domingo, outubro 30, 2005

Olhem que isto é sério !

Realmente, uma pessoa esforça-se, mas...
Estou mesmo preocupado com a questão da gripe das aves, ou gripe aviária como já lhe ouvi chamar.
O pessoal pensa - ah, pois, o tipo goza e tal... - mas NÃO !
O assunto é sério, muito sério.
É que Portugal como o conhecemos pode ficar transfigurado de um momento para o outro, se as galinhas, galinholas, patos e patolas, forem atacados e entregarem as penas ao criador.
Já viram como seria possível uma manhã sem uma tertúlia cor-de-rosa, mais os trinados do Cláudio Ramos ?
Ou mesmo sem um Manuel Luís Goucha, bronzeadíssimo do solário e com aqueles fatos à Roberto Leal ?
Ou as noites sem a Manuela Moura Guedes e a Júlia Pinheiro ?
Ou os fins de semana, sem o Herman e a sua troupe de palmípedes, desde a pata-choca da Vieira até à gansa Bola ?
E a imprensa ficaria reduzida a dois ou três jornais diários, o Expresso e os desportivos.
O que fazer a todas aspublicações que permitem lucros à Impala, à Edimpresa e a tantas outras agremiações do género ?
O que encheria a Caras, a Lux, a Vip, a Nova Gente, o 24 Horas, etc, etc...
O que faríamos sem - digamos - os problemas sentimentais da Elsa Raposo, Alexandra Lencastre ou mesmo uma Cinha Jardim ?
Quando ficaríamos a saber que uma Manuela Marle ou uma Sofia Sá da Bandeira estão prontas para amar de novo ?
Como saberíamos o que se passou na festa de aniversário de Carlos Castro, pois nem tal festa existiria ?
Já pensaram o que seria deste mundo sem um Duarte Siopa ou um João Rollo ou um Eduardo Beauté ? (não vale dizer que seria uma "beleza", o trocadilho é demasiado elementar, mesmo para moiteiros...)
E o Miguel de Sousa, nosso conterrâneo, onde faria as suas previsões oraculares ?
E como acompanharíamos os dilemas da Isabel Angelino, outra rapariga das nossas bandas ?
Ou que a Wanda Stuart arranjou macho reprodutor ?

Quais seriam os temas para os salões de cabeleireira ?
Existiriam ainda salões de cabeleireira nesse mundo do futuro ?
E que conversas de café, para além do futebol ?
E o que fazer ou de que falar nos transportes públicos, nas direcções-gerais, nas repartições, nos gabinetes ?
Meus amigos e minhas amigas, o problema é sério e acho que andam a vê-lo de uma forma demasiado leve, despreocupada.
É que a civilização, tal como a conhecemos, pode desaparecer de um momento para o outro.

AV1

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