quarta-feira, fevereiro 28, 2007

O Bloco Centro-Radical da Estabilidade

A estabilidade e as regras de boas maneiras à mesa da vida política chegaram em grande a todos os partidos, salvo uns franco-atiradores que funcionam quase isoladamente. Do Bloco ao CDS toda a gente pela estabilidade, responsabilidade e governabilidade, mesmo que isso se traduza, na prática, na vitória da instabilidade, irresponsabilidade e desgoverno.
É que em matéria autárquica descobre-se que toda a gente tem rabos de palha, porque se esqueceram de os disfarçar em tempos de maior escrutínio pelos cidadãos "anónimos".

  1. No Bloco, Louçã defende a permanência em funções da presidente da autarquia de Salvaterra de Magos ao arrepio de tudo o que disse, escreveu, proclamou e gritou aos quatro ventos sobre a matéria em relação a autarcas de outros partidos.
  2. No PC, varridos para o lado o caso de Setúbal antes que o IGAT fizesse mossa, até a situação em Lisboa não parece merecer eleições antecipadas. Pois claro, se o defendessem abertamente, depois caía-lhes em cima o Carmo e a Trindade em situações onde autarcas comunistas foram objecto de sucessão na continuidade, sem legitimação eleitoral.
  3. No PS, depois do caso Felgueiras ter salpicado muita gente que agora finge que não foi, e depois do desastre Carrilho, anda tudo com medo de se chegar à frente para pegar em candidaturas ou câmaras em tempo de vacas magras. Alguém imagina um Mega Ferreira numa CMM que não tenha dinheiro para contratar 300 assessoras jeitosas e fazer não sei quantos eventos cólturais e, pelo contrário, tenha problemas a sério para resolver?
  4. No PSD, a aliança ao alarve Jardim e a catástrofe em Lisboa desbarataram tudo o que tinha sido ganho em capital político com o afastamento de Isaltino e Valentim.
  5. No CDS... pensando bem, o CDS nem entra neste campeonato e entretém-se em tiro ao alvo interno. Por isso, quanto menos ondas por aí melhor, não vá o barco ao fundo de vez.

O resultado de tudo isto é uma União Nacional para lá de Socialista, mesmo Nacional e quase Sagrada em torno do pântano nacional, para o qual contribuem muitos pântanozinhos locais.
A Assembleia Municipal da Moita com o Faim preocupado com a casa do Tóino é apenas mais um.

1 comentário:

Anónimo disse...

O home esteve bem

Por uma vez desceu do céu à terra, ou seja da Câmra de Palmela à Moita e falou.

Apesar de ser Presidente da Junta nas horas vagas, o homem fala.

E fala e torna a falar.

por isso

OK? Nada de beliscar o home!