Os espanhóis do grupo "Prisa" que recentemente compraram a "Merdia Capital", vão para já acabar com os jornais "A Capital" e o "Comércio do Porto" (O mais antigo jornal de Portugal continental)
Esses títulos serão substituido por dois novos jornais; "La Capital de Portugal és Madrid" e pelo "Comércio com Espanha", este último tem o apoio do governo de Sócrates que a propósito declarou:
"Isto é que é uma forma positiva de nos relacionarmos mais com Espanha ao nível do Comércio.
A aposta do Inglês logo a partir do 1º Ciclo, será substituida pelo Castelhano, já a partir de 2006."
sábado, julho 30, 2005
sexta-feira, julho 29, 2005
quinta-feira, julho 28, 2005
OK, estou preparado...
... levo a pen-drive com umas pastas de imagens e uns textos iniciados e depois logo se vê onde é que se conseguirá catar um computador amigo com uma ligação à net acima do caracol.
De qualquer modo, não perdem por esperar...
De qualquer modo, não perdem por esperar...
Família Subúrbio, secção nuclear
A partir de hoje, a apresentação da família Subúrbio (falta o filho, o cão e um ou outro vizinho) continuará de forma mais irregular.
Por agora ficamos com a mãe Subúrbio, Maria dos Anjos de sua graça (era para ter sido Ana Isabel, mas os padrinhos eram muito católicos à data...) , uma das atracções da sua turma na Secundária da Moita tanto pela generosidade das formas como pela simplicidade das suas ideias.
Embora tenha conseguido escapar a uma gravidez adolescente à custa de muito engenho que aqui não interessa aprofundar, Maria dos Anjos casou com o Tó Manel, antigo colega que sempre a admirara à distância, acanhado pela concorrência dos seus (dela) pretendentes mais agressivos e espadaúdos.
Há uns anos M. Anjos conseguiu concretizar um dos seus sonhos de juventude ao tornar-se cabelerireira, na sequência de um curso de Formação Profissional feito após o despedimento colectivo das operárias de uma unidade têxtil da freguesia.
Politicamente vota onde o marido diz que deve votar, embora por vezes seja capaz de um desviozito às regras familiares, como este ano em que ainda acabou por votar no Santana Lopes, por achar que tem algumas parecenças com a Cinha Jardim.
Embora as duas maternidades não perdoem, também não a marcaram assim tanto que não continue a provocar um revoltear de olhos masculinos gulosos quando entra no café da esquina para os cafézinhos da manhã e da tarde, já que o da noite é em companhia do marido, ou quando passa por um dos imensos estaleiros em que se tornou o concelho neste período pré-eleitoral.
Sapatinho alto, calcinha justa e camisola generosa no contorno dos seios fazem dela uma quase quarentona ainda muito senhora das suas madeixas, que agora tenta fazer seguindo o modelo da candidata do PS.
AV1
Candidata da penúltima linha !
Depois de tanto esforço e esperneanço, só posso considerar uma desilusão e um desrespeito a posição para que o jornal Acção Socialista remeteu Eurídice Pereira no seu mosaico dos candidatos autárquicos socialistas.
Já não digo que EP seja uma candidata da primeira ou segunda linha do partido, que também não esperava tanto.
Agora remeterem-na para a penúltima linha (destaque nosso com marcador laranja, o único que tínhamos por aqui, nada de interpretações maldosas...) ? Para mais ao lado de Mesquita Machado ?
Não há direito.
Não há respeito.
É mal feito.
Então se o Emídio Xavier, depois de tanta burrada no Barreiro ainda vem na 5ª linha e a Maria Amélia Antunes, do Montijo, vem na 7ª linha, deixam a drª Eurídice para a penúltima linha ?
Ora toma, que é para aprendermos !
Queríamos o quê ?
AV1
(Nada de insinuações quanto ao facto de termos acesso a um exemplar do Acção Socialista, porque temos amigos em todos os quadrantes e, de qualquer modo, o AS e esta página podem perfeitamente consultar-se online, aqui mesmo).
Jornal da Moita - Secção de FC
Inesperadamente a Ficção Científica surge na página 15 do JMoita; ora vejamos como nascem dois promissores autores deste género literário:
Nota-se em ambos os autores um imaginário semelhante, desde o elogio dos candidatos ao elogio da obra da força partidária que representam.
A entrada no delírio onírico e de descolagem da realidade, típico de uma FC de tradição clássica com grandes vultos como Philip K. Dick, Isaac Asimov ou Philip Jose Farmer dá-se principalmente nas passagens destacadas a itálico, pois no caso de João Lobo se afirma que a vitória da CDU em 9 de Outubro será para bem da freguesia de AV (não sei bem o que os impediu nos últimos 30 anos, ou mesmo no anterior mandato), enquanto José Paleta, apesar de as primeiras eleições autárquicas só terem acontecido em 1976, afirmar que desde 1974 a CDU tem construído o desenvolvimento do concelho. É que nem a CDU existia nesses tempos (tivemos a FEPU, a APU antes disso), nem me parece que seja de elogiar um desenvolvimento que deixa o concelho da Moita no último lugar na maioria dos índices de desenvolvimento socio-económico numa região já de si deprimida como a Península de Setúbal.
Nota-se, portanto, nestas passagens, um esforço sincero, embora ainda ingénuo, de evasão da realidade e de construção de um universo paralelo utópico em que a construção de um novo espaço, uma nova sociedade e uma nova realidade são possíveis.
Parabéns, pois, a estes novos autores de uma área literária que em Portugal não tem muitos representantes e ao JM por lhes ter dado espaço para publicarem as suas primeiras tentativas.
AV1
«...todos os candidatos darão o seu melhor para que, pela convergência dos esforços de todos os que se identificam com as causas e os projectos que representamos, a CDU registe em 9 de Outubro o expressivo êxito eleitoral que merece, para bem desta freguesia e para bem de uma rota de desesenvolvimento, progresso e bem estar para o concelho.»
(João Lobo)
«...os candidatos que hoje apresentamos são herdeiros políticos e construtores da imensa obra da CDU que, desde o 25 de Abril de 1974, juntamente com a população, têm transformado e desenvolvido o concelho.»
(José Paleta)
Nota-se em ambos os autores um imaginário semelhante, desde o elogio dos candidatos ao elogio da obra da força partidária que representam.
A entrada no delírio onírico e de descolagem da realidade, típico de uma FC de tradição clássica com grandes vultos como Philip K. Dick, Isaac Asimov ou Philip Jose Farmer dá-se principalmente nas passagens destacadas a itálico, pois no caso de João Lobo se afirma que a vitória da CDU em 9 de Outubro será para bem da freguesia de AV (não sei bem o que os impediu nos últimos 30 anos, ou mesmo no anterior mandato), enquanto José Paleta, apesar de as primeiras eleições autárquicas só terem acontecido em 1976, afirmar que desde 1974 a CDU tem construído o desenvolvimento do concelho. É que nem a CDU existia nesses tempos (tivemos a FEPU, a APU antes disso), nem me parece que seja de elogiar um desenvolvimento que deixa o concelho da Moita no último lugar na maioria dos índices de desenvolvimento socio-económico numa região já de si deprimida como a Península de Setúbal.
Nota-se, portanto, nestas passagens, um esforço sincero, embora ainda ingénuo, de evasão da realidade e de construção de um universo paralelo utópico em que a construção de um novo espaço, uma nova sociedade e uma nova realidade são possíveis.
Parabéns, pois, a estes novos autores de uma área literária que em Portugal não tem muitos representantes e ao JM por lhes ter dado espaço para publicarem as suas primeiras tentativas.
AV1
Antes de fazer as malas...
... uma vista pelo último Jornal da Moita do período pré-férias (deles e minhas).
Na página de opinião, artigos de dois dos vários Vítores das listas do PS às autárquicas.
Correndo o risco de me acusarem de ser um socialista encapotado ou um amigo pessoal do Vítor Cabral, acho que o seu artigo apresenta aquela que devia ser a posição oficial do PS sobre o PDM, em especial no que se refere a Alhos Vedros. A sua visão é correcta sobre os efeitos do projecto na nossa freguesia e aponta algumas das evidentes debilidades da CMM para o defender.
Infelizmente, julgamos que esta opinião do VC não vai ser a que vingará caso o PS ganhe as eleições, porque a dupla dinâmica alternativa Eurídice/Hélder Pinhão representa a união dos interesses estratégicos da Moita e da Baixa da Banheira como pólos nucleares do concelho.
Por isso, meu caro VC, parabéns pelo texto, mas os meus lamentos quanto às possibilidades que eu entrevejo, no campo do próprio PS, para as fazer vingar.
AV1
Na página de opinião, artigos de dois dos vários Vítores das listas do PS às autárquicas.
Correndo o risco de me acusarem de ser um socialista encapotado ou um amigo pessoal do Vítor Cabral, acho que o seu artigo apresenta aquela que devia ser a posição oficial do PS sobre o PDM, em especial no que se refere a Alhos Vedros. A sua visão é correcta sobre os efeitos do projecto na nossa freguesia e aponta algumas das evidentes debilidades da CMM para o defender.
Infelizmente, julgamos que esta opinião do VC não vai ser a que vingará caso o PS ganhe as eleições, porque a dupla dinâmica alternativa Eurídice/Hélder Pinhão representa a união dos interesses estratégicos da Moita e da Baixa da Banheira como pólos nucleares do concelho.
Por isso, meu caro VC, parabéns pelo texto, mas os meus lamentos quanto às possibilidades que eu entrevejo, no campo do próprio PS, para as fazer vingar.
AV1
Estratégias...
Para quem pensa que na questão das Presidênciais, tudo está já resolvido, com a entrada em cena de Mário Soares, é porque não conhecem Mário Soares.
O grande senhor da politíca Portuguesa sabe bem o que faz e a altura exacta em que tem de ser feito.
Por vezes tem de se avançar, para as coisas começarem a mexer e em Portugal a estagnação politíca, social, económica e especialmente a falta de um desígnio que nos faça sentir a Pátria e o orgulho de sermos Portugueses, é que nos faz viver nesta apatia e nesta aparente placidez em que nos encontramos.
Ninguém da esfera política está disposto a fracturar esta República, porque estão acomodados e não querem perder os seus tachos, mas em contrapartida os Portugueses não se identificam com as soluções corporativas que os governos PSD e agora PS, nos querem impôr sem nos consultarem.
Para que os Portugueses se unam em Portugal, será necessário que os políticos trabalhem por Portugal e não para fazer com que os seus interesses pessoais e "Lobbys" vinguem.
Isso neste momento só se pode fazer com a União da Esquerda e com um desígnio Nacional que comprendamos.
As presidênciais são um mero aspecto formal dessas condicionantes.
Mário Soares avançou, porque neste PS, sem ideologia e sem sentido de Pátria a candidatura de Manuel Alegre é mal aceite pelo poder Socrático, avançou porque os actuais diregentes do PS apenas respeitam uma figura Paternal, não porque respeitem os ideais de Mário Soares, mas porque o temem.
Mário Soares abriu o caminho e depois do apoio entusiástico de Sócrates e Vitorino à sua candidatura, esses dirigentes já não podem contestar nem voltar atrás na sua ideia de União da Esquerda.
O rumo do PS vai ter de mudar para a esquerda, porque cairam que nem patinhos na armadilha que Soares lhes montou e agora sabemos que são facilmente pressionáveis, quando sintem o MEDO de perder o poder !
Tudo está em aberto como se pode ver na réplica que Manuel Alegre ao DN de ontem:
"Lamento que, depois da cordial conversa telefónica que tivemos e na qual reiterei a posição anteriormente assumida no jornal Público, o DN tenha publicado a meu respeito especulações que categóricamente desminto, porque não têm nenhum fundamento.
Nenhuma pressão encomendada condicionará aquilo que só eu livremente entendo dever fazer.
Afirmo mais uma vez que ninguém está autorizado a falar por mim."
Manuel Pedro
O grande senhor da politíca Portuguesa sabe bem o que faz e a altura exacta em que tem de ser feito.
Por vezes tem de se avançar, para as coisas começarem a mexer e em Portugal a estagnação politíca, social, económica e especialmente a falta de um desígnio que nos faça sentir a Pátria e o orgulho de sermos Portugueses, é que nos faz viver nesta apatia e nesta aparente placidez em que nos encontramos.
Ninguém da esfera política está disposto a fracturar esta República, porque estão acomodados e não querem perder os seus tachos, mas em contrapartida os Portugueses não se identificam com as soluções corporativas que os governos PSD e agora PS, nos querem impôr sem nos consultarem.
Para que os Portugueses se unam em Portugal, será necessário que os políticos trabalhem por Portugal e não para fazer com que os seus interesses pessoais e "Lobbys" vinguem.
Isso neste momento só se pode fazer com a União da Esquerda e com um desígnio Nacional que comprendamos.
As presidênciais são um mero aspecto formal dessas condicionantes.
Mário Soares avançou, porque neste PS, sem ideologia e sem sentido de Pátria a candidatura de Manuel Alegre é mal aceite pelo poder Socrático, avançou porque os actuais diregentes do PS apenas respeitam uma figura Paternal, não porque respeitem os ideais de Mário Soares, mas porque o temem.
Mário Soares abriu o caminho e depois do apoio entusiástico de Sócrates e Vitorino à sua candidatura, esses dirigentes já não podem contestar nem voltar atrás na sua ideia de União da Esquerda.
O rumo do PS vai ter de mudar para a esquerda, porque cairam que nem patinhos na armadilha que Soares lhes montou e agora sabemos que são facilmente pressionáveis, quando sintem o MEDO de perder o poder !
Tudo está em aberto como se pode ver na réplica que Manuel Alegre ao DN de ontem:
"Lamento que, depois da cordial conversa telefónica que tivemos e na qual reiterei a posição anteriormente assumida no jornal Público, o DN tenha publicado a meu respeito especulações que categóricamente desminto, porque não têm nenhum fundamento.
Nenhuma pressão encomendada condicionará aquilo que só eu livremente entendo dever fazer.
Afirmo mais uma vez que ninguém está autorizado a falar por mim."
Manuel Pedro
quarta-feira, julho 27, 2005
Sugestão...
... para uma visitinha ao site de Ricky Gervais, o mirabolante e confrangedor protagonista da série The Office.
Realmente só na Inglaterra se produzem tipos destes, não desfazendo dos nossos Gatos e etc.
Para quem tiver gostos mais clássicos, tem sempre a hipótese de visitar Rowan Atkinson, o criador do tantas vezes repassado na RTP, Mr. Bean.
Vejam por mim...
... porque não vou estar por cá para ver e para onde vou não deve aparecer.
É o novo filme do Michael Winterbottom, realizador do medianamente interessante 24 Hour Party People sobre a ascensão e queda da Factory, onde nasceram os Joy Divison, os Cabaret Voltaire, o Vinny Reilly, os New Order e os Happy Mondays.
É de novo um filme feito sobre música(s), sexo, drogas e roquerole e com um elenco de luxo em matéria de banda sonora.
E ficam aqui com os três cartazes promocionais que circulam pela Europa.
Família Subúrbio, secção sénior
Tal como a sua esposa Emerenciana, também encontrámos o avô Joaquim Subúrbio no areal da Costa, onde dá alegremente largas à divulgação das suas opiniões por toda a gente que o queira ouvir. Desde que se reformou da CUF há cerca de 15 anos que culpa todos os governos de serem de direita e contra os operários e os trabalhadores.
Adepto ferrenho do Benfica, desde o tempo em que tudo servia para se ser encarnado, vive em euforia desde a conquista do presente campeonato, comprando A Bola todos os dias para beber as linhas que sejam dedicadas ao seu Glorioso. Domingo passado, apesar da alergia que tem àquele mariconço do Herman, viu religiosamente o seu programa porque tinha o Luís Filipe Vieira como convidado, tendo proibido terminantemente que qualquer mulher da família mudasse de canal para a TVI, mesmo nos intervalos.
Quanto a políticas, é do PCP faça chuva ou faça sol, tendo a morte de Álvaro Cunhal sido como a morte de um segundo pai. Remoçado com a subida do camarada Jerónimo à liderança comunista, o sr. Joaquim apenas aponta a Carvalhas o ser demasiado "mole" e falar um bocadinho "achim".
Quanto à Câmara da Moita, chega-lhe saber que há uma lista da CDU para saber onde vai votar, embora diga que há muitos desconhecidos e oportunistas no partido que não sabem o que é ter vivido antes do 25 de Abril e lutado contra o Fascismo, assim com F grande.
AV1
Adepto ferrenho do Benfica, desde o tempo em que tudo servia para se ser encarnado, vive em euforia desde a conquista do presente campeonato, comprando A Bola todos os dias para beber as linhas que sejam dedicadas ao seu Glorioso. Domingo passado, apesar da alergia que tem àquele mariconço do Herman, viu religiosamente o seu programa porque tinha o Luís Filipe Vieira como convidado, tendo proibido terminantemente que qualquer mulher da família mudasse de canal para a TVI, mesmo nos intervalos.
Quanto a políticas, é do PCP faça chuva ou faça sol, tendo a morte de Álvaro Cunhal sido como a morte de um segundo pai. Remoçado com a subida do camarada Jerónimo à liderança comunista, o sr. Joaquim apenas aponta a Carvalhas o ser demasiado "mole" e falar um bocadinho "achim".
Quanto à Câmara da Moita, chega-lhe saber que há uma lista da CDU para saber onde vai votar, embora diga que há muitos desconhecidos e oportunistas no partido que não sabem o que é ter vivido antes do 25 de Abril e lutado contra o Fascismo, assim com F grande.
AV1
Galeria das Embirrações - As Falsas Cascatas
Eu já sei que ando cansado e a precisar de férias.
Pois, pois, pois, pois...
Mas para a preparação das ditas é-me necessário ir a grandes espaços comerciais, em virtude de todo o tipo de lojas e lojecas que por lá há.
É verdade que já por natureza não sou grande fã desse tipo de espaços: demasiada gente, demasiado movimento, demasiado barulho, demasiada luz, demasiado estímulo ao assalto à conta bancária.
Mas os promotores destes espaços, prevenindo o stress do consumidor ansioso, pensaram em zonas que eles consideraram relaxantes para o pessoal.
E vai de fazer umas cascatas artificiais no meio ou nos extremos dos grandes centros comerciais, como estratégia para - de acordo com o que leram em algum barato livro de ideologia new age - acalmar os espíritos com o som da água corrente.
Eu não sei qual é a vossa opinião mas, no meu caso, até conheço o som de cascatas naturais e não tem nada a ver com aquelas enxurradas de água em espaços fechados, onde o som não consegue subir e revolteia e volta a entrar-nos pelos timpanos dentro.
Se a ideia era relaxar, a mim aquilo só me consegue irritar.
Como consequência, no Fórum Almada, é inútil convencerem-me a ir, por exemplo, ao Toys'R'Us. No Montijo, é um martírio entrar ou passar pelo topo poente. No Colombo, existe uma zona onde também só passo em último caso.
Será que, sinceramente, sou só eu que acho que aquele tipo de natureza artificial é demasiado artificial e que aquele som, mais do que agradável, suave e relaxante, apenas um ruído repetitivo e chato ?
Ou será que apenas estou mesmo a precisar de ir ouvir cascatas das verdadeiras ?
AV1
Pois, pois, pois, pois...
Mas para a preparação das ditas é-me necessário ir a grandes espaços comerciais, em virtude de todo o tipo de lojas e lojecas que por lá há.
É verdade que já por natureza não sou grande fã desse tipo de espaços: demasiada gente, demasiado movimento, demasiado barulho, demasiada luz, demasiado estímulo ao assalto à conta bancária.
Mas os promotores destes espaços, prevenindo o stress do consumidor ansioso, pensaram em zonas que eles consideraram relaxantes para o pessoal.
E vai de fazer umas cascatas artificiais no meio ou nos extremos dos grandes centros comerciais, como estratégia para - de acordo com o que leram em algum barato livro de ideologia new age - acalmar os espíritos com o som da água corrente.
Eu não sei qual é a vossa opinião mas, no meu caso, até conheço o som de cascatas naturais e não tem nada a ver com aquelas enxurradas de água em espaços fechados, onde o som não consegue subir e revolteia e volta a entrar-nos pelos timpanos dentro.
Se a ideia era relaxar, a mim aquilo só me consegue irritar.
Como consequência, no Fórum Almada, é inútil convencerem-me a ir, por exemplo, ao Toys'R'Us. No Montijo, é um martírio entrar ou passar pelo topo poente. No Colombo, existe uma zona onde também só passo em último caso.
Será que, sinceramente, sou só eu que acho que aquele tipo de natureza artificial é demasiado artificial e que aquele som, mais do que agradável, suave e relaxante, apenas um ruído repetitivo e chato ?
Ou será que apenas estou mesmo a precisar de ir ouvir cascatas das verdadeiras ?
AV1
Saiu-lhes a a aproximação...
Do Público:
Aumento dos impedimentos e condições mais apertadas para poder dar explicações
Ministério da Educação vai definir novos limites à acumulação dos professores
Tenho muitos amigos e até familiares na classe docente.
É o maior grupo qualificado ao serviço do Estado e, talvez por isso, seja um alvo fácil de acertar quando se trata de escolher uma vítima para apertar. Apesar da dimensão da classe é, entre as chamadas profissões liberais (a que certamente vai deixar de pertencer se é que já pertencia), a mais vulnerável e a pior defendida por associações de classe, pois não tem uma Ordem, embora tenha uma míriade de sindicatos, cada qual mais ineficaz e desligado da realidade do que o outro, com dirigentes claramente fechados sobre si mesmos e os seus rituais (Fenprof incluída).
Durante anos em que o papel do Docente foi minado por dentro, sendo-lhe retirada a Autoridade do Mestre que transmite o Conhecimento, em nome de teoria pseudo-pedagógicas colhidas ao sabor das ondas, agora o ataque frontal é contra as condições materiais do exercício das suas funções, seja pelo desrespeito óbvio do seu Estatuto, seja pelos entraves ao exercício de actividades profissionais complementares.
Primeiro o ataque ao prestígio cultural e social da sua função, agora às condições materiais do seu exercício.
Se situações como as acumulações de horários em dois estabelecimentos públicos (diurno regular+recorrente nocturno) ou um público e outro privado (com muita coisa a passar à margem da própria lei), assim como o fenómeno/negócio das explicações em "circuito fechado", eram claramente reprováveis e abusivas, outras como a possibilidade do Docente desempenhar funções junto de Editoras (ao nível da assessoria e aconselhamento científico, sendo mais discutível o papel de promotores) ou outras instituições do sector são perfeitamente legítimas.
Só falta que agora um professor não possa ter actividade remunerada de autor, de manuais ou outros, ou de investigação.
Sendo a profissão docente, em especial no sector público, o recanto de muita gente sem outras hipóteses profissionais, agora os poucos que as têm vão começar a ter de pensar bem e fazer opções.
Pelos vistos, voltamos à ideologia salazarista do "profesor missionário", só que agora é pobre como os missionários, mas falta-lhe o prestígio da sua missão.
Volta David Justino, que estás perdoado, pois isto não farias.
Parabéns amigos(as) professores(as) que tão acaloradamente defenderam a opção Sócrates.
E foram muitos.
Eis a vossa recompensa.
AV1
(Agora gostaria de ver igual vigor no Min. Saúde perante as acumulações dos médicos, ou no das Obras Públicas perante as dos engenheiros e arquitectos ou no da Justiça perante as dos advogados, e por aí abaixo... pois... é difícil... esses grupos têm uma estrutura de classe que os defende eficazmente...)
Aumento dos impedimentos e condições mais apertadas para poder dar explicações
Ministério da Educação vai definir novos limites à acumulação dos professores
Tenho muitos amigos e até familiares na classe docente.
É o maior grupo qualificado ao serviço do Estado e, talvez por isso, seja um alvo fácil de acertar quando se trata de escolher uma vítima para apertar. Apesar da dimensão da classe é, entre as chamadas profissões liberais (a que certamente vai deixar de pertencer se é que já pertencia), a mais vulnerável e a pior defendida por associações de classe, pois não tem uma Ordem, embora tenha uma míriade de sindicatos, cada qual mais ineficaz e desligado da realidade do que o outro, com dirigentes claramente fechados sobre si mesmos e os seus rituais (Fenprof incluída).
Durante anos em que o papel do Docente foi minado por dentro, sendo-lhe retirada a Autoridade do Mestre que transmite o Conhecimento, em nome de teoria pseudo-pedagógicas colhidas ao sabor das ondas, agora o ataque frontal é contra as condições materiais do exercício das suas funções, seja pelo desrespeito óbvio do seu Estatuto, seja pelos entraves ao exercício de actividades profissionais complementares.
Primeiro o ataque ao prestígio cultural e social da sua função, agora às condições materiais do seu exercício.
Se situações como as acumulações de horários em dois estabelecimentos públicos (diurno regular+recorrente nocturno) ou um público e outro privado (com muita coisa a passar à margem da própria lei), assim como o fenómeno/negócio das explicações em "circuito fechado", eram claramente reprováveis e abusivas, outras como a possibilidade do Docente desempenhar funções junto de Editoras (ao nível da assessoria e aconselhamento científico, sendo mais discutível o papel de promotores) ou outras instituições do sector são perfeitamente legítimas.
Só falta que agora um professor não possa ter actividade remunerada de autor, de manuais ou outros, ou de investigação.
Sendo a profissão docente, em especial no sector público, o recanto de muita gente sem outras hipóteses profissionais, agora os poucos que as têm vão começar a ter de pensar bem e fazer opções.
Pelos vistos, voltamos à ideologia salazarista do "profesor missionário", só que agora é pobre como os missionários, mas falta-lhe o prestígio da sua missão.
Volta David Justino, que estás perdoado, pois isto não farias.
Parabéns amigos(as) professores(as) que tão acaloradamente defenderam a opção Sócrates.
E foram muitos.
Eis a vossa recompensa.
AV1
(Agora gostaria de ver igual vigor no Min. Saúde perante as acumulações dos médicos, ou no das Obras Públicas perante as dos engenheiros e arquitectos ou no da Justiça perante as dos advogados, e por aí abaixo... pois... é difícil... esses grupos têm uma estrutura de classe que os defende eficazmente...)
terça-feira, julho 26, 2005
Mário Soares vai unir a esquerda...
Pensamento da noite
«Politicamente falando, o snobe, além de também ser um enigma, revela-se muito inventivo. As suas opiniões na matéria representam uma amálgama de ideias ultra-reaccionárias (certos snobes adoram ditaduras) e de opiniões populares e democráticas (embora estas últimas permaneçam muito moderadas e essencialmente filosóficas, já que, como é óbvio, as manifestações de massas o fazem fugir a sete pés !).»
(Antonius Moonen, Pequeno Breviário do Snobismo, Lisboa, 2002, p. 61)
Snobices da treta...
Há coisa de uma hora vi, de relance, um debate de 1995 do programa Dinheiro em Caixa sobre a venda dos livros em hipermercados.
Então ainda campeava aquela atitude de certa superioridade snobeira de alguns editores e escritores que torciam o nariz á venda de livros nas grandes superfícies, como se as livrarias fossem uns santuários de onde se estivessem a retirar à força as imagens dos santos para melhor as mostrar ao povinho.
Nelson de Matos, então ainda o grande chefão da Dom Quixote exibia aquela típica snobeira de esquerda, desconfiada com a mercantilização do livro e defensora (teória, meus amigos, teórica, que o dinheirinho em caixa é que interessa) da livraria como local apropriado para o consumo livreiro. A reboque, a escritora Lídia Jorge também se conseguiu achar meio chocada com a forma como os livros são vendidos nos hipers e, por ela, também o local certo par vender livros são as livrarias.
Se calhar hoje já não diriam o que disseram então, porque só quem seja muito burro não muda de opinião num caso como este.
Sendo eu um fã e assíduo frequentador durante muito tempo (anos 80 e 90) de algumas boas livrarias de Lisboa (Portugal, Ferin, Sá da Costa, Bertrand, Buchholz, 11, Universitária), onde deixei boa quantidade do meu dinheiro de então, só posso achar de uma asnice sem nome querer negar às grandes superfícies a capacidade de multiplicar vendas e leitores em virtude da acessibilidade que permitem do consumidor ao livro.
A acusação de não serem estabelecimentos especializados e de não apresentarem fundos de colecção só significa que, afinal, as boas livrarias foram tendo um nicho interessante a explorar, só que nem sempre estiveram para se adptar aos novos tempos.
Por mim, tanto me faz se compro um livro na FNAC, no Continente, na Bertrand, na Bulhosa ou na Livraria Lácio. Só por acaso, ontem adquiri o livrinho da imagem ao lado, que irá ser parte da minha biblioteca de férias.
Na Feira do Livro do Carrefour do Montijo, custou-me 4,99, preço em selo de promoção da própria editora (reparar neste detalhe, de acordo com o autor, impede-me de ser considerado um verdadeiro snob).
Em que livraria tradicional do concelho da Moita, Montijo ou Barreiro (para não alargar mais o espaço até Palmela, Alcochete ou Seixal) conseguiria tal achado ?
AV1
Então ainda campeava aquela atitude de certa superioridade snobeira de alguns editores e escritores que torciam o nariz á venda de livros nas grandes superfícies, como se as livrarias fossem uns santuários de onde se estivessem a retirar à força as imagens dos santos para melhor as mostrar ao povinho.
Nelson de Matos, então ainda o grande chefão da Dom Quixote exibia aquela típica snobeira de esquerda, desconfiada com a mercantilização do livro e defensora (teória, meus amigos, teórica, que o dinheirinho em caixa é que interessa) da livraria como local apropriado para o consumo livreiro. A reboque, a escritora Lídia Jorge também se conseguiu achar meio chocada com a forma como os livros são vendidos nos hipers e, por ela, também o local certo par vender livros são as livrarias.
Se calhar hoje já não diriam o que disseram então, porque só quem seja muito burro não muda de opinião num caso como este.
Sendo eu um fã e assíduo frequentador durante muito tempo (anos 80 e 90) de algumas boas livrarias de Lisboa (Portugal, Ferin, Sá da Costa, Bertrand, Buchholz, 11, Universitária), onde deixei boa quantidade do meu dinheiro de então, só posso achar de uma asnice sem nome querer negar às grandes superfícies a capacidade de multiplicar vendas e leitores em virtude da acessibilidade que permitem do consumidor ao livro.
A acusação de não serem estabelecimentos especializados e de não apresentarem fundos de colecção só significa que, afinal, as boas livrarias foram tendo um nicho interessante a explorar, só que nem sempre estiveram para se adptar aos novos tempos.
Por mim, tanto me faz se compro um livro na FNAC, no Continente, na Bertrand, na Bulhosa ou na Livraria Lácio. Só por acaso, ontem adquiri o livrinho da imagem ao lado, que irá ser parte da minha biblioteca de férias.
Na Feira do Livro do Carrefour do Montijo, custou-me 4,99, preço em selo de promoção da própria editora (reparar neste detalhe, de acordo com o autor, impede-me de ser considerado um verdadeiro snob).
Em que livraria tradicional do concelho da Moita, Montijo ou Barreiro (para não alargar mais o espaço até Palmela, Alcochete ou Seixal) conseguiria tal achado ?
AV1
Um Soares Alegre
Conforme prometido... eis o que é devido.
Com efeito, esta que não chega a ser uma disputa de velhos compadres pela candidatura presidencial do PS deixa-me especialmente divertido do topo à base.
No topo, porque assim se vê que as candidaturas nos dias de hoje não são meros actos volitivos de um cidadão que avança, pela tempestade afora, sem antes ter preparado o terreno e discutido com as estruturas partidárias de que se espera o apoio. Quem vai e quando é o resultado daqueles intrincados e maquiavélicos jogos de bastidores em que só o mais distraído é apanhado desprevenido.
Ainda no topo, porque se viu como as eminências pardas do actual PS (Vitorino e Coelho) fizeram os possíveis por, ao mesmo tempo, se resguardar pessoalmente, deixar um ex-adversário interno ainda pior visto do que antes e jogar uma cartada de poker de alto risco, apostando num ás contra um ás. Ou seja, lançando Soares, todos os cenários ficam prevenidos. Ninguém os pode acusar de não ter jogado forte e ter apostado tudo e, em caso de vitória, são uns génios, enquanto em caso de derrota será fácil achar álibis para o insucesso.
Ainda no topo, e é talvez a nota menos festiva, é penosamente divertida a figura que Manuel Alegre foi deixando que fizessem dele, não resistindo à vaidade de se sentir necessário, como contraponto à figura mais manhosa e calculista de Soares, também movido pela vaidade, mas neste caso de fazer História caso consiga um terceiro mandato.
Divirto-me com as bases do PS neste processo, porque não percebo a sua clivagem entre Alegre e Soares e os desamores que um e outro provocam em muitos socialistas, militantes ou meros simpatizantes.
Afinal, Alegre e Soares fizeram um percurso quase sempre em consonância nas últimas décadas, estando juntos em quase todas as lutas, com o recente desvio de Soares ter apoiado por força das circunstâncias os anseios do filho João à Presidência do PS em concorrência com Alegre.
Mesmo nos tempos que correm, Alegre e Soares ocupam substancialmente o mesmo espaço político, desde que Soares redescobriu as suas origens de esquerda e decidiu aparecer em tudo o que é iniciativa onde qualquer dirigente do PC ou do Bloco se sentem igualmente à vontade.
Acenar com Alegre como um papão todo virado à esquerda é esquecer tudo o que Soares tem feito nos últimos anos, quer em termos de opinião sobre política internacional (incluindo as suas teses sobre o terrorismo internacional e o papel dos EUA no Mundo), quer em termos de defesa de políticas internas de cariz mais social.
Acenar com Soares como sendo alguém fora de prazo, já velho para o cargo e sem ideias novas é esquecer que Manuel Alegre é o representante, no PS actual, desse mesmo ideário socialista tido como algo anacrónico pelos detractores (internos e externos) que quase todas as estruturas do partido recusaram recentemente.
Por isso, se é verdade que eleger Alegre ou Soares não é exactamente o mesmo, também é verdade que não é muito diferente.
Qualquer deles tem a possibilidade de, para evitar segundas voltas ou uma derrota logo na primeira por quase de um divisionismo na esquerda, congregar o apoio natural do PS até ao Bloco na luta contra Cavaco Silva 8a ser esse o candidato que se espera).
Qualquer deles vai tender a fazer Sócrates inclinar-se menos para o centro político.
Qualquer deles tem um perfil (e uma história pessoal) de protagonista activo e opinante por onde passa.
Por isso, sinceramente, não percebo porque os socialistas rosa-desmaiados se atemorizam com Alegre, tanto como não entendo como os rosas-avermelhados se torcem com Soares.
Eu cá por mim fazia-os decidir a coisa, entre amigos, num jogo de bisca lambida.
Quem ganhasse seguia em frente, com o apoio claro do outro.
E o resto são minudências infelizes com os nomes de Vitorino e Coelho, figuras segundas trazidas de Macau para a ribalta mas mais movidas, respectivamente, pela ganância pessoal ou pelo gosto da manobra política do que pelo serviço da causa pública e, por inerência, do seu país.
AV1
Com efeito, esta que não chega a ser uma disputa de velhos compadres pela candidatura presidencial do PS deixa-me especialmente divertido do topo à base.
No topo, porque assim se vê que as candidaturas nos dias de hoje não são meros actos volitivos de um cidadão que avança, pela tempestade afora, sem antes ter preparado o terreno e discutido com as estruturas partidárias de que se espera o apoio. Quem vai e quando é o resultado daqueles intrincados e maquiavélicos jogos de bastidores em que só o mais distraído é apanhado desprevenido.
Ainda no topo, porque se viu como as eminências pardas do actual PS (Vitorino e Coelho) fizeram os possíveis por, ao mesmo tempo, se resguardar pessoalmente, deixar um ex-adversário interno ainda pior visto do que antes e jogar uma cartada de poker de alto risco, apostando num ás contra um ás. Ou seja, lançando Soares, todos os cenários ficam prevenidos. Ninguém os pode acusar de não ter jogado forte e ter apostado tudo e, em caso de vitória, são uns génios, enquanto em caso de derrota será fácil achar álibis para o insucesso.
Ainda no topo, e é talvez a nota menos festiva, é penosamente divertida a figura que Manuel Alegre foi deixando que fizessem dele, não resistindo à vaidade de se sentir necessário, como contraponto à figura mais manhosa e calculista de Soares, também movido pela vaidade, mas neste caso de fazer História caso consiga um terceiro mandato.
Divirto-me com as bases do PS neste processo, porque não percebo a sua clivagem entre Alegre e Soares e os desamores que um e outro provocam em muitos socialistas, militantes ou meros simpatizantes.
Afinal, Alegre e Soares fizeram um percurso quase sempre em consonância nas últimas décadas, estando juntos em quase todas as lutas, com o recente desvio de Soares ter apoiado por força das circunstâncias os anseios do filho João à Presidência do PS em concorrência com Alegre.
Mesmo nos tempos que correm, Alegre e Soares ocupam substancialmente o mesmo espaço político, desde que Soares redescobriu as suas origens de esquerda e decidiu aparecer em tudo o que é iniciativa onde qualquer dirigente do PC ou do Bloco se sentem igualmente à vontade.
Acenar com Alegre como um papão todo virado à esquerda é esquecer tudo o que Soares tem feito nos últimos anos, quer em termos de opinião sobre política internacional (incluindo as suas teses sobre o terrorismo internacional e o papel dos EUA no Mundo), quer em termos de defesa de políticas internas de cariz mais social.
Acenar com Soares como sendo alguém fora de prazo, já velho para o cargo e sem ideias novas é esquecer que Manuel Alegre é o representante, no PS actual, desse mesmo ideário socialista tido como algo anacrónico pelos detractores (internos e externos) que quase todas as estruturas do partido recusaram recentemente.
Por isso, se é verdade que eleger Alegre ou Soares não é exactamente o mesmo, também é verdade que não é muito diferente.
Qualquer deles tem a possibilidade de, para evitar segundas voltas ou uma derrota logo na primeira por quase de um divisionismo na esquerda, congregar o apoio natural do PS até ao Bloco na luta contra Cavaco Silva 8a ser esse o candidato que se espera).
Qualquer deles vai tender a fazer Sócrates inclinar-se menos para o centro político.
Qualquer deles tem um perfil (e uma história pessoal) de protagonista activo e opinante por onde passa.
Por isso, sinceramente, não percebo porque os socialistas rosa-desmaiados se atemorizam com Alegre, tanto como não entendo como os rosas-avermelhados se torcem com Soares.
Eu cá por mim fazia-os decidir a coisa, entre amigos, num jogo de bisca lambida.
Quem ganhasse seguia em frente, com o apoio claro do outro.
E o resto são minudências infelizes com os nomes de Vitorino e Coelho, figuras segundas trazidas de Macau para a ribalta mas mais movidas, respectivamente, pela ganância pessoal ou pelo gosto da manobra política do que pelo serviço da causa pública e, por inerência, do seu país.
AV1
Músicas de outros Verões
Foi você que pediu um candidato do PS ?
Nos últimos dias tive conversas acaloradas com dois amigos meus próximos do PS, um militante de base e um independente que já ocupou cargos de algum relevo na estrutura político-administrativa do Estado.
O primeiro encontra-se horrorizado com a eventualidade de Mário Soares ser o candidato presidencial apoiado pelo PS.
O segundo encontra-se apavorado só com a possibilidade de Manuel Alegre ser o candidato presidencial apoiado pelo PS (hipótese agora mais remota, pois a conversa foi no Domingo à noite).
Alegremente e num espírito de ser do "contra" discordei abundantemente dos dois, ao ponto de os deixar nas margens da irritação.
Mais logo, quando tiver um tempinho, explico porquê... e, já agora, porque abomino grande parte das "personalidades com peso político no PS" e porque me deverei abster nas Presidenciais (para já são no Inverno e deve estar mau tempo...).
AV1
O primeiro encontra-se horrorizado com a eventualidade de Mário Soares ser o candidato presidencial apoiado pelo PS.
O segundo encontra-se apavorado só com a possibilidade de Manuel Alegre ser o candidato presidencial apoiado pelo PS (hipótese agora mais remota, pois a conversa foi no Domingo à noite).
Alegremente e num espírito de ser do "contra" discordei abundantemente dos dois, ao ponto de os deixar nas margens da irritação.
Mais logo, quando tiver um tempinho, explico porquê... e, já agora, porque abomino grande parte das "personalidades com peso político no PS" e porque me deverei abster nas Presidenciais (para já são no Inverno e deve estar mau tempo...).
AV1
Família Subúrbio, secção júnior
Hoje apresentamos Vanessa Cristina Subúrbio, a jovem adolescente (14 anos) contestatária da família, eleitora potencial do Bloco de Esquerda se tivesse idade para votar.
Hesita entre um visual neo-punk e a natural tentação gótica, com umas pitadas dread.
É ela que coloca à prova a proclamada tolerância dos pais que cresceram nos anos do pós 25 de Abril de uma forma que gostam de apresentar como libertária e livre de preconceitos.
As discussões em matéria de comportamento sexual e drogas leves são, por via de regra, as mais inflamadas e divertidas.
Dedica ao irmão, meio betinho e bom aluno, um demasiado ostensivo desdém.
AV1
Pois, pois, pois...
"If you tolerate this, your children will be next..."
Manic Street Preachers
Caro(s) Moradores e Proprietários,
Em primeiro lugar, considerem o texto que se segue um longo agradecimento e um longo elogio ao efeito que a veemência da vossa argumentação teve particularmente em mim.
Confesso que escrevi o que escrevi não como resultado de desistência de uma tomada de atitude crítica em relação aos problemas levantados pelo PDM, mas devido à combinação de duas situações: a primeira, mais importante, explicitei-a e passa pelo facto de achar que todo este processo está enviesado e me parecer que tudo pode ficar nas chamadas "águas de bacalhau". A segunda, é mais prosaica, é porque vou estar de férias três semanas e ficarei muito longe de tudo isto e com um acesso reduzido à net, pelo que postarei muito mais irregularmente. O próprio AV2 também estará a meio gás e, por isso o AVP, durante as primeiras semanas de Agosto, terá um ritmo de publicação muito menor.
Como obviamente respondeu por mim, eu não tenho estrutura para abandonar qualquer tipo de luta a meio.
Não é isso que penso fazer.
Apenas acho que existem intervenientes com um grau de conhecimento técnico superior ao meu para debaterem as questões práticas e concretas que este PDM suscita e que a minha crítica é mais global, visando principalmente a lógica que norteou a fase final deste trabalho de revisão e a aparente displiscência com que se está a proceder à discussão por parte da CMM, que afirma com facilidade não ser para cumprir à risca aquilo que apresenta como intocável.
Mas adiante.
Concentremo-nos noutros aspectos, infinitamente mais importantes:
A Democracia é algo que cada um define conforme os seus interesses e posições de circunstância, conforme está no Poder ou na Oposição, conforme se sente integrado no grupo dominante ou na classe dos dominados.
Mas, na sua essência, a Democracia passa pelo que se diz ser o governo do Povo, o que nos tempos que correm significa todos nós.
Por questões funcionais, para facilitar o seu funcionamento, foi criada a ideia do Contrato Social e o mecanismo da representação para que, na prática, a maioria sinta que delega o seu Poder através das eleições naqueles que são os seus "legítimos" representantes".
Tenho muitas dúvidas quanto a isto, não tanto teóricas como práticas, decorrentes do uso que tem sido dado a este mecanismo de Representação e ao abuso que tem sido feito da legitimidade que dela decorre.
Em termos nacionais, os últimos anos têm-me feito sentir afundar no famoso pântano guterrista, só que agora a lama já não está pelo joelho, nem pela cintura, nem pelo pescoço... correndo o risco de ficar sem meios para respirar...
A nível local, o poder autárquico que temos, grande conquista da Democracia, tem ido pelo mesmo caminho. A luta política local é uma luta de cliques pelo domínio do Poder na CMM e não um confronto de projectos.
Quem tem o poder acha-se como um conquistador que se sente cada vez mais sitiado e decide disparar indiferentemente contra quem está fora das suas muralhas.
Quem quer o poder usa todas as estratégias possíveis e imaginárias para aliciar um maior número de tropas a ajudá-los a entrar na muralha.
A pobreza de ideias e atitudes é gritante.
Pobreza semelhante só a que o nosso concelho vive, dividido entre a incompetência e incapacidade do poder político (Situação e Oposição juntas) perante o desinteresse pelo bem comum e a mera ganância de alguns poderes privados.
A nossa atitude aqui tem sido de denunciar o pouco que sabemos e de desmontar criticamente os discursos que nos dão a ouvir e a ler.
Nos primeiros tempos passámos despercebidos.
Quando deram por nós, levámos de todos os lados, desde ameaças mais ou menos veladas a insinuações sobre os nossos interesses pessoais.
A tudo isso demos resposta apropriada e, pela continuidade, demonstrámos ao que vínhamos, ou seja, reclamar o nosso direito à opinião e à intervenção cívica, em moldes mais pu menos convencionais.
Eu que me orgulho de ser independente (a sério) desde sempre e de nunca me ter candidatado a nada, não deixo contudo de achar que tenho o direito a exercer a minha cidadania mediante a expressão da minha opinião.
Até ao aparecimento dos blogs, e da liberdade que eles permitem, isso não me foi possível.
Exactamente de há dois anos para cá passei a dizer o que penso a quem me queira ler.
Em Outubro de 2003, em conjunto com um velho amigo, criei o AVP primeiro para dizer o que penso sobre a minha terra (Alhos Vedros) e o concelho envolvente e em seguida para o abrir a outros temas e para cativar outros leitores, outros olhares, de maneira a isto ser mais do que um mero ambiente claustrofóbico.
Ao contrário de muitas acusações antigas, que felizmente foram desaparecendo, não estamos ao serviço de nenhuns interesses ocultos, não apresentamos um alinhamento partidário, nem pretendemos obter vantagens pessoais.
As tentativas de ataque à nossa credibilidade por essa via foram sucessivamente fracassando.
Apenas queremos ajudar a nossa terra a respirar, a afastar o marasmo que a tolhe, a dar voz qos que se sentem sem ela (passe-se o lugar-comum rasteiro) e, principalmente, a fazer ouvir a nossa Voz.
Acredito que tivemos um êxito moderado no nosso esforço. E para esse êxito contribuiram em muito, quer a abertura de O Rio à publicação de alguns textos iniciais nossos, quer a extraordinária colaboração prestada pelo nosso cloega bloguista Brocas com as suas fotos.
Ms é óbvio que não nos damos por satisfeitos e não vamos desaparecer de um momento para o outro, como muitos blogs com agenda programada ou objectivos a cumprir.
O AVP vai continuar a ser como sempre foi, mesmo que mudando com o passar do tempo, não estando o seu destino minimamente ligado ao resultado das próximas eleições autárquicas.
Como já fomos obrigados a escrever várias vezes, vai durar enquanto nos der prazer e enquanto acharmos que temos um papel a desempenhar.
E nunca será condicionado por pressões externas.
Como bem referiu, as lutas que se travam não são só as nossas, pela imediata sobrevivência.
Às vezes, as lutas mais importantes são as que se travam para prevenir o que se adivinha puderem vir a ser males maiores.
Quantas vezes a defesa do nosso vizinho, mesmo que distante, é tão importante como a nossa defesa.
Por isso, descansai, que aqui não nos calaremos sobre o PDM ou outros assuntos que tais.
Apenas, pedimos uma pausa para retemperar umas forças (são quase 2500 posts em 21 meses). Eu próprio noto que é necessário quando verifico que os meus nívesis de humor espontâneo e intolerância à asneira começam a baixar.
Nós não iremos retirar as tropas porque sabemos bom que, parafraseando a canção do MSP em epígrafe, se tolerarmos isto, a seguir podemos ser nós...
De novo um obrigado pelo ânimo transmitido e pelo ímpeto com isso foi feito,
AV1 (com a ajuda dos Manic Street Preachers, de Edvard Munch e do seu Grito)
Manic Street Preachers
Caro(s) Moradores e Proprietários,
Em primeiro lugar, considerem o texto que se segue um longo agradecimento e um longo elogio ao efeito que a veemência da vossa argumentação teve particularmente em mim.
Confesso que escrevi o que escrevi não como resultado de desistência de uma tomada de atitude crítica em relação aos problemas levantados pelo PDM, mas devido à combinação de duas situações: a primeira, mais importante, explicitei-a e passa pelo facto de achar que todo este processo está enviesado e me parecer que tudo pode ficar nas chamadas "águas de bacalhau". A segunda, é mais prosaica, é porque vou estar de férias três semanas e ficarei muito longe de tudo isto e com um acesso reduzido à net, pelo que postarei muito mais irregularmente. O próprio AV2 também estará a meio gás e, por isso o AVP, durante as primeiras semanas de Agosto, terá um ritmo de publicação muito menor.
Como obviamente respondeu por mim, eu não tenho estrutura para abandonar qualquer tipo de luta a meio.
Não é isso que penso fazer.
Apenas acho que existem intervenientes com um grau de conhecimento técnico superior ao meu para debaterem as questões práticas e concretas que este PDM suscita e que a minha crítica é mais global, visando principalmente a lógica que norteou a fase final deste trabalho de revisão e a aparente displiscência com que se está a proceder à discussão por parte da CMM, que afirma com facilidade não ser para cumprir à risca aquilo que apresenta como intocável.
Mas adiante.
Concentremo-nos noutros aspectos, infinitamente mais importantes:
A Democracia é algo que cada um define conforme os seus interesses e posições de circunstância, conforme está no Poder ou na Oposição, conforme se sente integrado no grupo dominante ou na classe dos dominados.
Mas, na sua essência, a Democracia passa pelo que se diz ser o governo do Povo, o que nos tempos que correm significa todos nós.
Por questões funcionais, para facilitar o seu funcionamento, foi criada a ideia do Contrato Social e o mecanismo da representação para que, na prática, a maioria sinta que delega o seu Poder através das eleições naqueles que são os seus "legítimos" representantes".
Tenho muitas dúvidas quanto a isto, não tanto teóricas como práticas, decorrentes do uso que tem sido dado a este mecanismo de Representação e ao abuso que tem sido feito da legitimidade que dela decorre.
Em termos nacionais, os últimos anos têm-me feito sentir afundar no famoso pântano guterrista, só que agora a lama já não está pelo joelho, nem pela cintura, nem pelo pescoço... correndo o risco de ficar sem meios para respirar...
A nível local, o poder autárquico que temos, grande conquista da Democracia, tem ido pelo mesmo caminho. A luta política local é uma luta de cliques pelo domínio do Poder na CMM e não um confronto de projectos.
Quem tem o poder acha-se como um conquistador que se sente cada vez mais sitiado e decide disparar indiferentemente contra quem está fora das suas muralhas.
Quem quer o poder usa todas as estratégias possíveis e imaginárias para aliciar um maior número de tropas a ajudá-los a entrar na muralha.
A pobreza de ideias e atitudes é gritante.
Pobreza semelhante só a que o nosso concelho vive, dividido entre a incompetência e incapacidade do poder político (Situação e Oposição juntas) perante o desinteresse pelo bem comum e a mera ganância de alguns poderes privados.
A nossa atitude aqui tem sido de denunciar o pouco que sabemos e de desmontar criticamente os discursos que nos dão a ouvir e a ler.
Nos primeiros tempos passámos despercebidos.
Quando deram por nós, levámos de todos os lados, desde ameaças mais ou menos veladas a insinuações sobre os nossos interesses pessoais.
A tudo isso demos resposta apropriada e, pela continuidade, demonstrámos ao que vínhamos, ou seja, reclamar o nosso direito à opinião e à intervenção cívica, em moldes mais pu menos convencionais.
Eu que me orgulho de ser independente (a sério) desde sempre e de nunca me ter candidatado a nada, não deixo contudo de achar que tenho o direito a exercer a minha cidadania mediante a expressão da minha opinião.
Até ao aparecimento dos blogs, e da liberdade que eles permitem, isso não me foi possível.
Exactamente de há dois anos para cá passei a dizer o que penso a quem me queira ler.
Em Outubro de 2003, em conjunto com um velho amigo, criei o AVP primeiro para dizer o que penso sobre a minha terra (Alhos Vedros) e o concelho envolvente e em seguida para o abrir a outros temas e para cativar outros leitores, outros olhares, de maneira a isto ser mais do que um mero ambiente claustrofóbico.
Ao contrário de muitas acusações antigas, que felizmente foram desaparecendo, não estamos ao serviço de nenhuns interesses ocultos, não apresentamos um alinhamento partidário, nem pretendemos obter vantagens pessoais.
As tentativas de ataque à nossa credibilidade por essa via foram sucessivamente fracassando.
Apenas queremos ajudar a nossa terra a respirar, a afastar o marasmo que a tolhe, a dar voz qos que se sentem sem ela (passe-se o lugar-comum rasteiro) e, principalmente, a fazer ouvir a nossa Voz.
Acredito que tivemos um êxito moderado no nosso esforço. E para esse êxito contribuiram em muito, quer a abertura de O Rio à publicação de alguns textos iniciais nossos, quer a extraordinária colaboração prestada pelo nosso cloega bloguista Brocas com as suas fotos.
Ms é óbvio que não nos damos por satisfeitos e não vamos desaparecer de um momento para o outro, como muitos blogs com agenda programada ou objectivos a cumprir.
O AVP vai continuar a ser como sempre foi, mesmo que mudando com o passar do tempo, não estando o seu destino minimamente ligado ao resultado das próximas eleições autárquicas.
Como já fomos obrigados a escrever várias vezes, vai durar enquanto nos der prazer e enquanto acharmos que temos um papel a desempenhar.
E nunca será condicionado por pressões externas.
Como bem referiu, as lutas que se travam não são só as nossas, pela imediata sobrevivência.
Às vezes, as lutas mais importantes são as que se travam para prevenir o que se adivinha puderem vir a ser males maiores.
Quantas vezes a defesa do nosso vizinho, mesmo que distante, é tão importante como a nossa defesa.
Por isso, descansai, que aqui não nos calaremos sobre o PDM ou outros assuntos que tais.
Apenas, pedimos uma pausa para retemperar umas forças (são quase 2500 posts em 21 meses). Eu próprio noto que é necessário quando verifico que os meus nívesis de humor espontâneo e intolerância à asneira começam a baixar.
Nós não iremos retirar as tropas porque sabemos bom que, parafraseando a canção do MSP em epígrafe, se tolerarmos isto, a seguir podemos ser nós...
De novo um obrigado pelo ânimo transmitido e pelo ímpeto com isso foi feito,
AV1 (com a ajuda dos Manic Street Preachers, de Edvard Munch e do seu Grito)
Grande réplica dos Moradores e Proprietários
Recebemos esta belíssima réplica, por parte de quem se assina Moradores e Proprietários, a um recente post nosso sobre um eventual reduzir de esforços na bulha em torno do PDM.
A indispensável resposta seguirá já mais acima.
Caro AV,
A indispensável resposta seguirá já mais acima.
Caro AV,
Há 20 dias, eu não sonhava que havia um Blog, nem 2, nem 6 nem pouco mais ou menos no Concelho.Numa frase, eu não sabia que o “Alhos Vedros ao Poder” (AV) era uma instituição.
E convosco, outros tantos, uns mais, outros menos, mas cada um com certeza com um papel positivo a desempenhar, dia após dia.
Hoje, respeito-vos, tenho mais orgulho nesta terra, preciso de vos ler para saber mais, para completar o leque dos meus contactos necessários.
Numa palavra, obrigado.
Obrigado também pela atitude de curiosidade intelectual e de abordagem simpática que vos tem sido possível dar à Várzea da Moita, e aos seus sufocos actuais.
A vossa ajuda tem sido importante.
O nosso apreço é assim sinceramente grande, como grande é a surpresa ao lermos o texto acima.
Com toda a consideração e respeito, discordamos de AV quando diz que “depois de ler com alguma atenção as recentes declarações do Presidente da CMM sobre todo este processo”, … “Não vou perder muito mais tempo... com grandes questões relacionadas com o PDM”.
Ora essa!?
Uma simples entrevista, e já sai do ringue, Caro AV?
Como então? Que é isso, Homem?
Se me permite, amistosamente lhe digo:
Assim, estávamos todos ainda a matar-nos uns aos outros numa qualquer arena, entremeando lutas de morte entre nós para gáudio do César e alienação do povo, em duelos a espaços entremeados com algum leãozito, ou pior ainda.
Bastaria que um qualquer senhor debitasse umas dicas, e anossa vontade de resistir e lutar ficaria de imediato na prateleira, sairíamos de imediato de cena.
Amigavelmente lhe digo que não creio que seja o melhor que temos a fazer, não acredito que Você o faça.
Amigavelmente lhe digo que não creio que seja o melhor que temos a fazer, não acredito que Você o faça.
Fará?
Peço-lhe que não, por favor.
Você diz que de qualquer modo, ou será chapéu branco ou branco chapéu.
Pode ser, mas que papael jogam então aí as pessoas, Você, eu, nós, muitos de nós?
Seremos simplesmente marechais estribeiros do senhor que se segue, ou poderemos ser algo mais, antes, durante, depois, nos intervalos, nos intervalos dos intervalos, sempre que nos cheguem ou queiram fazer chegar o copo de fel à boca?
Que acha, AV?
Qual o papel das pessoas, dos cidadãos, dos lesados, dos solidários, dos que sentem as causas, dos que sentem ainjustiça, dos que sonham, dos que estão vivos?Esperar por A, e descansar?
Mudar para B, e desguarnecer?
Desesperar entre A e B, e entre B e A?
Pessoalmente, não o creio.
Diga-me o que pensa, AV, peço-lhe com muito respeito.
Você fala que se assiste a um certo desinteresse da própria CMM em defender arduamente a sua dama.
E daí, que conclusões tirar?
É contagioso, ou cada um pode correr na sua própria pista?
Seria uma táctica espectacular, assim caricaturizada:
Os geradores de factos A ou B levantariam raios e coriscos.Assustados, calavam-se, escondiam-se, eclipsavam-se.
Assistiam na sua toca ao consequente (causa gera efeito, quietinho que eles amainam) esvaziar da tormenta.
Passados os raios e os coriscos, os geradores de factos A ou B poderiam então tranquilamente executar A e empreender B.
Boa táctica, hein!?
Caro AV, não pode ser.
Ou melhor, pode, mas não deve.Assim, de facto, tudo seria mais fácil.
Mas para quem?
Para os cá de baixo, ou para os lá de cima, para citar Wallraf?Diga AV, concorda com o que escreve?
Pelos 20 dias que julgo conhecer um pouco de si, amistosamente dou a minha resposta:
Não o creio.
Você acrescenta …” tudo me parece estar a decorrer de uma forma muito distante do que deveria ser um processo democrático, participativo e transparente”.
Você acrescenta …” tudo me parece estar a decorrer de uma forma muito distante do que deveria ser um processo democrático, participativo e transparente”.
AV:O que é democracia?
Será uma dádiva outorgada a partir de cima?
O que é participação?
Será algo que decorre de uma autorização superior?
O que é transparência?
Será um género de parede de vidro fornecida e iluminada pelos agentes da escuridão e do obscuro?
Eu pergunto-lhe, mas sei – imagino – que AV sabe.
Eu, por meu turno, não sei mais que Você.
Uma coisa eu sei:
Democracia, participação e transparência, frutos de quem quer que sejam, há-as no presente processo.
Porventura, mais que noutros.
Talvez contra a vontade de alguns.
Quiçá como muitas vezes eu e muitos de nós não somos capazes de assegurar.
Deixamos cair?
Abandonamos?
Andor?
Será essa a melhor opção?
Não creio que AV o creia.
Você conclui que “…, para esse peditório (irá) reduzir bastante a esmola, sendo que os meus meios também são parcos (não sou engenheiro, não sou arquitecto, não sou político nem aspirante a..., não sou proprietário interessado nem aspirante a...”
AV, Caro AV:
Hoje morreu-me uma cadelinha.
Saiba que senti a sua perda, sofri por ela.
Antes, havia tentado salvá-la, dias a fio.
Não consegui.
E sofri.
Não refiro este facto por lamechice, mas tão só para lhe recordar o que Você sabe melhor que eu, seguramente:
A gente sente-se, mesmo quando o assunto não nos toca directa e contundentemente.
Outro dia levaram o judeu
Depois o democrata.
Depois o intelectual.
Depois o comunista.
Hoje, estão a bater-me à porta.
Os tempos são outros, as preocupações não têm nada a ver, mas uma lição pode talvez ganhar foros de legitimidade:
Sofro por mim, e auto-defendo-me.
Sofro pelos outros, e solidarizo-me.
Mesmo que eu não seja nem judeu, nem perceba grande coisa de democracia, de livros menos ainda e de comunista tampouco.
Mesmo que eu não seja nem judeu, nem perceba grande coisa de democracia, de livros menos ainda e de comunista tampouco.
Mas levaram o meu vizinho, e eu senti-me.
AV, meu caro:
Achei piada ao boneco da caricatura, mas também da sua lição discordo:
As formas e os conteúdos não são comparáveis.
Se fossem, o fascismo ganharia legitimidade.
Só um lírico poderia imaginar que a libertação de um jugo, seria a libertação de todos os jugos.
Mas isso não impede que resistamos.
Você deu-nos um cartoon.
Permita que lhe conte resumidamente uma das mais belas estórias que alguma vez aprendi, a da cabrinha do Senhor Blanchard (creio ser esse o nome, já lá vão tantos anos que a li), que de tanto lutar contra a corda que a prendia ‘em segurança’ no quintal do seu senhor, um dia se libertou.
Vagueou, vagueou, até dar de caras com o lobo mau, que saltou sobre ela e zás, pás, catrapás, lá vai cabrinha.
Antes de se finar, ainda conseguiu ver chegar o seu dono, que lhe rezoo o sermão:Se não tivesses fugido, cabrinha, não tinhas morrido.
E ela vá de pensar, no filme dos segundos derradeiros do seu pensar:
Antes a lutar pela liberdade, que presa a uma estaca toda vida.
AV, meu Caro AV.
Perdoe-me a ousadia, mas o meu propósito não é contestá-lo, não é ensiná-lo, não é amesquinhá-lo.
Você seguramente não o merece.
Eu não estaria à altura (à baixa altura) para o fazer.
Antes sim, procurei reflectir consigo.
A gente vê-se, estou certo disso.
Abraço deste que se assina por
Moradores e proprietários,
Mas que de seu, bem de seu, só tem a estima* de quem de mim gosta
25 julho 2005
*( e mesmo assim, não é minha, antes tenho de a ganhar e voltar a ganhar todos os dias. Vê: fracos proprietários. O nome é só um nome, concordará).
segunda-feira, julho 25, 2005
Não vou perder muito mais tempo...
... com grandes questões relacionadas com o PDM depois de ler com alguma atenção as recentes declarações do Presidente da CMM sobre todo este processo e a que já aludimos uns quantos posts atrás.
Pelo que percebi, a decisão final só poderá ser tomada - obviamente - depois das eleições de Outubro, pelo que será o novo executivo a fazê-lo.
Ora bem, das duas, uma: ou a CDU vence e, com o fundamento da legitimidade eleitoral, leva o seu projecto em frente com um ou outro remendo de circunstância; ou a CDU perde e os seus sucessores irão quase por certo reabrir o processo (embora a este respeito se note uma profunda hesitação a roçar a hipocrisia da liderança do PS nas críticas a este PDM em discussão).
Aliás, nota-se um certo desinteresse da própria CMM em defender arduamente a sua dama, pois acha que uma reunião por freguesia resolve o assunto, achando dispensável aparecer em outras iniciativas destinadas a debater problemas concretos.
De qualquer modo, e por tudo isto, tudo me parece estar a decorrer de uma forma muito distante do que deveria ser um processo democrático, participativo e transparente.
Por isso, para esse peditório vou reduzir bastante a esmola, sendo que os meus meios também são parcos (não sou engenheiro, não sou arquitecto, não sou político nem aspirante a..., não sou proprietário interessado nem aspirante a..., sou apenas um munícipe chato e verborreico).
Como reflexão final fico-me pela vinheta inclusa do Carlos Gimenez sobre o que muda e o que fica na vida política (álbum Retales, 1979, p.46).
AV1
Pelo que percebi, a decisão final só poderá ser tomada - obviamente - depois das eleições de Outubro, pelo que será o novo executivo a fazê-lo.
Ora bem, das duas, uma: ou a CDU vence e, com o fundamento da legitimidade eleitoral, leva o seu projecto em frente com um ou outro remendo de circunstância; ou a CDU perde e os seus sucessores irão quase por certo reabrir o processo (embora a este respeito se note uma profunda hesitação a roçar a hipocrisia da liderança do PS nas críticas a este PDM em discussão).
Aliás, nota-se um certo desinteresse da própria CMM em defender arduamente a sua dama, pois acha que uma reunião por freguesia resolve o assunto, achando dispensável aparecer em outras iniciativas destinadas a debater problemas concretos.
De qualquer modo, e por tudo isto, tudo me parece estar a decorrer de uma forma muito distante do que deveria ser um processo democrático, participativo e transparente.
Por isso, para esse peditório vou reduzir bastante a esmola, sendo que os meus meios também são parcos (não sou engenheiro, não sou arquitecto, não sou político nem aspirante a..., não sou proprietário interessado nem aspirante a..., sou apenas um munícipe chato e verborreico).
Como reflexão final fico-me pela vinheta inclusa do Carlos Gimenez sobre o que muda e o que fica na vida política (álbum Retales, 1979, p.46).
AV1
Reasons to be cheerful...
Eu sei que o Lance Armstrong tem razões para ser um homem feliz.
Eu sei que ele deve estar feliz por ter vencido o cancro (e logo onde foi...)
Eu sei que ele deve estar feliz por ter uma colecção de catraiada toda loirinha.
Eu sei que ele deve estar feliz por ter vencido sete vezes o Tour de France.
Tudo boas razões para estar contentinho.
Mas, se fosse a ele, eu estava era satisfeito por poder partilhar uns alegres momentos de intimidade mais ou menos desinibida com esta simpática moçoila a quem os 42 Verões não parecem pesar.
Estes olhos perseguem-me...
Medalhas de Honra e de Mérito Municipal
Do Distrito Online:
Isto é muito divertido. Enquanto em Alhos Vedros se distingue um clube com uma longa tradição cultural e desportiva e no Rosário a única banda filarmónica do concelho, na Moita distinguem-se os dois grupos de forcados que existem, que é para nenhum ficar zangado.
«O Clube Recreio e Instrução, em Alhos Vedros, o Grupo de Forcados Amadores da Moita, o Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita e a Banda Musical do Rosário são os galardoados deste ano.»
Isto é muito divertido. Enquanto em Alhos Vedros se distingue um clube com uma longa tradição cultural e desportiva e no Rosário a única banda filarmónica do concelho, na Moita distinguem-se os dois grupos de forcados que existem, que é para nenhum ficar zangado.
A família Subúrbio alargada
Para nossa surpresa encontrámos ontem a avô Ermelinda Subúrbio a banhos em plena Costa da Caparica, tendo a mesma confirmado a sua eventual presença na saga familiar aqui em preparação no AVP.
Crónica abstencionista, a avô Ermelinda acha que estes políticos são todos uns aldrabões e que são todos iguais, mesmo se sempre revelou um pequeno fraquinho pelo Bochechas.
No caso das eleições autárquicas, acha que estes "miúdos" de hoje não tem vergonha nenhuma na cara e que o melhor era deixarem-se ficar muito caladinhos e não andarem aí a bater de porta em porta durante um mês para depois nunca mais passarem cartão a ninguém.
Inspiração superior...
Inspirados pelo exemplo do PS com o seu candidato-surpresa às Presidenciais, as principais equipas portuguesas da SuperLiga reavaliaram a sua política de contratações e, ainda esta semana, o Benfica vai contratar para a sua linha avançada o Eusébio no sentido de motivar e rejuvenescer o Mantorras, o Sporting vai aliar Yazalde a Liedson e Deivide, enquanto o Porto pensa ter encontrado em Cubillas finalmente um substituto à altura de Deco.
Utopias
De quando em vez a revista Nouvel Observateur produz uns números fora-de-série no duplo sentido (são fora da ordem normal e são muito bons). Com o meu francês aprendido a ler revistas de BD (obrigado Tintin, Pilote, Metal Hurlant e a suivre), lá me vou safando na leitura e deliciando com as ideias.
O deste Verão é sobre as Utopias que nos restam no mundo de hoje e tem textos excelentes e ilustrações a condizer de ilustradores e desenhadores de BD como Boucq, Caza e Cabanes.
A primeira das Utopias apresentada é a Utopia do fim da Estupidez (pp. 15-18), que surge antes de utopias como a abolição do mercado, do fim liberalismo, da abolição da fome ou mesmo da instauração da paz perpétua.
Em boa verdade, o fim da Estupidez humana é a Utopia máxima, pois dela dependeria a concretização de todas as outras. Fiquemo-nos pela introdução ao artigo do filósofo Michel Adam:
O deste Verão é sobre as Utopias que nos restam no mundo de hoje e tem textos excelentes e ilustrações a condizer de ilustradores e desenhadores de BD como Boucq, Caza e Cabanes.
A primeira das Utopias apresentada é a Utopia do fim da Estupidez (pp. 15-18), que surge antes de utopias como a abolição do mercado, do fim liberalismo, da abolição da fome ou mesmo da instauração da paz perpétua.
Em boa verdade, o fim da Estupidez humana é a Utopia máxima, pois dela dependeria a concretização de todas as outras. Fiquemo-nos pela introdução ao artigo do filósofo Michel Adam:
«Imaginar um mundo desembaraçado da tolice e da violência que ela exerce, seria tentar compreender aquilo que, nos indivíduos, pode entravar o acesso a uma existência moral fundada no reconhecimento de um outrém pensante.»
domingo, julho 24, 2005
A Sociedade Civil agita-se - II
Aproveitando para remeter os nossos visitantes para o blog deste nosso leitor onde se encontram outros materiais de interesse sobre o tema da revisão do PDM, começamos por divulgar o seguinte requerimento formal feito por este munícipe à tutela, cuja publicação nos foi solicitada pelo próprio:
Requerimento formal à tutela
Américo da Silva Jorge, cidadão português e munícipe da Moita, titular do bilhete de identidade n º. 138576 emitido em 11.09.2001 pelo Arquivo de Identificação de Lisboa, licenciado em arquitectura, professor aposentado e agricultor residente na morada acima indicada, vem expor e formalmente requerer a V. EXA. o seguinte:
1) A CM da Moita tem sistematicamente recusado, desde o final da década de 80, qualquer licenciamento urbano nos dois terrenos que o requerente possui no Alto de São Sebastião da Freguesia da Moita (Artigo n.º 10, Secção Z da Matriz Cadastral) e no Abreu Pequeno da mesma Freguesia, junto ao Nó do IC 32 (Artigo n.º 22 da Secção P da mesma Matriz).
2) Porém, já no início da década de 90, a CM da Moita licenciou para fins de Ocupação Industrial e de Serviços, terreno rústico “periurbano” adjacente ao seu prédio junto ao Nó do IC 32, a determinado promotor imobiliário… que tem aliás conseguido, paralelamente, variados licenciamentos urbanos em prédios anteriormente rústicos da "área periurbana" do Concelho!
4) No mesmo Projecto de Revisão e em atitude paralela, a CM da Moita prepara-se também para, em Alhos Vedros, junto à residência do requerente…, fazer incluir no “Espaço Habitacional Proposto”, um prédio rústico adjacente ao seu, denominado “Graça”, também incluído na actual Reserva Agrícola Nacional, mas que foi recentemente adquirido (também em tribunal…), pelo promotor imobiliário acima referido na alínea 2.
5) Simultaneamente porém…, a mesma Câmara Municipal pretende, em manifesta desigualdade de tratamento…e numa nítida situação de aberrante excepção…, fazer incluir os prédios vizinhos (sítio da Alfeirã), adjacentes à “Graça” e às urbanizações das “Morçoas” e da “Fonte da Prata”, numa pequena ilha de “Espaço Agrícola Periurbano”!!!
7) Ora, a aproximação territorial de “Espaços Habitacionais”, de “Espaços de Usos Múltiplos” ou até de “Equipamentos Colectivos Propostos”, a prédios rústicos cuja única utilidade económica é a exploração agrícola e pecuária…, faz criar nestes prédios rústicos, uma servidão de utilização, diminuindo, como é óbvio, a sua potencialidade económica!!!
8) Não concebemos Portugal como um “Estado Totalitário” e julgamos, por isso, que a Câmara Municipal da Moita… não é a titular da propriedade privada dos seus munícipes, não lhe assistindo o direito de nela criar servidões sem autorização!!!
Nestes termos, o signatário vem formalmente requerer a Vossa Excelência Senhor Ministro que:
b) Enquanto não for possível incluir no “Solo Urbano” do Concelho os mencionados prédios rústicos da Alfeirã, não seja permitida, para além do que já existe..., a aproximação a esses prédios, de qualquer forma de urbanização… seja ela de “Urbanização Programada” ou qualquer outra.
c) Em consequência, o prédio rústico denominado “Graça”, do Sr. Severino da Silva Costa, seja “urbanizado” quando e só quando o forem os prédios da “Alfeirã”, cuja urbanização deve ser “Programada” em conjunto!
d) O prédio a que se refere o artigo n.º 10 da Secção Z da Matriz Cadastral da Freguesia da Moita seja incluído no “Espaço de Usos Multiplos” ou no “Espaço Habitacional” que a CM da Moita, no PRPDM… diz que existem… nos prédios rústicos adjacentes…! E que não seja estendida ao prédio do requerente a REN que nunca lá existiu!
e) O prédio a que se refere o Artigo n.º 22 da Secção P da Matriz Cadastral da mesma Freguesia da Moita, seja incluído no “Espaço de Usos Multiplos Existente” que lhe é adjacente.
ESPERA DEFERIMENTO,
Alhos Vedros, 25 de Julho de 2005
Américo da Silva Jorge
Requerimento formal à tutela
Senhor Ministro do Ambiente, do Ordenamento do
Território e do Desenvolvimento Regional
Rua do Século, 51 – 2.º
1200-433 Lisboa
Território e do Desenvolvimento Regional
Rua do Século, 51 – 2.º
1200-433 Lisboa
Excelência,
Américo da Silva Jorge, cidadão português e munícipe da Moita, titular do bilhete de identidade n º. 138576 emitido em 11.09.2001 pelo Arquivo de Identificação de Lisboa, licenciado em arquitectura, professor aposentado e agricultor residente na morada acima indicada, vem expor e formalmente requerer a V. EXA. o seguinte:
1) A CM da Moita tem sistematicamente recusado, desde o final da década de 80, qualquer licenciamento urbano nos dois terrenos que o requerente possui no Alto de São Sebastião da Freguesia da Moita (Artigo n.º 10, Secção Z da Matriz Cadastral) e no Abreu Pequeno da mesma Freguesia, junto ao Nó do IC 32 (Artigo n.º 22 da Secção P da mesma Matriz).
2) Porém, já no início da década de 90, a CM da Moita licenciou para fins de Ocupação Industrial e de Serviços, terreno rústico “periurbano” adjacente ao seu prédio junto ao Nó do IC 32, a determinado promotor imobiliário… que tem aliás conseguido, paralelamente, variados licenciamentos urbanos em prédios anteriormente rústicos da "área periurbana" do Concelho!
3) No Projecto de Revisão do Plano Director Municipal, ora em período de Discussão Pública, a CM da Moita prepara-se para, no Alto de São Sebastião / Chão Duro, fazer incluir em “Espaço Habitacional” e em “Espaço de Usos Múltiplos” todos os “Prédios Rústicos” adjacentes ao do requerente, pretendendo, simultaneamente fazer integrar o prédio do reclamante, de forma excepcional e incompreensível…, no “Espaço Agrícola Periurbano” e a ele pretendendo estender, da forma mais inconcebível, a Reserva Ecológica Nacional!
4) No mesmo Projecto de Revisão e em atitude paralela, a CM da Moita prepara-se também para, em Alhos Vedros, junto à residência do requerente…, fazer incluir no “Espaço Habitacional Proposto”, um prédio rústico adjacente ao seu, denominado “Graça”, também incluído na actual Reserva Agrícola Nacional, mas que foi recentemente adquirido (também em tribunal…), pelo promotor imobiliário acima referido na alínea 2.
5) Simultaneamente porém…, a mesma Câmara Municipal pretende, em manifesta desigualdade de tratamento…e numa nítida situação de aberrante excepção…, fazer incluir os prédios vizinhos (sítio da Alfeirã), adjacentes à “Graça” e às urbanizações das “Morçoas” e da “Fonte da Prata”, numa pequena ilha de “Espaço Agrícola Periurbano”!!!
6) E a CM da Moita pretende ainda mais! Não se sabe baseada em que critérios e até com que autoridade…, pretende fazer alterar o mapa da Reserva Ecológica Nacional, para nele incluir, de forma oportunista…, precisamente esses 3 ou 4 pequenos prédios rústicos da Alfeirã!!! Será que está já a preparar a respectiva espoliação aos seus legítimos proprietários… ???
7) Ora, a aproximação territorial de “Espaços Habitacionais”, de “Espaços de Usos Múltiplos” ou até de “Equipamentos Colectivos Propostos”, a prédios rústicos cuja única utilidade económica é a exploração agrícola e pecuária…, faz criar nestes prédios rústicos, uma servidão de utilização, diminuindo, como é óbvio, a sua potencialidade económica!!!
8) Não concebemos Portugal como um “Estado Totalitário” e julgamos, por isso, que a Câmara Municipal da Moita… não é a titular da propriedade privada dos seus munícipes, não lhe assistindo o direito de nela criar servidões sem autorização!!!
Nestes termos, o signatário vem formalmente requerer a Vossa Excelência Senhor Ministro que:
a) Não sejam alterados os regimes existentes de Reserva Agrícola Nacional e de Reserva Ecológica Nacional… para os prédios rústicos do sítio da Alfeirã, nomeadamente no prédio a que corresponde o Artigo n.º 27 da Secção AA da Matriz Cadastral da Freguesia de Alhos Vedros, de que o requerente é proprietário.
b) Enquanto não for possível incluir no “Solo Urbano” do Concelho os mencionados prédios rústicos da Alfeirã, não seja permitida, para além do que já existe..., a aproximação a esses prédios, de qualquer forma de urbanização… seja ela de “Urbanização Programada” ou qualquer outra.
c) Em consequência, o prédio rústico denominado “Graça”, do Sr. Severino da Silva Costa, seja “urbanizado” quando e só quando o forem os prédios da “Alfeirã”, cuja urbanização deve ser “Programada” em conjunto!
d) O prédio a que se refere o artigo n.º 10 da Secção Z da Matriz Cadastral da Freguesia da Moita seja incluído no “Espaço de Usos Multiplos” ou no “Espaço Habitacional” que a CM da Moita, no PRPDM… diz que existem… nos prédios rústicos adjacentes…! E que não seja estendida ao prédio do requerente a REN que nunca lá existiu!
e) O prédio a que se refere o Artigo n.º 22 da Secção P da Matriz Cadastral da mesma Freguesia da Moita, seja incluído no “Espaço de Usos Multiplos Existente” que lhe é adjacente.
ESPERA DEFERIMENTO,
Alhos Vedros, 25 de Julho de 2005
Américo da Silva Jorge
É que não me canso...
... de apreciar estes cartazes da campanha PSD/CDS.
Têm um não sei quê que faz com que não despeguemos os olhos deles.
Neste caso, penso que seja porque não percebo a razão de só uma palavra começar por letra minúscula.
Ou será porque não capto a ligação entre a ideia do slogan e a imagem em fundo ?
Não sei, ou melhor, só sei que fico pespegado a admirar a coisa.
Será que estarei a tornar-me um perigo para a Fernanda Vellez ?
Foto do Brocas
Têm um não sei quê que faz com que não despeguemos os olhos deles.
Neste caso, penso que seja porque não percebo a razão de só uma palavra começar por letra minúscula.
Ou será porque não capto a ligação entre a ideia do slogan e a imagem em fundo ?
Não sei, ou melhor, só sei que fico pespegado a admirar a coisa.
Será que estarei a tornar-me um perigo para a Fernanda Vellez ?
Foto do Brocas
Isto é só informação
Da Rostos Online:
1) Apresentação dos candidatos à Assembleia de Freguesia de Alhos Vedros da CDU.
2) Apresentação dos candidatos à Assembleia Municipal da Moita da CDU.
3) Lista dos candidatos do PS às autarquias do concelho.
Desta última peça vou retirar o excerto que se transcreve mais abaixo sobre a candidata PS à JFAV, a que apenas acrescento três breves comentários; a) não existe licenciatura em advocacia; b) com que então é especializada em loteamentos com L grande ? Entendi-te; c) gostei da «opção cultural deliberada, típica nas gentes alhosvedrenses» (já agora, até ao momento no que se traduziu isso ?):
1) Apresentação dos candidatos à Assembleia de Freguesia de Alhos Vedros da CDU.
2) Apresentação dos candidatos à Assembleia Municipal da Moita da CDU.
3) Lista dos candidatos do PS às autarquias do concelho.
Desta última peça vou retirar o excerto que se transcreve mais abaixo sobre a candidata PS à JFAV, a que apenas acrescento três breves comentários; a) não existe licenciatura em advocacia; b) com que então é especializada em loteamentos com L grande ? Entendi-te; c) gostei da «opção cultural deliberada, típica nas gentes alhosvedrenses» (já agora, até ao momento no que se traduziu isso ?):
«Dulce Marques – Primeira candidata na lista da Assembleia de Freg de Alhos Vedros. 38 anos. Licenciada em advocacia, é especializada em Loteamentos. Reside [n]o Concelho desde os 5 anos, sendo Alhos Vedros desde há muito a sua freguesia de eleição. A juventude deu-lhe o gosto pelas causas sociais a que juntou uma opção cultural deliberada, típica nas gentes alhosvedrenses. A família e o desporto são o escape, feliz, para uma actividade profissional exigente.»
Desculpa lá se te matei...
Ainda do Público:
«Chefe da polícia britânica pede desculpa à família de brasileiro morto por engano
«Chefe da polícia britânica pede desculpa à família de brasileiro morto por engano
Os polícias britânicos têm ordem para disparar a matar bombistas suicidas suspeitos, confirmou hoje o chefe da Scotland Yard, Ian Blair, que classificou a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, de 27 anos, como uma “tragédia” e pediu desculpa à família. O Brasil já pediu explicações ao Governo britânico sobre o incidente de sexta-feira na estação de metro de Stockwell.
(...)
O brasileiro Jean Charles de Menezes, de 27 anos, é o homem que a polícia britânica abateu com cinco tiros na estação de metro de Stockwell, em Londres, em circunstâncias ainda pouco claras. A perseguição e o tiroteio aconteceram na sexta-feira, um dia depois do ataque simultâneo falhado na rede de transportes da capital britânica.»
Farenheit 451
Do Público:
«Ministério da Educação mandou destruir livros de "índole fascista" em 1974
A seguir ao 25 de Abril, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) ordenou a "destruição" de livros que fizessem lembrar o regime fascista. Trinta anos depois, o PÚBLICO reconstitui um dos "autos de destruição", em que se queimaram 51 livros e se arrancaram folhas a outros 41. Alguns professores fizeram os autos mas guardaram os livros, que têm vindo a entregar. Ministros e secretários de Estado da época do despacho e dos autos-de-fé dizem que não sabiam de nada.»
Investigação de Adelino Gomes
A seguir ao 25 de Abril, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) ordenou a "destruição" de livros que fizessem lembrar o regime fascista. Trinta anos depois, o PÚBLICO reconstitui um dos "autos de destruição", em que se queimaram 51 livros e se arrancaram folhas a outros 41. Alguns professores fizeram os autos mas guardaram os livros, que têm vindo a entregar. Ministros e secretários de Estado da época do despacho e dos autos-de-fé dizem que não sabiam de nada.»
Ide e visitai !
O Oliude ganhou balanço e está a prestar serviço público a toda uma geração que cresceu a ter de ouvir músicas que eram uma porcaria só para poder ver gajas de jeito (ou o que então se entendia por isso) nos vídeos. Este fim de semana a recuperada é a Samantha Fox.
A Sabrina já foi tratada, por isso só posso sugerir que se siga a Kim Wilde, ídolo de uma geração de adolescentes mesmo no início dos 80 (o Kids in America passou despercebido, mas quando vimos os vídeos do Cambodia e do You Came, todo um mundo de fantasias se abriu...).
A Sabrina já foi tratada, por isso só posso sugerir que se siga a Kim Wilde, ídolo de uma geração de adolescentes mesmo no início dos 80 (o Kids in America passou despercebido, mas quando vimos os vídeos do Cambodia e do You Came, todo um mundo de fantasias se abriu...).
Suplemento Dominical em Quadrinhos (BD) #26
O Suplemento em Quadrinhos vai de férias, até 4 de Setembro; vamos retomar a publicação com muitas NOVIDADES, para começar vamos publicar os conteúdos da mitíca revista de quadrinhos Underground, a ANIMAL, são muitas histórias Imorais, Violentas, de conteúdo Sexual explicíto e Degradantes para todos os leitores que são políticamente correctos, por isso avisamos desde já esses leitores para não lerem nem deixarem os seus filhos ler estas aberrações em forma de Quadrinhos...
A revista MAD também fará a sua entrada de forma contínua aqui no Suplemento em Quadrinhos, uma sátira de um filme ou de uma BD, sempre com o fabuloso HUMOR da revista MAD, Norte-Americana ou da sua edição Brasileira.
Milo Manara o mestre do erótico e o desenhador das mais belas mulheres da BD Europeia, apresenta o CLICK episódio#4, que para mim é dos mais eróticos desta Saga !
As Sedutoras dos Quadrinhos.
Esta é a série que vem substituir os Quadrinhos Dourados: são 50 heróinas da BD, 50 !
Em Setembro no Suplemento em Quadrinhos !
O Tarzan de Russ Manning, continuará mas terá de enfrentar a concorrência do Tarzan do Burne Hoghart, o preferido do meu co-editor, poderemos assim observar as diferenças de estilo e de narrativa dos dois mestres da BD.
O Príncipe Valente de Hal Foster é residente deste Suplemento e continuará em Setembro.
As Revistas em Quadrinhos vão também continuar e vamos aproveitar este periodo estival para colocar em Arquivo as 25 anteriores.
Nesta edição terminamos a história de Frank Zappa.
Esperemos que estas NOVIDADES contribuam para criar novos BeDófilos entre os leitores do Alhos Vedros ao Poder !
Então, boas leituras BeDófilas e até 4 de Setembro !
Veja as Imagens das NOVIDADES e o final da história de ZAPPA, aqui !
Sondagem - Actualização
Neste momento, as opiniões dividem-se; em 25 votantes, 5 indicam que nos visitam por pura caridade (o que só lhes fica bem), seguindo-se que isso é melhor do que coçar o nariz (este ponto é polémico, porque coçar o nariz pode trazer alguns momentos de prazer sublime para a pituitária e mesmo de subsequentes actividades didácticas como o tiro ao alvo). Entretanto, descobrimos que os autores do blog são quatro (o que mesmo incluindo o membro honoris causa Brocas, nos deixa com um editor fantasma).
A sensualidade dos autores é reconhecida por 2 votantes (acho que nós próprios), assim como facto de este ser o melhor blog da História (provavelmente um de nós e o editor-fantasma). Três votantes nem sabem porque nos lêem e 2 admitem comportamentos obsessivos-compulsivos (o nosso público preferencial). Dois aparecem ao engano (fino recorte literário e elegância do humor) e um afirma que nunca viu nada igual (nós tambén não !).
Por estranho que pareça ninguém nos escolhe por sermos desavergonhados na nossa intervenção (o que nos desanima...).
Mas não parem, que a votação continua aberta até amanhã ou até nos lembrarmos de outro tema igualmente desinteressante (o facto de parecermos ter um público essencialmente masculino, sugere-nos uma sondagem sobre os dotes das candidatas autárquicas locais e/ou da vizinhança...)
AV1
A sensualidade dos autores é reconhecida por 2 votantes (acho que nós próprios), assim como facto de este ser o melhor blog da História (provavelmente um de nós e o editor-fantasma). Três votantes nem sabem porque nos lêem e 2 admitem comportamentos obsessivos-compulsivos (o nosso público preferencial). Dois aparecem ao engano (fino recorte literário e elegância do humor) e um afirma que nunca viu nada igual (nós tambén não !).
Por estranho que pareça ninguém nos escolhe por sermos desavergonhados na nossa intervenção (o que nos desanima...).
Mas não parem, que a votação continua aberta até amanhã ou até nos lembrarmos de outro tema igualmente desinteressante (o facto de parecermos ter um público essencialmente masculino, sugere-nos uma sondagem sobre os dotes das candidatas autárquicas locais e/ou da vizinhança...)
AV1
Barra Cheia/Várzea da Moita
Da reunião de 22 de Junho de 2005 sobre a questão da classificação da Várzea da Moita/Barra Cheia como REN recebemos um longo sumário dos organizadores (com a lista de participantes e não participantes, do clima geral da reunião e do conteúdo das intervenções) que muito agradecemos, aproveitando para fazer aqui a ligação para todo o material disponibilizado no respectivo blog.
Work in Progress
Continua a pré-produção da nossa grandiosa BD, Os Subúrbios, recolhendo com atenção as sugestões já recebidas.
O Brocas assinalou, e com razão, que a geração dos Zé Carlos, Tó Manéis, Zé Toinos e afins já começa e ver o cabelo a escassear (tirando os que usam gel a acachapar o que resta).
Por isso, aqui temos, num primeiro esboço, o Tó Manuel Subúrbio, possível protagonista da nossa série épica, lídimo representante de um eleitorado masculino que aprecia algumas tradições da região como as largadas da Moita (a que foi em jovem), a ida ao Feira Nova em fato de treino, o ajeitamento semi-dissimulado das partes baixas em público quando a coçanga aperta ou o olhar dissimulado para o decote maroto da vizinha do 2º esquerdo "que tem cá umas mamocas de se lhe tirar o chapéu"...
Mas, como no Brasil, tudo ainda está sujeito a revisão e ao escrutínio das audiências.
AV1 (com esquiço apressado de artista convidada)
Serão homónimas ?
Então "Ancião" Manuel Alegre, não comenta...
Será que Manuel Alegre não se vai pronunciar sobre esta FACADA nas costas, é que agora era o momento certo para a sua candidatura à Presidência da República, por todos os motivos desde o seu passado anti-fascista e de homem da cultura e das letras e referência Nacional e Internacional.
Os seus apoiantes dentro do PS e que colaboraram na sua campanha para Secretário Geral,além pelo que consta terem passado a militantes de segunda dentro do PS, (pelo que ouvimos) agora perdem também esta oportunidade de readquirirem alguma dignidade dado o apoio de Sócrates a Mário Soares, sem hesitações.
O Mário Soares meteu o Socialismo na gaveta, o Manuel Alegre tentou encontrar a chave, mas o PS, com Sócrates mandou esconder a gaveta.
Se ainda existe esquerda dentro do PS, agora é uma boa altura de falar e contestar esta decisão de Sócrates, ou então cale-se para sempre e assumam que o PS não é de esquerda e de Socialista, apenas mantém o nome...
Porque se Manuel Alegre e os seus apoiantes não falarem, isso significa que a ideologia socialista e social democrata, deixou de existir dentro do PS, por isso mentiram ao Povo Português porque utilizaram o nome SOCIALISTA apenas para ganharem as eleições e assim conquistarem o PODER !
Se a ala esquerda do PS não se pronunciar agora, teremos de concluir que no PS actualmente restam apenas um grupo de XUXALISTAS que apenas querem defender os seus interesses e conveniências, e se estão a marimbar para Portugal e especialmente para os Portugueses que votaram neles em nome desse SOCIALISMO !
AV2
Sócrates e os "Anciãos"
Foi muito rápida a resposta de apoio de José Sócrates à candidatura do "venerável ancião" Mário Soares para a Presidência da República, na sua ânsia de poder e na hipótese de conseguir que a candidatura de Mário Soares consiga agregar toda a esquerda e ganhar assim as eleições à primeira volta.
Nas discussões aquando das eleições internas para secretário geral do PS, um dos factores que os adeptos de Sócrates apresentaram para desvalorizarem a candidatura de Manuel Alegre, era a o facto de ele já ser muito velho...
Agora parece que esse factor "IDADE", já não conta.
AV2
sábado, julho 23, 2005
Ainda está a tempo...
...de Conhecer para Aceitar
Aprender a conhecer e a respeitar os diferentes usos, costumes e tradições da população oriunda de vários países africanos e de diversas regiões de Portugal que reside na Urbanização da
Quinta da Fonte da Prata, em Alhos Vedros, é o principal objectivo da iniciativa ´´Conhecer
para Aceitar´´ que vai decorrer entre os dias 22 e 24 de Julho, na Urbanização Quinta da Fonte da Prata, em Alhos Vedros.
Participação da Mó de Vida com um stand de divulgação e venda de produtos do Comércio Justo e Solidário. Promovido pela Junta de Freguesia de Alhos Vedros, com o apoio da Câmara Municipal da Moita, o ´´Conhecer para Aceitar´´ vai contar com várias ´´Tasquinhas´´ com comida típica de Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, Espanha e Alentejo, ateliers de artesanato, artes decorativas e moda, exposições e muitos espectáculos musicais.
Local: Quinta Fonte da Prata - Alhos Vedros
Horário: 6ª feira das 19h30 às 24h00 sábado e domingo 10h00 às 24h00.
Aprender a conhecer e a respeitar os diferentes usos, costumes e tradições da população oriunda de vários países africanos e de diversas regiões de Portugal que reside na Urbanização da
Quinta da Fonte da Prata, em Alhos Vedros, é o principal objectivo da iniciativa ´´Conhecer
para Aceitar´´ que vai decorrer entre os dias 22 e 24 de Julho, na Urbanização Quinta da Fonte da Prata, em Alhos Vedros.
Participação da Mó de Vida com um stand de divulgação e venda de produtos do Comércio Justo e Solidário. Promovido pela Junta de Freguesia de Alhos Vedros, com o apoio da Câmara Municipal da Moita, o ´´Conhecer para Aceitar´´ vai contar com várias ´´Tasquinhas´´ com comida típica de Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, Espanha e Alentejo, ateliers de artesanato, artes decorativas e moda, exposições e muitos espectáculos musicais.
Local: Quinta Fonte da Prata - Alhos Vedros
Horário: 6ª feira das 19h30 às 24h00 sábado e domingo 10h00 às 24h00.
Está em pré-produção...
... o nosso esboço de tira de banda desenhada de inspiração e temática locais, que será protagonizada pela família Subúrbio (Tó Manel, o pai, Maria dos Anjos, a mãe, mais os filhotes se para isso houver inspiração, Vanessa Cristina, a filha, e Ruben Miguel, o filho), digna representante da população eleitora do nosso concelho na sua versão dormitório sem remédio.
Por agora, ainda estamos só a cuspir para o ar.
Vamos a ver se sai qualquer coisa de jeito.
Ali ao lado está o tio Subúrbio, o Zé Carlos, que foi morar para fora mas de vez em quando aparece por cá e cada vez fica mais admirado com o "desenvolvimento" da freguesia de Alhos Vedros e, mais recentemente, com as obras de requalificação.
Atendendo a que eu nem uma folha em branco sei desenhar, foi necessário aliciar uma colaboração artística externa.
Produção a sério provavelmente só lá para finais de Agosto.
Antes, só se arriscarmos matéria experimental, tipo nº 00.
AV1
Felizmente...
Colaboração do Oliude
Boogeyman
2005 - EUA - 88 min.
Director: Stephen Kay
Género: Suspense
Tim (Barry Watson) é um homem perseguido pelas memórias traumáticas vividas no passado, quando o seu pai é morto pelo Bicho Papão.
Tim desenvolve uma fobia por armários e desesperado em fazer frente a este trauma, regressa à sua cidade natal. Na esperança de esquecer o passado, Tim decide passar a noite na sua antiga casa.
Comentário: Filme interessante, que nos deixa colados à cadeira com o coração a bater descontrolado.
Visitem www.alhosvedroscity.blogspot.com
Classificação: 6/10
Oliude
2005 - EUA - 88 min.
Director: Stephen Kay
Género: Suspense
Tim (Barry Watson) é um homem perseguido pelas memórias traumáticas vividas no passado, quando o seu pai é morto pelo Bicho Papão.
Tim desenvolve uma fobia por armários e desesperado em fazer frente a este trauma, regressa à sua cidade natal. Na esperança de esquecer o passado, Tim decide passar a noite na sua antiga casa.
Comentário: Filme interessante, que nos deixa colados à cadeira com o coração a bater descontrolado.
Visitem www.alhosvedroscity.blogspot.com
Classificação: 6/10
Oliude
Aritmética eleitoral
De hoje a uma semana já espero estar de férias, bem longe daqui e com acesso reduzido à net, pelo que vou começando a adiantar algumas prosas sobre as próximas autárquicas, vistas a três meses de distância.
Olhando para a evolução dos resultados dos últimos 30 anos e combinando isso com as forças actualmente em confronto, verifica-se que, pela primeira vez, o PS está em posição de contestar a predominância da CDU, coisa que mesmo aqui no AVP, por muito críticos que sejamos, não achávamos verdadeiramente possível no início de 2005.
E o que se alterou desde então:
Principalmente o comportamento das forças políticas à esquerda da CDU e à direita do PS, o que vai levar a uma eventual alteração da cartografia eleitoral.
Eu passo a explicar:
Do lado esquerdo, em virtude da injecção de ânimo dos resultados da legislativas de Fevereiro, o Bloco pode desta vez aproximar-se de um resultado histórico no concelho, em especial no plano das eleições autárquicas, não sendo de excluir um valor entre os 7 a 10%, mesmo se a campanha do BE local demorou muito a perceber que precisava de arrancar e ir para o campo. Ora estes votos irão encurtar o espaço de manobra da CDU, porque serão transferências de votos do seu campo natural ou votos que o Bloco pode ir buscar a abstencionistas de esquerda. Atendendo ao ritmo de perda da CDU na última década, muito dificilmente este ano João Lobo conseguirá segurar 40% do eleitorado.
Do lado direito, a aliança PSD/CDS parece ter afinado por uma campanha algo caricata que irá fazer com que os seus resultados possam ser os piores de sempre (na casa dos 10%), o que permite ao PS espraiar-se por todo o centro político e atingir um resultado quase por certo acima dos 35%.
Isto significa que, a esta distância, e atendendo a muitas variáveis que ainda estão em jogo, a disputa pela CMM está quase em situação de empate técnico, apenas com uma ligeira vantagem para a CDU.
Muito vai depender do que se passar na sequência da discussão do PDM e de saber, para os mais interessados por essas coisas, se a CDU e o PS representam verdadeiramente opções diferentes para o desenvolvimento do concelho. Se a ideia que ficar é a de que no fundo as opções são iguais, a CDU tem a vantagem de estar a exercer o Poder e ter um aparelho de propaganda instalado a trabalhar para si.
Se a ideia que predominar dor a de que o PS representa uma via diferente - e não apenas crítica do que está - as hipóteses socialistas são maiores.
Para os menos atentos - e talvez para a maioria da população - vão ser fulcrais dois aspectos: a fidelidade de voto e o peso da imagem. No primeiro caso a CDU tem vantagem, embora o seu eleitorado esteja em crescente erosão e o rejuvenescimento aparente do seu pessoal político só seja isso mesmo, aparente, pois já cá andam há décadas; no segundo, o cenário é indefinido, porque a imagem que passa do PS ainda não é a melhor e perde-se entre a crítica vaga a tudo e as propostas vagas sobre quase nada.
Atendendo a tudo isto, volto a achar que muito passa pelo que o Bloco e a aliança PSD/CDS conseguirem fazer. Até ao momento, como acima escrevi, o Bloco tarda em arrancar a sério e em capitalizar a euforia da votação de Fevereiro no concelho; pelo seu lado, a campanha PSD/CDS tende a afundar-se cada vez mais, equivocada no facto de não estar a dirigir-se apenas ao público da Praça Daniel do Nascimento durante a Tourada da RTP.
No fim de tudo, é muito possível que a CMM tenha de vir a ser gerida por uma coligação pós-eleitoral. O que para um céptico nato quanto às potencialidades das maiorias absolutas como eu, poderão ser boas notícias.
AV1
(Imagem de O Rio nº 99, de 1 a 15 de Janeiro de 2002, p.8)
sexta-feira, julho 22, 2005
Pequena Homenagem aos Caramelos
Alhos Vedros e toda a margem Sul foram zona de afluência de muitas migrações e actualmente também de imigrações, os Caramelos de ir e vir tornaram-se arroteadores de terras e depois residentes e transportaram todo o seu saber e conhecimentos, colonizando a zona da Barra Cheia e dando-lhe um cunho cultural ímpar no concelho da Moita e da Região.
Tais valores têm de ser preservados, para que não se perca uma parte, quiçá das mais importantes na história do concelho e em particular de Alhos Vedros.
Os Caramelos são um povo que no princípio do séc. XIX povoaram a Barra Cheia, povos vindos da região entre Douro e Serra do Caramulo.
extraido do boletim "Os Caramelos" de Abril de 1985
Algo me escapa nisto tudo...
Do Setúbal na Rede, sobre a revisão do PDM da Moita:
Este é um processo que a câmara “anseia que se desenvolva há muito tempo”, diz João Lobo, ao salientar que a altura em que está a decorrer o inquérito público “não é muito propícia”. “Em termos políticos, encontramo-nos numa fase complexa e este é um período de férias”, acrescenta. Mas reforça o facto de a câmara estar a “aguardar pelo processo há dois anos”.
Uma das propostas está relacionada com a Reserva Ecológica Nacional (REN). Esta é uma zona rural que está a ficar “desertificada e abandonada”. A ideia apresentada no projecto prende-se com “a criação de dois núcleos urbanos”. É assim “necessário” criar “medidas ponderosas” em zonas com estas características, que permitam “aos proprietários que tenham comprado ou adquirido por herança os terrenos há dez anos, ampliar ou construir uma habitação, por questões de carácter social”, explica João Lobo. “Os jovens não têm procurado estas zonas para habitar” e isto é “preocupante”, diz.
A Comissão de Acompanhamento “não concorda com a proposta”, apesar de ter “aceitado mantê-la” no projecto de revisão. A opinião da comissão vai no sentido de “estas situações deverem sempre respeitar o regime da REN”, declara o presidente. Por outro lado, João Lobo salienta que “respeitar o regime da REN é praticamente anular as medidas ponderosas”. Além disso, torna-se “necessário regulamentar o regime” de forma a permitir “o desenvolvimento da actividade agrícola”. A lei da REN é “extremamente restrita” e “não permite que haja desenvolvimento de carácter rural ou a nível agro-pecuário”.
A Comissão de Acompanhamento “não concorda com a proposta”, apesar de ter “aceitado mantê-la” no projecto de revisão. A opinião da comissão vai no sentido de “estas situações deverem sempre respeitar o regime da REN”, declara o presidente. Por outro lado, João Lobo salienta que “respeitar o regime da REN é praticamente anular as medidas ponderosas”. Além disso, torna-se “necessário regulamentar o regime” de forma a permitir “o desenvolvimento da actividade agrícola”. A lei da REN é “extremamente restrita” e “não permite que haja desenvolvimento de carácter rural ou a nível agro-pecuário”.
(...)
O período de discussão pública estende-se até ao dia 2 de Setembro e em “Outubro ou Novembro serão apresentadas as decisões dos órgãos municipais”, adianta o presidente da câmara. Com a realização das eleições a 9 de Outubro, João Lobo salienta que “a questão será objecto de decisão dos novos órgãos de decisão autárquicos”.»
.
Sou só eu ou isto parece não bater a bota com a perdigota, o que se faz com o que se diz, o que se apresenta com o que se diz que é necessário ?
Avivei a negrito as passagens que "me fazem mais espécie", como se dizia antigamente.
É impressão minha ou o João Lobo está a preparar-se para bater em retirada em algumas partes polémicas do PDM (que não na betonização da Fonte da Prata), para salvaguardar o essencial que são os negócios imobiliários ?
E, já agora, também é impressão minha ou está a lançar a batata quente para o período pós-eleitoral de anos de preparação ? Se a CDU ganhar as eleições, apresentará isso como um plebiscito implícito à sua acção e ás suas propostas. Se perder deixa os sucessores com a criança, ainda de cueiros, nos braços, a espernear e berrar.
Por fim, é impressão minha ou isto é uma grande salgalhada e estas declarações do Presidente da CMM são um misto de justificar o injustificável com o limpar a água do capote auto-desculpabilizador, enquanto de abrem umas janelas para o que não pode sair ou entrar pela porta da revisão do PDM ?
AV1
A Tradição já não é o que era...
Quando um tipo pensava que não era possível fazer pior do que o anterior cartaz, eis que a campanha PSD/CDS de Luis Nascimento se excede e consegue produzir material ainda pior do que o anterior.
É que eu não sei se é mesmo falta de ideias, de jeito com o Photoshop (isso ainda compreendo), de gosto ou apenas carência de tudo ao molho.
Eis o que pode ser, mesmo graficamente, uma campanha serôdia no seu "melhor". A nível de ideário, então nem vale a pena falar seja o que for, porque já seria demasiada maldade.
Enfim, para este rapaz que é da minha geração, a tradição são toiros, sol e sombra, e estamos aviados. É triste, mas é verdade.
Digamos assim, se tivessemos de escolher um candidato para votar contra, que representasse tudo aquilo com que embirramos, já estava escolhido, ganhando a uma grande distância a todos os outros (acho que só o Luís Chula é capaz de, e mesmo assim muito de longe, ombrear com este homem em passadismo tradicionalista).
Continuo a achar que, de qualquer modo, deviam colocar o verdadeiro candidato em primeiro plano ou, no mínimo, que tivessem dado o devido destaque à criatura presente na imagem que teria mais hipóteses de ganhar votos, a qual se distingue por ser a única com cabeça erguida e os pés bem assentes no chão.
AV1
(Por razões que achamos válidas, não revelamos aqui quem nos mandou a imagem, mesmo que não trenha sido solicitado o anonimato.)
É que eu não sei se é mesmo falta de ideias, de jeito com o Photoshop (isso ainda compreendo), de gosto ou apenas carência de tudo ao molho.
Eis o que pode ser, mesmo graficamente, uma campanha serôdia no seu "melhor". A nível de ideário, então nem vale a pena falar seja o que for, porque já seria demasiada maldade.
Enfim, para este rapaz que é da minha geração, a tradição são toiros, sol e sombra, e estamos aviados. É triste, mas é verdade.
Digamos assim, se tivessemos de escolher um candidato para votar contra, que representasse tudo aquilo com que embirramos, já estava escolhido, ganhando a uma grande distância a todos os outros (acho que só o Luís Chula é capaz de, e mesmo assim muito de longe, ombrear com este homem em passadismo tradicionalista).
Continuo a achar que, de qualquer modo, deviam colocar o verdadeiro candidato em primeiro plano ou, no mínimo, que tivessem dado o devido destaque à criatura presente na imagem que teria mais hipóteses de ganhar votos, a qual se distingue por ser a única com cabeça erguida e os pés bem assentes no chão.
AV1
(Por razões que achamos válidas, não revelamos aqui quem nos mandou a imagem, mesmo que não trenha sido solicitado o anonimato.)
Música para as massas
Coisas de Gajos...
Só para quem não comprou a FHM, aqui vai o Top 10 anotado das mais sexys do planeta:
10º Kelly Brook (não conhecia, por isso... a foto é pequena mas revela portencialidades)
9º Isabel Figueira (pronto, enfim, neste caso o que é nacional é bom, mas não vale exagerar...)
8º Daniella Cicarelli (claramente overrated, se querem saber a minha opinião, se mesmo o Dentuça a troca de mês em mês...)
7º Jennifer Garner (isto sim já estamos a falar a mesma língua..)
6º Carmen Electra (sempre um valor seguro, nada a obstar, mesmo avançando prós 30s)
5º Alexandra Lencastre (se é para a rapariga recuperar melhor da depressão, tá bem, mas sinceramente já teve muito melhores dias que o Piet Hein aproveitou, o sacana do holandês... Agora é como a Capela Sistina, vê-se que foi uma bela obra, ainda atrai o olhar depois do restauro, mas não deixa de ser uma peça da História.).
4º Alinne Moraes (não sei quem é, mas parece que entra numa novela qualquer, ela e mais umas centenas de brasileiras boas como o milho, e daí...)
3º Helena Coelho (quem ? Fez o anúncio da própria FHM, mas só se compreende se fez mais qualquer coisa à facção não gay da redacção...)
2º Merche Romero (pois... aqui eu cedo um pouco, pois a rapariga tem algo que ... e se atura horas com o Malato, também me aturaria a mim que peso menos...).
1º Angelina Jolie (too obvious...).
Nota final: nos 15º e 14º lugar estão a Jennifer Lopez e a Monica Bellucci, é na página 28 e vale a pena, tal como a Halle Berry na 27 (18º lugar).
10º Kelly Brook (não conhecia, por isso... a foto é pequena mas revela portencialidades)
9º Isabel Figueira (pronto, enfim, neste caso o que é nacional é bom, mas não vale exagerar...)
8º Daniella Cicarelli (claramente overrated, se querem saber a minha opinião, se mesmo o Dentuça a troca de mês em mês...)
7º Jennifer Garner (isto sim já estamos a falar a mesma língua..)
6º Carmen Electra (sempre um valor seguro, nada a obstar, mesmo avançando prós 30s)
5º Alexandra Lencastre (se é para a rapariga recuperar melhor da depressão, tá bem, mas sinceramente já teve muito melhores dias que o Piet Hein aproveitou, o sacana do holandês... Agora é como a Capela Sistina, vê-se que foi uma bela obra, ainda atrai o olhar depois do restauro, mas não deixa de ser uma peça da História.).
4º Alinne Moraes (não sei quem é, mas parece que entra numa novela qualquer, ela e mais umas centenas de brasileiras boas como o milho, e daí...)
3º Helena Coelho (quem ? Fez o anúncio da própria FHM, mas só se compreende se fez mais qualquer coisa à facção não gay da redacção...)
2º Merche Romero (pois... aqui eu cedo um pouco, pois a rapariga tem algo que ... e se atura horas com o Malato, também me aturaria a mim que peso menos...).
1º Angelina Jolie (too obvious...).
Nota final: nos 15º e 14º lugar estão a Jennifer Lopez e a Monica Bellucci, é na página 28 e vale a pena, tal como a Halle Berry na 27 (18º lugar).
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