Já reparei que, aparentemente, ando a produzir mais de metade dos caracteres gastos na blogosfera com o PDM. Vou prometer que me moderarei, para esperar por outras opiniões e para não acelerar demasiado o ritmo das questões levantadas.
Por isso, vou-me ficando com umas curtas, que logo se desenvolverão a seu tempo:
a) Porque compartimentar a freguesia de Alhos Vedros entre uma zona norte, que se poderá considerar ribeirinha, cheia de casario, com deficientes equipamentos colectivos e quase sem uma zona verde de lazer e fruição da Natureza em estado que valha a pena, enquanto a Barra Cheia é quase completamente vedada à construção ? Em primeiro lugar, o espaço verde que lá existe não é assim tão rico em termos de biodiversidade, sendo-o sim em termos de agricultura. Por isso, porquê encaixotar na Barra Cheia (e nos Brejos) todo o espaço verde protegido, em vez de o distribuir harmoniosamente pela freguesia, enquadrando os seus núcleos habitacionais mais ou menos tradicionais (Arroteias, Bairro Gouveia, Fonte da Prata, etc) ? Não seria mais adequado considerar REN também boa parte da zona ribeirinha, como forma de a proteger do lançamento de entulhos e de outras intervenções desastradas, com a conivência ou inacção da CMM ?
b) Estando definido um corredor acústico em redor das principais rodovias (e ferrovia), que estratégias existem para o concretizar ? Em vez daqueles horrorosos painéis acústicos que se colocam em redor das auto-estradas, não seria muito mais adequado criar corredores de arvoredo que também absorvem o som, renovam o ar e tornam muito mais aprazível todo o espaço ? Essa deveria ser, obrigatoriamente, a solução em torno da estrada entre Alhos Vedros e a Moita, em especial na zona da Fonte da Prata, como acontecia anteriormente, mas parece que esse é o tipo de intervenção que a CMM desconhece. Uma vez abatidas as faias, plátanos e outras árvores que por ali existiam há décadas, resta-nos a visão da aridez semi-desértica que antecede as obras para novas urbanizações.
c) Está ou não em preparação a criação de uma freguesia da Quinta da Fonte da Prata ? Atendendo à quantidade de construção que se prevê para a zona (tipo dormitório puro e duro) e aos equipamentos que se prometem há muito e até ao actual desenho da rodovia de quatro faixas, que desencoraja o encaminhamento das gentes para Alhos Vedros, parece-me claro que a CMM aposta na criação de uma nova freguesia mais virada para a sede de concelho, o que até parece resultar também do projecto de tornar a zona ribeirinha em frente da Marginal da Moita uma área de lazer e desportos aquáticos. Neste caso, o que sobra para Alhos Vedros ? O Cais Velho com o seu eterno fedor a fezes ? O aterro a céu aberto até ao Cais Novo ? Uma pintureza às paredes do Moinho de Maré quando o rei faz anos ?
E por aqui me fico, à espera de quem mais ilustrado do que eu, escreva algo de maior valor acrescentado.
AV1
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