quinta-feira, julho 14, 2005

Sou um filisteu sem remissão...

Após ofender desnecessariamente os defensores do desporto, vou agora ofender os defensores da cultura e da dança.
A coisa é assim...
Eu não sou marxista, por isso não acho que a cultura é uma superestrura da infraestrura da estrutura que coisa e tal e, portanto, só necessária se ao serviço dos interesses do proletariado.
Mas este bruá em torno do fim do Ballet Gulbenkian, enerva-me, sei lá...
Deve ter sido de um colega de curso que eu tive que era bailarino lá no sítio e ficava a dever muito a várias qualidades que aprecio (carácter, por exemplo), enquanto lhe sobrava bastante em algumas que eu dispenso (sacanice e filhadaputice, só para versejar).
Mas não estou aqui para ajustar contas com o passado, porque o fiz em seu tempo.
Apenas acho desmesurado o tempo de antena dado a 25-30 pêssegos e pêssegas, que até se vão safar com um dinheirinho simpático, quando todos os dias fecham fábricas que lançam famílias para um destino incerto, sem indemnizações confortáveis no bolso.
A Gulbenkian é uma entidade privada que faz com o seu (imenso) dinheiro, o que bem entender.
Por isso, amigos defensores do liberalismo e da iniciativa privada, agora não venham com coisas do género, o Estado devia dar uma ajuda.
E isto vem da parte de quem já levou duas tampas em pedidos de subsídios à dita Fundação.
Amigas e amigos bailarinos...
Por uma vez, rodopiem lá para forma da minha vista, que eu já me estou a irritar com tanta mariquice (nos sentidos literal, figurado e assumidamente politicamente incorrecto).

AV1

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