sábado, dezembro 31, 2005

Então Bom Ano Novo e tal...





São os votos aqui do pessoal do AVP, apesar do 2006 não se adivinhar grande coisa.

AV1/AV2 (cartoon de Ares)

O RIO, a nossa homenagem !

A notícia do término do RIO, abalou-me com a mesma força com que se perde um amigo de longa data...é com lágrimas nos olhos que me despeço deste meu amigo, para o qual colaborei e de que possuo a colecção inteira.
Ao Srº Brito ao Srº Lourivaldo e especialmente ao Srº Marmota que fazia a sua distribuição de bicicleta pelas ruas de Alhos Vedros um grande e sentido abraço de eterna saudade !
Se de alguma maneira possamos fazer com que o projecto "O RIO" não morra é só dizerem-nos como poderemos colaborar com isso !
Fica aqui prometido uma reportagem especial para depois do Ano Novo com o histórico do Rio e uma recolha das melhores matérias por esse grande jornal, publicadas !
Como sempre venceu a mediocridade e o que resta agora no concelho da Moita são o AVP e os outros Blogs amigos que ainda fornecem uma informação Independente, porque não consigo ver o jornal gratuito que por aí circula como um projecto jornalístico...pelo menos até agora pouco o tem sido !
Estamos cada vez mais pobres, neste paupérrimo concelho !

AV2 e AV1, que concerteza partilha este meu estado de espírito.

O Bom e o Mau

Do alto do nosso pedestal analítico, aqui vamos fazer uma breve lista do que de bom e mau se passou pelo nosso concelho neste ano que agora acaba.
Será inútil acrescentar que esta é uma análise extremamente objectiva, infalível e não passível de qualquer crítica.

Acontecimento positivo do ano: A vinda de Herman José à Festa da Moita e a transmissão que dela foi feita no horário nobre da SIC. Nem nos meus mais ambiciosos sonhos eu esperaria meio mais eficaz de ridicularizar os hábitos e pseudo-tradições moiteiras. A boçalidade de muitos dos protagonistas, o mau-gosto evidente de algumas iniciativas, para não falar do aproveitamento político de que foi objecto pelo poder moiteiro que, a um mês das eleições, conseguiu organizar um Congresso Internacional de qualquer coisa taurina, colando-se com muito pouco pudor ao lobby taurino, ficaram à vista de todos.

Acontecimento negativo do ano: A falta de transparência da situação (já existente antes das eleições locais) de pedido de aposentação do actual Presidente da CMM. Depois das acusações (justificadas ou não) feitas a alguns adversários sobre o seu "tachismo", não deixa de ser curioso que alegando a legalidade, alguém se aposente aos 48 anos, mesmo se o dinheirinho reverte em grande parte para o Partido. Afinal, quando se acabar a carreira local, basta uma desvinvulação do Partido, pará...

Acontecimento duvidoso que fica para o próximo ano: Toda a rocambolesca história em torno da deslocalização da REN no concelho de acordo com a proposta do novo PDM. Também aqui foi notável a falta de transparência (e de estudos justificativos) que nos explicassem porque se fazem desanexações da REN nuns locais e se concentra quase toda ela numa só zona. O valor ecológico de certas áreas não desaparece em 10 anos, a menos que tenha sido mal protegido, enquanto é muito estranho que se tenha deslocado todo para o mesmo ponto. Acresce a isto o desmando a que tem sido sujeita toda a zona ribeirinha da freguesia de Alhos Vedros, que parece não estar para acabar brevemente, entre aterros, lixeiras a céu aberto, o cais de desmantelamento e tudo o que se vê.

Figura positiva do ano: Joaquim Raminhos e a sua eleição para vereador, por ter conseguido congregar uma larga faixa da população descontente com a gestão da CDU, mas sem confiança no PS como protagonista de um modelo diferente de desenvolvimento para o concelho. Se um assumido anti-bloquista como eu foi fazer a cruzinha à frente do nome do Bloco de Esquerda, alguns méritos terá o candidato, só se esperando que a esperança depositada nele se traduza na sua acção fiscalizadora das poucas vergonhas e negociatas quie por aí andam.

Figura negativa do ano: Eurídice Pereira e o descalabro eleitoral a que levou o PS, ao blindar uma direcção local socrática a todas as vozes internas alternativas, esquecendo que muitos dos seus críticos têm um peso local muito maior do que o seu. Ao não apresentar uma rectaguarda de combate para o debate político (o que a CDU apresentou resguardando as suas primeiras figuras do desgaste) e ao ser abandonada pelo seu apoiante mais directo em troca de um job lisboeta, Eurídice Pereira só teve para apresentar uma riqueza de meios de campanha e propostas incompatíveis com o seu próprio diagnóstico da situação financeira da CMM.

Figura duvidosa que permanece para o próximo ano: Rui Garcia e o seu papel pardacento na gestão do Urbanismo e do Ambiente (!?) e em muito do que se encontra na proposta de revisão do PDM. Com ele a permanecer no lugar espera-se o pior em termos de acção, inacção e dicção. E só não escrevo mais, por causa de uma das minhas decisões para o Ano Novo que divulgarei amanhã.

Esperança do ano: Nuno Cavaco ou a face civilizada da opinião ligada ao PC, publicada no concelho. A sua recente subida à assessoria do inefável RG faz-nos ter a esperança que traga algum bom senso a uma área de onde ele (o bom senso) tem andado ausente. A lealdade e a amizade também passam por avisar aqueles que estimamos dos erros crassos que comete(ra)m ou que se prestam a cometer.

Lamento do Ano: a suspensão da publicação do jornal O Rio, conhecida já quando este texto estava preparado, devido às enormes dificuldades financeiras com que se começou a debater nos últimos tempos.

AV1

O Rio e o Foral de Alhos Vedros

Já se encontra online e nas bancas O Rio da próxima quinzena com uma excelente cobertura das comemorações do 491º aniversário do foral de Alhos Vedros (ver pp. 4-5).
A ler com toda a atenção, desejando-se que o estudo apresentado por José Manuel Vargas mereça uma, mesmo que singela, publicação pela JFAV.
Infelizmente, parece ser esta a última edição desta publicação que durante oito anos nos acompanhou e à vida social, cultural e política do concelho.

AV1

Preservação do Património (Garcia Style)



Pelo menos é o que consta sobre a forma como o shôr vereador reagiu às críticas sobre a forma como a CMM tem lidado com as questões da preservação do património histórico (e nem se fala do ambiental).
Parece que ele acha que a autarquia tem feito o suficiente e que o essencial é os proprietários darem permissão para que se façam os estudos que deviam ser exigidos previamente pelos poderes públicos.
Mas é o que se arranja por cá para Vice-Presidente de Câmara.
O pessoal político anda curto (de vistas).

AV1 (a copiar as ideias do Brocas)

Peca por defeito

Parece que o Expresso acha que este assunto é algo de muito surpreendente para fazer dele a primeira página da última edição do ano de 2005.
Eu acho que a estimativa peca por defeito, atendendo ao que pude e posso constatar por observação directa.
Se bem repararmos, e embora o fenómeno masculino dê mais nas vistas, as artes e os meis de comunicação social e entretenimento estão entregues a pessoas alegres, só isso explicando determinados estados de perpétua euforia de algumas figuras públicas.
No mundo académico, eu subiria a percentagem para uns belos 20% no mínimo.
Na política, actividade mais brutal e menos requeintada do que as anteriores, talvez os valores andem ligeiramente abaixo da média.
Porque não nos esqueçamos de uma coisa muito elementar: as médias só existem enquanto construções artificiais que conjugam realidade muito diferentes e por vezes opostas.
E em matéria de sexo, se temos uma boa parcela de heterossexuais esganados, aparentemente sempre famintos de sexo, também temos uma razoável proporção de celibatários pouco activos, mesmo se involuntariamente, e uma outra parcela que por vezes esquecemos de castos convictos por razões ideológicas.
A parte da homo e bissexualidade faz parte de todo este vasto espectro e o seu peso de 10% é algo que vem de quase todas as análises empíricas feitas com um mínimo de seriedade desde a segunda metade do século XIX.
Quanto à hipótese de casamento entre homossexuais (admitido na Holanda, Inglaterra, Espanha e já um bom número de outros países) eu concordo em absoluto, ao contrário do que acho sobre a equiparação entre uniões de facto e casamento.
Aliás, só admitindo os casamentos homossexuais para quem os quiser fazer se ultrapassa a questão das uniões de facto que, se o são como manifestação de um modo de vida alternativo e não conformista em relação às convenções sociais, devem assumir essa não convencionalidade até ao fim.
Se o papelito do casamento é apenas um contrato, então não queiram ter as vantagens desse contrato, sem o assinarem.

AV1

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Especial Fim de Semana/Fim de Ano

Se tudo correr bem e houver tempo, durante este fim de semana iremos fazer os possíveis por postar as nossas prendas de Ano Novo para os nossos colegas blogueiros locais (as de Natal já foram deitadas fora, de tão atrasadas), fazer a lista da meia dúzia de resoluções para o Novo Ano que se avizinha e, se tudo correr mesmo de feição, apresentar os melhores e piores momentos de 2005 à escala local e nacional.
Resta saber se não me arrancarão à força do teclado para comemorar a passagem de ano, efeméride que a mim me deixa sempre um tanto ou quanto indiferente.

AV1

O Cartoon do Dia













Chapatte, cartoonista suiço

Charlatanice "made in AV"

Eu sei que é a inveja que me move quando critico o tarólogo alhosvedrense Miguel de Sousa.
Mas que hei-de fazer.
O rapaz - quem o viu de calções pela Bela Rosa acima ou abaixo entre casa e a escola não consegue tratá-lo de outra forma, tal como as velhotas que restam na minha rua me continuam a tratar pelo diminutivo - também se coloca a jeito e não é só desse jeito que vocês já estão a insinuar.
Vejamos parte das suas previsões para 2006 nas páginas do Tal & Qual:

«As lutas e as desigualdades sociais vão agravar-se, e as pessoas, cada uma à sua maneira, vão tentar fugir a esta crise: umas vão endividar-se para viajar, outras vão virar-se para a religião, outras para o desporto e para o seu aspecto pessoal, outras vão dedicar-se mais à família...»

Até aqui temos uma mistura de diagnóstico social de Jerónimo de Sousa com as propostas de salvação de um José Castelo Branco.
Mas há mais:

«o País será fortemente abalado por uma catástrofe natural, que nos atingirá a todos.»

É pá... Isto já é quase o apocalipse!
Vai atingir-nos a todos ?
Mesmo a ele ?
Então e ele que consegue fazer a previsão, não vai conseguir escapar ?
Mmmmm....
Mas para terminar o rapaz prevê que se dará uma tragédia "estrondosa" na Baixa lisboeta nos próximos 10 a 15 anos.
Pois...
E eu prevejo, que ele precisará de ir à casa de banho nas próximas 24 horas.
E, se tudo correr be, também vai precisar de respirar um bocadito nos próximos segundos, o que é uma previsão bem mais detalhada.

AV1

Novas tecnologias para quê ?

Por vezes penso que é desnecessário andarmos com esta conversa da modernidade tecnológica, das bandas largas, da sociedade da informação, etc, etc, se as pessoas e as suas cabeças continuam a viver ao ritmo do século XIX.
Enquanto as máquinas não funcionarem sozinhas - e isso não é bom, como se sabe através da melhor ficção científica - é preciso que sejam os humanos a fazê-las mexer e por cá a malta mexe-se pouco.
No tempo de vacas gordas, porque estão gordas e há pasto para elas se alimentarem.
No tempo de vacas magras, porque estão magras e não há pasto que justifique o esforço.
Exemplifico.
Como bedófilo inveterado, mas algo sedentário, não me desloquei a nenhum dos salões e festivais de banda desenhada que recentemente se realizaram no nosso país (Amadora, Porto, Moura, Beja).
Mas, e como se anunciaram em parangonas os sites oficiais, decido ir vê-los e, se possível, encomendar obras que tivessem sido publicadas por ocasião dos eventos.
Já há uns meses tive uma infeliz experiência com a Bedeteca. Mandei-lhes um mail a solicitar o envio de publicações ao qual nem me responderam.
Desta vez experimentei com os Salões Internacionais de Moura e do Porto.
De Moura responderam-me com alguma presteza e prontificaram-se a enviar-me duas publicações, o problema é que nunca mais as enviaram. Há 15 dias que me confirmaram o envio, mas até hoje nicles de batatóides. Eu sei que os Correios andam mal, mas mesmo assim duas semanas já era tempo. Claro que podem ter entregue a encomenda na morada errada. Ainda bem que era à cobrança e não paguei à cabeça.
Do Porto, responderam-me - depois de reenviar por duas vezes o mail de contacto - que se iam informar sobre o preço das publicações. Note-se que é das próprias publicações. Não de uma qualquer outra editora. Hácerca de 10 dias que espero que me enviem a informação. Vou, só para chatear, reenviar o mail com o pedido todos os dias até os irritar o suficiente.
Se existe o trabalho de criar um site, um mail de contacto e um serviço de encomendas online para que quem vive longe dos locais possa aceder aos produtos, não seria boa ideia existir quem depois tratasse, no mínimo, de escrever a dizer para eu ir passear e jogar ao pau com os ursos ?
Se eu pedir um livro remoto e esgotado de uma livraria ou alfarrabista inglês, ele chega-me cá na mesma semana.
Aparentemente, qualquer cidade inglesa está mais perto de nós do que Moura (é alentejo, eu sei, mas...) ou qualquer londrino tem mais interesse em responder-nos do que um portuense (eu sei que somos mouros, mas...).
Por isso, mais vale não investirem nas novas tecnologias de informação porque, afinal, nada se resolve mais depressa do que pelo velho método de mandar alguém buscar lá as coisas.
Raio de gente.

AV1

Cabecinha Pensadora !

Um estudante pensou na maneira de ganhar 1 milhão de Dollars com uma ideia e começou a vender os pixéis da sua página por 1 Dollar, está quase tudo vendido e é das campanhas publicitárias mais eficientes de sempre !
Parabéns ao autor da ideia pela sua inteligência criativa !

AV2

Câmara da Moita quer vender todo o Património em terrenos

No Ecos da Moita, vem esta notícia:
"A gestão CDU coloca em orçamento a possibilidade de venda de todo o património da CMMoita em terrenos, num só ano! Será possível que pretendem que alguém acredite nisto?"
-Alguém pode me explicar isto ?
-Quais os terrenos ?
-Porquê esta urgência em os vender todos os terrenos da Câmara, em ano...será que vai ficar tudo inundado, devido ao descongelamento dos Polos ?
-Quais são os terrenos e onde ficam situados ?
Não nos podemos esquecer, que a Moita vendeu uma parte substancial dos seus terrenos a Palmela no séc XIX, por uma situação nunca bem explicada, será que querem vender os terrenos para outro município ?
Alguém me explique estas questões, por favor !

AV2

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Isto precisa de mais atenção

Inicialmente esta notícia deu-me alguma esperança mas, atendendo ao que se passou na reunião pública da vereação de ontem (com o senhor do Urbanismo a falar em matérias para as quais carece de tudo, conhecimentos, sensibilidade, vergonha na cara, competência técnica, estratégia política, vergonha na cara, etc) e do que se ouve por aí, parece-me que mais do que a reabilitação de equipamentos se irá passar algo diferente e infinitamente menos interessante do ponto de vista "Cultural".
Quando se fala das antigas instalações da Pluricoop fala-se das instalações da antiga Cooperativa Operária de Consumo na rua Cândido dos Reis ? Dão para um auditório e área de exposições ? Olhem que isso carece de investimento a sério...
Ou falamos de outro espaço e de outras "coisas" ?
E quanto ao mercado, a intervenção vai ter que efeitos ?
A zona envolvente vai beneficiar de um maior cuidado, de modo a não parecer uma manta de retalhos, bem simbólica do urbanismo de 5ª categoria que nos servem cá pela terra ?
Em relação à Biblioteca, nada tenho contra uma reorganização da sua forma de funcionamento, mas isso é uma questão que não envolve qualquer tipo de investimento.
Já quanto ao Moinho de Maré, espero que não pensem que chega pintar as paredes e espetar umas prateleiras, para apregoarem que está um Museu feito.
E que fica bem o Palacete ali ao lado a esboroar-se aos poucos.
Mas como vão ainda avançar com o projecto e com os estudos é melhor esperar sentado com a cama ao lado.
Um itinerário da vila e dos seus espaços - existentes e destruídos - seria útil, mas não sei se haverá alguém "da área" no departamento técnico que esteja disponível para esse tipo de trabalho. Ou se os responsáveis políticos acham que isso seja prioritário.
Resta-nos esperar e ter umas réstias de esperança.

AV1

O prometido é devido









AV1 (com foto do Oliude no seu renovado AVCity)

Lemos e não acreditamos

Conteúdo essencial da resposta dada a questões sobre a preservação do património em Alhos Vedros, na sessão pública da vereação de ontem, a partir do EcosMoita:

«R.Garcia (CDU) - Numa intervenção deplorável ao nível da linguagem utilizada, entende que a CMM cumpriu com a sua obrigação. Que têm cuidado e têm feito estudos para a recuperação do património: moinhos de vento (?), capela de S. Sebastião, capela de Alhos Vedros (?!?), moinho de maré.Até têm apoiado pontualmente o Grupo de Amigos da História Local a desenvolver algumas actividades. (Pegamos no Orçamento para 2006 - está proposto para apoio a estas intervenções a verba de ... pasme-se 500 euros) »

E depois ainda há quem se admire com a prenda de Natal que lhe reservámos.
Pior do que o cego é que aquele que coloca as baias em si mesmo para não ver e ainda critica quem insiste em abrir os olhos.
Antigamente chamava-se "nhurro" a este tipo de pessoa.

AV1

Música para os Novos Existêncialistas


Esta música dos Repórter Estrâbico é dedicada a todos nós, os Portugueses !
AV2



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O Endividamento dos Portugueses

Os Portugueses pelo que se apurou, ganham 100 e gastam 118, recorrendo ao crédito, ou seja gastam em média, mais 18% do que auferem com os seus ordenados, isto significa que multiplicando 18 x 12 meses, dá qualquer coisa como 216%, o que são mais dois ordenados mensais, só para pagar o endividamento.
Esses ordenados extra, são o subsídio de Natal e o subsídio de Férias, (Quem os tem...) só para pagar o endividamento anual.
Fazendo estas contas notamos que os Portugueses, deveriam racionalmente, não ter Férias nem gastar o subsídio de Natal, porque são estes dois meses de subsídios que devidamente canalizados para a poupança, poderiam equilibrar o seu orçamento anual.
Vai lá vai...
Os Portugueses nas férias além de gastarem todo o subsídio, ainda se endividam mais, para irem de férias no exterior, porque actualmente está na moda passar uma semana ou 15 dias no Brasil ou em Espanha, isto tem por efeito não desenvolvermos a nossa economia, fazendo Turismo interno, acrescemos mais este endividamento de digamos mais um ordenado e já estamos nos 316% de endividamento anual. (216% + 100% = 316%)
Mas ainda faltam as despesas com o Natal o Ano Novo o Carnaval e a Páscoa !
Os hábitos consumistas nestas épocas festivas, faz com que o subsídio de Natal seja todo canalizado para comprar prendas para toda a família, mas para aquelas coisinhas que os nossos vizinhos têm e nos temos de ter também...o gravador de DVD, a câmara digital e até o computador portátil.
Estas compras são geralmente pagas em 24 ou 36 prestações, o que faz acrescer mais um ou vários endividamentos mensais que podem chegar a 20% do ordenado, mas vamos situar-nos nos 10%, ora 10% x 12 = 120% a acrescer aos já 316% anuais de endividamento, isto perfaz a bonita soma de 436% !
Mas a modernidade continua e agora parece que se tornou moda também as viagens de fim de ano para o Brasil, que rondam os 1000 € ou seja dois ordenados médios em Portugal, mais 200% a acrescentar ao resto do endividamento ! (436% + 200% = 636%)
Se algumas famílias já enlouquecidas por este Novo Existencialismo também aproveitarem o Carnaval e a Páscoa para dar um saltito a Badajoz, acresçam a esta loucura, mais um ou dois ordenados, ou seja mais 100% ou 200% ! (636% + 200% = 836%)
Isto significa que os Portugueses, para além de arcarem com as prestações do carro e da casa e da creche para os filhos, têm depois disso, de pagar as viagens que não podem fazer e os objectos que não podem adquirir !
Para que os Portugueses podessem pagar estas dívidas, teriam de ter dois empregos cada, mas devido ao grande desemprego que grassa, nem um emprego muitas vezes se tem.
Todos estes factores, fazem com que as expectativas dos jovens casais de viverem juntos por mais de dois anos são cada vez mais remotas e o que se constata é que cada vez há mais separações, depois desses dois anos, porque é geralmente o tempo de contracção dos empréstimos para Viagens e Objectos de desejo !
O carrinho a casa e os filhos, são relações vitalícias por isso extrapolam os casamentos ou uniões de facto.
Esta mentalidade consumista desenfreada das novas gerações de casais, além de arruinar a vida profissional e pessoal dos Portugueses, também faz com que se viva constantemente neste ambiente maníaco-depressivo em Portugal !
Outros hábitos mais culturais e menos consumistas seriam necessários para os Portugueses, mas o que prevalece é a cultura do imediato e do NO FUTURE , o Novo Existencialismo.
Há quanto tempo não visita você um Museu ou uma Exposição, ou vê uma peça de Teatro ?
Nestas férias de Natal/Ano Novo, em vez de ir desesperadamente torrar ao sol duma qualquer praia do Nordeste Brasileiro, experimente passear aqui nas nossas praias, eu por exemplo estou a ir de bicicleta até ao Rosário, conheça melhor a nossa região e especialmente ponha os pés na terra e pense no futuro dos seus e do seu País !
Quantos estrangeiros não se endividariam só para puderem conhecer um País como o nosso.
Portugal está cheio de belezas e surpresas por todo o lado e muito próximo de si.
Leiam livros e visitem Museus, é o meu conselho para os endividados dos Portugueses.
A Cultura faz-nos muita falta !

AV2, a tentar evitar a separação...

Ainda afectado...

... pela experiência rodoviária traumatizante, vou ali ver uns rebanhos de ovelhas alhosvedrenses a pastar no que resta de campo e já venho.
Pode ser que a ilusão bucólica me faça recuperar a inspiração, em especial se optar por contar as patas dos digníssimos ovinos e ovinas para me acalmar do nervoso miudinho.

AV1

A neura, minhas amigas...

... e meu amigos, a NEURA.
Hora e meia dentro da carripana, para atravessar a ponte 25 de Abril a meio de uma tarde, só porque um marmelo decidiu empanar em cima do tabuleiro e, por solidariedade, um jiposo decidiu fazer o mesmo antes da saída de Alcântara.
Ou será que foi mais do que isso ?
A única coisa "boa" foi ver a fila no sentido contrário que depois das 4.30 já chegava à estação de serviço do Seixal.
Quem me manda a mim não andar de transportes públicos ?
Tenho a mania que sou fino, 'tá-se mesmo a ver.

AV1

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Pensamento da Noite


Alguém achou na produtora das novelas para a TVI que o eterno jovem Pedro Granger seria uma boa ideia para galã romântico.
É como se me tivessem dito que o Charlie Brown tinha hipóteses de engatar a Angelina Jolie.

AV1

BêDê

Chama-se Blazt e é uma revista de BD que se diz internacional, mas que é produzida por cá e de que saiu o nº 1 com data de Outubro.
Os criadores confessam que «se calhar apanhámos demasiado sol este Verão, mas, também a nós, nos ocorreu a ideia peregrina de que deve haver uma via estreita, escondida algures entre os recifes de fracassos nacionais, que leve uma publicação de Banda Desenhada ás ilustres praias da imortalidade. Não fazemos a mínima ideia que cia será essa, confessamos. Por isso, resolvemos inventar uma.»
O material é todo nacional e parte dele promete bastante.
Vamos ver quanto dura e onde se vai ser possível achá-la, pois sem publicidade, toda colorida e com papel couché não há 3,5 euros de preço e patrocínios que resistam.

AV1 (o bedófilo)

É fora das nossas fronteiras...















... mas é lamentável na mesma o estado a que chegou a mancha florestal que se estendia em torno de Coina, até ao Casal do Marco e a Quinta do Conde.
Tudo foi retalhado, destruído, loteado, para habitação, barracão "industrial", extracção de areia ou o que mais lembrar à cabecinha da malta.
Os "incêndios" também ajudaram à festa, para acabar com tudo.
Pinhal de Negreiros, Pinhal do General, Pinhal de Frades, etc, etc, são apenas meros topónimos para memória futura.

AV1 (com a zona de Coina vista de cima pelo Google Earth e o pinhal visto do chão pelo Brocas)

Mais palavras para quê ?



«DEPÓSITO DOS MATERIAIS
O espólio encontra-se à guarda de um dos signatários (António Gonzalez) na sua casa de Alhos Vedros, e será entregue à Câmara Municipal da Moita quando esta possuir um local para depósito dos materiais arqueológicos.
(...)
CONCLUSÕES
Com excepção da zona onde se realizou a sondagem 3 [NE - a zona de logradouro que não era a da construção principal] toda a restante área tinha sido arrasada, praticamente, até à camada do substrato geológico, antes de serem realizadas as sondagens arqueológicas
(Sondagem de Emergência na Área da Antiga Cadeia de Alhos Vedros, p. 9)

Sobre a primeira parte desta citação, apenas repetir e repisar que é impensável que uma autarquia, a findar 2005 e com 30 anos de exercício do poder pela mesma força partidária que governa Palmela, Seixal, Almada, só para citar autarquias próximas, continue sem uma estrutura para depósito e exposição dos materiais arqueológicos que desde os anos 80, pelo menos, têm sido descobertos pela vila de Alhos vedros.
Sobre a segunda que, como de costume, ninguém é responsável por nada, ninguém sabe nada, ninguém estava em condições de prever nada.
Por cá, e pelo que se vê, nem os políticos sabem ao que andam nos respectivos pelouros, nem o pessoal técnico está para chamar a atenção ou então, e isso é pior, ninguém lhes liga.
Agora mesmo a sério...
Ninguém se lembrou de prever esta situação ?
Nenhum técnico tem conhecimentos da nossa freguesia para alertar para o que se iria passar ?
Ou ninguém, pura e simplesmente, se interessa seja pelo que for, desde que não cheire a bosta ?
Ou "não é da área" ?
Ou já dá muito trabalho receber o ordenado ao fim do mês, apenas roçando o rabiosque pelas cadeiras da Divisão ?

AV1

Parabéns ao Brocas

Pela milésima bosta, na qual ele nos revela a existência de uma Empresa Municipal de mudanças que desconhecíamos.
Mas acredito que seja só propriedade municipal em trânsito.

AV1 (inco-mudado, que trocadilho do caraças...)

A espreitar

No Reason, a ponta de um interessante rolo por desenrolar, envolvendo alguns espaços públicos, privados e/ou cooperativos na nossa freguesia.

AV1

Ideia peregrina






Espero desenvolver proximamente uma das minhas ideias mais peregrinas e passíveis de provocar o espanto, a repulsa e o protesto dos leitores mais moralistas que, ao contrário de mim, são contra a legalização da prostituição.
No fundo, pretendo estabelecer um paralelismo entre a gradual destruição do chamado "Pinhal de Coina", a decadência da actividade prostitucional que aí se desenvolveu desde os meados do século XX, se não antes, e o declínio económico da Península de Setúbal.
Por enquanto, fica apenas a vista aérea de parte da zona que agora até se encontra bem mais devastada pelos incêndios localizados que limparam mais uma zona que certamente acabará em "Parque Industrial".

AV1

Vamos pensar nisso

Caro(a),

O “Setúbal na Rede”, em conjunto com a Câmara Municipal do Seixal, tem a honra de o(a) convidar a estar presente na comemoração do 8º Aniversário, num cocktail a realizar no dia 5 de Janeiro de 2006, pelas 21:30 horas, na Associação Náutica do Seixal.
Nesta iniciativa, contamos com a participação de especialistas para debater a realidade do jornalismo digital.
Aproveitamos a oportunidade para lhe desejar umas Boas Festas e um Excelente 2006.

Contamos com a Sua Presença!


Pedro Brinca
(Director)
director@setubalnarede.pt

R.S.F.F - Agradecemos confirmação até ao dia 31 de Dezembro através dos seguintes contactos:
Telefone: 265 235 667, Fax: 265 552 713 ou e-mail:
director@setubalnarede.pt
Vejam lá é se não aparece o Leonel Coelho a estragar o evento :)) .
AV1

Playlist Alternativa








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AV2

terça-feira, dezembro 27, 2005

A Entaramelada

Como vos escrevi há umas horas, hesitei em postar a primeira versão de um texto sobre esta senhora que tanta gente aplaude e que até ganhou um prémio de jornalismo em 2003, a pretexto do seu programa de entrevistas "Por Outro Lado".
Realmente continha violência verbal gratuita, sem bem que gratificante, e algumas recomendações para sexo explícito.
Por isso, emendei a mão e aqui vai uma segunda versão mais conforme aos cânones da moral comum.
Confesso que raramente consegui ver mais de 5 a 10 minutos consecutivos do programa conduzido por Ana Sousa Dias.
Porquê ?
Porque algumas vezes não tinha interesse no convidado.
Mas principalmente porque na maioria das vezes a entrevistadora me deixava confundido com as suas intervenções.
Porquê ?
Porque raramente achei que a senhora enfiasse mais de quatro palavras com qualquer tipo de conexão e sentido.
Elogiam-lhe muito o facto de deixar os entrevistados falarem, sem lhes cortar a palavra.
Ainda bem, porque quando ela fala é a desgraça...
Aliás, a parte melhor da sua participação televisiva, passou a ser quando a tornaram pau de cabeleira do Marcelo Rebelo de Sousa.
Todos os silêncios de Ana Sousa Dias são merecidos e por nós muito agradecidos.
E nas outras entrevistas também.
Em muitos casos - quanto tinha interesse em tentar ouvir o entrevistado, como aconteceu com Mia Couto - fui forçado a acreditar que a senhora estava sob o efeito de qualquer tipo de substância, assim a modos que nebulizante do raciocínio.
Raramente lhe ouvi uma pergunta que seguisse o contexto das respostas anteriores do entrevistado.
Muitas vezes parecia altamente impreparada sobre a obra de quem era seu convidado.
Muitas outras vezes pareceu-me apenas apalermada.
Ontem à noite a vítima foi o Ricardo Araújo Pereira que se foi contendo com alguns esgares que traíam o que devia estar a pensar.
A certa altura do p'ograma Ana Sousa Dias relembra que RAP num inquérito identificou como suas obras literárias predilectas a Madame Bovary, A Vida e Opiniões de Tristan Shandy e o Dom Quixote.
RAP concorda.
Ana Sousa Dias, taramelando o discurso, faz umas considerações desconexas sobre a obra magna de Cervantes e pergunta a RAP se já leu o livro.
Ou seja, num rodopio mental fabuloso, ASD parece concluir que RAP teria indicado como uma das suas obras preferidas algo que não teria lido.
RAP, de sorriso retorcido, responde-lhe em tom meio irónico algo como "pois, por acaso até li, por isso é que é um dos meus livros preferidos".
Enfim, alguns amigos a senhora terá.
Ou isso, ou ninguém quererá nos dias que correm fazer entrevistas para a 2:
Só pode.

AV1

Citação da Noite

«A opinião popular educada, é a mais segura fiança de estabilidade para os bons governos e de felicitação pública. Por ella, se operará no interesse commum, o que aliás ficaria circumscripto á limitada esphera das conveniencias individuaes.
(...)
Portugal, abraçado com a industria agricola e fabril e empenhado nos melhoramentos materiaes, vae construindo de boa fé, sem attentar seriamente para a solidez dos alicerces. Quanto mais arrojada se lhes estiver affigurando a projecção que delineou, mais proxxima da sua ruina lhe andará a grandeza da edificação. O desenvolvimento publico, que espera do plano de reformas que traçou, será quasi uma chimera, em quanto não disposer rasgada e francamente os caminhos da illustração popular. Pouco lhe amadurecerá o futuro, em quanto não emmendar os erros que lhe legou o passado, fazendo caminhar juntos os interesses intellectuaes com os materiaes do paiz.»
(Revista da Instrucção Publica para Portugal e Brazil, nº 1, 1 de Julho de 1857, p. 1, edição de António Feliciano de Castilho e Luiz Filippe Leite)

Passaram-se 198 anos e se substituirmos "indústria agrícola e fabril" por "Ota e TGV", pouco se achará de anacrónico.

AV1

Movimento "Moita a Cidade"

Já há algum tempo que conhecemos a existência deste curioso movimento, que até tem um espaço na net e tudo, mas quer porque achamos a ideia peregrina, quer porque os promotores do movimento são pouco produtivos em termos de divulgação das suas actividades, nunca lhes arreámos as bengaladas virtuais que merecem.
Embora em Portugal existam cidades com tão mau aspecto como a Moita ou mesmo com pergaminhos igualmente duvidosos, não deixa de ser assim um bocado para o patego este tipo de movimentações "populares" que se abalançam a escrever coisas como:

«Quando lançámos este site, tínhamos uma grande expectativa em saber como ele seria recebido pela população da nossa terra: será que seria bem recebido? Ou seria ignorado? Se calhar, com tanta informação existente na Internet, se calhar ninguém vai dar com o site...
Agora, passados 3 meses, podemos dizer com alegria que ultrapassámos todas as nossas expectativas mais optimistas. O nosso site foi já visitado por mais de 110 pessoas.»
(texto do dia 7 de Abril deste ano)

Se fizermos as contas, esta fabulosa média, (110 visitas em 90 dias), dá algo a rondar 1,2 visitas por dia, o que convenhamos é realmente entusiasmante e capaz de fazer o movimento repensar a sua vocação e passar a proclamar a "Moita a capital do Universo conhecido e por conhecer".
Então com a Marginal reperfilada, nem sei que vos diga.
Quem também parece ter achado graça à ideia é o pessoal no novo blog Falta Papel que escreve o seguinte a finalizar o seu post "Importam-se de repetir ?"

«Ser cidade de nome e não de facto!? Dizem que as vantagens são de "base eminentemente psicológica". Perdão, voltando atrás, não é bem bovina vila (que até na Moita há qualidades) senão bovina proposta.»

AV1

Melhoramentos na fachada

Ao acabar o ano, o AVP vai introduzindo alguns aditamentos absolutamente desnecessários na sua apresentação, em particular - e para recompensar quem descer ao longo da nossa página - uma selecção ainda curta e mais ou menos permanente de sugestões visuais de música e livros.
É o que faz ter um quarto de hora de tempo nas mãos e não querer postar já o meu violento libelo contra Ana Sousa Dias, a mais patacoante e trôpega jornalista-entrevistadora da RTP.
Ontem à noite na 2: até metia dó a entrevista da senhora ao Ricardo Araújo Pereira dos Gato Fedorento.

AV1

Que dizer ? II





A nossa leitura do relatório sobre a sondagem de emergência realizada no gaveto das ruas Cândido dos Reis e Arnaldo Cortiço, no sítio da antiga Cadeia, continua a (não) nos surpreender.
Na página 7 podemos ler a parte que está destacada na imagem e que nos revela, de novo, que nada foi feito para acautelar a preservação dos vestígios arqueológicos que obviamente ali existiriam.
Os arqueólogos foram obrigados a fazer apenas três sondagens, duas das quais em zonas completamente destruídas pela intervenção das máquinas de demolição e a terceira no zona de logradouro, onde as possibilidades de recolher vestígios era bem menor.
Resultado, o que se encontrou só seria perceptível se todo o resto não tivesse sido já completamente destruído e revolvido.
Claro que em circunstâncias normais, quem conhecesse o local ou tivesse um mínimo de interesse por estes assuntos esquisitos do Património, não teria permitido que as máquinas avançassem sem um estudo prévio, mas o sector da Cultura na CMM era vista por um Canudo e no Ambiente e Urbanismo tínhamos e temos uma pessoa formada na área da Economia que, como sabemos pela boca de Mário Soares quando se dirige ao seu adversário Cavaco Silva, não é propícia a uma sensibilidade cultural. Não somos nós que o dizemos.
Resultado: o que se viu e o que se lê.

AV1

Gaguez burocrática

Já que estava a passar por ali, fui tentar perceber porque recebi duas contas de água, com facturas exactamente iguais tirando o número sequencial, com o mesmo valor, a mesma data de pagamento, o mesmo de tudo.
Pois, são os sacramentais erros informáticos do costume.
Não sei quantas pessoas o dito erro atingiu no concelho, mas em Alhos Vedros espalhou-se por uma área relativamente ampla ou então andaram a fazer tiro ao alvo com pessoas minhas conhecidas.
No meu caso, em que a ateroesclerose ainda não vai muito adiantada, deu para perceber que era o serviço águas de qualidade made in Moita a funcionar, mas para os velhotes e velhotas que não percebem estas manigâncias dos computadores é motivo para uma manhã de reboliço e muita agitação, passível de afectar as coronárias.
Não sei se este é o conceito de prenda de Natal aos munícipes que tem o serviço de águas da CMM, se é apenas para dizer que foi culpa do Poder Central que quer privatizar as águas e começou por bichar o serviço informático que emite as facturas.
Quero ver se depois detectam quem se vier a enganar e pague duas vezes o mesmo.

AV1

A Marginal reperfilada

A conselho do meu colega AV2, lá fui passar pela Marginal moiteira reperfilada.
Os altinhos das passadeiras não me provocaram as emoções que lhe provocaram a ele e até acho que ficam bem.
A favor da Obra fica o ordenamento do estacionamento. Resta saber se os arrumadores ocasionais que por ali andavam também foram requalificados.
Contra a Obra aquilo que já se percebia pelo projecto, que a área que permitiria "devolver" à população um espaço de fruição do Tejo é assim para o exíguo e ainda não se percebe muito bem no que vai dar.
Mas, enfim...
Esperemos sentados.
A propósito, agora dá mesmo para acenar ao pessoal de alguns departamentos da CMM quando se passa por ali.

AV1

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Para compensar...





... o post anterior, aqui vai uma primeira página da revista A Vida Portuguesa, dirigida por Jaime Cortesão, que já em 1912 se interrogava sobre os problemas da Educação em Portugal, pelo que lançaria um inquérito para avaliar a opinião de algumas personalidades públicas sobre a natureza do atraso educativo nacional.
Isto e muito mais na Biblioteca Nacional Digital.

AV1 (hipocritamente a penitenciar-se pelo escabroso elogio às Marés Vivas)

Séries Míticas da TêVê

Devido à quadra esta coluna dominical ficou para hoje.
Mas decidimos compensar o público masculino.
Por isso, vamos recordar aquela que é a série mítica, por excelência, da década de 90.
Sei perfeitamente as circunstâncias em que a vi pela primeira vez, quando nunca tinha ouvido falar da coisa e mesmo nos States ainda era uma série semi-desconhecida de um canal por cabo.
Era um Verão de início dos anos 90. O primeiro Verão com televisões privadas.
Toda a gente tinha ido de férias, menos eu.
Depois de alguns meses de desemprego, tinha ficado atulhado de trabalho, tudo com prazo marcado.
Então lá fiquei eu em pleno Agosto em Alhos Vedros, frente, salvo erro informático, ao meu EuroPC da Schneider a acabar uma ou duas das encomendas.
Como trabalhava melhor pela manhã, a partir de certa hora da tarde ficava imprestável para consumo e aproveitava para ver o que a SIC e TVI tinham para nos oferecer.
Foi então que, vinda do nada, vi pela primeira vez aquela que sempre achei a série pós-moderna por excelência, por combinar de forma perfeita o vazio do conteúdo com a exuberância da forma. Na prática isto significa que vi a Erika Eleniak a correr praia acima, praia abaixo, recém-saída das páginas da Playboy, como se não houvesse amanhã e todos os nadadores desabilidosos tivessem escolhido a praia que ela patrulhava para se deixarem afogar.
Como eu os passei a compreender.


Os episódios que se seguiram - numa base diária, tipo despacha o produto que nós não percebemos o que aqui temos - continuaram a maravilhar-me, apesar do evidente curto orçamento, de ter de aturar o David Hasselhoff, e da galeria feminina só ter ganho a Alexandra Paul durante algum tempo.
Depois foi a explosão de sucesso na América e, por arrasto, por todo o mundo.
Tudo, evidentemente, apenas graças a puro talento dos argumentistas que, tal como os cozinheiros com o bacalhau, arranjaram 1001 maneiras de nos mostrar o que de melhor havia para mostrar em matéria de corpos femininos com fatos de banho vermelhos em praias da Califórnia.
Se a Pamela Anderson se tornou a figura de referência da série, não esqueçamos actrizes do calibre de uma Yasmine Bleeth, de uma Nicole Eggert, de uma Gena Lee Nolin, de uma Carmen Electra que tanto mereceriam um Óscar pela dedicação com que entregaram o corpo à série.
Com o passar do tempo, a habituação fez diminuir o interesse e o sentimento de culto com que se via a série, embora ainda se justifique uma visita ao site oficial, para recordar a galeria do elenco.
Digam o que disserem os críticos mais sisudos, as Marés Vivas foram durante muito tempo a alegria dos nossos olhos.

AV1

Um desfile digno de visita







A Cow Parade, versão EcosMoita, que tem os devidos links para a desbunda vacuum.
Para nós reservamos a Vaca que Tudo Vê (isso gostávamos nós...).

AV1 (avacalhando, de acordo com o espírito).

A Citação do Dia

«Nos Estados livres incumbe desta arte às classes dirigentes uma importantissima missão de educação para com o povo. O seu poder político não deve ser um privilégio nem um meio de domínio e de desfrutamento económico, mas implica o dever de amar, de auxiliar e de iluminar as classes inferiores, não se limitando a prègrar-lhes o bem, mas dando continuamente o exemplo da subordinação do proveito individual ao bem social, mostrando em todos os actos o sentimento de solidariedade e de cooperação, e respeitando sempre em todos os homens a personalidade humana. Só dêste modo se pode impeddir que a fôrça coactiva do Estado tenda a favorecer algumas classes em prejuíxo doutras (...).»
(João Cesca, Teoria da Educação, Lisboa, 1923, 3ª edição, p. 68)
AV1 (à espera de ser iluminado)

De volta aos negócios

Que aqui não há tolerância de ponto e o chefe é um gajo muito chato.
Pois é.
Lá se sobreviveu a outro Natal, com "menos" de 1000 acidentes nas estradas durante a sacramental "Operação Natal" das forças policiais.
Por razões de convívio familiar, no Domingo fui obrigado a conduzir por aí e, entre outros locais, fiz a famosa EN-10 até à zona de Corroios.
O maravilhamento que me percorreu ao ver de que forma o futuro Metro do Sul do Tejo serpenteia por ali, mesmo ao lado da estrada, atravessando-a quando calha, incluindo em zonas de rotundas e tudo o mais ofereceu-me uns arrepios só de pensar como será quando aquilo estiver a funcionar.
O mais interessante é que, seguindo uma tradição muito suburbana de autarquias da cintura norte e sul de Lisboa com a colaboração complacente do Poder Central, há aquele peculiar hábito de se acumularem queixas quanto às más acessibilidades e à necessidade de melhorar os transportes públicos.
Depois, quando se fazem progressos nesses transportes públicos para descongestionar a situação caótica existente, segue-se uma nova revoada de construção que leva para essas zonas - que agora se afirma terem acessos melhorados - tanta ou mais poipulação que aquela que é necessária para congestionar tudo outra vez.
O comboio na ponte 25 de Abril, por exemplo, poderia ter ajudado a descongestionar a própria travessia se grande parte da zona a nascente da A2 que se mantinha ainda fora do espaço urbano não tivesse sido loteada em série e dado origem a toda aquela enorme urbanização tipo United Colors of Benetton que nasceu junto do que veio a ser a estação da Fertagus e respectivo parque de estacionamento.
Ora como o preço dos bilhetes e passes não é assim extremamente acolhedor, quem não vá todos os dias a Lisboa e leve companhia no carro, continua a ir para a estrada porque economicamente fica ela por ela, na melhor das hipóteses.
O mesmo se vai passando para sul, com a Câmara de Palmela a urbanizar desenfreadamente na última década as freguesias do Pinhal Novo (com a abertura da Vasco da Gama) e da Quinta do Anjo, não esquecendo, para poente, tudo o que do Barreiro até Alcochete foi nascendo de casario, sob a ilusão dos melhores acessos que por aí agora se encontrariam.
Para não deixar de falar no nosso tenro torrão, toda a conversa da "nova centralidade" que o poder local quer fazer-nos engolir tem como argumento as melhores acessibilidades da Moita.
Claro que quem usar a saída da auto-estrada para a zona do Carvalhinho percebe, então agora que fecharam a desastrada saída para o lado de Palmela, que em hora de ponta aquilo já está saturado que nem se pode, ficando a fila em pleno IC 32, pois não existe espaço suficiente até à rotunda dos Passarocos para permitir um escoamento capaz do trânsito.
Do outro lado do concelho, prepara-se outra coisa do género pois a prometidíssima Circular Exterior (ligação Barreiro-Moita) que pretende fazer a ligação ali da saída do nó do IC21, atravessando a zona das Fontaínhas, numa primeira fase apenas até ao Vale da Amoreira, seria uma boa solução, se isso não servisse para depois lotear e urbanizar toda a área em seu redor criando um novo pólo populacional que tornará essa ligação não uma solução, mas mais um problema.
Enquanto se continuarem a conceber os chamados "melhoramentos" das acessibilidades apenas como uma estratégia encapotada de valorizar os terrenos circundantes para a construção, não há maneira de melhorar qualquer tipo de serviço às populações.
Se é para descongestionar zonas de trânsito saturado, é inconcebível que depois se acrescentem novos focos de saturação.
Portanto, se a ligação é para servir quem chega ao concelho pelo IC21, muito bem.
Agora vejam lá é se a iniciativa, em vez de servir as populações, não irá servir apenas quem tem interesse em rentabilizar a propriedade (mais ou menos recente) desses mesmos terrenos.

AV1 (com foto do Brocas e imagem do Google-Earth)

domingo, dezembro 25, 2005

Efeitos Colaterais do Natal

Não, não são mais dois quilos na balança.
Desta vez, o saldo é outro:
Antes do Natal: um pequeno balde de plasticina para a a criança brincar.
Depois do Natal: o dito balde, mais dois packs educativos com 4 e 5 potes individuais de cores (mais moldes, rolos e toda a parafernália adjacente), diferentes, mais uma maleta com seis embalagens, mas um GRANDE balde com doze cilindros de plasticina, num total global de quase 30 volumes da dita substância moldável e esmigalhável pelo chão da casa.
Se no próximo ano começarem as ofertas de cornetas e/ou baterias, já sei que é melhor mudar de amigos.

AV1

Filme e música de Natal












AV1 (a preparar-se para almoço familiar)

As prendas que não recebi...



... mas não faz mal porque são carotas (se não tinha-las oferecido a moi-self) e até estou perto de fazer anos.

AV1 (felizmente sem ofertas de peúgas, cuecas e otras coisas do género, embora sem escapar a uma tradicional garrafa de vinho do Porto, quando eu sou mais moscatel e do Sporting)

sábado, dezembro 24, 2005

Boas Festas




Da Gerência a todos os amigos, conhecidos, aparentados, familiares, clientes, utentes, fornecedores e credores.



AV1/AV2 (as prendas aos amigos blogueiros ficam para breve)

Prubricidádchi




Esta empresa (tom tom go), pretende vender-nos sistemas de navegação portátil para automóveis e para isso gastou uns dinheiritos a produzir um folheto de bom papel com 16 páginas que foi distribuído esta semana com a Visão e suponho que com outros periódicos.
No entanto, como se vê por esta imagem e título retirados da quarta página, nem sequer uma frase em português conseguem escrever sem apresentarem este serviço.
Ora se não conseguem sequer usar um corrector ortográfico, como querem que acreditemos que nos sabem guiar pelo meio das sempre surpreendentes estradas e ruelas portuguesas ?

AV1

Novos agradecimentos

Dos votos de Boas Festas, por ordem alfabética das últimas chegadas, do Carlos Vardasca, do Luís Chula, do Luís Guerreiro, do Joaquim Nobre, do Mário da Silva, e do leitor que nos enviou a seguinte mensagem:

«olá Av1 e Av2
Quero desejar um bom natal a todos vcs, umas boas festas e queria que fosse extensivel a todos os blogs mais concretamente o do mario da silva e o do brocas mas, não sei os endereços de e-mail se lhes puderes transmitir ou dar-me os seus endereços seria optimo. queria também desejar um bom natal aos partidos politicos locais mas, os seus sites parecem ter encerrado, assim sendo confio que vcs transmitirão aminha mensagem natalicia nos vossos blogs.
continuem o bom trabalho
atenciosamente

Vigilante»

Pois é...
Não sei que diga...
Não sei se tem selo de autenticidade, mas...

AV1

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Amanhã...

... se os afazeres e deveres natalícios o permitirem, agradeceremos devidamente os votos de Boas Festas recebidos durante o dia de hoje (alguns surpreendentes), que tentaremos retribuir de forma devida.
Se ainda houver mais um niquinho de tempo, deixaremos aqui as nossas propostas de presentes para os nossos companheiros bloguistas do concelho, pelo menos para os mais (inter) activos.

AV1

Seria uma bela prenda de Ano Novo ...






... para Alhos Vedros se tudo o que aqui se afirma se vier a concretizar já a partir do próximo ano.
Claro que tudo deverá ser pensado de forma integrada e não de modo desgarrado.
Como até simpatizamos com a nova vereadora do pelouro da Cultura, e desde que ela não leve esta área apenas para actividades mais festivas e se lembre que existe trabalho menos visível que é importante fazer, faremos os possíveis por alinhavar brevemente algumas ideias sobre este assunto e algumas propostas sobre como dinamizar a vila em torno do pouco que lhe vai restando.
Quando queremos, também sabemos ter esperança nas pessoas e nas suas boas intenções.
Mas não somos ingénuos e temos visto o imobilismo em que este sector vai gradualmente caindo em cada mandato, preso a uns festivais prá jubentude e umas conferências com gente amiga, que têm a sua lógica, sim senhor, mas não esgotam, nem de longe, o que deve ser uma programação cultural.
E nem é preciso assim tanto dinheiro como isso.

AV1

Prenda de Natal para os leitores !

Escarafunchando a papelada antiga, encontrei uma preciosidade que quero compartilhar com todos os leitores do AVP, é um programa das Festas de Alhos Vedros de 1966, tipografado.
Reparem na qualidade da montagem gráfica e na impressão nas cores tradicionais do nosso concelho, o azul e o vermelho.


A Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros e a SFRUA, eram os principais impulsionadores das Festas de Alhos Vedros, mas também a Junta de Freguesia e a CMM.

Uma breve história de Alhos Vedros, é-nos aqui contada...

Publicidade de 1966, notem a referência à Cooperativa de Alhos Vedros !


Programa de Domingo...

Espero que tenham gostado desta viagem Nostálgica, revivendo o passado em Alhos Vedros no ano de 1966.

AV2

That's the spirit !!!

Iupiii !!! O Pai Natal AVP chegou !!!



E com ele livros para as figuras públicas mais em destaque nos últimos meses no nosso concelho, entre articulistas e políticos, profissionais e de ocasião.
Como já escrevemos ontem, seleccionaram-se apenas obras clássicas e não cedemos a modas.

Comecemos pela Situação:

* O Poder:
João Lobo - Eça de Queirós, O Mandarim
Rui Garcia - Fiodor Dostoievski, O Idiota
Carlos Santos - Denis Diderot, Tiago, o Fatalista
Fernanda Gaspar - Fialho de Almeida, A Ruiva
João Faim - Gustave Flaubert, Uma Alma Simples

* A Opinião:
Manuel Madeira - Almada Negreiros, Nome de Guerra
Nuno Cavaco - Contos de Grimm

Continuemos pela Oposição:

* A Socialista
Eurídice Pereira - Vitorino Nemésio, Mau Tempo no Canal
Hélder Pinhão - Camilo C. Branco - A Queda de um Anjo
Vítor Cabral - Ramalho Ortigão, Farpas Escolhidas
Rui Mourinha - Júlio César Machado, A Vida em Lisboa

* A Outra:
Joaquim Raminhos - Francisco Manuel de Melo - O Fidalgo Aprendiz
Luís Nascimento - Voltaire, Cândido ou do Optimismo

* Na Terra de Ninguém:
Vitor Pereira Mendes - Gil Vicente, A Farsa dos Almocreves

* Para Alhos Vedros em peso:
Honoré de Balzac, Cenas Inocentes da Comédia Humana

AV1 (desesperado porque o Blogger não consegue inserir as imagens dos livros e depois os contemplados podem não as receber devidamente)

Adenda: Problema já parcialmente resolvido com recurso a algumas imagens levezinhas do site da FNAC.