segunda-feira, março 28, 2005

Circular e estacionar em Alhos Vedros

O Alhosvedrense protesta, e com razão, com as dificuldades que começam a existir em Alhos Vedros para circular e estacionar em algumas zonas.
Por nós, e por agora, gostaríamos só de destacar três razões do caos que por vezes se instala na circulação pelas ruas da nossa terra e no estacionamento em muitas zonas.

- Em primeiro lugar, temos a desorganização que caracteriza muitas das intervenções/obras que se fazem, sejam da responsabilidade da CMM, da EDP, das Águas, dos telefones, do gás, da televisão por cabo, ou seja lá o que for. Cada um chega, faz os buracos que entende, coloca umas tabuletas a sinalizar a coisa a trouxe-mouxe e está feito. Quem quiser que se desenrasque.
- Em seguida, muitas zonas foram projectadas sem pensar em estacionamentos. As Morços são um bom exemplo, mas também mutitos dos prédios que foram sendo feitos, aqui e ali, foram-no sem garagens ou sem lugares disponíveis suficientes para os tempos que correm, em que não são poucas as famílias que têm dois carros.
- Por fim, a falta de civismo individual que faz com que, por um lado, muita gente não use as garagens por comodidade e desejo de rapidez, preferindo estacionar de qualquer maneira à porta de casa ou então, quando precisa de tratar de qualquer assunto, deixando o carro à porta do lugar. O caso da Farmácia Portugal na Avenida Bela Rosa é exemplar porque todos os dias, mesmo com lugar para estacionar do outro lado, há quem ache melhor ficar ali a empatar mesmo à saída da esquina com a Vasco da Gama; outro caso é o da Rua Humberto Delgado, na sua extremidade poente, desde o Parque Infantil até à esquina com a Cândido dos Reis, em que não é raro, pelo meio da manhã, estar toda a gente estacionada dos dois lados. Já para não falar naqueles rabos de chumbo que param o carro á frente da papelaria Saturno para comprarem o jornal e aproveitarem para ficar na conversa.

Se é verdade que a origem do problema está no mau planeamento urbanístico, não é menos verdade que muitos de nós contribuem com o seu modelo próprio de "estacionamento à moiteira".

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