Um facto aconteceu há pouco tempo e mudou a definição geo-política da actual situação de uma única Super-Potência, para a existência de duas Super-Potências, a Russia e a China fizeram exercicios militares em conjunto, esta aproximação destas duas grandes potências indicia uma talvez mais alargada colaboração militar entre os dois países, se houver uma confirmação desta aliança os EUA terão de mudar a sua estratégia para com os seus aliados e especialmente com os aliados da NATO, a sua atitude de arrogância tenderá a abrandar.
A Alemanha faz muito melhor acordos com a Rússia do que com os EUA.
Os EUA voltam a necessitar dos seus mais antigos aliados e Portugal especialmente devido aos Açores, volta a ser estratégicamente importante no mapa geo-político com duas Super-Potências.
A Europa como União de Nações faliu e o federalismo nunca resultaria nesta Europa de Independências e separatismos latentes e em crescendo, (Espanha e Itália são dois exemplos).
Vem este preâmbulo a propósito da subida de descontentamento entre os Oficiais das Forças Armadas.
A actual democracia em que vivemos desde o 25 de Abril de 1974 e que muitos pensam ser um facto adquirido, foi implantada por um golpe militar organizado por Oficiais que estavam descontentes com as suas carreiras e com a forma como o governo de Marcello Caetano, encarava a sua ascenção dentro da carreira militar.
As condições actuais são em tudo idênticas às vésperas do 25 de Abril e quem pensa que a protecção da Europa ou os Iberistas que acham que a Espanha em minutos recolocaria Portugal de novo no rumo desta "democracia", têm de ter atenção que as condicionantes actuais, em que a UE, não é mais nada que uma desunião de nações e que só pelos interesses económicos subsiste e que Espanha, está em fase de se tornar uma federação, assim como Itália.
Acho por isso que se o governo não voltar atrás na lei que quer equiparar os Militares ao resto da função pública, poderá ser a gota de água e não será de excluir um golpe de estado militar, se para isso contarem com o apoio ou não oposição dos EUA e da Nato.
Manuel Pedro
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