segunda-feira, julho 31, 2006

Material Perigosamente Polémico



É verdade.
Eu gostei dos Duran Duran praticamente desde o início.
E ainda mais polémico: este é um dos meus momentos favoritos da banda que 101% dos meus amigos considerava uns "maricas de merda" que não sabiam nada de música.
É verdade.
Havia os fãs do punk/ska, meio mods e um pouco mais velhos que me apresentaram os Ramones, o Ian Dury, os Specials e fizeram de mim um rapaz consciente, havia os da "pesada" que até Saxon e Judas Priest engoliam mas eram meus amigos eu não ia desprezar só por isso, havia os mais urbano-depressivos com Joy Division, Bahaus e Cure a enegrecer as paredes e com a mania que eram mais pró intelecto, havia mesmo uns que gostavam de algumas das piores pragas da humanidade (sim estou a pensar no Mike Oldfield e no jean Michel Jarre), havia de tudo um pouco.
Fãs dos Duran Duran ou dos Spandau Ballet é que coiso e tal...
Havia uns bétinhos da Moita que gostavam, mas a malta de Alhos Vedros com que eu me dava renegavam tudo o que cheirasse a neo-romantismo, mesmo se adoravam ver o Girls on Film, claro.
Mas eu até que não desgostava dos tipos e, por um raio de acaso, este vídeo que serviu de apresentação do segundo LP caiu-me no goto, apesar de realmente o vídeo ser algo bichoso e meio ataurinado, visto com olhos de ver.
Mas vá lá...
Feitios ou defeitos, chame-se o que se lhe quiser.
Agora que são uma banda de culto, com tributos à mistura, reuniões da formação original e etc e tal, não é nada problemático gostar deles..
Mas há 25 anos, em Alhos Vedros, era complicado, quase tão complicado como gostar de fado que não fosse cantado pelo Carlos do Carmo ou dizer mal do Por Este Rio Acima do Fausto.
Não que eu tivesse feito essas coisas.
Nunca tive instintos suicidas.
É que gostar de Duran Duran já era ficar à beira do abismo.

AV1

A Poesia da Tarde

Fermoso Tejo meu, quão diferente
Te vejo e vi, me vês agora e viste.
Turvo te vejo a ti, tu a mim triste,
Claro te vi eu já, tu a mim contente.

Francisco Rodrigues Lobo,
Poeta claramente visionário falecido há quase 400 anos, o pobre coitado

Os nossos parabéns...

Photobucket - Video and Image Hosting

Ao jornal O Rio por ter conseguido chegar à edição nº 200, apesar de todos aqueles problemas que passou ainda há não muito tempo e que o fizeram suspender a publicação.
Apesar de se notar que houve algum acerto na política editorial - vade retro anónimos, incógnitos e pseudónimos incómodos, bloguistas descorajosos que só dão má-fama e trabalhos - antes pouco do que nada.
E cada um sobrevive como pode, não vou ser eu a atirar a primeira taínha pela borda fora...

AV1

Oposição, oposições

Como já afirmei a entrevista do vereador do PSD Luís Nascimento ao jornal O Rio é globalmente uma boa entrevista e, por isso mesmo e por paradoxal que pareça, é que acho que nas estrelas leio outra coisa diferente.
LN aponta certeiramente baterias à forma modernaço (na aparência)-arcaica (na essência) da gestão moiteira e ao disparate enorme que constituem as prioridades da Situação Local em matéria de urbanismo e ambiente, com as opções assumidas a acumularem erros estratégicos e carência de fundamentação.
Só que, e quem anda por cá sabe disso, infelizmente o aparelho situacionista está incrustrado e desenvolveu uma estratégia tentacular que tudo asfixia, de boa parte de um associativismo controlado e a uma política de emprego autárquico a que muita gente e muitas famílias devem favores.
Contrapor a isso, como aqui também fazemos, argumentos relacionados com a má qualidade da política urbanística e o absoluto desastre da política ambiental (que se tenta fazer esquecer com os investimentos em parques e propaganda a "pérolas" ribeirinhas), é meio caminho para o apodo de elitistas e de afastamento dos anseios da população.
Será que, então, estas são causas perdidas?
Não necessariamente. Apenas estou a afirmar que é preciso ter consciência que sendo esta a atitude e a linha de contestação correctas, não é por estes lados a mais populista.
Uma outra questão é alguém querer ser o rosto de uma Oposição que o não é, fragmentada em oposições(inhas?), tanto pela incapacidade de criação de uma frente comum (as personalidades em confronto são muito díspares e alguns interesses são conflituantes), como pela habilidade que a Situação sempre teve em dividir para reinar de forma absoluta.
Mas esse é todo um outro campeonato.

AV1

Mas de qual Câmara?












Mas lá que a entrevista não é má, não é, não senhor (cf. pp. 8-9 da edição nº 200 d' O Rio).
Aponta os erros óbvios da atitude e acção do executivo camarário e até alinha umas alternativas com as quais se sabe que estamos aqui no AVP de acordo.
Se não fosse aquela mania dos touros - ninguém é perfeito, mas esse é um razoável defeito - ainda o desafiávamos para uma candidatura independente, porque ganhar a CMM pelo PSD é o equivalente a ser campeão nacional de futebol com o Fabril do Barreiro em 2009.

AV1

Os Tempos que Correm...

Hoje, pelas 13.30 em pleno Campo Grande, preparava-me para entrar no carro quando um senhor de aspecto distinto, que se tinha cruzado comigo um pouco antes, se aproximou de mim, me pediu desculpa e passou a explicar a razão da interrupção.
Considerado desnecessário pela empresa onde trabalhava, foi colocado no desemprego com 60 anos.
Sem idade para se aposentar - não era da administração do Banco de Portugal, nem da CGD, nem de outra instituição com capitais públicos do mesmo género - começou a enviar currículos a diversas empresas do seu ramo de actividade. Umas nem lhe responderam, outras responderam que não estavam interessados, algumas, poucas, chamaram-no para uma entrevista.
O factor idade entrou aí em linha de consideração e disseram-lhe não ser possível encontrar-lhe função adequada.
Nesta situação há bons meses, deambula por aquela zona de Lisboa, com o aprumo de sempre, dirigindo-se a algumas pessoas, desculpando-se por lhes pedir uma "esmola".
Olhei para ele e não sei se me vi daqui a menos de 20 anos, embora certamente sem o seu ar de educado desalento com o que a vida lhe reservou.
E, desta forma, a primeira semana formal de férias, começou com um nó apertado na garganta.

AV1

domingo, julho 30, 2006

O Eterno Retorno













Cartoon de Nick Anderson

Dá que pensar

Em Lisboa, as manigâncias em torno da construção de uns caixotes de apartamentos na Avenida Infante Santo têm vindo a ser colocadas em causa, principalmente pelos vereadores Ruben de Carvalho (PCP) e José Sá Fernandes (BE).
Entre irregularidades várias que se vão detectando, como o não existir uma licença de construção válida, encontra-se o facto da CMM, com aparente anuência do seu Presidente, ter aceite que uma taxa municipal (Taxa de Realização de Infraestruturas Urbanas) fosse paga em "espécie", ou seja, com o valor de dois imóveis em Campo de Ourique.
A Provedoria de Justiça chega mesmo a apontar «irregularidades graves, que podem conduzir a perdas de mandato e até à dissolução do Executivo da Câmara de Lisboa», acusando «a gestão da edilidade alfacinha de ter ilibado um promotor imobiliário do pagamento da Taxa de Realização de Infra-estruturas Urbanísticas (TRIU) na construção de um empreendimento na Avenida Infante Santo, com prejuízo do interesse público».
Por cá, tenho pena que não exista uma Oposição (de Esquerda ou outra, não é esse o caso) tão esclarecida e preocupada em saber da legalidade de certas isenções de taxas municipais ou de permutas dessas taxas por certos "melhoramentos" que, ainda por cima, não aparecem nunca em tempo útil, a menos que seja a reboque de algum calendário eleitoral.

AV1

Boa Notícia...

O Gato Fedorento, embora meio solavancado, parece ter voltado ao activo graças aos dedinhos e verrina do Ricardo Araújo Pereira.

AV1

Leituras Domingueiras

Com um bedófilo fã confesso da escola americana clássica (o AV2) e outro admirador da escola franco-belga como eu, esquecemo-nos muitas vezes aqui no AVP de recomendar leituras de uma outra escola, menos conhecida, mas não menos produtiva como é o caso da italiana.
Quando se fala em Banda Desenhada italiana lembramo-nos logo dos óbvios nomes de Hugo Pratt, Milo Manara, Guido Crepax, Guido Buzzelli ou do saudoso Franco Caprioli, autor com um portentoso desenho de linha clara, com um pontilhismo muito original, pois estes são vultos incontornáveis nesta Arte.
Mais difícil é lembrarmo-nos da produção industrial por trás desses nomes, em especial a que tem alimentado os revistas da Bonelli Comics de Sergio Bonelli, editor popular de numerosas séries de fumetti em que predomina ainda o espírito da aventura pura sobre o experimentalismo plástico ou ficcional.
Aventura em estado puro, portanto, o que nos espera nas suas publicações de variados heróis de nomes improváveis, que nos chegam a Portugal a reboque do conhecido Tex em formatos brasileiros.
Não é a "quinta essência" e o topo de gama em matéria bedófila, mas são valores seguros em que reencontramos principalmente o prazer primordial da leitura de estórias de coragem, mistério e heroísmo à moda antiga.
O que a 6 euros por 250 páginas (16 a cores) não é nada mau,

AV1 (contrariamente aos boatos, ainda não plenamente de férias, mas a tentar entrar no espírito)

O Mapa da Desorientação


Se a ideia era confundirem as pessoas, acho que conseguiram.
Com Modelos no Carvalhinho, Quinta da Lomba, Barreiro, Quinta do Conde, Montijo, Pinhal Novo, etc, etc, não se percebe bem se estavam à espera das invasões bárbaras, mas se era isso, este é o mapa ideal para as desorientar e as espalhar por todo o lado, menos para o sítio certo.

AV2

Por terras da Lusofonia


Depois da inauguração da sua exposição em Pirinópolis na 6ªa feira, o nosso amigo Luís Guerreiro vai inaugurar outra no Museu de Arte de Brasília na próxima 4ª feira, e espero ser convidado e que ele arranje maneira de me mandar o convite que o sítio parece giro.


Fica aqui o registo e a demonstração que ele é que está bem e que faz intercâmbio cultural, espalhando a sua Arte.
O AV1 não gosta da ideia da Lusofonia, mas como parece que vai estar uns dias fora, aqui agora quem manda sou eu.

AV2

sábado, julho 29, 2006

Grande, grande música... e excelente álbum!



Com imagem dá para pedir que identifiquem grupo, música e álbum ou não?
Uma pista: eram da terra dos cangurus e com os Go-Betweens foram o melhor que a Austrália nos deu nos anos 80 (os INXS e os Midnight Oil eram bem mais fraquinhos... e o Nick Cave ainda era novinho).
Isto aqui só vos damos coisas boas para recordar...

AV1

Há torturas e torturas...

Maria João Pires, pianista renomada, decidiu criar uma instituição privada de carácter misto empresarial-cultural-educativo.
Como toda a gente tuga até á medula achou que essa sua ideia devia ser paga principalmente pelo Estado.
E o Estado até parece que foi nisso, largando quase 2 milhões de euros de subsídios por via do tal Ministério da Educação que tão mal diz dos professores e anda a contar os tostões em muita coisa, incluindo limitações administrativas à progressão na carreira dos docentes. O Ministério da Cultura largou uns curtos 65.000 euros que de tão curtos a douta pianista achou que não valeria a pena justificar onde os gastou. Não esquecendo apoios diversos da Câmara de Castelo Branco.
Amargurada por ser tão incompreendida, sentindo-se mesmo "torturada" a pianista decidiu ir residir para o Brasil, onde comprou casinha e consta já ter sido aceite o seu pedido de residência permanente ou imigração, em linguagem clara.
Está no seu direito.
Agora digam-me como não andarão amargurados todos os portugueses que, desenvolvendo uma actividade privada, cultural ou outra, nunca foram tão generosamente subsidiados pelo Estado para alimentarem os seus gostos pessoais.
Eu, por exemplo, posso tentar transformar o AVP numa qualquer fundação para a produção de conteúdos culturais de índole vernácula, para ver se me dão, não digo 1,8 milhões de euros, mas um décimo que seja dessa quantia.
É que eu também gostava de criar assim uma coisa cólturaló-educativa para promover o gosto pela leitura e produção escrita e gostava muito de poder ler horas à minha vontade e não ter que me chatear com o pagamento de contas e de impostos, muito menos de tratar das papeladas várias quie fazem o nosso triste quotidiano comum. Mas gostava de ser eu a mandar em tudo e que não me regateassem os pedidos.
Só que se há coisa que me deixa enjoado é quem "tem um sonho" ou "um projecto" ou seja o que for e acha que deve ser o Estado a financiá-lo em primeiro lugar, caso contrário faz beicinho, vai-se embora como amargor e ofensas várias ao país.
Pela minha parte, shôra dona Maria João Pires, que sou português e paguei uma infinitésima parte do dinheirinho que serviu para alimentar a instituição por si criada, não estou disposto a arcar com a parte que me cabe dos estados de alma que decidiu divulgar sobre o seu país e, muito pelo contrário, sou eu que me sinto envergonhado pela sua atitude.
Belgais pode ser uma ideia muito boa, um projecto lindo.
Mas garanto-lhe que eu também sou capaz de imaginar coisas dessas.
O que não me ocorre é que tenha de ser o Estado a pagar-me isso.
Falta de hábito de mamar, sei lá...

AV1

A arma decisiva

Algo poderá estar a mudar no conflito entre os israelitas e o Hezbollah no sul do Líbano e não passa pelo terreno de luta e pela inesperada incapacidade do exército israelita avançar como se pensava ser possível, nem mesmo pelos meandros diplomáticos devido às tentativas de obter um cessar fogo pela ONU.
A mudança está no ar e, como passou a ser regra nos últimos anos, passa pela cobertura televisiva e, muito em especial, pela atitude da CNN.
Ora, ainda há menos de uma hora, os correpondentes no Líbano da CNN, em especial o que se encontra em Tiro, foram peremptórios na forma como desmentiram as declarações do Governo israelita sobre a existência de "corredores humanitários" no sul do Líbano.
Contra as conhecidas regras assumidas pela estação como padrão da sua atitude perante os conflitos, foi afirmado com toda a aclareza que os israelitas estão a alvejar transportes civis nas estradas de saída de Tiro e que não existem nenhumas vias para a chegada da ajuda humanitária.
Ora isto não é nada habitual e quando é colocado no ar para todo o mundo tem um efeito poderoso e difícil de combater por qualquer manobra de propaganda.
Lembremo-nos, por proximidade, do papel decisivo da cobertura dada pela CNN às questões timorenses que, de outro modo, teriam permanecido desconhecidas da generalidade do público mundial.
Por isso, mesmo para os fanáticos das conspirações mediáticas pró-israelitas, é agora complicado afirmar-se que a comunicação social internacional está a branquear o desrespeito israelita pelas populações civis e pelas regras de apoio humanitário em caso de conflito.
Quando os repórteres no terreno da CNN abandonam a sua política de neutralidade no relato dos acontecimentos, isso significa duas coisas: em primeiro lugar, que algo de muito grave os impele a tal e, em segundo, que essa atitude significa a breve prazo uma pressão adicional sobre aqueles que são desmentidos, mesmo que sejam os impenetráveis responsáveis militares israelitas.

AV1

A Loja dos Horrores


Sempre que revejo este videoclip interrogo-me sobre qual será o factor determinante que o tornará um dos piores dos anos 80 e, não tenhamos receio de exagerar, de toda a história do vídeo-pop.
A música é má, isso é algo adquirido, mas julgo que não é razão suficiente.
Será o ambiente de centro comercial suburbano, que na América de então já se desenvolvera ao nível de muitos dos que em Portugal apareceram 20 anos depois?
Será o imaginário sexo-pimbóide da letra, equivalente ao de uma Romana, de uma Mónica Sintra, quiçá da agora tão em voga Ana Malhoa?
Será a completa ausência de imaginação de todo o vídeo?
Ou mesmo o ar desenxabido da rapariga, com um grau de erotismo a roçar o de uma esfregona depois de limpar vomitado?
Ou será que é tudo isso em conjunto que permite uma conjugação cósmica, (in)feliz e quase irrepetível de elementos que só em amena simbiosse conseguem produzir tamanha reacção de estupor?
Mistérios insolúveis.
A favor da rapariga apenas o facto de ter desaparecido dos nossos olhos e ouvidos quase tão depressa como surgiu, mesmo se parece ter continuado carreira, com site, galeria de fotos, discografia e tudo.

AV1

Isto é paixão tardia!

Estou maravilhado com o espólio de péssimos vídeos de há cerca de 25 anos que se encontram no You Tube (também os há bons), pelo que continuo a sua inventariação e recolha para, à falta de tema e/ou inspiração, os ir aqui comentando ou na "Loja dos Horrores" do Clearasil.
Alguns não estão com a melhor qualidade, pois foram captados a partir de transmissões televisivas e a transposição não é a melhor.
Mas como quase todos os que os sofreram na época sabem, basta pouco para a dor ser de novo sentida em toda a sua intensidade.

AV1

Feitios

Há mais de duas décadas que me dizem amigos, conhecidos e outros que nem tanto, que tenho um feitio assim um pouco chato quando as pessoas ou as situações me desagradam ou irritam, sendo pouco dado ao estabelecimento de compromissos com comportamentos, atitudes ou "esquemas" que considero pouco claros ou mesmo a pisar o abuso de confiança, nas suas mais variadas formas, mesmo se com isso perder potenciais vantagens pessoais e/ou materiais.
É verdade que, após um período de relativa acalmia (?!) nos últimos anos pareço ter refinado a intolerância para com a duplicidade, a hipocrisia e a desonestidade, em especial quando se baseia em comportamentos diferentes em privado e em público.
Não é que eu seja perfeito ou isento de mácula.
Só que cheguei àquela fase da vida em que, para fazer coisas piores, prefiro não tolerar o que me incomoda e dizê-lo abertamente, mesmo se isso vai contra as normas instituídas da paz podre a todo o custo, para benefício eventual de alguns.
Por isso, sou algo impermeável a determinado tipo de críticas ou "avisos" bem-pensantes, que aconselham a acalmia e a moderação como estratégias de sobrevivência no "pântano" em que continuamos a viver, pois diz quem sabe que quem se agita pode afundar-se mais depressa.
Mas quem não tem grande coisa a perder, nem interesse em ganhar nada, está-se nas tintas para isso.
Portanto... para bons entendedores, estas palavras todas bastam.

AV1

sexta-feira, julho 28, 2006

Olhó Vídeo Catita



E quem não está no Estádio do Fabril a ouvir o Tony Carreira é porque é pessoa de bons costumes e bom gosto.

AV1

Fábula Rural

Esta é uma fábula recolhida oralmente em terras do interior distante, nada que se pudesse passar perto de nós. A estória é transmitida de boca em boca como homenagem a um acontecimento fabuloso e inexplicável que terá ocorrido em tempos idos e imemoriais na aldeia da Marrafinha, a meio caminho entre a vila do Arbusto Tresmalhado e o Sobreiral Velho.
Então reza assim:

Dizia lenda que essa terra de quase 3 hectares era antigamente, há muitos e muitos anos, cerca de 3 a 4 anos coisa e picos, propriedade de um pastor, gente pobre, humilde e sincera, que ficava colada com outra de umn Dr. De Tal, homem que sabia de leis e transformar terra verdejante em casario de pedra com as devidas autorizações passadas de papel passado, mesmo quase sem requisição.
Queria então o velho pastor vender a sua terrinha para gente da cidade, anunciando ele aos interessados compradores: "Que poderiam fazer uma casa tão bonita e tão grande como ali o senhor Dr De Tal. Ele fez, os Senhores se comprarem a minha terra também poderão."
Mas era engano, engano puro. O senhor Dr. conseguiu fazer casa, sobreloja, empedrado, tanque modernaço, etc e muito mais, tudo em terreno verdejante que era e não era de baixo valor, ou melhor, que não era mas tinha já passado a ser.
Mas os interessados compradores metiam papéis e mais papeis à Prefeitura e nadica de nada. Népia. Zero. Nem batatinhas.
Reza ainda a lenda que, nessa impossibilidade de vender a sua terra para alguém fazer casinha, o pobre do bom pastor acabou por vender o terreno verdejante de pouco valor ao benemérito senhor Dr, De Tal. A preço de saldo, de tão pouco valor que lhe diziam ter. Quase a Zero, pouco mais que a tostão.
E depois? Depois foram 2 ou 3 anos de pousio. E eis senão quando...tan tan tan...
O Projecto de Desenvolvimento Milagroso da Prefeitura da vila do Arbusto Tresmalhado reserva para os tais hectares não uma casa, mas graças ao milagre miraculoso da multiplicação multiplicada toda uma fileira de alegres casinhas, urbanização dizem os jovens mais modernos, que já foram à cidade grande, do outro lado do riacho.
Não é o milagre da multiplicação dos peixes, mas é o milagre da transformação da água em vinho, e do bom, e também o milagre da multiplicação do casario. E do crescimento sem parar de uma coisa que os homens de sabedoria e estudos, capazes de escrever mais de duas linhas, chamam "solo urbano" com fundamentações que podiam existir mas não existem por demonstradas se acharem, mesmo se ao arrepio dos usos e costumes que passam por ser lei quando convém.
Gritaram alguns invejosos e maledicentes, quase todos da terra vizinha de Cebolais Maduros: "Heresia, heresia, que isto é favor àquele Dr. De Tal por serviços vários e desvairados prestados à Prefeitura e outros ainda por prestar". Ingénuos outros interrogavam-se se aquilo era modo de tratar como igual quem o devia ser, mas pelos vistos não era.
Ao engano andavam todos, que isto das terras verdejantes tem muito que se lhe diga e nem sempre o que verdeja é ouro, só quando é Midas quem as sabe comprar.
Mas tudo isto é lenda, tudo isto é fado.
Fantasia popular, na certa, que estória verdadeira ninguém nela poderia acreditar.

Recolha do etnólogo (não é enólogo, seu beberrões...) Lá Fontão, com ajuda do escriba Ânus do Cristão Andarilhão

Fiesta...



... só se for esta.

AV1 (a pensar no luxo das férias de um dentista que tivesse a sorte de ter o Shane MacGowan como cliente)

Leitura Pedagógica






Para quem como eu não teve idade para viver o estranho mundo do esquerdismo radical do início dos anos 70, que tantos e tão bons vultos deu à vida política de interesses cinzentos em que vivemos, este livro é de leitura obrigatória.
Aí aparecem, embora com o manto dos nomes de código de então, o que retira algum imediatismo à sua compreensão, muito boa gente que agora se distende desde os corredores do Poder nacional às próprias instâncias internacionais, quais Javier Solanas de trazer por casa, ontem marxistas e anti-imperialistas intransigentes, hoje acomodados homens da diplomacia internacional rendida aos consensos.
Para aprendermos o que são, e no que dão, os entusiasmos de certas juventudes mais atraídas pelo Poder (ardorosamente ambicionado) do que pelos Ideais (gritados aos sete ventos).
E como a História está sempre a repetir-se (lá canta a Shirley Bassey com os Propellerheads a ajudarem), basta olharmos para perto de nós e reconhecer os sinais dessas ambições dos novos "conquistadores de almas".

AV1

Desabafo

Sou estúpido.
Não há remédio.
Sou mesmo muito estúpido.
Como não gosto de ver conversetas em círculo, lá me esforço por ir ao Banheirense tentar fazer um contraditório mínimo ao que por lá se escreve como se fossem verdades máximas, ilustradas, bem pensantes, bem intencionadas, politicamente correctas, redundantes, enfim.
É uma cortesia raramente correspondida, mas eu sei porquê e até percebo que obedeçam às directrizes que aconselham o silêncio sobre o que lhes é incómodo.
Mas voltemos à minha estupidez em ir comentar em quintal alheio e hostil.
Fiz isso de novo a propósito de um post sobre a questão da guerra no sul do Líbano.
Comentei o post e, passados uns comentários, comentei o comentador Manuel Madeira.
Entretanto, o "génio" de serviço, claro que o homem dos mil textos fotocopiados e espalhados por meia dúzia de sítios pela Coordenadora para promoção ao preço da chuva, decide que eu estava a responder-lhe a ele e que eu sou um terrorista e mais isto e aquilo.
As coisas devem ser ditas de forma clara: eu sou estúpido, admito-o, por repetidamente tentar estabelecer um diálogo com quem é surdo e se recusa sequer a compreender o que os outros afirmam ou mesmo com quem se está a dialogar.
Ensinou-me a minha mãezinha, ainda o Nosso Cavaquinho não era nascido ou mesmo zigoto, que não nos devemos meter nas conversas alheias, para mais de gente mais crescida, muito menos para as assumirmos como nossas.
Neste momento, e confessando eu pela 4ª vez a minha estupidez relapsa, admito que tentar que o opinador/assessor/técnico/especialista Nuno Cavaco compreenda algo exterior à sua mente, então em forma de escrito com mais de meia dúzia de palavras, é tarefa para a qual não tenho competência por mais que me esforce e Deus e Marx sabem como eu me tenho esforçado.
Não é a 1ª, 2ª 3ª, 10ª vez que NC descompreende o interlocutor ou, neste caso, quem nem sequer queria ser seu interlocutor.
Estou farto; a ignorância aliada à pretensão é a definição de moitice parola.
Será este um ataque ad hominem?
É, certamente que o é.
Só que, pelo meio da minha estupidez, ainda consigo entrever estupidez maior que a minha.

AV1 (o cartoon é velho e conhecido, mas sempre evita um explícito BARDAMERDA, que era o que me apetecia escrever, mas assim já não preciso)

Conselho Útil

Para quem estiver mais para assuntos sérios e candentes da actualidade, recomendo que será melhor comprarem o 24 Horas, o Tal & Qual ou mesmo que vejam a Tertúlia Cor de Rosa do programa da Fátima Lopes, quiçá o Goucha se estiver de fato cor de rosa.
Eu, infelizmente, ainda não resolvi todos os meus problemas gastro-intestinais, pelo que me sinto algo diarreico a todos os níveis e o cérebro está solidário com o resto do corpo.

AV1

E para o Fernando Santos?

Nada?
TUDO!!!!
(e pró Katsouranis também...)

AV1

Para compensar...



... todos os frequentadores do AVP pelo sofrimento causado pela memória do Stevie Wonder postada ontem, aqui temos para compensar algo um pouco posterior, igualmente nulo em termos musicais, mas com um "conceito visual" completamente diferente e bastante mais atractivo para uma enorme minoria - a dos heterossexuais não necessariamente alarves, mas sem vergonha do apelo carnal.
O vídeo é formalmente fraco, mas em termos de conteúdo tem os seus "picos de interesse" que faziam com que, à data, muitos de nós esperassem com alguma atenção os momentos em que a "artista", ao elevar-se da água da piscina, era afectada pela força da gravidade na zona do seu top, colocando ao alcance de todos, de forma subtil mas evidente, os atributos que a tornaram notável em meados dos anos 80.
Para quem estiver já a pensar em outras raparigas do mesmo tipo que na época tiveram efémera, mas impressiva no nosso espírito, fama posso desde já assegurar que, sim senhores, também se arranjam os vídeos da Samantha Fox.
E a um nível já quase intelectual - por comparação - sim também já reservámos a Kim Wilde.
Claro que isto é um tema que escapará de algum modo a quem seja uma meia dúzia de anos mais velho do que eu e que então já era gente séria e continuava com uma grande pedrada, agarrado ao The Wall dos Pink Floyd, ou a quem ainda mal gatinhava e então já só se lembra da Kylie Minogue com o Jason Donovan (outro "clássico", embora mais tardio).

AV1

quinta-feira, julho 27, 2006

Humor Libanês








Cartoon de Stavro Jabra no jornal Al-Balad.
Mais materiais de interesse aqui.

AV1

Vão ter de ficar para amanhã...

... tanto a fábula nº 18 passada numa aldeia dos recônditos do nosso país, como o início de uma galerira de delícia e horrores de há um quarto de século em matéria de música e vídeos pop.
Eu garanto que vos compenso pelo mal certamente causado pelo Stevie Wonder, mas garanto que tenho horrores equivalentes ou mesmo capazes de provocar danos igualmente irreversíveis se observados e ouvidos durante mais de 30 segundos.
Só vos escrevo duas palavras: Modern Talking, e mais não digo para não infligir um maior sofrimento antecipado.
Entretanto vou ver o Spórtengue contra o Benfica, de novo especializado em contratar tipos que chateram a nossa selecção. Primeiro foram buscar o Karagounis e o outro Kákarákáká grego, agora foram buscar o Fonseca do México que nos marcou um golo.
Eu cá para mim isto é anti-patriotismo puro.
Mas como eles têm o Fernando Santos como treinador, eu perdoo-lhes tudo pois até podiam ir buscar metade da equipa da Juventus e mais uns quantos do Milão que ele não sabia o que fazer com eles.
E ainda por cima o Simãozinho é para despachar, quem é que vão arranjar para cair à primeira brisa que soprar no estádio perto da grande área adversária?

AV1

Desculpem lá os admiradores da coisa...

... e mesmo os praticantes convictos, mas para mim o karaoke é um dos Quatro Cavaleiros que anunciam o Apocalipse.
Os outros são os barrigudos de meia idade de calçanito, óculos escuros e sandalocha a passearem pelas ruas de tod'á santa terrinha deste país, o Nel Monteiro a cantar Justiça Popular num vídeo que saquei há bocado do You Tube e o penteado da Maria de Belém (por causa da laca que chega, só por si, para esburacar toda a camada de ozono que sobrou dos tempos das épicas permanentes da Manuela Eanes...).

AV1

A Memória do Horror


A dor, o sofrimento...
Só quem viveu o início dos anos 80 e foi obrigado a gramar com isto milhares de vezes na rádio e 453 semanas em 1º lugar no top de vendas com passagem obrigatória no Vivámúsica com a jovem Júlia Pinheiro ou o menos jovem Jorge Pego é que pode avaliar os danos causados na psique de um jovem adolescente.
C'ais Líbano, c'ais Bósnia, c'ais Iraque.
O Zarqawi quando vivo, o Bin Laden, o Hezbollah, o Hamas, o Bush, o José Castelo Branco e os israelitas todos juntos são incapazes de induzir tanto sofrimento como esta ladaínha que, para cúmulo, ainda teve direito a uma versão tuga do Marco Paulo !!!!!!!!
Tempos duros e difíceis foram aqueles.
Quando se passa por este horror toda a dor humana se torna relativa.

AV1 (ver ainda, na mesma onda, "A Loja dos Horrores" no Clearasil)

Análise (comparada) de Conteúdo


Tal como a Playboy, um tipo só compra ou assina a Maxmen e a FHM por causa dos artigos e por causa das lições de vida que nos são transmitidas nas páginas destas publicações, especialmente as histórias de sucesso das jovens que aparecem na capa.
Este mês temos dois vultos ou quatro conforme as perspectivas, ligados ao mundo da música, ou seja, a DJ Ploppy e a Ana Malhoa.
Duas moças de talento(s) evidentes que mostram o caminho às aspirantes:
Ouçamo-las, ou melhor, leiamo-las:
Comecemos pela Ploppy que, contra todas as expectativas, se chama mesmo assim, ou ainda pior, pois Iolanda Ploppy é nome de registo, logo após o nascimento. A culpa não é dela, portanto. Está perdoada, os pais e padrinhos que ardam no Inferno.
Depois temos verdadeiros axiomas para uma vida como "a mulher em tudo o que faz tem a sua sensualidade" (que me desculpe mas quando fazem ploppy, nem por isso...), sobre a carreira, "de repente estou a pôr música e a ter um feedback muito bom" e ainda coisaa munta giras como "pedirem-me para tocar aquele música «tum, tzz, tum, tzz, tum" e como são todas assim fico a rir-me na cabine".
Um portento de bestunto, esta rapariga.
Não precisa nada do aspecto para singrar nesta vida.
Já quanto à Ana Malhoa temos buéréré de material, que a moça fartou-se falar.
Anuncia que novo cd tem "seis novas músicas, muito tropicais e calientes" (e lembramo-nos do clássico moderno "E o teu Corpo Ardente"), que é uma figura pública mas é "uma pessoa normalíssima e ainda bem", que não tem homens a cair-lhe aos pés (o que dá jeito porque podia tropeçar neles e cair), que tem "que ter uma performance em cada música", que tem bueréré de tatuagens (qual delas a mais pimbóide, digo eu... a pensar na rosa com o nome do marido por baixo), que "as mulheres são os seres mais bonitos à face da terra" (depende, depende, que já vi umas que valha-nos santa miopia...), mas que "há que saber diferenciar o bonito de outras coisas, digamos, o menos bonito", naquela que é uma frase que encerra toda uma sabedoria de vida, uma cosmovisão telúrica.
Par o fim, apenas referir que a parte do corpo que ela mais gosta é do seu "back", ficando apenas por saber se isso inclui quando está a fazer ploppy.
E assim é.
Jovens, ponde os olhos nesta raparigagem e vede como ter sucesso.
Depois, ou mesmo antes de terem sucesso, já sabem, tirem uma fotos em trajes menores mas, se possível, deixem o marido em casa e não o tatuem no ombro que desmotiva um bocadinho, a menos que sejamos homónimos.

AV1 (o mijójino)

É a Festa ! É a Lócura !!





Até parece que a Civilização desceu à vilória.
Vinde a nós os consumidores, diz São Belmiro de mãos abertas!

AV1 (fotos do Brocas e Oliude)

Fábula nº 18

Uma fábula passada numa aldeia, muito, muito longe de nós, recolhida da tradição oral local, que esperamos ter o engenho e a arte de contar lá para mais logo, assim o estado de um estômago revolto permita estar a olhar para o PC (o computador pessoal, é claro, salvo seja... nada de subentendidos) mais de 15 minutos sem me darem umas agonias daquelas semelhantes às que me costumam dar quando...
Adiante.
Logo se vê, pois!

AV1

Então bom dia e...



... seja bem-vindos à santa terrinha, que hoje é dia de início de festa e alguém andou por aí a fazer o trabalho de correcção ortográfica que os serviços autárquicos se revelam incapazes de fazer.

AV1 (com foto de alguém que se deu ao trabalho de registar e enviar-me o testemunho de mais uma acção directa benigna, mas que quer permanecer no limbo do anonimato)

Dúvida (muito) matinal

Alguém ficou ontem a saber na reunião pública de Câmara porque raio o PDM anda numa jigajoga?
Quem souber faça o favor de me informar que eu estou assim a modos que curioso.

AV1

quarta-feira, julho 26, 2006

Assim não dá...




... um tipo quer arranjar um tempinho para escrever e, por fim, alguma da TV que temos é de qualidade e a horas decentes, o que sabota isto tudo.
Mas, por outro lado, ainda bem.
À 2ª feira é um martírio para apanhar tudo: House e Desperate Housewives na FOX, Everybody Loves Raymond na Sic-Comédia e agora ainda a 6ª série d'Os Sopranos na 2, que se adivinha monumental.
À 3ª desacelera, mas temos o CSY:NY no AXN e uma das últimas séries do ER na 2.
Hoje é dia, sagrado, do 24 na 2 daqui a uns minutos, a série que aprendi a gostar depois de ficar completamente perdido a primeira vez que passou por cá e comecei a ver fora da sequência.
Assim não dá.
Ainda há na Fox o piroso mas viciante The O.C., o Invasão, feito à boa moda antiga, Os Homens do Presidente ao domingo e espera-se o recomeço ainda no AXN do CSI: Las Vegas, o original e o melhor, pois o CSI: Miami é demasiado neo-fascista (isto lá é linguagem que se use...) para o meu gosto, excepção feita à Emily Procter.
Assim não há blogueiro teledependente que resista.
Longe vão os tempos d' Os Vingadores (início dos anos 70), d'A Balada de Hill Street (início dos anos 80) uma vez por semana, ainda por cima sem vídeo caso falhasse algum pedacinho.

AV1 (teledependente assumido e irremediável)

Porque será?

Que esta entrevista está de volta, com nova foto e destaque no Rostos Online?
Não há mais nada a acrescentar? Isto já tem uns largos, l-a-r-g-o-s, meses.
Devem ser critérios jornalísticos é o que é.
Quanto ao artigo do NC na mesma morada, só se lamenta que as ZIF's não se apliquem entre nós, porque manchas florestais as não há, não é?
Assim até dá para elogiar o Poder Central.
Não é nada que nos toque nos cristais!

AV1

(Des)Penteado

Já que é lá que vai decorrer hoje a reunião pública de vereação, seria interessante que se discutissem (já que é sempre um enigma a Ordem de Trabalhos) problemas relacionados com a Agricultura e tal. E com os terrenos que ora são, ora deixam de ser.
Aquilo que vocês sabem, estão a ver?
Não?
Pois, eu também não via até ao dia em que me abriram os olhitos, tadinho d'eu.

AV1 (com foto de Mão Amiga, correspondente especial na zona)

Será?











Que há aqui alguma relação?
Ná...
O PDM nem foi ainda aprovado...

AV1

A ver a vida passar...






Ontem, como hoje, como de há muito...
Desde sempre?
E será só ela?


AV1 (foto do Brocas)

Os Espaços da Festa










Aqui e no Alhos Vedros Visual, as imagens do espaço das festividades oficiais e reais a iniciar já no próximo dia 28 de Julho, 5ª feira, quase no dia do Santo Ordenado, ou de "São Receber" como diriam os Xutos.
A não esquecer ainda Simões, o homem das Diversões e dotado de grande mões.
(É tempo de festa de Verão, o humor é a condizer... rasteiro e ranhoso como um caracol a fugir do tacho...)

AV1 (com fotos do Brocas)

Preocupante...

... o que se tem vindo a passar com o Abrupto.
Nada que já não tivessemos experimentado, mas neste caso com uma dedicação maior em matéria de provocar danos.
Nunca consegui até hoje ver o chamado "falso-Abrupto", mas hoje vejo um Abrupto mutilado e um autor preocupado, muito preocupado, mas teimoso (ler posts sobre "Pirataria").
Como nós por aqui, quando sofremos a bom sofrer com necessidade de migrar os conteúdos para os salvar e guardar o template personalizado para o repor sempre que era alterado por "mão alheia", ou então detectar a razão porque o AVP fechava subitamente ao ser consultado.
Cada uma à sua escala, as heterodoxias e os sucessos, mesmo que relativos, pagam-se com trabalho e dores de cabeça.
Mas resolvem-se com a bela e pura teimosia, ou tenacidade, ou persistência, ou o que lhe queiram chamar.
Nestes casos, a solidariedade não serve de nada, senão de parco consolo para a alma dos que a têm, mesmo quando com eles podemos estar muitas vezes em desacordo.

Isto é muito terreno...




... para uma pessoa conseguir governar-se só com um telemóvel..
Não acham?

AV1 (com página de classificados do DN de ontem, pelo que o nº do télélé não é coisa privada)

Manuel Alegre é um Homem Sério

o contrário de outros, que cozinharam o "caso" de Verão como retaliação pelo não cumprimento da disciplina carneirenta de voto no Parlamento.
Manuel Alegre tem 70 anos. Atingiu a idade limite para se aposentar.
Faz descontos para a CGA desde que está em Portugal e do seu ordenado de deputado.
Nunca esteve em cargos com sistemas de reformas excepcionais como administrações de empresas públicas. É um político de luta e de eleição que nunca se encostou a cargos de nomeação para retiros dourados. Por acaso esteve 3 meses na RDP em 1974 e agora usam isso como se a sua aposentação fosse motivada por isso, quando é motivada pelos descontos feitos a partir do salário de deputado e não pelos 3 meses como funcionário da RDP, como querem fazer crer. Esse é apenas o início da sua carreira contributiva.
Quem levanta a questão fá-lo com desonestidade e é certamente fonte xuxalista ressabiada, com o objectivo de dizer que Alegre é como os outros.
Só que ele não é como os quadros do Centrão Podre e Malcheiroso, reformados aos 50 anos após 2 anos de serviço na Caixa Geral de Depósitos, na TAP, na RTP, no Banco de Portugal ou em outras empresas dominadas pelo Estado e com regras que muitas vezes beneficiaram quem as fez. E aqui o "rodas baixas" do Marques Mendes deveria ter vergonha na cara, pois o seu partido está cheio dessa gente que em pouco tempo governaram a vida graças ao encosto do partido, em especial nos tempos do Cavaco.
Só que ele não é como certos homens de esquerda, muito solidários, que se reformam logo que podem, aos 40 e 50 anos, alegando que tudo é legal e que trabalharam já muito, mas que se mantêm no activo.
Só que ele não é como os deputados que ao fim de 2 ou 3 mandatos vão trabalhar para grupos privados e continuama cobrar ao estado subsídios de reintegração e outras pérolas só dadas a porcos.
Por isso, este ataque a Manuel Alegre é de origem xuxalista suja e se for aproveitado por mais alguém seria bom que se olhassem ao espelho. O homem tem 70 anos e 30 anos de serviço público ao País do qual não se serviu, tendo feito os descontos sobre os seus rendimentos.
Muitas vezes foi eleito contra os interesses do seu próprio partido e tem sido eleito pelo seu círculo de Coimbra, não pelo de Bragança. Não há muitos como ele e por isso o querem marcar e lixar, por manter independência face à União Nacional-Socialista dos interesses. Quem vai atrás da onda não é muito melhor.

AV2, alegrista ainda e apesar de tudo

terça-feira, julho 25, 2006

Será preciso explicar?

Algumas almas encresparam-se com o facto de eu ter expressado a minha dúvida quanto à eficácia da acção das forças de segurança, apenas com base na proximidade das esquadras.
E é isso que eu penso.
Não quer dizer que ache que Alhos Vedros permaneça sem qualquer tipo de esquadra mais umas décadas. Não sou da geração que ver um GNR fazia logo ouriçar os pelos do toutiço como ao meu pai, um dos muitos que nunca sentiram a falta de polícia na nossa terra.
Mas acho que a existência de uma qualquer infraestrutura ou serviço só interessa se for para funcionar e para funcionar de forma pelo menos sofrível.
Se é para fazer número e funcionar como arma de combate político ou de "trunfo" não vale a pena.
Eu não tenho qualquer problema com a autoridade e até acho que ela funciona de menos no nosso país.
Porquê?
Porque uns têm traumas herdados de outros tempos e não conseguem perceber que já estamos em outros tempos.
E porque outros se habituaram a vícios ancestrais de comodismo e não cumprimento dos seus deveres.
Devemos ser sinceros: muitos de nós já comentaram quantas vezes que "fulano de tal" foi para "a guarda" ou "a polícia" porque não tinha jeito para mais nada.
Aliás, muitas vezes iam assegurar a ordem pública muitos daqueles que ninguém respeitaria normalmente e mesmo com farda, com muita dificuldade.
Eu sei que as coisas têm vindo a mudar.
Mas têm mudado devagarinho, desesperantemente devagarinho.
Eu já recorri aos serviços da GNR e tenho uma proporção de 50% em eficácia.
O que não é mau.
Mas tenho muitas outras histórias, de testemunho directo ou por interposta pessoa, de coisas muito tristes, de muita falta de brio profissional, de falta de sentido ético da função.
E isso não se pode justificar com falta de meios.
Ou se tem, ou não se tem, não é o Governo que oferece.
Os agentes das forças de segurança têm uma função fundamental na nossa sociedade.
Devem ser respeitados e devem saber fazer-se respeitar.
Não devem esperar que "a coisa passe" para aparecerem quando já não há problemas.
E não devem abusar do seu poder e autoridade quando estão perante quem é mais fraco ou vulnerável.
E, infelizmente nem sempre os exemplos são os melhores.
Por isso, a segurança nas comunidades em que vivemos, desarticuladas, desenraízadas, sem modelos exemplares a seguir, sem um sentido cívico mediano, só se pode construir mediante o comportamento de todos nós, o respeito pelos outros, tudo enquadrado com a existência de forças de segurança eficazes e cumpridoras, que sabem ao que andam.
Agora se a esquadra está na Moita, na Barra Cheia, em Alhos Vedros, no Vale da Amoreira ou na Baixa da Banheira, tanto me faz.
Isto fica tudo perto.
Chega a tempo quem quer.
Age quem não se esquiva.
E o resto é fruta da época.

AV1

Malandros e ainda por cima mentirosos

Do Diário de Notícias:
«Portugueses adeptos de sexo de uma noite»

Até aqui tudo bem: 81% da malta adere - em teoria, que a prática é mais minguada - às one-night stands e nisso somos campeões no estudo realizado. Também confere o facto dos tugas serem dos que menos tempo demoram nos preliminares (16 minutos uma verdadeira eternidade) e menos posições experimentam (4 por relação sexual, o que também me parece embelezar a realidade).
Agora onde a mentira é bem descarada é quando 51% declaram estarem principalmente interessados no prazer da mulher e que só 13% esstão interessados num ménage a trois, ou mesmo que têm quase 8 parceiras sexuais (you wish...).
Eu, como adepto da não exclusividade de práticas libidinosas no período nocturno - gosto de tudo às claras, de transparência e não é só na lingerie - não me sinto retratado pelo estudo, como é óbvio.

AV1

O valor de uma vida?

No caso do transexual morto na cidade do Porto na sequência das agressões e abandono por um grupo de jovens, o Ministério Público deixou de acusar os envolvidos de homicídio, passando a acusá-los apenas de "ofensas corporais" e mais umas minudências jurídicas e a pedir uma pena de 10 a 15 meses de internamento numa instituição em regime semi-aberto.
Atenção, que isto não é o resultado da sentença do Tribunal, mas o que a própria acusação pede para um caso que acabou com a morte de um ser humano.
Sei que tudo em redor deste caso se presta a aproveitamentos demagógicos, mas a verdade é que o modelo de Justiça que se está a espalhar e a ideologia que lhe está associada, me arrepiam.
Não sei se isto é apenas porque a pessoa morta era "diferente" e talvez não tenha quem defenda a posteriori o seu direito a ter sido respeitado em vida.
Sei que, se um dia for desta para melhor em virtude de um ataque de cobardes em forma de bando, de pouco me vale que eles sejam presos ou não, acusados ou não.
Mas, de qualquer modo, 10 a 15 meses em regime aberto, pedidos pela própria acusação?
O valor da vida é assim tão baixo?
Afinal não é só lá mais longe que o valor de uma vida é cada vez menor.

AV1

Vem aí a "Fé'ta" II

Photobucket - Video and Image Hosting
Como se vê, é grande o afã na preparação da festa que começa dia 28 de Julho em Alhos Vedros, em honra de Nossa Senhora dos Euros.
O principal vulto da Comissão de Festas, o cónego Belmiro, afirma com entusiasmo "com a colaboração dos poderes locais e da população em geral e particular, pensamos que esta Festa será um sucesso e que a nossa caixa de esmolas ficará a transbordar, graças à generosidade desta gente simples, honesta e trabalhadora, mas também devota e crente, pelo que este é o santuário para o qual esperamos que todos rumem nestes dias de alegria e confraternização".
Avé, pois !
Ou amén, conforme as modalidade, que eu agora confundi-me.

AV1 (com foto do Brocas)

Vem aí a "Fé'ta"

Photobucket - Video and Image Hosting
Alegria e fantasia a rodos
Calor e transpiração a escorrer.
Mais uma voltinha, mais uma rodada, freguês.

AV1 (com foto do Brocas)

Tudo o que sempre desejámos (ou talvez não...)

Photobucket - Video and Image Hosting
Ana Malhoa na FHM, em reportagem fotográfica bastante alargada, mas com falta de je ne sais pas quoi e um pouco de erotismo suburbo-pimba a mais.
Muitas carnes, é certo, mas também o desnecessário "ferro" a marcar o domínio.
(Era aqui que devia entrar o trocadilho com "malhoa" e "malhou-a", mas mesmo eu tenho limites para os truques baixos...)
Enfim, acredito que me chamem misógino, mas muito bom blogueiro "sensível" e comentador que nos acusa de misóginos não vai comprar a revista (eu também não, mas como sou assinante...), mas vai desfolhá-la "distraidamente" à cata de alguns frémitos.
Desnecessariamente, acho eu.

AV1 (o Blogger está em sobrecarga, isto é preciso meter as imagens pela janela...)

segunda-feira, julho 24, 2006

O verdadeiro "Espaço Multiusos"

Sempre me interroguei sobre aqueles espaços que surgem como de "usos múltiplos existentes" nos mapas do PDM.
É que quando são de "usos múltiplos propostos" um tipo ainda pode pensar que eles não sabem o que vão fazer com aquilo.
Agora se já existe o espaço, é de esperar que se saiba o que é para lá se passar.
Mas hoje fez-se-me luz no bestunto.
Deve ser isto que no PDM se classifica como "espaço multiusos", pois serve para tudo: estaleiro em tempo de obras, estacionamento desordenado na maior parte do tempo, recinto de festas quando chega a temporada.
Esperar um ordenamento desta área será esperar demais, claro, embora me pareça que o investimento na recuperação dos passeios, na definição de umas rampas de acesso para veículos e até um eebelezamento mínimo - deixem lá os pilaretes - não custasse certamente uma fortuna e talvez menos que uma Feira Equestre.
Mas ah.... não projecta a imagem do concelho.
É isso!

AV1 (com foto do Brocas)

Isso explicaria muita coisa

Num daqueles programas que à tarde fazem serviço público ou algo parecido, tipo informação Sic-Notícias, falava-se na chamada "fuga de cérebros" do país.
Se isso quer dizer que os corpos ficam por cá, muito se explicaria.
Por exemplo: a Elsa Raposo, o Petit, a Maria Vieira, o Manuel Serrão, a Patrícia Tavares, aquele articulista do Jornal da Moita que sabemos, a Betty Grafstein, a taróloga Maya, o Miguel Sousa Tavares quando fala do FêCêpê, aquele bloguista desaparecido em combate que também sabemos, o Eduardo Beauté, a Lili Caneças, o Luís Filipe Menezes, a Ministra da Educação, o Fernando Santos, o José Peseiro, enfim, meio mundo que só deve ter deixado cá o invólucro, porque é óbvio que a matéria cinzenta migrou para qualquer lado.

AV1

Triste, apenas

Do Correio da Manhã:
«Pai e filho vendiam queijo e presunto na feira da Moita como sempre faziam nos últimos domingos de cada mês. Até um homem de etnia cigana insistir em tapar-lhes a venda com o seu negócio de roupa e estalar uma discussão entre os três, na manhã de ontem.
A família cigana juntou-se e pai e filho foram espancados com paus e ferros pelo corpo todo. Reagiram e acabaram atingidos por quatro tiros de revólver. O filho já caiu morto e o pai está internado em estado grave.O espaço da feira foi reduzido nos últimos anos e os conflitos pelos melhores lugares são ali “frequentes”, adianta ao Correio da Manhã fonte policial. Mas vários feirantes habituais, que pedem para não ser identificados por medo de represálias, garantem que aquele lugar era da família Rodrigues – que há muito ali vendia “queijos, presuntos e todos os tipos de enchidos”, sem que alguma vez tivessem incomodado alguém.»

Mas não há mercado todos os meses?
Não há policiamento?
Na Moita não há PSP?
O posto da GNR já não está mais arranjadinho?
Pelos vistos, não é a proximidade das esquadras que resolve estes problemas.

AV1

A Escuridão e o Vazio

Na 6ª feira realizou-se na "velha" Fonte da Prata o espectáculo que, este ano, substituiu a iniciativa Conhecer para Aceitar.
Não estive lá porque há muito que conheço e aceitei, sem precisar de fazer alarido ou festas.
Mas diz-me quem andou por lá que a coisa esteve triste, tristonha, escura não só de luz propriamente dita, mas de resultados.
O Conhecer para Aceitar nasceu no anterior mandato com o objectivo de "dar" animação à Fonte da Prata e também como trampolim de alguns rostos do poder moiteiro local. Apareceu também como contraponto às Festas de Alhos Vedros.
Na Fonte da Prata mostrava-se um evento totalmente feito pela Junta e Câmara e, de algum modo, isso servia para marcar uma diferença e, quiçá, servir interesses futuros de afastamento.
Foi apregoado aos quatro ventos que era uma iniciativa sem custos, "que os artistas vinham de graça", que a população é que fazia e tudo o que é costume nestas situações.
Contudo, anualmente o orçamento da Junta comtemplava sempre diversas verbas, distribuídas por diversas rúbricas, mas que somavem sempre para cima de 7500 €.
Da parte da Câmara nem se sabe quanto é que gastavam.
O evento era simpático, começou bem, mas com um total controle a fazer-se sentir, veio a decair, tendo já no ano passado dado sinais de problemas e incompatibilidades várias.
Este ano que não há dinheiro, não há eleições, já sabemos, mas pelo vistos não era preciso a coisa cair tanto.
No bairro, ainda este mês não se sabia se havia ou não evento. Claro que agora, só com muito boa vontade se pode apregoar participação popular na organização. A menos que seja a participação de apenas alguns.
O espectáculo teve o resultado esperado. Nulo.
Melhor faziam se, com o dinheiro gasto no grupo musical, mais as montagens e o gerador e mais o gasóleo, que colocassem umas lamparinas que iluminassem os pátios interiores dos Blocos da "velha" Quinta.
À noite todos continuam negros (os pátios, entenda-se, não comecem já...)!
E depois lá vem o outro apregoar que existe falta de segurança e vandalismo.

AV2, o gajo multicultural aqui do AVP mais uma foto de um nosso e vosso Conhecido

A Parte e o Todo






Para mim a recuperação do Moinho para núcelo museológico é uma boa iniciativa.
Mas excelente mesmo seria que isso se integrasse numa intervenção integrada em toda aquela zona, que encarasse o espaço desde o Parque das Salinas até ao espaço das últimas salinas propriamente ditas (que não são exploradas há coisa de uma década, contemplando a requalificação do Cais do Descarregador, a recuperação do Palacete e muito mais, enquadrando-se nesse muito mais um destino a dar aos barracões da Gefa/Guston, cartão de visita triste para quem entra na vila e nem a velga placa toponímica em Azulejos encontra, roubada pela malta do costume.
Esta é uma zona "histórica" (a sério!) de Alhos Vedros, a original vila ribeirinha, entre o rio e os espaços rurais das quintas, espaço esse que na segunda metade do século XX sofreu uma acelerada degradação e, depois, uma destrutiva pseudo-industrialização terceiro-mundista.
Repensar todo este espaço e todo o quarteirão que lhe fica a poente, pela Rua da Bemfadada acima até à rua Jerónimo de Noronha (salvo erro...) seria um projecto que, isso sim, revelaria um modo de pensar tudo isto.
Por enquanto, ficamo-nos pelas intervenções casuísticas.
Mas, OK, OK, antes isso do que nada.

AV1 (com foto do Oliude)

A Citação da Manhã

A propósito da completa asneira em que se está a tonar a ocupação compacta da Avenida Infante Santo em Lisboa, via aprazível em outros tempos e agora em quase completo processo de encaixotamento urbanístico,escreveu no caderno Actual deste sábado José Manuel Fernandes, o arquitecto:

«É que a "vergonha desqualificadora" confirmada pela actual construção massiva e sem generosidade em acabamento a meio da Infante Santo, amontoando habitações e andares à maneira dos aviltantes subúrbios, representa alho de enorme gravidade para a nossa amada Lisboa: a importação especulativa, em grande escala e destravada, para as áreas mais belas e significativas da cidade histórica e ribeirinha (que até hoje tinham conseguido resistir a este processo, entre "Torres do Tejo" e "Torres de Alcântara) da lógica consumista-fundiária, que vê o espaço urbano, em primeiro lugar, como terreno a edificar para o máximo lucro. E se não é o município ou o Estado a travar, avançaremos muito mal.»

Ando eu aqui já há uns tempos a criticar as opções urbanísticas locais e, afinal, aqui apenas se parecem seguir os exemplos da cosmopolita Lisboa no que de mais parolo ela tem para nos dar como exemplo.
Dupla dinâmica para a capital já!
Vendo bem, por lá os salários de alguns assessores são superiores ao de autarcas de câmaras de 2ª ou 3ª categoria.
E o dano era afastado.

AV1

Sobre o Líbano...

... a única certeza que tenho é que não há respostas ou análises fáceis ou simplistas que ajudem a resolver o problema.
Vamos a entender-nos: não apoio a investida desproporcionada dos israelitas, nem a táctica tele-comandade por teerão do Hezbollah, que se está nas tintas para o sofrimentos dos palestinianos de Gaza ou da generalidade dos libaneses.
Não concordo com a política americana para aquela zona, mas também não acho que a solução passe por tornar Israel ou a Palestina estados inviáveis, porque incapazes de manter a sua segurança face ao exterior.
Por isso, fico sempre muito "divertido" quando encontro a malta do costume nas trincheiras do costume.
A "Esquerda", a pura e dura com "E", está sempre contra Israel e a favor dos Palestinianos, a afirmar-se pela paz, mas a não condenar todos os que a ameaçam.
Os pró-americanos (e note-se que não usei a "Direita", porque isto aqui tem muitos matizes e mais estranhos do que por vezes se pensa, evido aos "infiltrados") são pró-israelitas e estão sempre e logo a afavor de Israel e contra os "terroristas", ignorando o terrorismo de Estado.
Também por isto, fico logo de antenas no ar quando leio a opinião bem-pensante, normalmente do Bloco, a clamar tudo e mais alguma coisa contra Israel, enquanto vai passar férias à Síria, como é o caso do Daniel Oliveira que no seu Arrastão parece acreditar que o apoio ao Hezbollah em Damasco é uma consequência da guerra e não sinal de uma das causas (deve ser ingenuidade, claro...), ou mais perto de nós quando um dirigente bloquista regional, Carlos Guinote de seu nome, debita no jornal Primeira Página, um chorrilho de disparates que podiam ser escritos a semana passada, há 10, 20, 30 ou 40 anos, como se nada tivesse mudado por aquelas bandas e como se, aí temos que admitir a coerência, a luta armada contra o "invasor" legitima todas as consequências laterais para a população civil. A citação usada parailustrar este post está apenas ao nível do resto do artigo que é mau, muito mau.
É incrível a permanência da mentalidade do "antes mortos que do lado errado".
É este exactamente o mesmo fundamentalismo que provoca a guerra a que assistimos.
É com este tipo de posições que se amassam as ortodoxias exclusivistas e mortíferas, porque há muito abdicaram de pensar, para se tornarem "impermeáveis" a qualquer fissura ou cedência.
Porque tentar compreender os "outros" seria sinal de vergonhosa e punível fraqueza.

AV1

domingo, julho 23, 2006

Amanhã há mais

Pois só agora reparei que está a dar o compacto do Everybody Loves Raymond na SIC-Comédia e eu falhei um dos episódios da semana.
Mas podem sempre voltar, incluindo o meu anónimo de estimação, mesmo sem a trela.

AV1

Questões de Gosto

Graças a um artigo da Pública de hoje, descobri este livro, pequena maravilha do absurdo, relativa aos últimos anos do regime soviético.
Aparentemente, a ala "jovem" do PCUS, que dava pelo nome de Komsomol, ocupou o seu valioso tempo na primeira metade dos anos 80 a fazer uma lista de grupos musicais ocidentais que deviam estar ausentes dos ouvidos puros dos jovens soviéticos e, por maioria de razão das respectivas discotecas.
Ora bem, confesso que na lista fornecida, há várias categorias de artistas e grupos, pelo que é difícil um tipo gozar pura e simplesmente com a paranóia ditatorial.
Há mesmo momento em que comungo com a malta "jovem" do PCUS de então, que devia ter mais ou menos a minha idade.
Em outros, fico a perceber porque raio eu não podia ir programar nada para qualquer Fórum Cultural da época.
Vamos lá então a dividir as coisas:

1) Categoria "Não há maneira de concordarmos e a luta entre nós será eterna":
Sex Pistols, B-52's, Madness, Clash, Stranglers, Talking Heads, Ramones, Depeche Mode, Yazoo, quase todos com a justificação de serem punks e promoverem a violência. Se em relação aos B-52's a coisa já é só rir, então acusar de violento o Vince Clarke que na época passou pelos DM e pelos Yazoo só na cabeça de alguém mesmo muito perturbado. Juntem aqui os Police, os U2, os Echo e mais um par de tipos e está lista do top 10 das minhas preferências musicais. Não havia de dar problemas colocar música nos intervalos na Secundária da Moita nos idos de 70. Ainda hoje acredito que é por estas e por outras que não nos entendemos.

2) Categoria "Vá lá, vocês devem é ser bichas".
Tina Turner, Donna Summer, reprovadas por promoverem uma imagem demasiado sexual.

3) Categoria "Então... pensem lá bem nisso".
AC/CD, Van Halen, Iron Maiden, com acusações desde obscurantismo religioso a propaganda anti-soviética. Não sei nada disso, apenas que na altura ainda era a onda pesada que se ouvia. Deviam ser deixados em paz.

4) Categoria "Irmãos marxistas, estamos na mesma luta e unidos venceremos essa escumalha capitalista".
Kiss, Crocus, Styx, Judas Priest, Black Sabbatk, Alice Cooper, Nazareth, Scorpions, Gengis Khan, UFO. Não me interessam as acusações, estes tipos todos são responsáveis por grande parte do lixo musical de uma geração. Todos prá fogueira e é já (quer-se dizer, em 1985).

5) Categoria "Vocês estão no gozo, só pode".
Julio Iglesias, acusado de neofascista e os Village People de violentos. Muita pedrados deviam andar os camaradas.

6) Categoria: "Tanto se me faz, como se me fez".
Pink Floyd, Canned Heat, Stooges e 10cc. É pá, sinceramente, tanto se me faz.

7) Categoria "E vocês ouviam isso, que eu nem sei o que são?"
Sparks, Perron, Bohannon, Junior English, Munich Machine e Boys, tudo malta conhecida na rua deles e em Moscovo, pelos vistos.


Vidas tristes a de quem fazia estas lisstas, é o que é.

AV1

Publicidade na base da Amizade

Por absoluta distracção e devido a uma caixa de correio que já coloca no spam o que não deve, não divulguei esta mensagem do meu amigo Luís Guerreiro, aquele que já passou por mim ou vice-versa.
Infelizmente para mim, ele está em Brasília e Minas Gerais e eu por aqui.
Quem me dera, neste momento, eu ser ele, ou o contrário também daria jeito, pois isso significava que ele estava a fazer o meu trabalho.
Mas aqui fica a mensagem perdida:
.
Caros Amigos,
Na sequência de contactos com o MAB, Museu de Arte de Brasília a Azulejaria Artística Guerreiro, vai expôr nesse Museu em princípios de Agosto, a data ainda não está definida, mas depois lhes darei a data segura, também Pirenópolis irá ter uma Exposição de Azulejaria, esta em conjunto com Delei, Artista Brasiliense, que tem sido convidado diversas vezes para expôr nos Arquivos Guerreiro.
.
Entretanto, contacto posterior com o correspondente pedido de desculpas, já me permitiu saber as datas certas das exposições que são 28 de Julho em Pirenópolis e 2 de Agosto no Museu de Arte de Brasília.
Este rapaz faz-se...
Qualquer dia está a expor no Fórum Cultural José Figueiredo com reportagem do Jornal da Moita e tudo.
Penso que é o passo seguinte para qualquer artista local que exponha o seu trabalho no estrangeiro.

AV1

Temos Museu !?








Graças à coragem intérpida de Oliude, o repórter sempre em movimento e em cima do acontecimento, temos por fim uma panorâmica dos interiores da intervenção que está a ser realizada no Moinho de Maré de Alhos Vedros e, esperamo-lo e acreditamos nisso piamente, futuro núcleo museológico da terra e pólo principal do projecto Alhos Vedros Cultural, pelo qual a vereadora respectiva já deu várias vezes a cara e certamente prestará contas a seu tempo.
Se tudo correr como é de costume, e de acordo com a média de promessas cumpridas por mandato, vai ser o único pólo do projecto acabado até 2009, mas vamos ter fé que não.
Como se vê, e confirmando o que eu dizia há uns tempos, da estrutura original já só temos direito às paredes, que é a única parte essencial para "manter a traça" e dar a ilusão de respeito pelo património histórico.
Enfim, não vamos desanimar.
Já vejo mais do que via, mas ainda não vejo o que gostaria de ver.
Tomara que à rapidez do "descasque" corresponda a rapidez da finalização da obra, que é por causa das chuvadas da próxima estação.

AV1 (com foto do Oliude, aqui e mais no Alhos Vedros Visual)

Eu sei que calha a todos...

... e não é só no nosso concelho e na Margem Sul que projectos muit'a lindos depois descambam alarvemente.
Tenho várias pessoas amigas e aparentadas a viver ou com casa comprada na zona da chamada "Expo".
Na altura a vaidade que enfunou muitos peitos foi bem grande.
É verdde que a localização era privilegiada e as promessas mais que muitas de aquilo ser uma "nova" Lisboa, cosmopolita e modelar.
Pois....
Houve quem fez bons negócios, em algumas cooperativas de construção ou ficando com as casas ocupadas por funcionários da Expo, após terem de arrancar a bela porcaria do chão e remodelar quase por completo os interiores que tinham sido tratados a pontapé.
Mas não foi por falta de os avisar.
Se é verdade que na zona norte, acima do Vasco da Gama e do Oceanário as coisas correm mais ou menos, na zona mais para sul é a dormitorização completa ao nível de qualquer subúrbio, sem qualquer tipo de infraestruturas, incluindo transportes, que passam com menos regularidade que os TST, benza-os Manitou!
A norte, apesar de ser a zona mais "in" já há quem faça as malas para partir, enquanto os que levaram o barrete de comprarem um quadradinho dos caixotes mais a sul estão neste momento, em vários caos, paredes-meias com obras, falta de limpeza dos arruamentos, falta de segurança e necessidade de se deslocarem a pé até à zona da gare do oriente se querem apanhar transportes a tempo.
Tudo é muito bonito no papel.
Como diz a peça do Expresso, das 4 escolas prometidas só há uma.
Equipamentos para a prática do desporto - a menos que fiquemos pelo ciclismo ou jogging - só se for em ginásios bem pagos.
Espaços verdes, tirando as árvores meio raquíticas e por regar a atrapalhar estacionamentos, cheias de entulho nos canteiros, nem vê-los.
Enfim, tudo aquilo a que estamos habituados do lado de cá do Tejo.

AV1

sábado, julho 22, 2006

Memórias...







Por momentos, até se pode pensar que alguém deixou ali a pá há momentos para descansar e voltar ao trabalho


AV1

O fim de semana continua quente...









Onde se lê Hamas, é mais actual ler "Hezbollah".

AV1 (com cartoon de Thomas Boldt)

Toda a Fé tem o seu Preço




Camaradas!!!
N'O Militante deste Verão (nº 283), chama-se a atenção para a necessidade de arranjar dinheirinho para o Partido.
Vá lá, contribuam com a dízima enquanto cantam "maná, maná..."
Agora, não é por nada, mas acho sexista terem colocado a pedir dinheiro a única mulher que escreve neste número.

AV1 (o anti-comunista primário e secundário)

Afinal o Homem mexe-se

Mesmo que pouco, Alegre ainda faz tremer a hierarquia da união nacional-xuxalista e o aparelhismo instalado enquanto o Sócrates permitir mamar no Poder.
Votou contra a Lei da Mobilidade dos funcionários públicos e liderou, mesmo se à distância, a Oposição interna a um regulamento sobre a substituição dos deputados socialistas que fez a direcção parlamentar recuar.
Ainda temos Homem.

AV2

Demasiado complexo para respostas simples

Como em tudo, a evolução da nossa sociedade tem agravado os fossos entre quem pode e quem não pode.
Ao nível da habitação, temos a nascerem como cogumelos condomínios privados e urbanizações de aviário.
as duas faces da mesma moeda que se querem ver pelas costas.
Pelo meio ficam uns arremedos de "vilas" e "quintas" que tentam apanhar os estratos médios que cada vez estão mais minguados.
Por outro lado ainda temos a necessidade de realojar quem não tem condições de vida condignas.
Como organizar tudo isto a nível de planeamento urbano?
Apostar numa estratégia de heterogeneidade social como defendiam algumas teorias dos anos 60 e 70, fazendo coexistir espaços com ocupações sociais tendencialmente distintas?
Ou separar os espaços, para que cada grupo se sinta mais à vontade e não ameaçado por presenças estranhas?
Este não é um problema como resolução fácil e nós pelo concelho sabemos disso, por variadíssimas razões.
Recentemente, para além da polémica em torno de um empreendimento na Flor da Mata, em Pinhal de Frades, tenho contactado com dilemas individuais de pessoas que se sentem desorientadas ou incapazes de poder tomar a decisão desejada, em virtude das circunstâncias económicas e sociais que enfrentam, desde os familiares de um amigo de Setúbal que, necessitando de mudar-se, ficam sem saber para onde em virtude da política de preços que encarece desmesuradamente habitações em zonas "seguras" por comparação com as que ficam em zonas com vizinhanças "suspeitas, até a outro que, perante a crise do sector, viu vizinhos a sub-alugarem ou mesmo construtores a arrendarem, por falta de venda, apartamentos a grupos de trabalhadores oriundos de Leste, num regime algo marginal às legalidades instituídas, não esquecendo ainda quem, depois de investir as poupanças numa moradia maneirinha, depois leva com o inesperado às portas da sua urbanização, em virtude dos atroplelos aos planos originais ou mesmo quem, tendo casa quase nova, a vê degradar-se em três tempos e o construtor responsável eximir-se às responsabilidades legais.
A verdade é que, em tempos de agravamento dos fossos sociais e de crise económica, o problema da habitação ganha cambiantes mais negros e as situações tendem a complicar-se.
Que fazer com os PER?
Criar guetos isolados e encerrar comunidades sobre si mesmas ou apostar numa miscigenação social que muitas vezes conduz a atritos graves?
Pelas nossas bandas temos a experiência do Vale da Amoreira e da Fonte da Prata que, durante muito tempo, funcionaram praticamente como guetos isolados e separados do resto.
Agora, pelo contrário, com a aposta numa suburbanização galopante, parece querer misturar-se de tudo um pouco, sem análise das consequências possíveis.
A convivência, por enquanto pacífica, entre as "duas Fontes da Prata" foi possível em grande parte porque a "nova" não teve a afluência que os promotores previam, pois a "velha" lá permaneceu sem que a sua reabilitação arrancasse a tempo, só agora surgindo a construção de infraestruturas há muito necessárias ou pedindo melhoramento.
Na Moita, a expansão para a "Nova Moita" beneficiando dos novos acesso pela Ponte Vasco da Gama foi feita de forma sóaparentemente ordenada, mas no modelo de dormitório quase sem espaços de lazer próprios e com a rede viária a prever só a chegada e a saída não a circulação das pessoas.
As obras e os remendos entre o Palheirão e o Juncalinho disso são uma prova.
Depois temos aquela urbanização de vivendas que parece para um estrato socio-económico superior mas que é feita paredes-meias com zonas em acelerada degradação e mesmo com zonas de acampamentos semi-nómadas.
Mas os exemplos podiam continuar, com especial destaque para a deficiente qualidade dos equipamentos urbanos da Vila Verde em Alhos Vedros ou a sobrecarga de determinados espaços da Baixa da Banheira, tanto a norte como a sul da via férrea, onde de novo se parece esquecer que não chega fazer ruas mais largas e definir uns estacionamentos minguados, sem garagens em muitos edifícios, se a carga de população vai reflectir-se nas zonas envolventes não preparadas para isso e tornam um sofrimento tentar circular nelas.
No fundo, fazem-se os chamados "planos de pormenor" e esquece-se o plano geral.
Retalham-se áreas, pensadas de forma isolada e não articulada com as envolventes.
Isso é culpa de quem?
Invertendo toda a lógica, hoje vou dizer que a culpa é dos cidadãos que são obrigados, por razões económicas, a alimentar este estado de coisas, pois não têm meios para ser mais exigentes.
E é isso que falta.
Exigência.
De rigor.
De competência.
De visão de conjunto.
Mas quem se habitua às rotinas e aos esquemas do costume e não é pressionado para mudar, nem tem capacidade para enfrentar os erros cometidos, dificilmente muda de comportamento e de esquemas mentais.

AV1

sexta-feira, julho 21, 2006

AVP Erudito












Dois belos livros de uma grande escritora, pouco conhecida cá, apesar de ter cá uma casa num monte alentejano e ter escrito o Alentejo Blue.
Só que o anterior Brick Lane é que é uma pequena maravilha, considerado como um dos melhores livros de 2003 pela generalidade da imprensa literária que interessa.
História de desenraízamento e de choque de culturas e paixões, a minha cara-metade fez muito bem em oferecer-mo para ler durante as férias.

AV1

Humor Do(c)ente

E a Riviera aqui tão perto...







Nada tenho contra a apresentação do Rosário como "estância balnear", capaz de atrair "veraneantes".
Mesmo que eles venham de tão longe como o Alto de São Sebastião, o Chão Duro ou mesmo o Palheirão.
Mesmo se a capacidade turística é para aí de uma uma dezena de redes ao sol e de uma centena de banhistas, dentro e fora da água.
Mas o "vá para fora cá dentro" é um slogan válido como outro qualquer...
Já me custa mais é ver a outra face da moeda, ou seja, a nossa "Gorda", cada vez mais magrita e enjelhada, assim como resto da velha zona balnear de Alhos Vedros.
Era pequenina, pobrezinha e humilde, mas servia, antes de provocar urticária até à taínha mais impenitente.
Mas como nada ouço dizer ou vejo escrever aos "ecologistas" verdejantes locais, suponho que está tudo bem.
Provavelmente eu é que tenho uma pele muito sensibel.

AV1 (com imagem da 1ª página do JMoita e fotos do Oliude e Brocas)

Mas então?



Um partido como Os Verdes serve para discutir se os autocarros dos TST passam de 20 em 20 ou de 30 em 30 minutos?
Não está em causa a legitimidade de arvorarem as causas que bem entendem mas, quando se lhes dá a palavra, essa é a questão essencial que o responsável de uma organização política com o nome de Os Verdes se lembra de destacar num concelho como o nosso, com todas as questões e problemas ambientais que existem?
Haja pachorra!

AV1