

e passo a citá-lo:

«O balanço deste seminário é muito positivo. Falamos das hortas urbanas, uma realidade que não existe no nosso concelho, porque a nossa vocação está mais no sector do ensino, na educação e criar estes espaços nos recreios e logradouros das escolas e não nos espaços urbanos. Este colóquios são sempre motivo de reflexão.»

Será possível que este vereador, não se tenha apercebido da quantidade de hortas urbanas que existem no concelho moiteiro, nomeadamente no Vale da Amoreira, na Moita, em Alhos Vedros, no Gaio-Rosário e em Sarilhos Pequenos e de todas as outras que foram destruídas em Alhos Vedros, frente à Kleópatra, e na Baixa da Banheira, para construir o Parque, só para citar dois exemplos.

Esta ignorância total da realidade, de quem está à frente do Pelouro do Ambiente da CMM, é inaceitável, e merece que o AVP faça uma reportagem sobre as Hortas Urbanas que ainda existem no concelho e das que foram destruídas.
Este tema foi primeiro apresentado no Blogue:
O Plano da Moita, depois o A-Sul fez-lhe também referência.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Chavita Ad Eternum


Hugo Chavez, ou Chavita como é conhecido entre os amigos mais íntimos, fez um pacto com o diabo e descobriu o segredo da vida eterna, por isso vai poder concorrer eternamente a presidente da Venezuela e ganhar, espera ele, contínuamente a eleições.

Sócrates já mandou perguntar ao ditadorzeco Chavita, como poderá também arranjar o segredo da vida eterna, agora que se tornou o ditadorzeco da UNS com 96% dos votos dos militantes xuxalistas, quer também ele eternizar-se na Sócretinoslândia em nome do socialismo e da esquerda moderada, mas real.

O socialismo em forma de ditadura está assim garantido Ad Eternum na Chavitalândia...até que haja alguém que tenha a decência de acabar com ele.

domingo, fevereiro 15, 2009

Liliana Santos na GQ


Até que enfim uma coisa bem feita.
Ou duas.
A Liliana é uma.
Muito bem feita mesmo.
A produção fotográfica é outra.
Uma das poucas a merecerem atenção nos últimos meses nas revistas para gajos.
Ou como sem mostrar muita pele a miúda está bué de gira.
Tão gira, tão gira quem nem me apetece partilhá-la convosco.
Mas já houve quem digitalizasse as imagens, por isso não dá muito trabalho.

Tenho andado com ataques de rotundite

Um tipo quer resistir a dizer mal, mas acho que não vale a pena.
Então não é que ando há um par de semanas a ter de quando em vez de passar por aquela nova maravilha moiteira que é a rotunda em cima da rotunda da BP?
Aquilo é maravilhoso.
Duas rotundas separadas por 25 cm, o que equivale a 5 extremidades penianas entusiasmadas de político amoitado.
Só dá mesmo para rir.
E depois, com as paragens forçadas por semáforos bem sincronizados, uma pessoa até pode apreciar a barraca que vai ser quando chover a sério depois daquilo estar pronto.
A rotunda da BP que já de si gosta de encher, com aquele declive jeitoso vai ficar a deitar por fora.
Sem contar que me parece que aqueles terrenos do lado mais a nascente, junto à ribeira, também são capazes de inundar com galhardia, de nenhum escoamento a sério que terão.

Bem, mas estão aí novas eleições, mais uma rotunda é sempre uma bela obra feita, mesmo se nem quero saber quem mandou fazer aquilo e daquela maneira.

Interessante como já acima ia dizendo é a maneira como as coisas vão sendo feitas, em especial o alcatroamento que parece precisar de muitas horas por cada palmo concluído.
E meteram por ali os semáforos, esperando que o pessoal os respeite.
Pois, o problema é que a regulação do tempo é uma treta, a malta amofina-se e vai de passar no vermelho e dar de frente com os que ousaram avançar com o verde.
Há um par de dias ia-me enfaixando num azeiteiro de óculinho escuro em dia cinzento que disse que não tinha visto o sinal.
Não estivesse eu com pressa e havias de ver como tinha parado o carro ali no meio e a GNR que me rebocasse, já que não faz nada de jeito ali, nem sequer damos por ela.

Mas aguardo a inauguração e o anúncio no boletim oficial do regime moiteiro de mais uma nova obra para o bem-estar à beira-rio e coiso e tal.

Deve ser de tanto contar notas, ficou desmemoriado

Do Diário de Notícias:

«Dias Loureiro justifica-se com falhas de memória
O conselheiro de Estado refere que oito anos depois de ter passado pela SLN não tem documentos e que "os lapsos de memória são inevitáveis". Dias Loureiro diz estar disposto a regressar à AR para esclarecer caso do Excellence Assets Fund e diz estar a ser alvo de "uma campanha" Manuel Dias Loureiro garantiu ontem ao DN "estar sempre disponível para regressar ao Parlamento", e recusou a ideia de "ter mentido aos deputados por lhes dizer que nunca tinha ouvido falar no Excellence Assets Fund" quando o Expresso ontem publica contratos por si assinados. Em causa estão dois documentos, ou seja, o contrato de promessa de compra de 2626 deste fundo por parte da SLN, documento assinado por Dias Loureiro e Oliveira e Costa em Novembro de 2001, bem como o encerramento, já em Junho de 2002, numa operação que causou ao universo SLN um prejuízo de 38 milhões de dólares.»

O Líder da UNS ganhou as eleições por 96%





Soube a pouco, pois ainda existem 4% de militantes da UNS que não votaram no Líder.
Esses casos raros têm de ser analisados um a um.

Não acredito que seja possível num partido de esquerda moderada, mas real... acontecerem estas divergências graves, em que 4% dos militantes ainda têm reticências para com o seu amado Líder.

sábado, fevereiro 14, 2009

Spy vs Spy

Do Público:
«Lista de "espiões" disponível nos computadores da Presidência do Conselho de Ministros»

Mas alguém se interessa pelos nossos espiões? Eles espiam o quê? A giraça do 5º esquerdo com a mira telescópica?
Não brinquem...

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Comentário que merece um post..."Socialista de esquerda moderada mas real disse... "

Excertos do comentário, "socialista de esquerda moderada mas real"

"...O casamento do homosexuais não passa de um registo civil de um estado legal entre 2 pessoas que, ou por doença ou por opção consciente, vá lá saber-se, decidem viver uma vida em comum mesmo sendo do mesmo sexo."

Caro SEMR, você é homofóbico, como pode afirmar que duas pessoas do mesmo sexo se querem casar por motivo de DOENÇA, quer dizer com isso que os homossexuais são doentes ? pensava que era uma opção, legítima, existencial.
Se o casamento se baseia num mero contrato, então porque não se acaba com esse proforma e com a instituição que é o casamento, conheço casais (heterossexuais), que vivem juntos há mais de 20 anos e nunca precisaram de assinar esse contrato. Mas se de facto o casamento nada significa para os "socialistas", como está implícito no seu comentário então porque é que fazem tanta questão de legalizar o casamento homossexual. Isto é um poço de contradições...

"Quantas e quantos casais, homens e mulheres, ditos viris ou femininas puras, muitos católicos e que vão à missa ao domingo, não alinham em bacanais de grupo e cenas homosexuais ou lésbicas? Qunatas destas gentes não vêm agora qual madalenas púdicas bradar contra uma união administrativa civil que defende os direitos e deveres civil de pessoas que t~em o direito a ter gostos diferentes e o assumem perante a lei e a sociedade?"

Caro SEMR, você está possesso pelo demo, e ainda não nos tinha dito antes, seu malandreco...
Mande por favor as imagens ou mesmo apresente textualmente as situações que conhece dos bacanais de grupo e cenas homossexuais e especialmente as lésbicas, porque aqui no AVP, a malta pela-se por isso.

"Existem ou não existem milhares de homossexuais que vivem juntos numa clandestinidade tirânica perante a sociedade? Existe ou não existe num estado democrático o direito á diferença, o direito das minorias? Em que é que esta legalização prejudica seja quem for, que como este humilde postador neste interessante blog não é homossexual e tem também dificuldade ainda de compreender se tal é uma doença, uma deficiência genética qualquer, ou uma simples opção do direito de querer ser diferente?"


Clandestinidade tirânica, isso aconteceu com estes gays famosos...meu caro, estamos a falar de CASAMENTO, uma cerimónia que alguns prezam, especialmente alguns homossexuais, maricas, e que apenas por isso o AVP já anteriormente manifestou o seu apoio apenas para não privar os homossexuais disso e também para que as empresas que tratam dessas cerimónias e os fotógrafos conseguirem sobreviver, pois sem os Gays a quererem casar ninguém mais em Portugal a não ser que esteja DOENTE, casará neste país.

"o PS, que tem feito no governos coisas difíceis de aceitar, reconheça-se, também tem feito coisas boas e coisas de esquerda moderna e que se assume sem medo de reformar o país em muitos domínios. Quem levou para a frente e com êxito a lei da interrupção voluntária da gravidez. recordam-se como os padres e afins reagiram? E todos sabemos que muitas dessas senhoras que se mostravam indignadas fizeram abortos clandestinos do estrangeiro. Hipocrisia há muita, vaidade, cinismo, inveja de quem faz algo. Este país tem que evoluir e essa evolução passa também por reconhecer aos outros do direito legal perante a diferença."

Ó chefe, agora fiquei chateado, então foi o PS quem levou para a frente a lei da interrupção voluntária da gravidez ?
Mas então não foram os portugueses que a votaram livremente em referendo, dando-lhe o seu apoio, quando o PS poderia perfeitamente ter evitado esse referendo e poupado muito do dinheiro dos contribuintes, fazendo a lei do aborto passar apenas pela assembleia da República ?
Agora demagógica e sintomáticamente querem que uma lei como a dos casamentos Gay seja apenas viabilizada pelo Parlamento, em nome da esquerda e do povo !

Isto é um atentado à nossa inteligência !

Reiteiro a opinião do meu camarada, ainda bem que aqui no AVP somos de direita e aristocratas !

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Remédios da Avózinha


O vinho de coca da Metcalf era um de uma grande quantidade de vinhos que continham coca disponíveis no mercado. Todos afirmavam que tinham efeitos medicinais, mas indubitavelmente eram consumidos pelo seu valor "recreador" também.



Dropes de cocaína para dor de dente (1885) eram populares para crianças. Não apenas acabava com a dor, mas também melhorava o "humor" dos usuários.



O vinho de coca da Metcalf era um de uma grande quantidade de vinhos que continham coca disponíveis no mercado. Todos afirmavam que tinham efeitos medicinais, mas indubitavelmente eram consumidos pelo seu valor "recreativo" também.

Está bem... façamos de conta

Outro excelente artigo de Mário Crespo, no JN

"Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?).

Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.

Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês.

Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível.

Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu.

Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média.

Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação.

Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo.

Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva".

Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda).

Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport.

Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal.

Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também.

Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus.

Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores.

Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS.

Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso.

Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas.

Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos."

domingo, fevereiro 08, 2009

Para Angola e em Força !


Este País, está a dar o berro.

A era Sócretina, as crises, a UE, o abate de árvores, os PDMs, os partidos e os banqueiros estão a levar a Pátria ao mais baixo de sempre, enquanto não voltar o Salazar, ou o Rei D. Diniz, a solução é ir para Angola e em Força !
Foto retirada do Blogue, Angola em Fotos.

Contradições

Os Amigos do Cais dizem no seu Blogue:


"Por várias referências que surgiram na blogosfera local, esclarecemos que Os Amigos do Cais estão suficientemente informados sobre a operação de limpeza das três árvores situadas no parque do Centro Náutico Moitense.


As referidas árvores apresentam sintomas de uma doença parecida com o nemátodo nos pinheiros, praga já conhecida que alastra pelas florestas do País.

*nota 1


O trabalho está a ser executado com a orientação de técnicos da Câmara Municipal.

*nota 2


Mediante esta informação, consideram-se despropositadas as referências que surgiram.


Por outro lado e em relação ao projecto RIBEIRINHO, aguarda-se a todo o momento a instalação do estaleiro para inicio das respectivas obras. Factos que por coerência retiram qualquer sentido e oportunidade para a manutenção de uma postura reivindicativa, neste ano marcado politicamente por diversos actos eleitorais."

*nota 3


*nota 1

Antes converter-me ao islamismo, rebentar com uma torre orfã e ficar com as 70 virgens

A virgindade de Natalie vale três milhões de euros

Ainda por cima a rapariga nem é assim tão gira quanto isso, apesar do ar meio estrábico e de uma vaga tentativa de pose sensual.
E o melhor que vejo nem sequer acarreta perda de virgindade.

(será que fui indelicado outra vez?)

O que vale é que eu sou aristocrata da direita

Do Público:

«Sócrates: regionalização e casamento de homossexuais são bandeiras da esquerda do povo»


O homem está doidão.
Ui.
Ai.
Então que vá lá para a região dele conubiar-se e deixe-nos em paz.

(será que fui indelicado?)

sábado, fevereiro 07, 2009

Corte de Eucaliptos em frente ao Trilho-Alhos Vedros




A nossa leitora Susana enviou-nos a informação de que na antiga escola primária frente ao Trilho, cortaram os eucaliptos quase todos, os dois que restaram vão ser podados em breve...

"Muito a propósito, hoje foram cortados todos os eucaliptos que rodeavam a recém-encerrada escola primária das Arroteias, em frente ao antigo Trilho. Deprimente e revoltante. Espero que haja uma boa justificação, coisa em que não acredito. "

"Phoda" No Clube Náutico Moiteiro




Três fases da "phoda" radical.
No Verão vai ser bonito ver os sócios do CNM a abafar com o calor e os pássaros que se abrigavam nessas árvores agora irão todos para a Av. Teófilo Braga cagar os carros dos moiteiros, boa malha !

Poda é Phoda !

Hoje é o dia em que estão a "PODAR" as árvores sobreviventes do Clube Náutico Moitense e recebemos mails a indicar que está em curso uma poda radical.

Vamos publicar as fotos desta "Poda", no final da tarde de hoje, mas pelo que parece as imagens vão ser chocantes, pelo menos para os amigos das árvores...os dois ou três, que existirão na Moita.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Até os Comemos, carago !


O Sporting venceu, esta quarta-feira, o FC Porto por 4-1 e está na final da Taça da Liga.
Biba ó Sportingue !

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Árvore Emblemática foi Cortada no Clube Náutico Moitense


Texto e Fotos, enviado por Luís Guerreiro:

Na imagem vê-se a árvore frondosa e que dava uma sombra maravilhosa no Verão, é por isso que "eles" aproveitam o Inverno para as cortar!

Esta Árvore que me habituara a ver desde há 17 anos mesmo em frente da casa da minha esposa na Moita e que no Verão dava uma sombra frondosa, foi cortada e só hoje vi esta desgraça e é com muita tristeza que escrevo estas palavras de revolta para os mentores de tal acto, que seja qual for o motivo, não acredito que haja justificação para este crime. Onde estão os Verdes que fazem parte do governo local da moita e nunca estão presentes para evitar este contínuo corte de árvores no concelho.

Se fosse sócio do CNM, ou me explicavam muito bem o porquê desta decisão ou demitir-me-ia imediatamente, assim apenas nunca mais lá vou, nem sequer ao restaurante...

Tenho a certeza que as únicas árvores que irão deixar no concelho da Moita, são as da Av. Teófilo Braga, para que os moiteiros possam subir para elas quando há largadas e fazerem a festa do fogareiro.

Triste terra que acaba assim com todas as árvores em nome do progresso, ou seja lá do que for.

Luís Cruz Guerreiro

domingo, fevereiro 01, 2009

O PS é Bera...

Acho que o PS como conjunto de militantes que ainda

O PS é Bera...

Acho que o PS, como conjunto de militantes que ainda

Mais que Sócrates, o problema é o PS

O PS atingiu a sua mais baixa condição como partido e tudo já começou há muito tempo, quando Guterres entrou, e saiu.


O aparelhismo do PS já funcionava desde 1975, mas o Guterrismo veio dar-lhe um sentido muito mais profundo de conexões com o poder económico e judicial.


Artigo de Mário Crespo no JN

Mário Crespo – Jornal de Notícias – 26.Janeiro.2009

Acção executiva
Independentemente da verdade, José Sócrates pode já não estar em condições de continuar a chefiar o Governo. O envolvimento de familiares seus num processo de despacho governamental delicado cria-lhe fragilidades que o vão acompanhar daqui para a frente.

O ambiente de alegadas influências em decisões governamentais (supostas ou reais) para extorquir contrapartidas dá um carácter de favoritismo na prática governativa que, falso ou verdadeiro, lhe criam uma pressão política intolerável.

Em política, ao nível a que José Sócrates chegou, pura e simplesmente não há presunções de inocência quando há indícios insofismáveis. Não há comunicados com desmentidos nem notas da Procuradoria a dizer que hoje está tudo bem mas amanhã não se sabe, que lhe valham. Será este julgamento popular de José Sócrates injusto? É. Mas é assim. A infelicidade é que no ponto da pirâmide executiva onde José Sócrates se encontra o que parece já é, mesmo antes de o ter sido. É uma vulnerabilidade que vem com o território.

José Sócrates devia sujeitar-se ao julgamento popular que vem com o voto e aí saber se Portugal acredita na sua boa-fé e na ingenuidade do seu tio e primo, e se este conceito de "família" é compatível com a maneira como em Portugal se entende a função governativa. Está em jogo o bem-estar de uma população de dez milhões de pessoas e a necessidade de tomar medidas rigorosas e duras para enfrentar a crise. Está em jogo a respeitabilidade da imagem de um país que a esta hora está a ser retratado nos media estrangeiros na síntese dos que vêem a realidade de fora através dos desapaixonados despachos das agências noticiosas. Nessa óptica, o que aparece é o chefe do Governo de Portugal no centro de um furacão que envolve pagamentos avultados por favores oficiais num processo que entronca no estrangeiro com offshores de familiares metidos pelo meio. Justa ou injustamente a Standard and Poors vai adicionar este elemento à contabilidade do rating da República.

No mundo da banca e da finança internacionais também não há presunção de inocência. Na zona da vida pública em que José Sócrates se encontra, com a necessidade de executivo claro firme e duro que a crise exige, com a ameaça de todo o Portugal se tornar numa gigantesca Qimonda, a verdade ou mentira de uma insinuação são valores subjectivos de menor importância.

O momento não se compadece com as delongas da justiça à portuguesa. É preciso indagar se o povo aceita renovar a confiança em José Sócrates nestas envolventes ruidosas e cheias de incógnitas, ou se vamos continuar no "pântano" profetizado por António Guterres quando se demitiu, (curiosamente em data muito próxima do início de toda esta questão do Freeport). Alguém vai ter de tomar uma decisão executiva porque, face ao que já está escrito e dito, não chega clamar pela celeridade da justiça, que não existe, nem pedir o aval diário do até-aqui-tudo-bem-depois-se-verá da Procuradoria. José Sócrates, por si, ou Cavaco Silva, por ele, terão de tomar a única decisão possível, que é fazer o primeiro-ministro sujeitar-se ao juízo do voto antecipado que relegitimará, ou não, o seu Executivo.