quinta-feira, junho 30, 2005
Já sabem o que é ?
Se não sabem, podem sempre ir até aqui para saberem mais, porque pode valer a pena. Não será o original, mas como cópia pelo menos parece vir a ser bem feita.
Gosto deste tipo, e pronto !
Saldanha Sanches é um dos pouquíssimos ex-esquerdistas que consigo admirar, estando no primeiro lugar de um pódio, onde só está mais o Pacheco Pereira, mas a certa distância.
S. Sanches é dos poucos que não perdeu a lucidez, soube ver onde e quando errou, que assume esses erros, mais com humor do que amargura e despeito, acrescendo ainda que não procurou depois encostar-se a nenhum partido para se promover e aceder às esferas do Poder, limitando-se a ter a influência da boa qualidade das suas opiniões.
Cada entrevista que dá é sempre merecedora de leitura e não é uma mera perda de tempo, enredada em lugares-comuns, como é habitual nos seus contemporâneos.
Na Visão desta semana temos mais uma dessas entrevistas reter e da qual só vou extrair dois excertos da última parte (p. 58), por falta de tempo para transcrições e porque não está online (mas o retrato de Durão Barroso enquanto jovem é delicioso, assim como a desmistificação dos heroísmos anti-fascistas de muitos que passaram menos do que ele mas se arvoram em mártires da Ditadura).
O primeiro, mais longo, é sobre o erro de querermos subdividir ainda mais os nossos concelhos e o segundo sobre o que ele acha dos políticos da sua geração.
S. Sanches é dos poucos que não perdeu a lucidez, soube ver onde e quando errou, que assume esses erros, mais com humor do que amargura e despeito, acrescendo ainda que não procurou depois encostar-se a nenhum partido para se promover e aceder às esferas do Poder, limitando-se a ter a influência da boa qualidade das suas opiniões.
Cada entrevista que dá é sempre merecedora de leitura e não é uma mera perda de tempo, enredada em lugares-comuns, como é habitual nos seus contemporâneos.
Na Visão desta semana temos mais uma dessas entrevistas reter e da qual só vou extrair dois excertos da última parte (p. 58), por falta de tempo para transcrições e porque não está online (mas o retrato de Durão Barroso enquanto jovem é delicioso, assim como a desmistificação dos heroísmos anti-fascistas de muitos que passaram menos do que ele mas se arvoram em mártires da Ditadura).
O primeiro, mais longo, é sobre o erro de querermos subdividir ainda mais os nossos concelhos e o segundo sobre o que ele acha dos políticos da sua geração.
«O actual sistema autárquico está em crise ?
Está esgotado, está gasto. Temos mini-autarquias, com uma despesa imensa. É um desperdício absoluto. Não podemos ter centenas de presidentes de câmara, milhares de vereadores e muitos milhares de presidentes de junta pagos pelo Orçamento de Estado. Esse peso é excessivo. E há um problema de oferta e procura. Nós podemos arranjar um pequeno número de políticos decentes, que não nos envergonhem, e até lhes devemos pagar mais e melhor. Mas se temos milhares de decisores, temos o poder entregue a pessoas de má qualidade. Não há milhares e milhares de pessoas para serem vereadores neste país, só se tivéssemos um desemprego muito grande. Podemos ter menos autarcas, pode haver comissões de moradores que resolvam as coisas sem esperar pelo autarca. O poder não deve ser tão próximo das pessoas, isso gera promiscuidade. A Revolução Francesa foi feita para acabar com o déspota local. O déspota local é o pior de todos os déspotas, porque nos conhece.
.
E que balanço faz da sua geração, que chegou ao poder ?
Ah... É a geração do mais desaforado dos egoísmos. Depois do 25 de Abril achou que era dona do País.»
Está confirmado !
Tal como adiantámos aqui há já algum tempo, o Bloco de Esquerda avança com o Joaquim Raminhos para a CMM, enquanto para a Junta de Freguesia de Alhos Vedros se apresenta o Carlos Vardasca.
Sou obrigado a declarar que estou satisfeito.
Pela minha parte, dispensam-se as manifestações de apoio do Fernando Rosas, mas enfim... as hierarquias assim o exigem.
Num acesso de pluralismo o Jornal da Moita divulga as candidaturas do Bloco a todas as autarquias do concelho, pelo que lá mais para diante faremos uma análise mais detalhada das suas propostas, que são sempre o mais importante nisto tudo.
No entanto e para já, o Bloco chegou-se à frente das minhas preferências eleitorais.
Vamos a ver o que o AV2 (sempre entre a tentação anarco-libertária e a esperança na alternativa socialista) pensa do assunto...
AV1
Sou obrigado a declarar que estou satisfeito.
Pela minha parte, dispensam-se as manifestações de apoio do Fernando Rosas, mas enfim... as hierarquias assim o exigem.
Num acesso de pluralismo o Jornal da Moita divulga as candidaturas do Bloco a todas as autarquias do concelho, pelo que lá mais para diante faremos uma análise mais detalhada das suas propostas, que são sempre o mais importante nisto tudo.
No entanto e para já, o Bloco chegou-se à frente das minhas preferências eleitorais.
Vamos a ver o que o AV2 (sempre entre a tentação anarco-libertária e a esperança na alternativa socialista) pensa do assunto...
AV1
A Memória das Petas
Como habitualmente, o Almocreve das Petas escava no passado e na sua memória e redescobre o que alguns escondem na gaveta dos "desv(ar)ios da juventude", essa útil categoria ontológica.
O problema é que a juventude para alguns durou muito.
Neste caso, é o emérito popperiano tuga de 3ª geração João Carlos Espada que leva em cima.
E é muito bem levado. Só se perdem as que caem no chão.
O problema é que a juventude para alguns durou muito.
Neste caso, é o emérito popperiano tuga de 3ª geração João Carlos Espada que leva em cima.
E é muito bem levado. Só se perdem as que caem no chão.
Fica para depois
Fiquei sem tempo para fazer aquilo a que me propunha: uma análise comparativa dos números mais recentes da Maxmen (com as irmãs Madruga em poses vagamente pseudo lesbo-chic), da FHM (a Patrícia Tavares a fazer um forcing assinalável, apesar de muito mal penteada nas páginas interiores) e da Sports Illustrated (já aqui destacada, mas a necessitar de uma abordagm cientificamente mais detalhada...).
Logo que se vê.
Mais logo... amanhã... no fim de semana.
Eu não me esqueço.
É que é importante.
Logo que se vê.
Mais logo... amanhã... no fim de semana.
Eu não me esqueço.
É que é importante.
Outra ainda a sério !
O nosso amigo Alhosvedrense, postou um texto interessante no qual contrapõe diversos argumentos às críticas mais acérrimas que aqui e no blog do Brocas se têm feito à gestão do João Lobo e da CMM.
Antes de mais um esclarecimento: não tenho anda de pessoal ou mesmo político contra o João Lobo e a CDU (até votei neles nas legislativas), mas tenho muito quanto à forma como tem agido a CMM. Mas isto será assunto para outros detalhes.
Voltemos às ideias do Alhosvedrense, que é o que aqui interessa. Pequeno resumo, embora aconselhe a leitura integral do que ele escreveu:
Ora bem, desde já esclareço que não devo ir votar PS nas próximas autárquicas; no entanto, um dos objectivos do AVP é desmontar o spin que é colocado no noticiário e comentário político local, que faz desfocar a representação da realidade em relação à própria realidade. Há textos que, de tão maus e facciosos, não vale a pena falar. Há coisa nas imprensa local que não passam de jogadas de xadrez por parte de peões fraquinhos e que apenas surgem para marcar pontos intrnos nas suas estruturas partidárias.
Não é o caso do Alhosvedrense, que normalmente produz matéria que merece reflexão e o respeito de uma resposta à altura.
Por isso, incluo aqui o comentário que dei no seu post, com um ou outro retoque, tanto eliminando gralhas como acrescentando um ou outro pormenor:
Bom Dia amigo Alhosvedrense,
Supondo que eu seja um dos acérrimos críticos de JLobo e da CMM que cita, vamos lá então ver isto por partes:
a) As Obras - as instalações de apoio às populações, nomeadamente de lazer, não devem ser arranjadas à pressa poucos meses antes das eleições e depois deixadas ao deus-dará 3 anos. Não são intervenções caras; implicam o trabalho de uns quantos homens durante alguns dias e os equipamento se forem mantidos, não precisam de ser frequentemente substituídos. Acredito que seja obra feita, mas acho que se a fizessem regularmente, não teríamos infestações de última hora, em que tudo é feito à pressa e, algum tempo depois, é necessário retocar. O trabalho de manutenção deve ser permanente e percorrer o concelho ou a freguesia de forma planificada.
b) Cartazes - são excessivos, sejam os da CMM/CDU (visam o mesmo, não sejamos ingénuos), quer os do PS que, se bem vi, até existem já em território barreirense. Meu amigo, existem cartazes daqueles pequenotes, brancos e verdes a anunciar intervenções da CMM um pouco por todo o lado, justificadamente alguns, mas nem sempre... ("a CMM deu este terrenos há x anos para fazer isto" ou "Aqui vai fazer-se em 2000 e troca o passo a obra z").
Não vale a pena criticar o estilo Santana quando...
É verdade que o PS parece revelar um desafogo financeiro invejável na campanha pela CMM e que eu gostaria de saber a razão de tal riqueza num período de vacas magras, mas penso que isso seria função de uma imprensa profissional ou do escrutínio sério dos restantes partidos, não de um mero munícipe.
c) Festas - As festas escolares são da organização das Escolas que convidam as individualidades locais: é normal que o Presidente da CMM ou a Presidente da JF estejam, tal como o Director do Centro de Formação de Professores do Concelho sejam convidados.
Mas já será normal convidar pessoas, na qualidade de meros candidatos a cargos para festas de Escolas onde não deve existir discurso político ? E será que a senhora foi convidada ? Não sendo convidada porque deveria aparecer ? Eu, no lugar dela, mesmo convidado não apareceria.
Se a senhora aparecesse sem convite (à moda da socialite Bobonne), sem ter filhos na escola, não sendo mais que uma festa, o que diriam dela ? Então e o que dizer do Luís Nascimento do PSD/CDS ou até do sempiterno Leonel Coelho ? Estiveram lá ?
Vá lá, amigo Alhosvedrense, sei que consegue melhor do que isto. Não tenho nada a favor da senhora, nem irei votar nelaquase por certo, porque a acho digna sucessora de uma atitude "moiteira" relativamente ao Poder da CMM, mas também não exageremos.
Concordamos num ponto, no entanto: para o PS-Moita, Alhos Vedros não é uma prioridade. poderá sê-lo para o VC, mas não para o resto, que tem outros apetites. Aliás o PS só tem estruturas locais na Moita e Baixa da Banheira, e estamos falados.
AV1
Nota final extra importante: A luta eleitoral vai ser renhida. O passado da acção de ambos os principais candidatos vai ser escrutinado, as recriminações irão surgir mas, talvez, fosse mais útil focarmo-nos no futuro e o futuro passa pelo PDM.
A esse respeito a conduta da CMM é altamente reprovável, pelo calendário escolhido a dedo.
A esse respeito, a omissão de denúncia pela Oposição até ao momento é igualmente reprovável.
No fundo, no fundo, os interesses instalados (públicos e privados) que pretendem a construção desregrada por todo o lado de um dormitório de 3ª categoria, à moda da Amadora e Odivelas dos anos 80/90, é que estão a manobrar tudo isto.
Não venham com a história da pressão urbanística por causa das acessibilidades renovadas. Isso só convence quem quer ser convencido ou fica empacado com palavras com mais de duas ou três sílabas.
Neste momento, do Barreiro ao Montijo, passando pela Moita e Palmela, há mais casas do que as necessárias para o próximo crescimento previsível da população local, a menos que estejam à espera da deslocalização de Chelas ou da Damaia para aqui.
Será que teremos aqui algo semelhante à estratégia Judas para Cascais ?
Desqualificar e dormitorizar para vencer ?
Só que aqui já não dá para desqualificar mais, para captar o voto dos descamisados e dos descontentes, capitalizando a insatisfação através da sua canalização contra as injustiças do Poder Central. E se nos lembrarmos, o próprio Judas não teve grande sucesso.
AV1
Antes de mais um esclarecimento: não tenho anda de pessoal ou mesmo político contra o João Lobo e a CDU (até votei neles nas legislativas), mas tenho muito quanto à forma como tem agido a CMM. Mas isto será assunto para outros detalhes.
Voltemos às ideias do Alhosvedrense, que é o que aqui interessa. Pequeno resumo, embora aconselhe a leitura integral do que ele escreveu:
a) Já começou a recuperação do Parque Infantil da Vinha das Pedras, o que demonstra como a CMM e JFAV vão fazendo obra na nossa freguesia e tirando trunfos ao PS.
b) A praga de cartazes e outdoors que atacou o concelho é da responsabilidade mais do PS do que da CDU e CMM.
c) Houve uma festa na Escola 2,3 José Afonso, onde compareceram João Lobo, Fernanda Gaspar e o Joaquim Raminhos, mas ninguém do PS.
Ora bem, desde já esclareço que não devo ir votar PS nas próximas autárquicas; no entanto, um dos objectivos do AVP é desmontar o spin que é colocado no noticiário e comentário político local, que faz desfocar a representação da realidade em relação à própria realidade. Há textos que, de tão maus e facciosos, não vale a pena falar. Há coisa nas imprensa local que não passam de jogadas de xadrez por parte de peões fraquinhos e que apenas surgem para marcar pontos intrnos nas suas estruturas partidárias.
Não é o caso do Alhosvedrense, que normalmente produz matéria que merece reflexão e o respeito de uma resposta à altura.
Por isso, incluo aqui o comentário que dei no seu post, com um ou outro retoque, tanto eliminando gralhas como acrescentando um ou outro pormenor:
Bom Dia amigo Alhosvedrense,
Supondo que eu seja um dos acérrimos críticos de JLobo e da CMM que cita, vamos lá então ver isto por partes:
a) As Obras - as instalações de apoio às populações, nomeadamente de lazer, não devem ser arranjadas à pressa poucos meses antes das eleições e depois deixadas ao deus-dará 3 anos. Não são intervenções caras; implicam o trabalho de uns quantos homens durante alguns dias e os equipamento se forem mantidos, não precisam de ser frequentemente substituídos. Acredito que seja obra feita, mas acho que se a fizessem regularmente, não teríamos infestações de última hora, em que tudo é feito à pressa e, algum tempo depois, é necessário retocar. O trabalho de manutenção deve ser permanente e percorrer o concelho ou a freguesia de forma planificada.
b) Cartazes - são excessivos, sejam os da CMM/CDU (visam o mesmo, não sejamos ingénuos), quer os do PS que, se bem vi, até existem já em território barreirense. Meu amigo, existem cartazes daqueles pequenotes, brancos e verdes a anunciar intervenções da CMM um pouco por todo o lado, justificadamente alguns, mas nem sempre... ("a CMM deu este terrenos há x anos para fazer isto" ou "Aqui vai fazer-se em 2000 e troca o passo a obra z").
Não vale a pena criticar o estilo Santana quando...
É verdade que o PS parece revelar um desafogo financeiro invejável na campanha pela CMM e que eu gostaria de saber a razão de tal riqueza num período de vacas magras, mas penso que isso seria função de uma imprensa profissional ou do escrutínio sério dos restantes partidos, não de um mero munícipe.
c) Festas - As festas escolares são da organização das Escolas que convidam as individualidades locais: é normal que o Presidente da CMM ou a Presidente da JF estejam, tal como o Director do Centro de Formação de Professores do Concelho sejam convidados.
Mas já será normal convidar pessoas, na qualidade de meros candidatos a cargos para festas de Escolas onde não deve existir discurso político ? E será que a senhora foi convidada ? Não sendo convidada porque deveria aparecer ? Eu, no lugar dela, mesmo convidado não apareceria.
Se a senhora aparecesse sem convite (à moda da socialite Bobonne), sem ter filhos na escola, não sendo mais que uma festa, o que diriam dela ? Então e o que dizer do Luís Nascimento do PSD/CDS ou até do sempiterno Leonel Coelho ? Estiveram lá ?
Vá lá, amigo Alhosvedrense, sei que consegue melhor do que isto. Não tenho nada a favor da senhora, nem irei votar nelaquase por certo, porque a acho digna sucessora de uma atitude "moiteira" relativamente ao Poder da CMM, mas também não exageremos.
Concordamos num ponto, no entanto: para o PS-Moita, Alhos Vedros não é uma prioridade. poderá sê-lo para o VC, mas não para o resto, que tem outros apetites. Aliás o PS só tem estruturas locais na Moita e Baixa da Banheira, e estamos falados.
AV1
Nota final extra importante: A luta eleitoral vai ser renhida. O passado da acção de ambos os principais candidatos vai ser escrutinado, as recriminações irão surgir mas, talvez, fosse mais útil focarmo-nos no futuro e o futuro passa pelo PDM.
A esse respeito a conduta da CMM é altamente reprovável, pelo calendário escolhido a dedo.
A esse respeito, a omissão de denúncia pela Oposição até ao momento é igualmente reprovável.
No fundo, no fundo, os interesses instalados (públicos e privados) que pretendem a construção desregrada por todo o lado de um dormitório de 3ª categoria, à moda da Amadora e Odivelas dos anos 80/90, é que estão a manobrar tudo isto.
Não venham com a história da pressão urbanística por causa das acessibilidades renovadas. Isso só convence quem quer ser convencido ou fica empacado com palavras com mais de duas ou três sílabas.
Neste momento, do Barreiro ao Montijo, passando pela Moita e Palmela, há mais casas do que as necessárias para o próximo crescimento previsível da população local, a menos que estejam à espera da deslocalização de Chelas ou da Damaia para aqui.
Será que teremos aqui algo semelhante à estratégia Judas para Cascais ?
Desqualificar e dormitorizar para vencer ?
Só que aqui já não dá para desqualificar mais, para captar o voto dos descamisados e dos descontentes, capitalizando a insatisfação através da sua canalização contra as injustiças do Poder Central. E se nos lembrarmos, o próprio Judas não teve grande sucesso.
AV1
Agora (ainda) a sério
Chegou-nos de um leitor nosso o anúncio sobre o anúncio da recuperação do Parque Infantil da Vinha das Pedras. Embora o leitor nos conceda alguns créditos por termos noticiado a sua degradação (com foto do Brocas), achamos que o calendário eleitoral terá sido a força maior por esta tardia lembrança.
Gostava de informar que a reportagem que foi colocada em Dezembro ultimo sobre o Parque infantil da Vinha das Pedras teve efeitos, desde ontem que este se encontra vedado julgo que para ser recuperado, para bem das nossas crianças e idosos, valeu a pena!...
Emelgo
Gostava de informar que a reportagem que foi colocada em Dezembro ultimo sobre o Parque infantil da Vinha das Pedras teve efeitos, desde ontem que este se encontra vedado julgo que para ser recuperado, para bem das nossas crianças e idosos, valeu a pena!...
Esperemos que a seguir passem para a Vala que vem do Vale da Amoreira e vai desaguar ao rio. Em dias de calor não se pode sair a rua, um cheiro nauseabundo acompanhado de mosquitos impossiblita qualquer saida, as casas têm que estar fechadas as pessoas já não sabem o que fazer e ainda não chegou o calor a sério.
Cumprimentos,
Emelgo
Silly Season
Quer queiramos, quer não, vamos entrar no período "idiota" das notícias, em que na falta de incêndios ou assuntos sérios da governação, atacam os destaques mais rocambolescos nos noticiários e jornais, assim como é a época dos inquéritos e propostas de Verão.
Como seria de esperar, foi esta a época que a CMM escolheu para discutir a revisão do PDM.
Nós aqui também não vamos deixar de marcar este perído mais idiota do ano, fazendo subir o nível geral de idiotice do AVP, que de sim já é bem razoável.
Por isso, para além de inquéritos de Verão nas nossas sondagens de Julho e Agosto, e de propostas de música, livros e filmes para os candidatos conhecidos à Presidência da CMM, teremos o tratamento atento de imensos outros assuntos irrelevantes para a generalidade da população, em geral, mas que para nós, por qualquer obscura razão, nos interessam.
Portanto, se já tinha poucas razões para nos visitar diariamente, não sabemos que lhe dizer...
Ainda terá menos razões, mas esperamos que volte sempre...
(Ah... e faremos os possíveis para... no sentido de alegrar a facção masculina do AVP apresentar sempre que possível resmas de gajas nuas... ou talvez não...)
Como seria de esperar, foi esta a época que a CMM escolheu para discutir a revisão do PDM.
Nós aqui também não vamos deixar de marcar este perído mais idiota do ano, fazendo subir o nível geral de idiotice do AVP, que de sim já é bem razoável.
Por isso, para além de inquéritos de Verão nas nossas sondagens de Julho e Agosto, e de propostas de música, livros e filmes para os candidatos conhecidos à Presidência da CMM, teremos o tratamento atento de imensos outros assuntos irrelevantes para a generalidade da população, em geral, mas que para nós, por qualquer obscura razão, nos interessam.
Portanto, se já tinha poucas razões para nos visitar diariamente, não sabemos que lhe dizer...
Ainda terá menos razões, mas esperamos que volte sempre...
(Ah... e faremos os possíveis para... no sentido de alegrar a facção masculina do AVP apresentar sempre que possível resmas de gajas nuas... ou talvez não...)
...Pátria
quarta-feira, junho 29, 2005
Democracia é...
... o quê, mais exactamente ?
Cada um responde conforme lhe convém no momento.
E o mesmo para a Justiça e Equidade que lhe deveriam ser inerentes.
No plano economico-social, como no político, Democracia é a igualdade para todos ou a adaptação necessária ao respeito pelas diferenças de cada um ?
Ocorre-me isto a propósito do argumentário justificativo sobre a necessidade de uniformizar os regimes de Segurança Social e de aposentação de vários corpos de funcionários do Estado.
Parece argumento óbvio, dizer que todos devem ter os mesmo direitos e deveres.
Parece ser aí que está a essência da Democracia.
O combate ao privilégio, à diferença, ao estatuto especial, para uma Causa Justa.
Parece, pois...
Permitam-me discordar...
A Democracia é isso, mas não apenas isso.
Democracia é, por exemplo no plano social, conceder direitos e exigir deveres conforme as características e capacidades de cada um.
Por isso, fazem parte da Democracia, princípios basilares como a defesa dos direitos das pessoas com deficiências, a defesa de direitos especiais para a maternidade, para minorias culturais com dificuldades de afirmação.
Chama-se a isso discriminação positiva e, embora não concorde com algumas das suas aplicações, considero-a um princípio muito positivo das sociedades democráticas mais avançadas.
Em matéria de trabalho, existem grupos profissionais cujo desgaste pode ser considerado acima da média, o que, se outra razão não houvesse para os distinguir, se reflecte numa diminuição da qualidade com que se desempenha determinada função (mesmo que existam excepções à regra). É o caso dos polícias, é o caso dos médicos e enfermeiros e até é o caso dos professores, para não me alongar mais.
Todas estas profissões exigem um desgaste psicológico, mais do que físico, tremendo, e a acuidade das capacidades destes profissionais diminui naturalmente com a idade, mas talvez de uma forma mais intensa nos tempos que correm porque são as frentes de confronto em que o Estado entra em contacto mais forte com a sociedade civil: na manutenção da ordem, na defesa da vida dos cidadãos, na transmissão dos saberes aos jovens.
Não é que sejam necessariamente funções mais importantes que muitas outras (embora as que lidam com a Vida o sejam na minha opinião).
Apenas são diferentes.
E como tal merecem ser tratadas.
Com uma discriminação positiva.
E o mesmo se passa com outras profissões no sector privado (o caso dos mineiros é um clássico já fora de moda...).
Por isso, me choca ver Ministros (como o da Saúde) argumentar que igualar todas as idades de aposentação é um acto de justiça.
Não, não é. Porque justiça não é a uniformização absoluta e forçada. Pode, em boa verdade, ser mesmo o contrário disso mesmo.
Por isso, usem os argumentos que, mesmo menos bonitos retoricamente, são mais sinceros.
A uniformização do estatuto de aposentação dos funcionários públicos apenas obedece a necessidades orçamentais. Ponto final. Não vale a pena tapar o Sol com a peneira.
Houvesse dinheiro a rodos e certamente a Democracia e a Justiça seriam interpretadas de outra forma.
Digam que não há dinheiro e que todos se devem sacrificar.
Não digam que é uma questão de Justiça e Democracia.
A menos que não saibam do que estão a falar.
AV1
Cada um responde conforme lhe convém no momento.
E o mesmo para a Justiça e Equidade que lhe deveriam ser inerentes.
No plano economico-social, como no político, Democracia é a igualdade para todos ou a adaptação necessária ao respeito pelas diferenças de cada um ?
Ocorre-me isto a propósito do argumentário justificativo sobre a necessidade de uniformizar os regimes de Segurança Social e de aposentação de vários corpos de funcionários do Estado.
Parece argumento óbvio, dizer que todos devem ter os mesmo direitos e deveres.
Parece ser aí que está a essência da Democracia.
O combate ao privilégio, à diferença, ao estatuto especial, para uma Causa Justa.
Parece, pois...
Permitam-me discordar...
A Democracia é isso, mas não apenas isso.
Democracia é, por exemplo no plano social, conceder direitos e exigir deveres conforme as características e capacidades de cada um.
Por isso, fazem parte da Democracia, princípios basilares como a defesa dos direitos das pessoas com deficiências, a defesa de direitos especiais para a maternidade, para minorias culturais com dificuldades de afirmação.
Chama-se a isso discriminação positiva e, embora não concorde com algumas das suas aplicações, considero-a um princípio muito positivo das sociedades democráticas mais avançadas.
Em matéria de trabalho, existem grupos profissionais cujo desgaste pode ser considerado acima da média, o que, se outra razão não houvesse para os distinguir, se reflecte numa diminuição da qualidade com que se desempenha determinada função (mesmo que existam excepções à regra). É o caso dos polícias, é o caso dos médicos e enfermeiros e até é o caso dos professores, para não me alongar mais.
Todas estas profissões exigem um desgaste psicológico, mais do que físico, tremendo, e a acuidade das capacidades destes profissionais diminui naturalmente com a idade, mas talvez de uma forma mais intensa nos tempos que correm porque são as frentes de confronto em que o Estado entra em contacto mais forte com a sociedade civil: na manutenção da ordem, na defesa da vida dos cidadãos, na transmissão dos saberes aos jovens.
Não é que sejam necessariamente funções mais importantes que muitas outras (embora as que lidam com a Vida o sejam na minha opinião).
Apenas são diferentes.
E como tal merecem ser tratadas.
Com uma discriminação positiva.
E o mesmo se passa com outras profissões no sector privado (o caso dos mineiros é um clássico já fora de moda...).
Por isso, me choca ver Ministros (como o da Saúde) argumentar que igualar todas as idades de aposentação é um acto de justiça.
Não, não é. Porque justiça não é a uniformização absoluta e forçada. Pode, em boa verdade, ser mesmo o contrário disso mesmo.
Por isso, usem os argumentos que, mesmo menos bonitos retoricamente, são mais sinceros.
A uniformização do estatuto de aposentação dos funcionários públicos apenas obedece a necessidades orçamentais. Ponto final. Não vale a pena tapar o Sol com a peneira.
Houvesse dinheiro a rodos e certamente a Democracia e a Justiça seriam interpretadas de outra forma.
Digam que não há dinheiro e que todos se devem sacrificar.
Não digam que é uma questão de Justiça e Democracia.
A menos que não saibam do que estão a falar.
AV1
Desabafos de um Bedófilo
Cheio de boas intenções e espírito nacionalista, decidi, por uma vez, optar por uma livraria online portuguesa, neste caso a Dr. Kartoon, de que temos link por aí, em vez de recorrer à Amazon, à Fnac ou às próprias editoras de Banda Desenhada francesa.
O objectivo era encomendar uma mão cheia de revistas francófonas que é díficil achar por cá, em especial quando se trata de números atrasados. Neste caso eram os primeiros númros da Pavillon Rouge, de que lamentavelmente só tenho os 3 ou 4 últimos antes de se finar.
Em catálogo online lá estavam todinhas a preço acessível (4,7 euros) e vai de encomendar as primeiras quatro , mais uma ou outra curiosidade que não conhecia (Lettre e Sapristi, no caso).
Isto foi há quase três semanas. Mandaram-me a referência para o pagamento MB (que incluía quase 5 euros para portes), o que fiz na segunda-feira seguinte, tendo-lhes comunicado o facto por mail, para o caso de andarem distraídos.
Então não é que durante uma semana não deram sinal de vida, nem a dizer que receberam o dinheiro, nem um mailzinho a dizer o que se passava, nada.
Chato como sou, lá os contactei por mail ao fim da semana, dando o meu nº de telefone para esclarecimentos
Resposta telefónica: pois é, o catálogo online tem as coisas, mas nós não as temos aqui, é preciso encomendar aos editores e patarati e pataratá. Nós depois dizemos qualquer coisa.
No mesmo dia da encomenda à Dr. Kartoon, encomendei directamente a França várias revistas antigas da Bo-Doi que precisei para repor na minha colecção. Chegaram já a semana passada.
Esta semana continuei sem novas da Dr. Kartoon.
Ontem volto a contactá-los para saber prazos, enfim, qualquer coisa, já que o meu dinheirinho já tinia em caixa alheia.
Resposta seca: não temos mais nada do que já dissemos, vamos mandar isso, não arranjamos mais nada e devolvemos o resto do dinheiro.
Bonito serviço! Isto sim é o triunfo das novas tecnologias e do comércio electrónico
Acabei agora de andar pela Amazon francesa: os álbuns das Pavillon Rouge (4 números cada) estão a 12 euros e enviam-nos em 5 a 7 dias. Os portes são carotes mas, dividindo pelo número de revistas, saem ao mesmo preço que as que viriam de Coimbra.
Realmente, não vale a pena querermos ser patriotas, a menos que seja com sacrifício de tempo, paciência e carteira.
Se até os franceses, que são uns cepos comparados com os ingleses e americanos nisto da net comercial, me prestam um serviço melhor e mais rápido que os meus compatriotas, o que posso eu fazer ?
Armar-me em masoquista ?
Tou velho para novos hábitos.
AV1
O objectivo era encomendar uma mão cheia de revistas francófonas que é díficil achar por cá, em especial quando se trata de números atrasados. Neste caso eram os primeiros númros da Pavillon Rouge, de que lamentavelmente só tenho os 3 ou 4 últimos antes de se finar.
Em catálogo online lá estavam todinhas a preço acessível (4,7 euros) e vai de encomendar as primeiras quatro , mais uma ou outra curiosidade que não conhecia (Lettre e Sapristi, no caso).
Isto foi há quase três semanas. Mandaram-me a referência para o pagamento MB (que incluía quase 5 euros para portes), o que fiz na segunda-feira seguinte, tendo-lhes comunicado o facto por mail, para o caso de andarem distraídos.
Então não é que durante uma semana não deram sinal de vida, nem a dizer que receberam o dinheiro, nem um mailzinho a dizer o que se passava, nada.
Chato como sou, lá os contactei por mail ao fim da semana, dando o meu nº de telefone para esclarecimentos
Resposta telefónica: pois é, o catálogo online tem as coisas, mas nós não as temos aqui, é preciso encomendar aos editores e patarati e pataratá. Nós depois dizemos qualquer coisa.
No mesmo dia da encomenda à Dr. Kartoon, encomendei directamente a França várias revistas antigas da Bo-Doi que precisei para repor na minha colecção. Chegaram já a semana passada.
Esta semana continuei sem novas da Dr. Kartoon.
Ontem volto a contactá-los para saber prazos, enfim, qualquer coisa, já que o meu dinheirinho já tinia em caixa alheia.
Resposta seca: não temos mais nada do que já dissemos, vamos mandar isso, não arranjamos mais nada e devolvemos o resto do dinheiro.
Bonito serviço! Isto sim é o triunfo das novas tecnologias e do comércio electrónico
Acabei agora de andar pela Amazon francesa: os álbuns das Pavillon Rouge (4 números cada) estão a 12 euros e enviam-nos em 5 a 7 dias. Os portes são carotes mas, dividindo pelo número de revistas, saem ao mesmo preço que as que viriam de Coimbra.
Realmente, não vale a pena querermos ser patriotas, a menos que seja com sacrifício de tempo, paciência e carteira.
Se até os franceses, que são uns cepos comparados com os ingleses e americanos nisto da net comercial, me prestam um serviço melhor e mais rápido que os meus compatriotas, o que posso eu fazer ?
Armar-me em masoquista ?
Tou velho para novos hábitos.
AV1
Isto sim são BOAS notícias !
Um dos poucos acontecimentos que nos fazem acreditar que estamos no caminho da civilização deu-se esta semana com o aparecimento da edição nacional da revista Sports Illustrated, ainda por cima começando pela swimsuit edition de que aqui já destacámos, em seu tempo, a correspondente edição americana.
É verdade que para a possuirmos temos de comprar a Men's Health - aquela revista encobertamente gay, com todos aquelas fotos de corpos masculinos musculados - mas, what the hell, a papeleira do ecoponto também precisa de se alimentar.
By the way, não sei se repararam, mas estou estou assim para o british de subúrbio.
Foi do dia ter sido mais cansativo do que o costume.
Festas Culturais de Alhos Vedros
Agora que está quase a começar a Festa do Livro de Alhos Vedros promovida há mais de 30 anos pela Academia, (inaugura no dia 1 de Julho, perto do Coreto na Praça da República e já agora aproveito para convidar todos a visitar este evento), ocorreu-me que talvez fosse boa ideia unirem-se todos os eventos culturais durante o mês de Julho em Alhos Vedros e seriam eles as "Festas de Nossa Senhora dos Anjos", a "Feira do Livro", o "Artes Vedros" da CACAV, o "Conhecer para Aceitar" da Quinta da Fonte da Prata, as "Festas da Barra Cheia" e todos os outros eventos que ficam dispersos nas localidades das Arroteias, Cabeço Verde e outros lugares de Alhos Vedros.
Por exemplo os "Festivais de Folclore" das Arroteias e da Barra Cheia também poderiam mudar as datas de realização para o mês de Julho, até o "Corso Carnavalesco", poderia ter neste mês uma segunda edição integrando também essas "Festas Culturais de Alhos Vedros".
Teria de haver um conjunto de autocarros que ligassem estas localidades e que permitissem a todos o poder de deslocação, para ver cada um destes Eventos, nas respectivas localidades de Alhos Vedros.
Isto seria uma forma das Associações, Colectividades, Igreja unirem esforços em prol da nossa terra e ganharem visibilidade e sucesso todas estes eventos que tanto trabalho dão e tão pouco são reconhecidos.
Sempre a Bem de Alhos Vedros !
AV2
Por exemplo os "Festivais de Folclore" das Arroteias e da Barra Cheia também poderiam mudar as datas de realização para o mês de Julho, até o "Corso Carnavalesco", poderia ter neste mês uma segunda edição integrando também essas "Festas Culturais de Alhos Vedros".
Teria de haver um conjunto de autocarros que ligassem estas localidades e que permitissem a todos o poder de deslocação, para ver cada um destes Eventos, nas respectivas localidades de Alhos Vedros.
Isto seria uma forma das Associações, Colectividades, Igreja unirem esforços em prol da nossa terra e ganharem visibilidade e sucesso todas estes eventos que tanto trabalho dão e tão pouco são reconhecidos.
Sempre a Bem de Alhos Vedros !
AV2
terça-feira, junho 28, 2005
Secção Nostalgia
Ah...
Os loucos anos 70.
Que grande pedrada com que a malta andava toda,
Só assim se explica não tanto estas revistas, mas o Júlio Isidro ser considerado uma estrela da criançada a apresentar o correspondente Fungágá na TV e, salvo erro, o shôr pessor dôtôr Barata Moura a cantar cantilenas infantis de viola na mão.
Talvez ainda esta semana...
... tenhamos um portfolio de imagens de conjunto de boa parte da zona ribeirinha da nossa freguesia. Pedimos a dois dos nossos leitores (o Brocas que anda sempre em movimento, e o L. Guerreiro que vive num sexto andar sobre o rio) que nos arranjassem umas fotos maneirinhas dessa zona de Alhos Vedros.
Foto AVP
Foto AVP
Temos um infiltrado...
... então não é que já houve uma alma que votou na nossa sondagem que o Campos e Cunha é um bom Ministro das Finanças ?
Sei que a opinião e a sua expressão são livres, mas lá que a coisa me fez rir, fez...
Para quem andava com um humor de cão nos últimos dias, só isto me faria elevar (diminuir ?) os níveis de serotonina.
Sei que a opinião e a sua expressão são livres, mas lá que a coisa me fez rir, fez...
Para quem andava com um humor de cão nos últimos dias, só isto me faria elevar (diminuir ?) os níveis de serotonina.
Génios do nosso tempo
«Mas sendo local, o conhecimento pós-moderno é também total porque reconstitui os projectos cognitivos locais. salientando-lhes a sua exemplaridade, e por essa via transforma-os em pensamento total ilustrado. A ciência do paradigma emergente, sendo, como deixei dito acima, assumidamente analógica, é também assumidamente tradutora, ou seja , incentiva os conceitos e as teorias a emigrarem para outros lugares cognitivos, de modo a poderem ser utilizados fora do seu contexto de origem. Este procedimento, que é reprimido por uma forma de conhecimento que concebe através da operacionalização e generaliza através da quantidade e da uniformização, será normal numa forma de conhecimento que concebe através da imaginação e generaliza através da qualidade e da exemplaridade.» (B. S. Santos, Um Discurso sobre as Ciências, p. 48, mas podia ser outra...)
E ainda há quem diga que não se percebem as explicações dos políticos para não cumprirem as promessas eleitorais !
Ao pé disto, a explicação do Campos e Cunha para o erro que é apenas um incorrecção, para não dizer imprecisão, é apenas o exemplo de uma singularidade pós-moderna da qual se pode generalizar uma migração de conceitos cognitivos, isto numa perspectiva de uma operacionalização exemplar.
É claro e cristalino como a água !
A Arte de Embelezar a Paisagem
Foto do Brocas
O Brocas tem fotografado com regularidade, a infestação brutal de outdoors e tarjas que se têm espalhado por todo o lado no nosso concelho - e um pouco por todo o país - à aproximação das autárquicas.
Eles são os anúncios autárquicos da obra feita.
Elas são as denúncias oposicionistas do que está por fazer.
Eles são os anúncios das datas do fim das obras em curso (nunca cumpridos, como aquele da rotunda do Juncalinho/Palheirão, que devia ser para amanhã... mas não me parece).
Elas são as proclamações de um amanhã melhor se mudarmos para a concorrência.
Eles são os anúncios de espectáculos, feiras e eventos ao desmando em poucas semanas.
Elas são as caras felizes das(os) candidatas(os) que se anunciam ganhadoras(es).
Enfim, se é verdade que em alguns locais tanto cartaz até ajuda a encobrir ruínas, matos selvagens ou lixos amontoados, em outros só servem para nos taparem o céu e desfigurartem o pouco que resta de paisagem por aí.
Não haverá nenhum tipo de regulamento que possa impedir este desvario completo por parte de quem espeta placards e cartazes como que (não) planta árvores ?
segunda-feira, junho 27, 2005
Resultados
Na nossa sondagem sobre o que será o PDM, os 24 votos recolhidos distribuiram-se quase fraternalmente entre os que acham que é algo demasiado importante para andar escondido ou um plano que alguém não quer mostrar (5+6), os que consideram que é a rendição completa ao dormitório de betão e os que consideram ser uma manta dde retalhos dos interesses instalados (6 cada).
Só um votante optou pela prova de não existirem ecologistas por cá e felizmente ninguém achou que fosse uma doença venérea.
Prepara-se nova sondagem, muito actual, sobre o que será Campos e Cunha.
Só um votante optou pela prova de não existirem ecologistas por cá e felizmente ninguém achou que fosse uma doença venérea.
Prepara-se nova sondagem, muito actual, sobre o que será Campos e Cunha.
A vergonha gastou-se... já não há !
Continuo a achar que é difícil descer mais baixo do que o governo Santana/Portas, mas convenhamos que este senhor Campos e Cunha me começa a bulir seriamente com os nervos.
Depois do alarido com os erros, omissões e imprecisões do Orçamento de Bagão Félix e das correcções minuciosas do Constâncio de Serviço, chegou a vez de apresentar à AR o Orçamento Rectificativo para este ano.
Por Orçamento Rectificativo entende-se algo que Rectifica um outro algo (orçamento) que precisaria de ser Rectificado.
Supõe-se, pois, que é a vez do Certo substituir o Errado.
E o que acontece, senhoras e senhores, o rectificativo traz consigo aquilo a que eufemisticamente o Governo e o seu defensor oficioso Oliveira Martins diz serem imprecisões e não erros.
Confesso que já não tenho mais paciência para isto !
Vamos lá a ver...
Eu sei que as Contas do Estado são um artifício contabilístico pouco dado a uma boa relação com a realidade e cujos números, na maioria dos casos, só servem para arma de arremesso político.
Todos já percebemos que aquilo nunca é o que se diz que é.
Mas, pelo menos, o que se exige é que o total corresponda à soma das parcelas, coisa que desde os tempos da prova dos nove não é assim tão difícil de conseguir e que com as máquinas de calcular e os próprios computadores se torna incompreensível, a não ser por desleixo ou, como lapidarmente disse Ricardo Jorge Pinto do Expresso na RTPN, como sinal de uma lamentável incompetência.
Então não se consegue arranjar uma equipa de técnicos que reveja com atenção um documento deste tipo e com esta importância ?
E depois aparece o senhor professor doutor, ex-vice-governador do Banco de Portugal a explicar o inexplicável e a justificar o injustificável, com aquele ar de "já que não posso ter a minha pensão por inteiro, agora que me aturem com este ar pseudo-compenetrado".
É verdade que ele vem da Faculdade que já nos deu a tia Maria do Carmo Seabra como Ministra da Educação, mas pelo menos poderia existir um nível mínimo de vergonha na cara.
Não são erros, são imprecisões ?
Mas agora estamos já no domínio da destrinça etimológica ?
E quanto ao facto de não saberem exactamente a percentagem da Despesa no PIB ? Serão 49% ? Serão 50% ? Será mais ? Talvez sim ? Talvez não ?
E o tau-tau que a Comissão Europeia deu aos rearranjos contabilísticos para o novo cálculo do défice ?
Raios, não se arranjam já umas dezenas de pessoas capazes de governar esta desgraça de país com o mínimo dos mínimos de competência ?
O tacho já está assim tão gasto que só nos sai disto ?
Desde há uns tempos que achava que Portugal só muito dificilmente se conseguiria safar desta mediocridade. Agora começo a ter a certeza que não se vai safar..
Se um partido com maioria absoluta e mais de um milhão de eleitores, maiores e vacinados, só consegue recrutar disto, o que podemos esperar ?
A Ministra da Educação, diz que os Tribunais dos Açores não têm implicações nos assuntos da República !
O da Administração Interna ainda não sabe quantos foram os que estiveram em Carcavelos a passar a mão pelos bens alheios...
Um ex-ministro da Cultura e candidato à maior autarquia do país fala em cidadões em vídeos promocionais à custa do filho mais novo e da mulher fotogénica...
E não me digam que isto são casos isolados (isso é letra de uma canção dos Xutos), dados a aproveitamentos fáceis.
Infelizmente não... isto é mesmo já só o que nos resta.
Do trolha que não sabe alinhar dois tijolos ao Ministro que não sabe arranjar quem lhe verifique as contas, a distância é cada vez mais curta.
E em matéria de desculpas, o errar é humano vai-se tornando norma e não excepção.
Nestes tempos, acertar - e pior, querer acertar - é quase um pecado de soberba.
Paz à nossa alma, que a nação valente e imortal está muito doentinha.
Adenda: Façam-me lá sentido desta sucessão de notícias ou declarações (e eu não pesquisei muito): o Ministro nega o erro, mas admite alterar os números; Oliveira Martins desmente trapalhada e o governo nega existência de erros, mas reconhece incorrecções.
Eu sei que parece que o maior problema é num quadro-síntese explicativo mas, por ser isso mesmo, não deveria merecer um poucochinho de mais cuidado ? Será que os alunos do senhor Ministro, nas suas avaliações e trabalhos futuros, também poderão passar a dizer que não erraram, apenas foram incorrectos ou imprecisos ?
Depois do alarido com os erros, omissões e imprecisões do Orçamento de Bagão Félix e das correcções minuciosas do Constâncio de Serviço, chegou a vez de apresentar à AR o Orçamento Rectificativo para este ano.
Por Orçamento Rectificativo entende-se algo que Rectifica um outro algo (orçamento) que precisaria de ser Rectificado.
Supõe-se, pois, que é a vez do Certo substituir o Errado.
E o que acontece, senhoras e senhores, o rectificativo traz consigo aquilo a que eufemisticamente o Governo e o seu defensor oficioso Oliveira Martins diz serem imprecisões e não erros.
Confesso que já não tenho mais paciência para isto !
Vamos lá a ver...
Eu sei que as Contas do Estado são um artifício contabilístico pouco dado a uma boa relação com a realidade e cujos números, na maioria dos casos, só servem para arma de arremesso político.
Todos já percebemos que aquilo nunca é o que se diz que é.
Mas, pelo menos, o que se exige é que o total corresponda à soma das parcelas, coisa que desde os tempos da prova dos nove não é assim tão difícil de conseguir e que com as máquinas de calcular e os próprios computadores se torna incompreensível, a não ser por desleixo ou, como lapidarmente disse Ricardo Jorge Pinto do Expresso na RTPN, como sinal de uma lamentável incompetência.
Então não se consegue arranjar uma equipa de técnicos que reveja com atenção um documento deste tipo e com esta importância ?
E depois aparece o senhor professor doutor, ex-vice-governador do Banco de Portugal a explicar o inexplicável e a justificar o injustificável, com aquele ar de "já que não posso ter a minha pensão por inteiro, agora que me aturem com este ar pseudo-compenetrado".
É verdade que ele vem da Faculdade que já nos deu a tia Maria do Carmo Seabra como Ministra da Educação, mas pelo menos poderia existir um nível mínimo de vergonha na cara.
Não são erros, são imprecisões ?
Mas agora estamos já no domínio da destrinça etimológica ?
E quanto ao facto de não saberem exactamente a percentagem da Despesa no PIB ? Serão 49% ? Serão 50% ? Será mais ? Talvez sim ? Talvez não ?
E o tau-tau que a Comissão Europeia deu aos rearranjos contabilísticos para o novo cálculo do défice ?
Raios, não se arranjam já umas dezenas de pessoas capazes de governar esta desgraça de país com o mínimo dos mínimos de competência ?
O tacho já está assim tão gasto que só nos sai disto ?
Desde há uns tempos que achava que Portugal só muito dificilmente se conseguiria safar desta mediocridade. Agora começo a ter a certeza que não se vai safar..
Se um partido com maioria absoluta e mais de um milhão de eleitores, maiores e vacinados, só consegue recrutar disto, o que podemos esperar ?
A Ministra da Educação, diz que os Tribunais dos Açores não têm implicações nos assuntos da República !
O da Administração Interna ainda não sabe quantos foram os que estiveram em Carcavelos a passar a mão pelos bens alheios...
Um ex-ministro da Cultura e candidato à maior autarquia do país fala em cidadões em vídeos promocionais à custa do filho mais novo e da mulher fotogénica...
E não me digam que isto são casos isolados (isso é letra de uma canção dos Xutos), dados a aproveitamentos fáceis.
Infelizmente não... isto é mesmo já só o que nos resta.
Do trolha que não sabe alinhar dois tijolos ao Ministro que não sabe arranjar quem lhe verifique as contas, a distância é cada vez mais curta.
E em matéria de desculpas, o errar é humano vai-se tornando norma e não excepção.
Nestes tempos, acertar - e pior, querer acertar - é quase um pecado de soberba.
Paz à nossa alma, que a nação valente e imortal está muito doentinha.
Adenda: Façam-me lá sentido desta sucessão de notícias ou declarações (e eu não pesquisei muito): o Ministro nega o erro, mas admite alterar os números; Oliveira Martins desmente trapalhada e o governo nega existência de erros, mas reconhece incorrecções.
Eu sei que parece que o maior problema é num quadro-síntese explicativo mas, por ser isso mesmo, não deveria merecer um poucochinho de mais cuidado ? Será que os alunos do senhor Ministro, nas suas avaliações e trabalhos futuros, também poderão passar a dizer que não erraram, apenas foram incorrectos ou imprecisos ?
A Democracia a banhos...
A CMM limita-se divulgar no seu site o calendário das sessões de esclarecimento sobre o PDM e o respectivo prazo de discussão pública, todo na época alta do Estio, e sem grande margem de manobra para esticar devido ao período pré-eleitoral que aí vem. Isto depois de anos de preparação exaustiva, parece que foi o que se conseguiu arranjar de melhor.
No entanto, isso não chega.
Para já porque não é com uma sessão por freguesia que se debate seja o que for. Debater implica trocar informação, elaborar opiniões e confrontá-las, reflectir sobre isso e voltar outra vez a debater. Pelos vistos, não é isso que se pretende. Apenas se julga que a formalidade se cumpre despejando o saco e fazendos orelhas-moucas.
Depois, porque não é obrigando os municípes a deslocarem-se a meia dúzia de pontos de atendimento, com horário de expediente muito próximo do de quem trabalha, que se consegue uma mobilização e uma informação suficientes da população. Quem trabalha fora, quem saia de AV às 8-9 da manhã e regresse pelas 18 horas o que faz ?
Não seria boa ideia disponibilizar online muitos dos materiais que foram produzidos ?
Não é assim tão difícil ou moroso e até daria uma ar de democracia participativa a sério, não apenas a brincar !
Para além de ser uma oportunidade única desta "nova" geração de autarcas no Poder mostrarem que são modernaçoes, que apostam nas novas tecnologias e que não jogam no desconhecimento e ignorância para levarem a sua àvante (belo trocadilho de inspiração marxista-leninista...) .
Vá lá, pratiquem lá um bocadinho de democracia participativa a sério, com que tanto enchem a boca ou, no caso do nosso vereador RG, que tantos caracteres lhe mereceu antes de assumir o poleirito !
Não se limitem a fazer votos de louvor sempre que há um Fórum Social qualquer coisa a protestar contra os maus hábitos do capitalismo, da globalização e de tudo o resto.
Mostrem que são diferentes dos que criticam.
Não tenham medo.
Assumam-se.
E já agora, de caminho, o que é que a Oposição acha disto tudo ? Vai aparecer agora alguém do PS a reboque dos blogs a escrever artigos no Jornal da Moita sobre isto ?
E o senhor pseudo-independente do PSD, acha que a sua missão se resume a pespegar meia dúzia de cartazes mal amanhados nos cruzamentos e a mostrar a peúga branca em pose cosmo-pimba na imprensa local ?
E o Bloco de Esquerda ? Já está só a pensar em ir a banhos ?
E Os Verdes, existem ou não ? Vão assinar de cruz o que lhe puserem em frente, em nome da coesão da coligação ?
Afinal, quem tem medo da Democracia ?
No entanto, isso não chega.
Para já porque não é com uma sessão por freguesia que se debate seja o que for. Debater implica trocar informação, elaborar opiniões e confrontá-las, reflectir sobre isso e voltar outra vez a debater. Pelos vistos, não é isso que se pretende. Apenas se julga que a formalidade se cumpre despejando o saco e fazendos orelhas-moucas.
Depois, porque não é obrigando os municípes a deslocarem-se a meia dúzia de pontos de atendimento, com horário de expediente muito próximo do de quem trabalha, que se consegue uma mobilização e uma informação suficientes da população. Quem trabalha fora, quem saia de AV às 8-9 da manhã e regresse pelas 18 horas o que faz ?
Não seria boa ideia disponibilizar online muitos dos materiais que foram produzidos ?
Não é assim tão difícil ou moroso e até daria uma ar de democracia participativa a sério, não apenas a brincar !
Para além de ser uma oportunidade única desta "nova" geração de autarcas no Poder mostrarem que são modernaçoes, que apostam nas novas tecnologias e que não jogam no desconhecimento e ignorância para levarem a sua àvante (belo trocadilho de inspiração marxista-leninista...) .
Vá lá, pratiquem lá um bocadinho de democracia participativa a sério, com que tanto enchem a boca ou, no caso do nosso vereador RG, que tantos caracteres lhe mereceu antes de assumir o poleirito !
Não se limitem a fazer votos de louvor sempre que há um Fórum Social qualquer coisa a protestar contra os maus hábitos do capitalismo, da globalização e de tudo o resto.
Mostrem que são diferentes dos que criticam.
Não tenham medo.
Assumam-se.
E já agora, de caminho, o que é que a Oposição acha disto tudo ? Vai aparecer agora alguém do PS a reboque dos blogs a escrever artigos no Jornal da Moita sobre isto ?
E o senhor pseudo-independente do PSD, acha que a sua missão se resume a pespegar meia dúzia de cartazes mal amanhados nos cruzamentos e a mostrar a peúga branca em pose cosmo-pimba na imprensa local ?
E o Bloco de Esquerda ? Já está só a pensar em ir a banhos ?
E Os Verdes, existem ou não ? Vão assinar de cruz o que lhe puserem em frente, em nome da coesão da coligação ?
Afinal, quem tem medo da Democracia ?
Para já...
... e enquanto não se acerta a modalidade mais ajustada na blogosfera local para discutir as questões do PDM, aceitei o convite do Fórum RPDM para largar por lá as minas postas sobre o assunto, o quie não impede de o fazer também n' O Plano da Moita, cuja criação pedimos ao MdS.
Quanto aos interessados em participar também no Plano, basta irem à zona onde se lê "registe-se", criar um nome de utilizador e fornecer o email, para que possa receber uma palavra-passe e poder postar à vontade.
Quanto aos interessados em participar também no Plano, basta irem à zona onde se lê "registe-se", criar um nome de utilizador e fornecer o email, para que possa receber uma palavra-passe e poder postar à vontade.
domingo, junho 26, 2005
PDM - Concertação de Esforços
Independentemente de eventuais diferenças de opinião - ou talvez por isso - existe o desejo de debatermos na medida dos possíveis o PDM que aí vem.
O nosso amigo Mário da Silva criou um espaço e fez a proposta da concertação de esforços num só blog, com várias possibilidades de organização e gestão. Eis a sua mensagem inicial:
Em seguida passámos esta ideia ao(s) responsável(eis) do Fórum RPDM, de que se recebeu esta resposta:
Entretanto, deixámos um comentário no blog de O Flamingo, por não termos o seu mail e ficamos à espera da reacção de todos os outros possíveis interessados. Como já respondemos por mail, se necessário poderá dar-se um mini-encontro dos interessados para acertar agulhas.
Pela nossa parte, até preferíamos que a coordenação não passasse por nós e esta foi a nossa resposta ao Fórum, com conhecimento ao MdS, mas que aqui fica para todos os interessados (Brocas, Flamingo, Alhosvedrense, Conde, etc):
O nosso amigo Mário da Silva criou um espaço e fez a proposta da concertação de esforços num só blog, com várias possibilidades de organização e gestão. Eis a sua mensagem inicial:
Caros amigos,
Eu vinha aqui propor que unissemos os vários blogs exclusivamente dedicados ao RPDM da Moita para evitar a dispersão da discussão.
O tempo é curto e as pessoas já estão suficientemente dispersas. Três blogs é demais para um só assunto de tanta importância. O AV1 e o AV2 já são autores desde o seu ínicio.
O sistema de blog que está no Blogsome é simplesmente mais poderoso do que o sistema do Blogspot -- permite, por exemplo, categorizar os comentários o que ajuda a leitura e o entendimento do visitante -- e só por essa razão vos convido a mudarem-se de armas e bagagens para ele.
Só temos duas importantes questões que acho deveríamos manter a todo o custo:
1. isenção em relação aos bairrismos
2. evitar o insultoPenso que serão dois quesitos muito importantes se queremos garantir a qualidade da participação.
Podemos inclusivé criar uma conta de GMail (por causa do que nos podem vir a enviar) acessível a todos nós.
Caso não queiram mudar-se para cá, a mim é-me indiferente remover o "O Plano"; que aliás foi criado mais a pedido do AV1 do que por uma necessidade imperativa da minha parte de ter um blog sobre o assunto.
Fico à espera das vossas opiniões.
Até mais.
MdS Em seguida passámos esta ideia ao(s) responsável(eis) do Fórum RPDM, de que se recebeu esta resposta:
Estamos totalmente de acordo em concentrar esforços num único blog sobre a Revisão do PDM, apenas não conhecemos esse sistema. Também funciona como o blogspot, com palavra-chave? Podíamos fazer a experiência desde já em que cada autor teria acesso à palavra-chave e publicaria os seus textos livremente. Apenas uma ressalva, gostaríamos muito que o blog se chamasse fórum qualquer-coisa, fórum é uma palavra relacionada com o livre debate de ideias e com o exercício de cidadania, não com centros comerciais e afins que hoje estão na moda.
Podemos transferir os textos já publicados para uma nova morada ou o contrário.
No caso de preferirem transferir para o nosso enviaremos o username e a password, é indiferente.
Aguardamos resposta.
Podemos transferir os textos já publicados para uma nova morada ou o contrário.
No caso de preferirem transferir para o nosso enviaremos o username e a password, é indiferente.
Aguardamos resposta.
Entretanto, deixámos um comentário no blog de O Flamingo, por não termos o seu mail e ficamos à espera da reacção de todos os outros possíveis interessados. Como já respondemos por mail, se necessário poderá dar-se um mini-encontro dos interessados para acertar agulhas.
Pela nossa parte, até preferíamos que a coordenação não passasse por nós e esta foi a nossa resposta ao Fórum, com conhecimento ao MdS, mas que aqui fica para todos os interessados (Brocas, Flamingo, Alhosvedrense, Conde, etc):
Ora bem,
Nós (AVP) somos meio leigos nesta matéria de agregar blogs e tal, por isso esta msg segue reencaminhada para o MdS que é o homem das informáticas pelo que percebo e terá opinião mais fundamentada.
Mesmo no Blogger podemos ter vários administradores, cada qual com o seu código de acesso - que identifica o autor de cada post automaticamente - ou um código para todos (como nós) e depois precisamos de nos identificar no próprio post.
Vou colocar a questão online, para se fazer um acerto de posições.
Se necessário, pode-se sempre fazer mesmo um encontro entre alguns dos envolvidos.
Um abraço,
AV1
Em separado ou num sistema único com acessos individualizados que permitam identificar claramente quem posta o quê, o que interessa é facultarmos informação ao público que nos visita e discutirmos honestamente o futuro do concelho, sem as recriminações de carácter partidário que por vezes acontecem nestes casos e num calendário pré-eleitoral como este.
AV1/AV2
Deixem os mails de contacto nos comentários, para se acertar um eventual contacto offline se assim o entenderem.
Nós (AVP) somos meio leigos nesta matéria de agregar blogs e tal, por isso esta msg segue reencaminhada para o MdS que é o homem das informáticas pelo que percebo e terá opinião mais fundamentada.
Mesmo no Blogger podemos ter vários administradores, cada qual com o seu código de acesso - que identifica o autor de cada post automaticamente - ou um código para todos (como nós) e depois precisamos de nos identificar no próprio post.
Vou colocar a questão online, para se fazer um acerto de posições.
Se necessário, pode-se sempre fazer mesmo um encontro entre alguns dos envolvidos.
Um abraço,
AV1
Em separado ou num sistema único com acessos individualizados que permitam identificar claramente quem posta o quê, o que interessa é facultarmos informação ao público que nos visita e discutirmos honestamente o futuro do concelho, sem as recriminações de carácter partidário que por vezes acontecem nestes casos e num calendário pré-eleitoral como este.
AV1/AV2
Deixem os mails de contacto nos comentários, para se acertar um eventual contacto offline se assim o entenderem.
Manhã rentável
Num acto desnecessariamente tresloucado para os meus hábitos, decidi levar a família a meio da manhã para o Fórum de Almada, num acesso de suburbanite aguda (desculpem lá os que gostam de Centros Comerciais ao fim de semana).
Só que nem o tempo está muito para lazeres ao ar livre, nem a criançada atura ficar todo o dia em casa.
No entanto, até foi em boa hora, pois enquanto se entretia o resto da família com um filminho da Disney no bar/auditório da FNAC, foi possível explorar medianamente a fraca secção de BD do estabelecimento.
Não se achou o que se procurava com desespero (o Guide Fnac de la Bande Dessinée, com c. 250 páginas por pouco mais de 5 euros), mas em contrapartida a boa surpresa foi encontrar a preço de saldo alguns materiais imperdíveis, mas cujo consumo ao preço normal só se recomenda a empreiteiro de sucesso: o nº 1 da revista Bang por 5,90 euros (em vez dos 19,5 da tabela) e ao mesmo preço o volume de homenagem a Hergé por parte de várias dezenas de autores de BD (preço normal também a rondar os 20 euros).
Por isso, caros leitores regulares do Suplemento em Quadrinhos, hoje não deve haver nada para ninguém porque vou estar ocupado.
Só que nem o tempo está muito para lazeres ao ar livre, nem a criançada atura ficar todo o dia em casa.
No entanto, até foi em boa hora, pois enquanto se entretia o resto da família com um filminho da Disney no bar/auditório da FNAC, foi possível explorar medianamente a fraca secção de BD do estabelecimento.
Não se achou o que se procurava com desespero (o Guide Fnac de la Bande Dessinée, com c. 250 páginas por pouco mais de 5 euros), mas em contrapartida a boa surpresa foi encontrar a preço de saldo alguns materiais imperdíveis, mas cujo consumo ao preço normal só se recomenda a empreiteiro de sucesso: o nº 1 da revista Bang por 5,90 euros (em vez dos 19,5 da tabela) e ao mesmo preço o volume de homenagem a Hergé por parte de várias dezenas de autores de BD (preço normal também a rondar os 20 euros).
Por isso, caros leitores regulares do Suplemento em Quadrinhos, hoje não deve haver nada para ninguém porque vou estar ocupado.
sábado, junho 25, 2005
Para desanuviar...
... aqui fica esta "reflexão" de um nosso leitor inspirado por Camões (só ficamos é sem saber qual é a página do Murcon).
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Luis Santos
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Luis Santos
Figuras de Sempre II
O que seria do nosso pequeno mundo sem o Eládio Clímaco ?
Como teria sido possível existirem os Jogos sem Fronteiras sem a sua locução vibrante, sempre que qualquer vila portuguesa arriscava o joker na prova da montanha russa aquática ? Como seria possível ter passado aquelas longas noites de serão a ver aquelas provas imaginadas por um cérebro retardado e anal-retentivo, se a voz doce, melodiosa e envolvente de Eládio não nos transportasse até ao ambicionado sono ?
Como teriam sido os Festivais da Canção dos anos 70/80 sem as suas parcerias míticas com Valentina Torres e o seu laço branco (teria Armando Gama reparado nela se Eládio não estivesse ali ?) ou mesmo com, e estas são das minhas preferidas, com Ana Zanatti em 1980 e 1992, num dos momentos mais perturbantes em termos de tensão e magnetismo sexual no pequeno ecrã (teria Lara Li sido alguma vez plenamente feliz como não fazemos a mínima ideia se foi, caso a figura de Clímaco com aquelas lapelas enormes a não tivesse obrigado a virar o olhar para o colo vibrante de Zanatti em 1980) ?
Aliás, como teria sido o próprio Festival deste ano de 2005, com uma só canção, se não tivesse sido o sempre presente Eládio a dar aquela animação especial, sempre jovem e bem disposta, ao lado da nóvel Tânia Ribas de Oliveira ? Mmmmm ? Ninguém ainda tinha pensado nisso, pois não ?
Ou como soaria a voz off na transmissão dos Eurofestivais, introduzindo-nos as belezas naturais do país anfitrião ou caracterizando brilhantemente os concorrentes do Luxemburgo ou da Noruega e, mais recentemente, da Bósnia-Herzegovina e da Lituânia ?
Ou, como ainda há um ou dois anos teria sido possível arranjar melhor partenaire a Isabel Angelino para percorrer o país num programa que passava no canal 2 e de que nem me lembro a treta do nome ?
Eládio Clímaco é um património nacional televisivo, da estirpe de um Luís Pereira de Sousa ou mesmo de um José Figueiras, e a nossa vida não seria a mesma sem ele.
Ou como soaria a voz off na transmissão dos Eurofestivais, introduzindo-nos as belezas naturais do país anfitrião ou caracterizando brilhantemente os concorrentes do Luxemburgo ou da Noruega e, mais recentemente, da Bósnia-Herzegovina e da Lituânia ?
Ou, como ainda há um ou dois anos teria sido possível arranjar melhor partenaire a Isabel Angelino para percorrer o país num programa que passava no canal 2 e de que nem me lembro a treta do nome ?
Eládio Clímaco é um património nacional televisivo, da estirpe de um Luís Pereira de Sousa ou mesmo de um José Figueiras, e a nossa vida não seria a mesma sem ele.
Só não sei se seria melhor ou pior.
Mas lá que teria sido diferente, teria.
Mas lá que teria sido diferente, teria.
Salvam-se os livros...
Há muito que o Independente anda longe das minhas prioridades de leitura. O jornalismo a pedido em escala superior ao do Expresso já não me consegue entar no sistema e, por isso e por desnecessidade de papel higiénico, coíbo-me de comprar o pasquim.
No entanto, por ocasião do 16º aniversário, o velho Indy publicou uma pequena colecção de livros, constituídos principalmente por recolhas inéditas de textos de imprensa de alguns belos (outros nem tanto) autores de língua portuguesa.
À época trouxe de borla o primeiro da Agustina Bessa Luís e comprei o das crónicas da Guidinha do Luís de Sttau Monteiro. Depois, como não estava mesmo para comprar o jornal e os livros acabavam por desaparecer, por ali me fiquei.
No entanto, por ocasião do 16º aniversário, o velho Indy publicou uma pequena colecção de livros, constituídos principalmente por recolhas inéditas de textos de imprensa de alguns belos (outros nem tanto) autores de língua portuguesa.
À época trouxe de borla o primeiro da Agustina Bessa Luís e comprei o das crónicas da Guidinha do Luís de Sttau Monteiro. Depois, como não estava mesmo para comprar o jornal e os livros acabavam por desaparecer, por ali me fiquei.
Qual não é o meu espanto quando, recentemente, voltaram a oferecer um livrinho por ocasião do 17º aniversário (o belo Urzes do Manuel Hermínio Monteiro) e agora aparecem à venda, em pacote separado do jornal, dois dos outros volumes apenas por 3,99 euros. Estão em causa obras de Raul Lino e José Rodrigues Miguéis com crónicas muito espaçadas no tempo e nos temas mas que têm em comum o traço de parte delas se dedicar a reflectir sobre a Lisboa do século passado, dos anos 30 aos 60.
O Expresso é um Mundo...
... em especial em semanas como esta !
Para além do trambolho de papel que já é normal, temos direito a uma oferta de uma caixinha com miniaturas de Martini (o que não é mau), do cd-rom com o Cartaz, com milhentos encartes publicitários e, a pagantes, um DVD sobre o Cunhal, o 5º livro+cd de contos infantis e um livrinho de passatempos (o único que não quis).
Por tabela, ainda trouxe um livro com histórias do Capitão América por 1 euro que estava ali pelo balcão (não foi na Saturno...) e que ninguém sabia com que publicação viera, mas que passou por ser também com o Expresso.
Portanto, isto é material para desbravar meses a fio, para miúdos e graúdos.
É um jornal que dá para beber, ler, ouvir e ver.
Só faltou trazer uns tremocitos ou uns aperitivos mais catitas.
Por regra, começo pelo caderno Actual e pelos livros, nas últimas páginas. Por azar, comecei por mais uma inenarrável crónica do João Carlos Espada em que o aspecto mais relevante é o facto de Isaiah Berlin ter-lhe posto a mão no ombro há 10 anos a caminho do seu Jaguar, enquanto lhe revelava que sabia o nome do antigo porteiro do Palace-Hotel do Estoril.
Isto é informação de relevância transcendental.
Isto é intelecto puro derramado pelas páginas de um mero jornal.
Esmagado, passei logo ao 1º caderno.
E aí os problemas não são menores.
Para começar, constata-se que o Glorioso manda despejar os seus entulhos para uma área protegida. Afinal não é só a CMM que deixa entulhar as zonas húmidas do concelho. A Câmara de Loures declara-se impotente para fazer mais do que cobrar coimas. Bonito.
Continuando, descobre-se que o Joaquim Oliveira foi enrabado a sangue-frio com o negócio da Lusomundo.
O que, pensando bem, é muito bem feito para quem cresceu a enrabar a RTP, com aqueles negócios jeitosos em torno do futebol.
Seguindo mais abaixo, é a vez de se perceber que um dos laranjinhas implicados nas manigâncias do caso Freeport se vai refugiar no Parlamento que, à moda antiga das Igrejas, deve funcionar como coito salvador para os perseguidos.
As boas notícias são que - apesar da constante campanha do próprio Expresso em seu favor - M. M. Carrilho não está a conseguir esconder do eleitorado o desastre que é, e que a Imperial Sagres vai ser vendida 3º mais fresquinha.
Ora aqui está, por fim, algo digno de um destaque de 1ª página do semanário nacional de referência e algo que nos dá mais ânimo nestas tardes de estio.
Só para acabar, e para quem criticava a TVI por promover os seus programas no próprio noticiário, nada como tratar como notícia a transferência de um jornalista do Expresso para director de outra publicação do grupo (o Blitz, como o conhecemos, deve estar arrumado) e apresentar a promoção de ainda outra publicação do grupo (Courrier Internacional) sem indicação de ser publicidade ou não.
Quem acha que estas divagações não interessam a ninguém, talvez não devesse ter lido até aqui. Prometemos que haverá material mais prometedor - ou talvez não - quando na próxcima 3ª ou 4ª feira acabarmos o Expresso.
Para além do trambolho de papel que já é normal, temos direito a uma oferta de uma caixinha com miniaturas de Martini (o que não é mau), do cd-rom com o Cartaz, com milhentos encartes publicitários e, a pagantes, um DVD sobre o Cunhal, o 5º livro+cd de contos infantis e um livrinho de passatempos (o único que não quis).
Por tabela, ainda trouxe um livro com histórias do Capitão América por 1 euro que estava ali pelo balcão (não foi na Saturno...) e que ninguém sabia com que publicação viera, mas que passou por ser também com o Expresso.
Portanto, isto é material para desbravar meses a fio, para miúdos e graúdos.
É um jornal que dá para beber, ler, ouvir e ver.
Só faltou trazer uns tremocitos ou uns aperitivos mais catitas.
Por regra, começo pelo caderno Actual e pelos livros, nas últimas páginas. Por azar, comecei por mais uma inenarrável crónica do João Carlos Espada em que o aspecto mais relevante é o facto de Isaiah Berlin ter-lhe posto a mão no ombro há 10 anos a caminho do seu Jaguar, enquanto lhe revelava que sabia o nome do antigo porteiro do Palace-Hotel do Estoril.
Isto é informação de relevância transcendental.
Isto é intelecto puro derramado pelas páginas de um mero jornal.
Esmagado, passei logo ao 1º caderno.
E aí os problemas não são menores.
Para começar, constata-se que o Glorioso manda despejar os seus entulhos para uma área protegida. Afinal não é só a CMM que deixa entulhar as zonas húmidas do concelho. A Câmara de Loures declara-se impotente para fazer mais do que cobrar coimas. Bonito.
Continuando, descobre-se que o Joaquim Oliveira foi enrabado a sangue-frio com o negócio da Lusomundo.
O que, pensando bem, é muito bem feito para quem cresceu a enrabar a RTP, com aqueles negócios jeitosos em torno do futebol.
Seguindo mais abaixo, é a vez de se perceber que um dos laranjinhas implicados nas manigâncias do caso Freeport se vai refugiar no Parlamento que, à moda antiga das Igrejas, deve funcionar como coito salvador para os perseguidos.
As boas notícias são que - apesar da constante campanha do próprio Expresso em seu favor - M. M. Carrilho não está a conseguir esconder do eleitorado o desastre que é, e que a Imperial Sagres vai ser vendida 3º mais fresquinha.
Ora aqui está, por fim, algo digno de um destaque de 1ª página do semanário nacional de referência e algo que nos dá mais ânimo nestas tardes de estio.
Só para acabar, e para quem criticava a TVI por promover os seus programas no próprio noticiário, nada como tratar como notícia a transferência de um jornalista do Expresso para director de outra publicação do grupo (o Blitz, como o conhecemos, deve estar arrumado) e apresentar a promoção de ainda outra publicação do grupo (Courrier Internacional) sem indicação de ser publicidade ou não.
Quem acha que estas divagações não interessam a ninguém, talvez não devesse ter lido até aqui. Prometemos que haverá material mais prometedor - ou talvez não - quando na próxcima 3ª ou 4ª feira acabarmos o Expresso.
Desqualificações
Quando me falam em requalificações e quejandos, sobe-me logo a mostarda ao nariz e apetece-me dizer a ess malta que dê uma volta por Alhos Vedros com olhos de ver.
É certo que o núcleo urbano central, mais os seus arrabaldes próximos, para nascente, que se foram unificando (primeiro a zona da Quinta da Bela Rosa, depois as Morçoas), se tornou uma manta de retalhos, com zonas residenciais de qualidade média ou baixa entremeadas com antigas quintas, quintais e hortas, assim como fábricas, fabriquinhas e fabriquetas de cortiça e depois de têxteis.
As zonas de habitação mais popular, criadas em meados do século XX para o proletariado industrial que ia trabalhar para a CUF e não queria ficar-se pelo Lavradio ou ajudar a nascer a Baixa da Banheira, foram promovidas nos anos 40 e 50 pelos proprietários de terrenos baratos que faziam casas à medida das necessidades dos inquilinos, a 10$00 de renda mensal por divisão assoalhada.
Só na Avenida Bela Rosa e num ou outro espaço é que surgiram prédios de rendimento de qualidade menos inferior e já com outros custos, mas sempre sem obedecerem a um plano de expansão urbana muito coerente.
Nos anos 70 e devido à associação entre a inflacção galopante e o congelamento das rendas herdado dos tempos de Salazar, os proprietários destas casas deixaram de ter lucro que justificasse a sua manutenção, enquanto os inquilinos nem sempre dispunham de meios para o fazer, excepção feita à caiadela exterior de Primavera e às limpezas e arejamentos tradicionais. O saneamento básico e o alacatroamento das vias chegou ainda nos anos 70 a muitos destes locais que foram assistindo ao envelhecimento dos residentes. Enquanto os filhos saíam da casa paternal para viverem nos mini-dormitórios à volta (Morçoas, zona norte do Largo do Mercado e Rua António Hipólito da Costa, etc) ou mesmo fora da terra nos anos 80 e início dos 90, o declínio instalou-se e com a doença ou morte de quem as habitava muitas destas casinhas também foram sendo abandonadas, à espera que um PDM amigo permita derrubá-las e aos senhorios/proprietários construir em altura e finalmente recuperar os lucros perdidos.
Ora, na minha simplória opinião, se é verdade que muitas destas cáries (como lhes chamo) já não têm remédio, o mesmo não se dirá do que o futuro pode reservar a estas zonas da freguesia: estão condenadas a ver nascer mais caixotes de apartamentos, cada cor seu paladar, cada gosto, seu feitio ?
Não seria interessante que a ideia de requalificação fomentada pela CMM passasse por mais do que novos passeios e lampiões e avançasse com formas originais de gerir de forma harmoniosa estes espaços tradicionalmente populares sem ser de uma forma agressiva e obediente aos interesses privados ?
Será que não poderia ser por aí que uma verdadeira requalificação da malha urbana deveria passar com o apoio das autarquias locais ?
Fotos: AVP/Brocas
O Conhecimento das Coisas
Hoje, talvez devido à manhã cinzenta, sinto-me céptico.
O aparente entusiasmo com que a blogosfera local respondeu à real carência de condições para um debate consequente sobre a revisão do PDM que está em curso desperta-me pensamentos ambíguos.
Por um lado, constata-se que, embora com um peso e um impacto por apurar no contexto da população, existe alguma massa crítica que, mais do que a interesses partidários, se pode mobilizar em torno de interesses comuns transversais.
Por outro, sei da apatia generalizada que marca grande parte da população local e do desinteresse real de muita gente em relação a estes assuntos que nos interessam muito a nós.
Quando os primeiros desvarios urbanísticos a sério começaram em Alhos Vedros inquiri o meu pai sobre o que ele e os seus amigos, todos de uma geração que viveu em Alhos Vedros desde os anos 30/40 pensavam sobre certas aberrações que iam surgindo.
A sua resposta foi esclarecedora: se é certo que alguns não gostavam do que ia aparecendo, a verdade é que a longa sensação de atraso e abandono que se instalara em Alhos Vedros desde meados do século passado fazia com que, qualquer coisa que se fizesse fosse bem-vinda, sem grande avaliação crítica.
O atraso tinha sido responsabilidade da ditadura e agora é que se iria ver como o poder local livre era bom (alguém se lembra da mini-ocupação de terrenos nas Arroteias ? e de outros episódios caricatos ainda da segunda metade dos anos 70 em que alguns arranjaram casinha a baixo custo ?).
O facto de Alhos Vedros ter sido uma terra de excessivas desigualdades, em que a maioria vivia num limiar pouco acima do de pobreza e em habitações com poucas condições e em arruamentos de terra batida e saneamento deficiente baseado nas tradicionais fossas sépticas, fez com que qualquer nova artéria alcatroada, qualquer novo bloco de apartamentos, fossem vistos como progresso. O facto de em Alhos Vedros sempre ter estado envolvida pela Natureza, por quintas, pelo rio, pelas matas e pinhais, pelas salinas, fez com que isso fosse visto como sinónimo do tal atraso e o seu gradual desaparecimento ou degradação não feriu muito a sensibilidade de muitos dos mais velhos que já tinham passado a ganhar a vida na indústria, passando da cortiça para a CUF ou para a Siderurgia ou mesmo a Lisnave.
E foi assim que, durante os anos 80 se lançaram as sementes do erro: Alhos Vedros não perdeu a feição de terra deixada para trás e foi ganhando os restos de uma ideia errada de desenvolvimento na base do casario indistinto, com as novas ruas traçadas ao sabor das conveniências, os loteamentos a surgirem desirmanados e sem qualquer articulação e as infraestruturas urbanas de apoio e/ou de lazer a serem descuradas: o pessoal praticava desporto no CRI, Vinhense (ou no efémero clube de futebol das Morçoas) ou na Velhinha, jogava ping-pong na Academia e na sede do CRI, snooker no café do Júlio ou também na Velhinha, ou limitava-se a jogar à bola nas Figueiras ou na Largada.
E ninguém se ia apercebendo muito da transformação que se ia dando, não necessariamente para melhor, embora à época poucos denunciassem a falta de planeamento ou visão estratégica.
Nos primeiros anos 80, as prioridades eram outras, com a crise económica, os salários em atraso, a incerteza do futuro a curto prazo.
Ninguém se interessava com defesas de património histórico ou natural ou com urbanismo. O que fazia falta era comida na mesa e dinheiro para a renda da casa. Assim Alhos Vedros, cresceu pouco e mal e com pouca capacidade de atracção, perdendo para a Baixa da Banheira quanto ao comércio e para a Moita em termos de centralidade.
Seguiu-se o boom do têxtil, com a Gefa, a Helly-Hansen e a Bore a permitirem o emprego da mão-de-obra feminina e a compensação dos efeitos da crise. E foi então que, em nome do desenvolvimento económico, se permitiram os mais elementares atropelos ao bom-senso e bom-gosto.
Já aqui referi mais de uma vez o ar de incredulidade e incompreensão do então vereador do Urbanismo (então o João de Almeida) quando lhe perguntei (c. 1990) se achava que o que então estava a ser feito não seria mais prejudicial do que benéfico para a terra que também era a dele. Claro que alegou que era necessário ver o emprego e riqueza que estavam a ser gerados e que isso era essencial. E até acredito que estava a veicular aquela que seria a opinião da maioria da população.
Tal como agora, toda esta calendarização manhosa da discussão do PDM, feita com o beneplácito dos herdeiros de João de Almeida no sector do Urbanismo e na Presidência da Câmara, mais não é do que a tradução da consciência do desinteresse da generalidade da população por estas questões, dando-se por adquirido que o PDM é definido centralmente de acordo com os interesses instalados.
O que até parece corresponder à realidade, atendendo à ausência de uma acção consequente da Oposição a este respeito.
Porque, se é verdade que a Situação pode tecer a sua teia para nos enredar, não é menos verdade que cumpre à Oposição desfiá-la e assumir um papel de esclarecimento dos munícipes.
E, do PSD/CDS ao próprio BE, passando pelo caso mais grave do PS, não vemos qualquer tipo de movimentação institucional para trazer este assunto para a Ordem do dia, antes de irmos todos a banhos e passar o prazo legal e ficarem legitimadas as opções feitas por um grupinho de iluminados, que sabem que depois podem sempre alegar que não houve participação popular que contestasse o novo PDM.
E esta demissão da Oposição na discussão séria deste assunto é um mau sinal porque nos pode querer dizer que, fora do discurso confrontacional eleitoralista, as opções não são muito diferentes, apenas variando o ritmo da suburbanização de 3ª categoria a que nos querem votar ou a identidade das clientelas que a executarão. Sabemos no que o PS transformou Setúbal e por onde vai o Barreiro, por isso, o modelo não é muito diferente do que o novo PDM nos trará.
E, até por isso, qualquer discussão do PDM nesses termos só produzirá ruído e recriminações mútuas, que descredibilizarão todo o processo.
Por isso, a nossa intervenção, mesmo que diminuta e apenas inquietadora das consciências, é necessária e deve prosseguir.
Mesmo se - e tenhamos consciência disso - muitas vezes os nossos argumentos continuem a não ser compreensíveis e aceitáveis para muitos e estejamos fadados a enfrentar aquela atitude básica que gosta de acusar os adversários de gostarem mais das árvores do que das pessoas, como se tudo não pudesse coexistir e essa não fosse mesmo a solução ideal.
AV1
Notas finais soltas: Já repararam como o discurso da CMM na área do Urbanismo e Ambiente se tem desviado para as conquistas na área do saneamento básico e o próprio Vereador Rui Garcia (outrora tonitruante contra tudo e mais alguma coisa), agora optou, com aquele vigor retórico dos eleitos, por armar-se em grande defensor da não privatização das águas, como se essa fosse a grande questão do momento ?
Se a questão da água é de decisiva importância, é a qualidade da sua gestão que deve estar em causa e a definição de uma política de não desperdício de água potável, assim como da limitação da impermeabilização dos solos pois se 100% da água do concelho é de origem subterrânea (BM 35, p. 22), deve existir um cuidado extremo em permitir a sua captação em boas condições, reduzindo a poluição dos solos e não facilitando que as águas pluviais sejam desperdiçadas.
Mas, como não sou engenheiro destas áreas, provavelmente tudo isto será uma grande asneira e o betão e o alcatrão sejam a solução.
Adenda final: Existe a proposta de agregarmos os vários fóruns de discussão que estão a nascer sobre a qustão do PDM. Por nós aqui tudo bem. Logo que acertarmos a modalidade, este tipo de textos será passado para o local adeqaudo, apenas se deixando aqui um curto destaque.
O aparente entusiasmo com que a blogosfera local respondeu à real carência de condições para um debate consequente sobre a revisão do PDM que está em curso desperta-me pensamentos ambíguos.
Por um lado, constata-se que, embora com um peso e um impacto por apurar no contexto da população, existe alguma massa crítica que, mais do que a interesses partidários, se pode mobilizar em torno de interesses comuns transversais.
Por outro, sei da apatia generalizada que marca grande parte da população local e do desinteresse real de muita gente em relação a estes assuntos que nos interessam muito a nós.
Quando os primeiros desvarios urbanísticos a sério começaram em Alhos Vedros inquiri o meu pai sobre o que ele e os seus amigos, todos de uma geração que viveu em Alhos Vedros desde os anos 30/40 pensavam sobre certas aberrações que iam surgindo.
A sua resposta foi esclarecedora: se é certo que alguns não gostavam do que ia aparecendo, a verdade é que a longa sensação de atraso e abandono que se instalara em Alhos Vedros desde meados do século passado fazia com que, qualquer coisa que se fizesse fosse bem-vinda, sem grande avaliação crítica.
O atraso tinha sido responsabilidade da ditadura e agora é que se iria ver como o poder local livre era bom (alguém se lembra da mini-ocupação de terrenos nas Arroteias ? e de outros episódios caricatos ainda da segunda metade dos anos 70 em que alguns arranjaram casinha a baixo custo ?).
O facto de Alhos Vedros ter sido uma terra de excessivas desigualdades, em que a maioria vivia num limiar pouco acima do de pobreza e em habitações com poucas condições e em arruamentos de terra batida e saneamento deficiente baseado nas tradicionais fossas sépticas, fez com que qualquer nova artéria alcatroada, qualquer novo bloco de apartamentos, fossem vistos como progresso. O facto de em Alhos Vedros sempre ter estado envolvida pela Natureza, por quintas, pelo rio, pelas matas e pinhais, pelas salinas, fez com que isso fosse visto como sinónimo do tal atraso e o seu gradual desaparecimento ou degradação não feriu muito a sensibilidade de muitos dos mais velhos que já tinham passado a ganhar a vida na indústria, passando da cortiça para a CUF ou para a Siderurgia ou mesmo a Lisnave.
E foi assim que, durante os anos 80 se lançaram as sementes do erro: Alhos Vedros não perdeu a feição de terra deixada para trás e foi ganhando os restos de uma ideia errada de desenvolvimento na base do casario indistinto, com as novas ruas traçadas ao sabor das conveniências, os loteamentos a surgirem desirmanados e sem qualquer articulação e as infraestruturas urbanas de apoio e/ou de lazer a serem descuradas: o pessoal praticava desporto no CRI, Vinhense (ou no efémero clube de futebol das Morçoas) ou na Velhinha, jogava ping-pong na Academia e na sede do CRI, snooker no café do Júlio ou também na Velhinha, ou limitava-se a jogar à bola nas Figueiras ou na Largada.
E ninguém se ia apercebendo muito da transformação que se ia dando, não necessariamente para melhor, embora à época poucos denunciassem a falta de planeamento ou visão estratégica.
Nos primeiros anos 80, as prioridades eram outras, com a crise económica, os salários em atraso, a incerteza do futuro a curto prazo.
Ninguém se interessava com defesas de património histórico ou natural ou com urbanismo. O que fazia falta era comida na mesa e dinheiro para a renda da casa. Assim Alhos Vedros, cresceu pouco e mal e com pouca capacidade de atracção, perdendo para a Baixa da Banheira quanto ao comércio e para a Moita em termos de centralidade.
Seguiu-se o boom do têxtil, com a Gefa, a Helly-Hansen e a Bore a permitirem o emprego da mão-de-obra feminina e a compensação dos efeitos da crise. E foi então que, em nome do desenvolvimento económico, se permitiram os mais elementares atropelos ao bom-senso e bom-gosto.
Já aqui referi mais de uma vez o ar de incredulidade e incompreensão do então vereador do Urbanismo (então o João de Almeida) quando lhe perguntei (c. 1990) se achava que o que então estava a ser feito não seria mais prejudicial do que benéfico para a terra que também era a dele. Claro que alegou que era necessário ver o emprego e riqueza que estavam a ser gerados e que isso era essencial. E até acredito que estava a veicular aquela que seria a opinião da maioria da população.
Tal como agora, toda esta calendarização manhosa da discussão do PDM, feita com o beneplácito dos herdeiros de João de Almeida no sector do Urbanismo e na Presidência da Câmara, mais não é do que a tradução da consciência do desinteresse da generalidade da população por estas questões, dando-se por adquirido que o PDM é definido centralmente de acordo com os interesses instalados.
O que até parece corresponder à realidade, atendendo à ausência de uma acção consequente da Oposição a este respeito.
Porque, se é verdade que a Situação pode tecer a sua teia para nos enredar, não é menos verdade que cumpre à Oposição desfiá-la e assumir um papel de esclarecimento dos munícipes.
E, do PSD/CDS ao próprio BE, passando pelo caso mais grave do PS, não vemos qualquer tipo de movimentação institucional para trazer este assunto para a Ordem do dia, antes de irmos todos a banhos e passar o prazo legal e ficarem legitimadas as opções feitas por um grupinho de iluminados, que sabem que depois podem sempre alegar que não houve participação popular que contestasse o novo PDM.
E esta demissão da Oposição na discussão séria deste assunto é um mau sinal porque nos pode querer dizer que, fora do discurso confrontacional eleitoralista, as opções não são muito diferentes, apenas variando o ritmo da suburbanização de 3ª categoria a que nos querem votar ou a identidade das clientelas que a executarão. Sabemos no que o PS transformou Setúbal e por onde vai o Barreiro, por isso, o modelo não é muito diferente do que o novo PDM nos trará.
E, até por isso, qualquer discussão do PDM nesses termos só produzirá ruído e recriminações mútuas, que descredibilizarão todo o processo.
Por isso, a nossa intervenção, mesmo que diminuta e apenas inquietadora das consciências, é necessária e deve prosseguir.
Mesmo se - e tenhamos consciência disso - muitas vezes os nossos argumentos continuem a não ser compreensíveis e aceitáveis para muitos e estejamos fadados a enfrentar aquela atitude básica que gosta de acusar os adversários de gostarem mais das árvores do que das pessoas, como se tudo não pudesse coexistir e essa não fosse mesmo a solução ideal.
AV1
Notas finais soltas: Já repararam como o discurso da CMM na área do Urbanismo e Ambiente se tem desviado para as conquistas na área do saneamento básico e o próprio Vereador Rui Garcia (outrora tonitruante contra tudo e mais alguma coisa), agora optou, com aquele vigor retórico dos eleitos, por armar-se em grande defensor da não privatização das águas, como se essa fosse a grande questão do momento ?
Se a questão da água é de decisiva importância, é a qualidade da sua gestão que deve estar em causa e a definição de uma política de não desperdício de água potável, assim como da limitação da impermeabilização dos solos pois se 100% da água do concelho é de origem subterrânea (BM 35, p. 22), deve existir um cuidado extremo em permitir a sua captação em boas condições, reduzindo a poluição dos solos e não facilitando que as águas pluviais sejam desperdiçadas.
Mas, como não sou engenheiro destas áreas, provavelmente tudo isto será uma grande asneira e o betão e o alcatrão sejam a solução.
Adenda final: Existe a proposta de agregarmos os vários fóruns de discussão que estão a nascer sobre a qustão do PDM. Por nós aqui tudo bem. Logo que acertarmos a modalidade, este tipo de textos será passado para o local adeqaudo, apenas se deixando aqui um curto destaque.
sexta-feira, junho 24, 2005
Figuras de Sempre
A recente vitória das beiças da Manuela Moura Guedes na nossa sondagem sobre os(as) pivôs dos noticiários televisivos, fez-me reflectir um pouco - sim, sou capaz disso - sobre aquilo que podemos considerar como figuras - ou flagelos - que nos vão acompanhando e povoando o imaginário individual e colectivo ao longo do tempo.
Manuela Moura Guedes é uma dessas figuras há quase 30 anos, desde que em 1978 decidiu ser cantora-pop (Eram Cardos, Eram Prosas do MEC/Pedro Ayres Magalhães ouvia-se até bastante bem) e em 1979 se tornou apresentadora do Primeiro Festival da Canção transmitido a cores, se não estou em erro (ver foto acima), não esquecendo quando se transformou em deputada do PP de Monteiro no pós-cavaquismo.
Tal como uma Serenella Andrade ou mesmo uma Helena Ramos, para não falar de uma Margarida Mercês de Melo, embora sem a imponência de uma Isabel Wolmar, as décadas vão passando e elas vão ficando e nós vamos sendo obrigados a ficar com elas.
Porque, e isso é bem verdade, MMG está prestes a completar meio século e nós nem demos por isso.
Aliás, e pensando melhor, quando a apanhamos no noticiário da TVI, o que nos custa a acreditar é que haja quem aguente hora e meia daquilo. A mim, por certo que pareceria mais de meio século da minha vida.
No entanto, e a acreditar pelos resultados, o fascínio permanece...
As beiças ao poder
De acordo com os resultados da nossa sondagem sobre o detalhe que mais faz salivar os frequentadores do AVP quando assistem a um noticiário na TV, lamentamos dizer que venceram as beiças da M. M. Guedes com 30% dos votos, embora as (boas como tudo,) meninas da Rai Uno (25%) e da RTPN (20%) tenham vindo logo a seguir.
A opulência de aspecto algo neo-colonial da Alberta Marques Fernandes recolheu 15% da saliva, enquanto a Clara de Sousa apenas chegou (e acho que injustamente) aos 5%, valor a que também chegou o Rodrigo Guedes e Carvalho em slips (foi a facção feminina a falar).
O Fernando Seara pode estar descansado porque ninguém lhe inveja a Judite, assim como os abanicos do Periscópio também estiveram longe de suscitar qualquer tipo de entusiasmo.
Quanto à nova sondagem, já tem a hipótese de resposta múltipla (marcam-se os quadradinhos desejados e depois é que se vota), mesmo se cada cliente continua a ser admitido só uma vez por dia.
A opulência de aspecto algo neo-colonial da Alberta Marques Fernandes recolheu 15% da saliva, enquanto a Clara de Sousa apenas chegou (e acho que injustamente) aos 5%, valor a que também chegou o Rodrigo Guedes e Carvalho em slips (foi a facção feminina a falar).
O Fernando Seara pode estar descansado porque ninguém lhe inveja a Judite, assim como os abanicos do Periscópio também estiveram longe de suscitar qualquer tipo de entusiasmo.
Quanto à nova sondagem, já tem a hipótese de resposta múltipla (marcam-se os quadradinhos desejados e depois é que se vota), mesmo se cada cliente continua a ser admitido só uma vez por dia.
Discussão do PDM - Ponto da Situação
Logo que se estabilizem os fóruns disponíveis para discutir o PDM, iremos elencá-los na nossa lista de links permanente em local de destaque, à maneira do que fizemos com as eleições legislativas.
Iremos esperar até ao fim de semana e depois tratamos do assunto.
Por isso, o nosso contributo (AV1 e AV2) para o tema será divulgado sumariamente aqui mas mandá-lo-emos para os locais mais apropriados.
Entretanto, iremos divulgar os resultados da nossa sondagem do momento e incluir uma nova sobre esta forma atabalhoada de discutir o PDM por estas paragens.
Iremos esperar até ao fim de semana e depois tratamos do assunto.
Por isso, o nosso contributo (AV1 e AV2) para o tema será divulgado sumariamente aqui mas mandá-lo-emos para os locais mais apropriados.
Entretanto, iremos divulgar os resultados da nossa sondagem do momento e incluir uma nova sobre esta forma atabalhoada de discutir o PDM por estas paragens.
Discussão do PDM
Atendendo à falta de divulgação conveniente do PDM, desde a mudança das datas das sessões à falta de uma sua publicitação séria, quer pelo poder autárquico, quer pela própria oposição, aqui ficam dois espaços criados para o efeito, um (O Plano) que se deve à iniciativa do leitor Mário da Silva e que só lá para o Domingo estaremos em condições de optimizar, e outro (Fórum RDPM Moita) que nos foi divulgado por mail.
Adenda: Existe ainda mais um outro site sobre o tema PDM-Moita, referenciado em comentário abaixo pel' O Flamingo.
Em qualquer dos casos esperamos a colaboração de todos os interessados, tanto no plano da discussão das ideias, como no do confronto de soluções diversas para situações concretas.
Quanto a nós, esperamos arranjar a disponibilidade suficiente para darmos resposta às exigências desta(s) iniciativa(s).
Adenda: Existe ainda mais um outro site sobre o tema PDM-Moita, referenciado em comentário abaixo pel' O Flamingo.
Em qualquer dos casos esperamos a colaboração de todos os interessados, tanto no plano da discussão das ideias, como no do confronto de soluções diversas para situações concretas.
Quanto a nós, esperamos arranjar a disponibilidade suficiente para darmos resposta às exigências desta(s) iniciativa(s).
O Estado da Educação
Ouvi episodicamente o debate na AR sobre a Educação.
Como terão reparado aqui não se meteu o nariz na questão da greve por várias razões, entre as quais a menor não será a minha desconfiança quanto à (falta de ) ligação dos sindicatos à realidade e o seu enquistamento progressivo sobre si mesmos (casos da FENPROF e FNE) ou então o carácter nebuloso da sua criação e manutenção (a míriade de sindicatozecos criados com dinheiros que não se sabe de onde surgiram e que só servem para dar tachinhos a alguns dos seus dirigentes).
Quanto ao resto, só posso concordar com a necessidade de tornar a Educação (tal como a Saúde) uma prioridade a sério no nosso país, que passe por mais do discursos bonitos e enterrar dinheiro para nada.
Somos dos países que, NO MUNDO, mais dinheiro gasta no sector da Educação per capita e somos dos que apresentam piores resultados.
Causas para isso:
MUITAS, quase todas devidas a uma pobreza fransciscana da direcção política do Ministério, ao acomodamento de muitos actores do sistema e a má gestão dos recursos, normalmente canalizados para o que não é prioritário ou então para "capelinhas".
Vamos por partes:
Exceptuando o Roberto Carneiro e, em parte, o Marçal Grilo, nenhum dos Ministros dos últimos 25 anos investiu no rigor como factor essencial para a Qualidade do Ensino. Coutos dos Santos e Anas Benaventes são do pior que poderiam aparecer no ME e só estragaram o pouco que restava, o primeiro por incompetência e a segunda por adesão cega a teorias mais do que ultrapassadas, que deixaram os docentes como o último elo na escala da autoridade na Escola e na sala de aula.
Quanto a quem trabalha no terreno, por muito boa vontade que se tenha, a desorganização do topo reflecte-se sempre por aí abaixo. Para além disso, a formação de professores (em especial nos aviários que são as ESES's e nos Piaget's que por aí enxameiam) decaiu imenso em qualidade, pois a pedagogia em vex de ser aliar ao conhecimento, acabou por querer substitui-lo. A formação contínua é uma anedota e apenas uma maneira dos Centros de Formação distribuirem durante anos generosas verbas do PRODEP a "formadores" que iam em algumas semanas de "aulas" pagar as férias desse ano. Os órgãos de gestão das Escolas, muitas vezes anos a fio sem dar aulas ou habituados aos poderzinhos que têm, poucas vezes têm uma visão estratégica para as escolas. Por fim, os sindicatos, cada vez menos influentes, limitaram-se aos tiques do costume com as grevezitas da praxe.
Para acabar em beleza, os alunos, como é óbvio, apenas se foram adptando a um sistema que os torna cobaias e os vê - a partir de cima - como números e estatísticas que é preciso melhorar, a bem ou a mal.
As escolas hoje são depósitos de crianças, dos quais se espera o milagre de formarem cidadãos exemplares (desde que não se lhes imponha Autoridade e Ordem) e profissionais de qualidade (desde que se lhes não imponha o Conhecimento e o Esforço).
Tudo o resto, do Inglês na 3ª classe A mais horas de aulas, passando por pagar ou não aos estagiários ou a reformar mais ou menos cedo os docentes, são flores na jarra da profunda incompetência técnica e cobardia política que levou a Educação para um beco sem saída, em nome da defesa de princípios que teriam muita lógica nos anos 60 mas que, agora, só nos empurram mais para o fundo.
Como terão reparado aqui não se meteu o nariz na questão da greve por várias razões, entre as quais a menor não será a minha desconfiança quanto à (falta de ) ligação dos sindicatos à realidade e o seu enquistamento progressivo sobre si mesmos (casos da FENPROF e FNE) ou então o carácter nebuloso da sua criação e manutenção (a míriade de sindicatozecos criados com dinheiros que não se sabe de onde surgiram e que só servem para dar tachinhos a alguns dos seus dirigentes).
Quanto ao resto, só posso concordar com a necessidade de tornar a Educação (tal como a Saúde) uma prioridade a sério no nosso país, que passe por mais do discursos bonitos e enterrar dinheiro para nada.
Somos dos países que, NO MUNDO, mais dinheiro gasta no sector da Educação per capita e somos dos que apresentam piores resultados.
Causas para isso:
MUITAS, quase todas devidas a uma pobreza fransciscana da direcção política do Ministério, ao acomodamento de muitos actores do sistema e a má gestão dos recursos, normalmente canalizados para o que não é prioritário ou então para "capelinhas".
Vamos por partes:
Exceptuando o Roberto Carneiro e, em parte, o Marçal Grilo, nenhum dos Ministros dos últimos 25 anos investiu no rigor como factor essencial para a Qualidade do Ensino. Coutos dos Santos e Anas Benaventes são do pior que poderiam aparecer no ME e só estragaram o pouco que restava, o primeiro por incompetência e a segunda por adesão cega a teorias mais do que ultrapassadas, que deixaram os docentes como o último elo na escala da autoridade na Escola e na sala de aula.
Quanto a quem trabalha no terreno, por muito boa vontade que se tenha, a desorganização do topo reflecte-se sempre por aí abaixo. Para além disso, a formação de professores (em especial nos aviários que são as ESES's e nos Piaget's que por aí enxameiam) decaiu imenso em qualidade, pois a pedagogia em vex de ser aliar ao conhecimento, acabou por querer substitui-lo. A formação contínua é uma anedota e apenas uma maneira dos Centros de Formação distribuirem durante anos generosas verbas do PRODEP a "formadores" que iam em algumas semanas de "aulas" pagar as férias desse ano. Os órgãos de gestão das Escolas, muitas vezes anos a fio sem dar aulas ou habituados aos poderzinhos que têm, poucas vezes têm uma visão estratégica para as escolas. Por fim, os sindicatos, cada vez menos influentes, limitaram-se aos tiques do costume com as grevezitas da praxe.
Para acabar em beleza, os alunos, como é óbvio, apenas se foram adptando a um sistema que os torna cobaias e os vê - a partir de cima - como números e estatísticas que é preciso melhorar, a bem ou a mal.
As escolas hoje são depósitos de crianças, dos quais se espera o milagre de formarem cidadãos exemplares (desde que não se lhes imponha Autoridade e Ordem) e profissionais de qualidade (desde que se lhes não imponha o Conhecimento e o Esforço).
Tudo o resto, do Inglês na 3ª classe A mais horas de aulas, passando por pagar ou não aos estagiários ou a reformar mais ou menos cedo os docentes, são flores na jarra da profunda incompetência técnica e cobardia política que levou a Educação para um beco sem saída, em nome da defesa de princípios que teriam muita lógica nos anos 60 mas que, agora, só nos empurram mais para o fundo.
quinta-feira, junho 23, 2005
Vamos à la Plage...
Frank Margerin, Bo-Doi especial nº 2 (Verão/2001)
Vejam lá como algumas das figuras do lado esquerdo da imagem representam três idades do "ir à praia": o puto louro sentado na água a "fazer bolhinhas"; mais acima, o rapagão a tentar (não) fazer meninos (embora eu ache que areia+virilha=dor, muita dor e que a água do mar não ajuda a deslizar, mas isso são devaneios estivais...); por fim, o tipo de meia idade, que leva a mantinha para dormir e que só não quer que o chateiem.
Confesso que não sou este último porque não consigo dormir de dia, e muito menos na praia.
Talvez ainda seja o branquelas que está de costas com o nariz enfiado no livro (menos a melena arrebitada).
Só um pequeno (...)
Prometo que vou deixar os assuntos sérios em destaque uns tempos no AVP, não inserindo aqui material que o faça desaparecer dos nossos olhos de hora a hora..
Mas não posso deixar de partilhar o meu divertimento quanto ao facto de ser inegável que Durão Barroso está a fazer os possíveis por Portugal atingir finalmente a média europeia.
Na impossibilidade de sermos nós a desenvolvermo-nos, ele, desde que chegou, tem feito os possíveis para que a Europa se atrase o suficiente para a apanharmos, desde o mini-escândalo das férias oferecidas (já cá fizera o mesmo com o Pereira Coutinho) ao desacordo quanto ao Orçamento, não esquecendo os solavancos quanto ao que fazer com o Tratado Constitucional.
Isto já para não falar na chalaça que ouvi há não muito tempo em que se afiançava que a ida de Durão Barroso para Bruxelas é uma prova indesmentível de que Lisboa é um importante ponto de passagem de droga para o resto da Europa.
Mas não posso deixar de partilhar o meu divertimento quanto ao facto de ser inegável que Durão Barroso está a fazer os possíveis por Portugal atingir finalmente a média europeia.
Na impossibilidade de sermos nós a desenvolvermo-nos, ele, desde que chegou, tem feito os possíveis para que a Europa se atrase o suficiente para a apanharmos, desde o mini-escândalo das férias oferecidas (já cá fizera o mesmo com o Pereira Coutinho) ao desacordo quanto ao Orçamento, não esquecendo os solavancos quanto ao que fazer com o Tratado Constitucional.
Isto já para não falar na chalaça que ouvi há não muito tempo em que se afiançava que a ida de Durão Barroso para Bruxelas é uma prova indesmentível de que Lisboa é um importante ponto de passagem de droga para o resto da Europa.
O PDM
Sobre a discussão do PDM e a polémica que está a suscitar o facto de ir ser discutido em período de férias e sem a devida divulgação - vulnerabilidades que a própria Oposição local parece aceitar de bom grado, talvez porque concorde no essencial da aposta na suburbanização, apesar do discurso na inversa - , vamos deixar aqui em post dois comentários que nos foram deixados mais abaixo pelo Mário da Silva e por um Anónimo 2, juntando partes inicialmente separadas:
1
Eu gostava de ouvir a sra. Eurídice a tomar uma posição séria contra a discussão apressada deste PDM em período estival e pré-eleitoral.
Sabendo alguns de nós -- ao que me parece -- o que lá vem, não seria mais sensato esperar pela eleição do próximo executivo para se discutir as coisas com alguma serenidade e se possível com a participação alargada da população?
Estará o PS à espera que o mesmo seja aprovado para depois -- e caso ganhe as eleições -- usar a normal desculpa esfarrapada da inevitabilidade?
Iremos estar perante a apresentação maravilhosa e em tempo recorde de inúmeros projectos urbanísticos para as áreas urbanizáveis -- que ainda deviam ser confidenciais -- para que se possa aprovar tudo antes das eleições?
Que o que se prepara é a suburbanização e dormitoriarização do Concelho da Moita aos interesses imobiliários que aí vêm com a construção da futura ponte e a sua subjugação ao crescimento do concelho do Barreiro?
Não a preocupa que no PEDEPES não exista 1 (UM) projecto estratégico para o concelho da Moita? Um único para TODO o concelho da Moita?
Que das Medidas Estruturantes não se vislumbre em que será beneficiado o Concelho?
Não tem amor pela sua terra, ou os seus interesses irão pautar-se, como o dos actuais, pelos interesses maiores regionais e partidários atirando para o lixo qualquer viabilidade de "ser" para o nosso concelho?
Deixe lá as rotundas e o seu mato, senhora, que com o betão todo que aí vem elas até serão o que nos vai restar de natureza para vislumbrar.
Até mais.
Mário da Silva
2.
Vão-se preparando.
Para Alhos Vedros é a "baixa da banheirização" no seu pior. Qualquer coisa como prédios desde o fim da Baixa da Banheira até à entrada da Moita.
Será que não há por aí um advogado que nos possa ajudar a meter uma Acção Popular e suspender a discussão até depois das eleições?
Motivos:
1. Falta de discussão séria por parte da população devido ao período de férias.
2. Falta de promoção do conteúdo do PDM - só estar disponível nas Juntas e CM durante o horário de expediente quando poderia e deveria estar dispoível via Internet.
3. Período eleitoral logo após o período de férias o que invalidaria uma discussão séria antes das eleições.
4. Impacto sobre o ambiente e sobre a qualidade de vida das populações
E ainda se conseguem arranjar mais alguns motivos com certeza dentro do espírito da Lei:
http://www.portolegal.com/ACCAOPOPULAR.htm;
http://www.diramb.gov.pt/data/basedoc/TXT_LN_6204_1_0001.htm;
http://www.diramb.gov.pt/data/basedoc/TXT_LN_4711_5_0001.htm#b0006
Se há coisa que o BE, que não está comprometido, pode fazer é avançar neste sentido. É inegável que a construção de mais 100.000 fogos no concelho -- de que a maior parte ficará em Alhos Vedros -- irá afectar seriamente e "com impacte relevante no ambiente ou nas condições económicas e sociais e da vida em geral das populações ou agregados populacionais" do nosso concelho.
Este é um Direito que nos assiste e que está consagrado na Constituição da República Portuguesa no seu Artigo 52º -- "Direito de petição e direito de acção popular".
Se nos acomodarmos agora não servirá de nada reclamar depois e vir para aqui e para outros sítios lamuriarmo-nos da nossa triste sorte.
Caro AV2, isto é que é o tipo de "acção directa" que podemos fazer a bem de Alhos Vedros e também do resto do Concelho.Obrigado pela atenção.
Já agora mais uma achega do artigo da CRP no seu nº 3:
Ler isto (http://216.239.59.104/search? q=c...isprudencia.htm) para perceberem o alcance da Lei em questão e da sua aplicabilidade.
Atenção! Não foi possível aceder sem ser via Google-cache.
Anonymous 2
1
Eu gostava de ouvir a sra. Eurídice a tomar uma posição séria contra a discussão apressada deste PDM em período estival e pré-eleitoral.
Sabendo alguns de nós -- ao que me parece -- o que lá vem, não seria mais sensato esperar pela eleição do próximo executivo para se discutir as coisas com alguma serenidade e se possível com a participação alargada da população?
Estará o PS à espera que o mesmo seja aprovado para depois -- e caso ganhe as eleições -- usar a normal desculpa esfarrapada da inevitabilidade?
Iremos estar perante a apresentação maravilhosa e em tempo recorde de inúmeros projectos urbanísticos para as áreas urbanizáveis -- que ainda deviam ser confidenciais -- para que se possa aprovar tudo antes das eleições?
Que o que se prepara é a suburbanização e dormitoriarização do Concelho da Moita aos interesses imobiliários que aí vêm com a construção da futura ponte e a sua subjugação ao crescimento do concelho do Barreiro?
Não a preocupa que no PEDEPES não exista 1 (UM) projecto estratégico para o concelho da Moita? Um único para TODO o concelho da Moita?
Que das Medidas Estruturantes não se vislumbre em que será beneficiado o Concelho?
Não tem amor pela sua terra, ou os seus interesses irão pautar-se, como o dos actuais, pelos interesses maiores regionais e partidários atirando para o lixo qualquer viabilidade de "ser" para o nosso concelho?
Deixe lá as rotundas e o seu mato, senhora, que com o betão todo que aí vem elas até serão o que nos vai restar de natureza para vislumbrar.
Até mais.
Mário da Silva
2.
Vão-se preparando.
Para Alhos Vedros é a "baixa da banheirização" no seu pior. Qualquer coisa como prédios desde o fim da Baixa da Banheira até à entrada da Moita.
Será que não há por aí um advogado que nos possa ajudar a meter uma Acção Popular e suspender a discussão até depois das eleições?
Motivos:
1. Falta de discussão séria por parte da população devido ao período de férias.
2. Falta de promoção do conteúdo do PDM - só estar disponível nas Juntas e CM durante o horário de expediente quando poderia e deveria estar dispoível via Internet.
3. Período eleitoral logo após o período de férias o que invalidaria uma discussão séria antes das eleições.
4. Impacto sobre o ambiente e sobre a qualidade de vida das populações
E ainda se conseguem arranjar mais alguns motivos com certeza dentro do espírito da Lei:
"Artigo 1º - nº 2. - Sem prejuízo do disposto no número anterior, são designadamente interesses protegidos pela presente lei a saúde pública, o ambiente, a qualidade de vida, a protecção do consumo de bens e serviços, o património cultural e o domínio público."
"Artigo 4º - nº 1. - A adopção de planos de desenvolvimento das actividades da Administração Pública, de planos de urbanismo, de planos directores de ordenamento do território e a decisão sobre a localização e a realização de obras públicas ou de outros investimentos públicos com impacte relevante no ambiente ou nas condições económicas e sociais e da vida em geral das populações ou agregados populacionais de certa área do território nacional devem ser precedidos, na fase de instrução dos respectivos procedimentos, da audição dos cidadãos interessados e das entidades defensoras dos interesses que possam vir a ser afectados por aqueles planos ou decisões."
http://www.portolegal.com/ACCAOPOPULAR.htm;
http://www.diramb.gov.pt/data/basedoc/TXT_LN_6204_1_0001.htm;
http://www.diramb.gov.pt/data/basedoc/TXT_LN_4711_5_0001.htm#b0006
Se há coisa que o BE, que não está comprometido, pode fazer é avançar neste sentido. É inegável que a construção de mais 100.000 fogos no concelho -- de que a maior parte ficará em Alhos Vedros -- irá afectar seriamente e "com impacte relevante no ambiente ou nas condições económicas e sociais e da vida em geral das populações ou agregados populacionais" do nosso concelho.
Este é um Direito que nos assiste e que está consagrado na Constituição da República Portuguesa no seu Artigo 52º -- "Direito de petição e direito de acção popular".
Se nos acomodarmos agora não servirá de nada reclamar depois e vir para aqui e para outros sítios lamuriarmo-nos da nossa triste sorte.
Caro AV2, isto é que é o tipo de "acção directa" que podemos fazer a bem de Alhos Vedros e também do resto do Concelho.Obrigado pela atenção.
Já agora mais uma achega do artigo da CRP no seu nº 3:
É conferido a todos, pessoalmente ou através de associações de defesa dos interesses em causa, o direito de acção popular nos casos e termos previstos na lei, incluindo o direito de requerer para o lesado ou lesados a correspondente indemnização, nomeadamente para:
a) Promover a prevenção, a cessação ou a perseguição judicial das infracções contra a saúde pública, os direitos dos consumidores, a qualidade de vida e a preservação do ambiente e do património cultural;Ler isto (http://216.239.59.104/search? q=c...isprudencia.htm) para perceberem o alcance da Lei em questão e da sua aplicabilidade.
Atenção! Não foi possível aceder sem ser via Google-cache.
Anonymous 2
Obras a concurso
O Conde de Alhos Vedros já noticiou o concurso para a remodelação do Moinho de Maré de Alhos Vedros, mas também nos chegou por mail do nosso leitor F.A. a referência quanto às obras cujos concursos estão actualmente a ser lançados pela CMM.
Gostava que compreendessem claramente a minha posição quanto ao que vou escrever: não estou contra estas obras, nenhuma delas, mais exactamente.
Só que sou obrigado a olhar para os seus custos e a comparar a diferença de nível de investimento que implicam.
A intervenção no Moinho de Maré, que se adivinha básica e sem qualquer enquadramento exterior no Largo do Descarregador, avulta em menos de 50.000 contos (+ o IVA do momento).
Em contrapartida o arranjo paisagístico do Parque da Moita orçará em quase 120.000 contos (+IVA) e o arranjo paisagístico da Marginal chega quase aos 250.000 contos (+IVA).
Minhas e meus caros conterrâneas(os) com mais conhecimentos das contas da CMM e mais paciência para as consultar, digam-me lá se em todo o último mandato do actual executivo, houve algo que se comparasse em matéria de investimento no embelezamento da nossa freguesia ? A requalificação da Praça da República ficou por pouco mais de 80.000 contos e foi equivalente à que fizeram na Moita.
Entretanto, para arranjar paisagisticamente a cabeça do concelho lá vão quase 400.000 contos só para dois locais.
Acrescente-se ainda que, no caso da Marginal, parte do trabalho passa pela destruição do embelezamento anterior que ainda não me parecia nada degradado e pela instalação de maravilhas da tecnologia como uma «fonte cibernética, com jactos verticais e jumping jet».
Se calhar, e afinal, a crise não toca a todos, pois embora tenha uma ampla zona ribeirinha, Alhos Vedros nem sequer tem uma Marginal para embelezar, e embora tenha um Parque (excêntrico à freguesia), nem dinheiro há para o limpar com regularidade.
Realmente, nada como tentar mostrar serviço á última da hora para ver se recuperam a JFM ao PS.
Por cá, contentemo-nos com os amendoins que vão caindo, mesmo com casca, da mesa dos ricos.
Gostava que compreendessem claramente a minha posição quanto ao que vou escrever: não estou contra estas obras, nenhuma delas, mais exactamente.
Só que sou obrigado a olhar para os seus custos e a comparar a diferença de nível de investimento que implicam.
A intervenção no Moinho de Maré, que se adivinha básica e sem qualquer enquadramento exterior no Largo do Descarregador, avulta em menos de 50.000 contos (+ o IVA do momento).
Em contrapartida o arranjo paisagístico do Parque da Moita orçará em quase 120.000 contos (+IVA) e o arranjo paisagístico da Marginal chega quase aos 250.000 contos (+IVA).
Minhas e meus caros conterrâneas(os) com mais conhecimentos das contas da CMM e mais paciência para as consultar, digam-me lá se em todo o último mandato do actual executivo, houve algo que se comparasse em matéria de investimento no embelezamento da nossa freguesia ? A requalificação da Praça da República ficou por pouco mais de 80.000 contos e foi equivalente à que fizeram na Moita.
Entretanto, para arranjar paisagisticamente a cabeça do concelho lá vão quase 400.000 contos só para dois locais.
Acrescente-se ainda que, no caso da Marginal, parte do trabalho passa pela destruição do embelezamento anterior que ainda não me parecia nada degradado e pela instalação de maravilhas da tecnologia como uma «fonte cibernética, com jactos verticais e jumping jet».
Se calhar, e afinal, a crise não toca a todos, pois embora tenha uma ampla zona ribeirinha, Alhos Vedros nem sequer tem uma Marginal para embelezar, e embora tenha um Parque (excêntrico à freguesia), nem dinheiro há para o limpar com regularidade.
Realmente, nada como tentar mostrar serviço á última da hora para ver se recuperam a JFM ao PS.
Por cá, contentemo-nos com os amendoins que vão caindo, mesmo com casca, da mesa dos ricos.
Destinatário errado
Só pode ser no gozo !!!
Recebo da Fundação Mário Soares e Publicações D. Quixote o convite para ir ao lançamento desta obra no próximo dia 27 de Junho, pelas 18.30, no Auditório da Fundação Mariana.
Mesmo com a promessa de que "no final da sessão será servido um Cocktail" só lá aparecia se extivesse mais transtornado do que o costume.
Se alguém quiser ir, diga que vai da minha parte.
quarta-feira, junho 22, 2005
Secção Traumas de Infância
Maria Elisa e José Nuno Martins (1975)
Minhas amigas e meus amigos,
É notório que sofro de qualquer distúrbio maior ou menor de personalidade, para aqui confessar em público que tenho vários traumas por resolver desde a minha infância.
Não vou aqui deter-me nas vezes em que me espetaram a nascente masculinidade com o alfinete-de-ama com que que nos "sixtes" se prendiam as fraldas de pano.
Nem irei mesmo efabular sobre a mórbida fixação que, pela mesma época, todas as parentes com mais de uns 50 anos tinham na investigação da minha genitalia. São dores que se sofrem e passam.
Claro que a perdigotagem entusiasmada que me lançaram algumas tias mais desdentadas e salivosas ficou tão marcada na minha suave tez infantil como na minha frágil alma, mas também não é isso que me traz a esta sessão de terapia.
A razão imediata foi a (re)descoberta de um site onde estão abrigadas todas as imagens e palavras da História dos Festivais RTP da Canção, evento iniciado no mesmo ano em que os meus progenitores decidiram chamar-me de Paris via uma cegonha de confiança da família.
Ora bem, desde que tive olhos e ouvidos para absorver a televisão até meados ou quase finais da minha adolescência, fui como os restantes milhões de portugueses, espectador assíduo, por força das circunstâncias e ausência de alternativas, do dito Festival.
Neste post irei apenas fazer uma breve introdução a esse flagelo nacional que ainda assola muitos lares em Portugal, mas que desde finais dos anos 60 até início dos anos 80 teve um impacto desmesurado na nossa sociedade e que, por tabela, quase destruiu muitas sensibilidades então em formação.
Tive a sorte de não assistir ao vivo à mítica Oração de António Calvário, mas já pude ver a Desfolhada da Simone e o Tordo em plena Tourada.
Já de si isso foi mau.
Mas os anos 70 trariam consigo momentos bem mais traumatizantes para alguém a desabrochar para o mundo (eu, é claro).
Fixemo-nos em 1975, ano revolucionário por excelência.
Para começar, e para cortar com a tradição da ditadura, só foram convidados artistas considerados dignos, e então temos imagens de gente como o Jorge Palma e o José Mário Branco a cantar no Festival da Canção, a par de um Carlos Cavalheiro e um Vitor Leitão que não faço a ideia qde quem fossem. A vitória foi para o tenente (capitão ?) Duarte Mendes que depois nos representou gloriosamente na Eurovisão, averbando uns revolucionários 16 pontos e um majestoso 16º lugar.
Para acabar, só entraram na votação os próprios autores das canções a concurso, interrompendo-se aquela mania de ouvir os representantes dos distritos.
À época, e por estranho que pareça, tudo nos pareceu quase normal.
Até o aspecto desgrenhado dos apresentadores (José Nuno Martins e Maria Elisa, na foto).
Mas o mais épico seriam as letras das cantigas a concurso que, repetimos, se destinavam a competir na Eurovisão.
Para não ir mais longe, fico-me pela letra da canção Alerta, da autoria do mítico GAC e interpretada por José Mário Branco. E depois digam-me que um tipo pode crescer sem perturbações graves:
PELO PÃO E PELA PAZ
E PELA NOSSA TERRA
PELA INDEPENDÊNCIA
E PELA LIBERDADE
ALERTA! ALERTA!
ÀS ARMAS! ÀS ARMAS!
ALERTA!
PELO PÃO QUE NOS ROUBA A BURGUESIA
QUE NOS EXPLORA NOS CAMPOS E NAS FÁBRICAS
OPERÁRIOS, CAMPONESES HÃO-DE UM DIA
ARREBATAR O PODER À BURGUESIA
ABAIXO A EXPLORAÇÃO!
PELO PÃO DE CADA DIA!
POIS CLARO!
SÓ TEREMOS A PAZ DEFINITIVA
QUANDO ACABAR A EXPLORAÇÃO CAPITALISTA
CAMARADAS SOLDADOS E MARINHEIROS
LUTEMOS JUNTOS PELA PAZ NO MUNDO INTEIRO
SOLDADOS AO LADO DO POVO!
PELA PAZ NUM MUNDO NOVO!
POIS CLARO!
(REFRÃO)
PELA TERRA QUE NOS ROUBA ESSA CANALHA
DOS MONOPÓLIOS E GRANDES PROPRIETÁRIOS
CAMPONESES, LUTEM P'LA REFORMA AGRÁRIA
P'RA DAR A TERRA ÀQUELE QUE A TRABALHA
REFORMA AGRÁRIA FAREMOS!
A TERRA A QUEM A TRABALHA!
POIS CLARO!
PELA INDEPENDÊNCIA NACIONAL
CONTRA O DOMÍNIO DAS GRANDES POTÊNCIAS
FORA O IMPERIALISMO INTERNACIONAL
QUE TEM NAS MÃOS METADE DE PORTUGAL
ABAIXO O IMPERIALISMO!
INDEPENDÊNCIA NACIONAL!
POIS CLARO!
(REFRÃO)
NÃO HÁ POVO QUE TENHA LIBERDADE
ENQUANTO HOUVER NA SUA TERRA EXPLORAÇÃO
LIBERDADE NÃO SE DÁ SÓ SE CONQUISTA
NÃO HÁ REFORMA BURGUESA QUE RESISTA
DEMOCRACIA POPULAR!
E DITADURA PROLETÁRIA!
POIS CLARO!
.
ÓIÉ !
(isto já sou eu a acrescentar)
AV1
Sugestão
Esta proposta de híbrido blog/jornal online (BlogReporters de sua graça) tem algumas potencialidades mas, no fundo, cheira-me a uma forma encapotada - desculpem lá o cinismo e o cepticismo - de criar de forma barata um jornal digital, formatado como a imprensa normal (vejam-se os quesitos para os coordenadores das secções), apenas apelando a alguma vaidade de quem queira ver em letra de forma (mesmo que digital) o seu trabalho.
Como convém, vai dar-se o benefício da dúvida e depois logo se vê se é justificada uma segunda opinião, de coração mais aberto.
Como convém, vai dar-se o benefício da dúvida e depois logo se vê se é justificada uma segunda opinião, de coração mais aberto.
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