Fui obrigado a notar, em virtude de mails de aviso à navegação, que existe um par de aparentes polémicas pelo Banheirense e pel'O Plano da Moita, em que algumas pessoas estimáveis com ideias diferentes das do poder moiteiro encaram um dos promotores ( dos que restam...) do conhecido, independente e muito apreciado blog da Baixa como alguém com quem é útil estabelecer debate e eventualmente ser frutífero encarar como rosto humano, acessível e impoluto até, para tentar abrir uma brecha no muro do autismo da Situação instalada no concelho.
Não sejamos ingénuos.
Eu já quase pensei isso mas rapidamente me desiludi devido à estratégia do feijão frade que é usada para apanhar as moscas na teia.
O interesse fundamental de alguns opinadores/técnicos/eleitos locais foi, desde o primeiro momento, neutralizar focos de contestação, através da sua identificação e detecção de eventuais interesses, assim como o de procurar saber até que ponto alguém sabe mais do que devia, o que sabe exactamente, como e com que objectivos pensa usar isso.
O AVP foi objecto desse tipo de investida mas como nenhum de nós diz em privado coisas diferentes do que assume em público - é a vantagem de ganharmos a vida sem necessidade de subserviências e disciplinas ou solidariedades para quem age de forma errada - a coisa já parou há muito tempo e as esperanças de um poder moiteiro ou amoitado de face humana não as temos.
Apesar de tudo, o velho poder moiteiro pós 25 de Abril tinha princípios que seguia, podiam ser princípios com os quais discordávamos, mas eram claros e evidentes e a prática batia certo com a teoria.
O menos velho e em especial o mais jovem poder moiteiro e amoitado que temos, da última década, década e meia, é uma coisa indistinta de qualquer outro poder autárquico suburbano, que pretende manter-se à tona por qualquer método, mesmo gritando a plenos pulmões uma coisa e fazendo outra.
E esse tipo de mediocridade ética e política reproduz-se com naturalidade nestes ambientes em que as perspectivas são escassas e as alternativas de carreira cómoda quase nulas.
Não nos enganemos, não há cá nenhum Gorbatchovzinho à espera do seu tempo para fazer uma perestroika.
Apenas há quem vá perdendo a alma a cada escrito que faz, a cada tramóia a que fecha os olhos, a cada vergonha que tapa em nome da solidariedade e da disciplina.
A lama moral e política, essa, vai-se agarrando e entranhando e depois é muito, mas muito difícil, lavá-la das mãos e dos actos.
Para usar expressões aprendidas no livro do Vítor Barros, há por aí quem precise de beber azeite ou então de levantar uma valente barrela à moda dos que estão para lá do Marão.
AV254
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8 comentários:
Atenção às possíveis conjugações da legislação já do vosso domínio com isto: http://www.dre.pt/pdf2sdip/2006/12/245088000/0004900075.pdf
Eu penso o mesmo, existem blogs na Baixa da Banheira muito esquisitos.
Ah, e deve ser por isso que o P.S. ganha as eleições legislativas aqui.
que argumento tão bem pensado
Este rapaz vai longe! Já tem um lugar cativo nos quadros da CMM, aogra que foram aprovados mais 15 lugares de técnicos superiores.
Depois é só concorrer... quem sabe a Presidente de Junta da Baixa da Banheira. Assim como assim, totó por totó...6 meses antes das eleições, transferem-no para a Câmara do Barreiro, por causa das incompatibilidades!
Fizeram o mesmo com o J.Faim e deu resultado.
O caminho já está traçado e só o próprio, por questões de imagem, finge que diz que coiso que não sabe e não vê.
Aliás, gostava de ser mosca para ver a fase da entrevista para o ligar.
Deve ser de chorar e pedir por mais.
O rapaz ainda é novo ainda pensa que é puro e deve ter lanchado duas vezes a uma dezena de metros do camarada Jerónimo por isso pensa que é um iluminado.
se calhar é daqueles que grita contra o roubo da Seguirança Social mas apoia que parte das reformas e salários pagos pelo estado vão parar ao cofre do partido. É transparência.
Volto a dizer que devem ter cuidado porque, apesar da CMM já não ter os préstimos sempre presentes do outro famoso Dr., ainda aparecem aí ameaças de denúncia à PJ, aos Tribunias, quiçá mesmo ao Vigilante.
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