quinta-feira, agosto 31, 2006

A Foto da Crise







Podia ser na nossa "Pérola do Tejo", o Rosárinho, mas por aqui não há tanto sortido...


AV1

Léxico Analítico do Moiteiro Básico e Encartado - Letra H

História - querem fazer crer alguns energúmenos de Alhos Vedros, essa terreola sem pergaminhos, que a História, para mais a local, começou antes do ano glorioso de 1691 e que a Moita já pertenceu outrora ao seu termo e que só recentemente terá ganho o seu estatuto municipal. Nada está mais errado, pois a Moita é ancestral e é o centro do mundo e arredores. E nada como fazer uma introdução rápida à cronologia para demonstrar a validade de tal asserção. A Pré-História foi um longo período em que a maior parte dos os homens vivia ainda como nómadas, não conhecendo a escrita nem o fogo, divertindo-se na pega dos touros em liberdade. Estendeu-se desde tempos imemoriais até ao ano de 1691 d.C., quando a escrita foi inventada no reinado de D. Pedro II na forma de uma carta de elevação da Moita a vila. A partir desse momento, a História teve o seu início, as comunidades humanas tornaram-se sedentárias, foram descobertos o fogo, a roda e as emboladeiras para colocar nos cornos dos touros e as pegas de cernelha. Até esta data não existem quaisquer documentos escritos na região, o que se prova pela evidência de a CMM não ter até hoje encontrado qualquer testemunho que se possa considerar verídico e digno de qualquer estudo ou publicação. A Idade Antiga durou até 1855, quando o termo da vila da Moita foi incorporado no do Barreiro. É um período de esplendor em que a Moita cresceu, multiplicou-se e iniciou o seu período de domínio. As grandes construções monumentais históricas que a caracterizam começaram, assim como a festividade dedicada a N. S. da Boa Viagem, a primeira do género em toda a região, que até ao momento desconhecia como venerar os seus santos. A Idade Média, período intermédio de trevas, prolongou-se de 1855 a 1898, quando por influência dos bárbaros que dominavam Lisboa, o concelho da Moita foi algumas vezes extinto, ora passando para os domínios do Barreiro ora de Aldeia Galega. A única luz neste intervalo de tempo foi a criação em 1872 da primeira Praça de Touros na vila. A Idade Moderna, estendeu-se de 1898, quando o concelho da Moita foi restaurado em definitivo, até 1950, data da criação da Praça de Touros, agora conhecida como Daniel do Nascimento. Fruto da pressão das movimentações populares, esta magnífica edificação, é ainda hoje um testemunho vivo do poder do povo da Moita, essa massa de cidadãos e cidadãs de estirpe indomável que, desde o início dos tempos, sempre lutou pela dignificação da Festa Brava. A Idade Contemporânea está em decurso desde então, embora alguns sinais visíveis nos primeiros anos deste novo milénio nos indiciem que estará para breve a transição para uma Nova Idade – a Idade do Touro. Esses sinais, foram o aparecimento de um Novo Homem, bem simbolizado pelo nosso actual Presidente, exemplo ímpar de liderança política e amor à afficion, assim como o aparecimento, um pouco por toda a Moita, de rotundas com figuras alegóricas sobre o advento de uma nova era, de que o maior exemplo é a rotunda com uma figura bovina na chamada Estrada dos Espanhóis.
.
Doutor Rabinho e Bostinhas (historiador moiteiro, convidado pelo AVP a recuperar e adaptar um velho texto seu)

Um Moscatel de Setúbal, Roxo e Fresquinho

Antes do jantar, para aguçar o apetite.
Só para declarar que no próximo dia 6 de Setembro, a acreditar em fontes bem situadas, a nóvel Presidente da Câmara de Setúbal irá guardar para si o sector do Urbanismo.
Consta que o desafogo material da pessoa em causa a colocará acima de determinadas tentações e clivagens que estiveram na base da teia do "se eu vou ele também tem de ir".

AV1

Especial Cais Novo




No Alhos Vedros Visual, com apenas algumas imagens já antes usadas, nossas, do Brocas e do Google-Earth, os suspeitos do costume.
E não nos iludamos, mesmo visto de cima, é terceiro-mundista.

AV1

Expliquem-me, que estou a ficar velho...

... porque é possível recolher aqui, aqui e aqui, informação sobre o PDM da Moita que não encontramos no site da autarquia moiteira?

AV1

Começando por uma orelha...

No próprio site da CMM, pode ler-se o seguinte sobre o que envolvia, em 2002, o problema da zona ribeirinha do concelho, assim como sobre o cais de Alhos Vedros:

Sobre as zonas de caldeira, declarações do responsável da APL:
.
«A Moita é um dos concelhos do Estuário do Tejo com quem temos uma relação mais profícua. (...) Mesmo antes da assinatura do protocolo entre a APL e a Câmara, havia já um conjunto de intenções comuns que se vieram a concretizar mais tarde. A remoção das carcaças dos barcos abandonados no leito do rio foi o primeiro passo.
Desde então, a APL tem desenvolvido vários estudos, entre os quais a avaliação das condições de revitalização e exploração das caldeiras, e chegámos à conclusão de que vale a pena desenvolver um projecto de recuperação das caldeiras de Alhos Vedros, Sarilhos Pequenos e Moita, pois estas desempenham um papel importante impedindo o assoreamento do rio e, dessa forma, contribuem para a melhoria das condições de navegabilidade.»

Sobre o cais de desmantelamento, declarações de Rui Garcia e do responsável pela APL:
.
Rui Garcia: «Esta é uma actividade necessária; a questão que se coloca é em relação à sua localização. A APL apresentou uma proposta (com a qual a Câmara concorda) no sentido de o problema do desmantelamento de barcos e de carros ser tratado ao nível da Área Metropolitana de Lisboa.»
APL:«Uma vez que está a ser desenvolvido na Siderurgia Nacional, no Seixal, um projecto de reciclagem de sucatas, sugerimos que fosse criado, naquela unidade industrial, um espaço para o desmantelamento de navios, assim como para o tratamento de sucatas. Na altura, a proposta surgiu no âmbito de uma discussão alargada entre a APL, a Câmara da Moita e a Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo, tendo o desafio sido lançado a esta última entidade. Logo que haja vontade política, a APL está disposta a libertar o espaço do estaleiro em Alhos Vedros que está sob a nossa jurisdição. Quanto ao explorador da unidade, também passaria para a Siderurgia, mantendo a sua actividade económica.»

Ora o que se lê:
a) Que existe uma boa relação entre a APL e a CMM, ao contrário do que certos opinadores mal-informados ou desinformadores pretendem dar a entender, pois a APL propõe e a CMM concorda sempre.
.
b) Que foi a APL a propor que a deslocalização do Cais fosse tratada no âmbito da Área Metropolitana, com o que a CMM concorcou não apresentando qualquer ideia própria.
.
c) Que a APL está disposta a libertar o espaço do estaleiro logo que haja vontade política. Perguntamo-nos agora nós, vontade política de quem? Se a APL está disponível para isso?

Pois é, seria melhor que certas pessoas, até pelas funções que desempenham, percebessem um pouco daquilo que falam e escrevem, só para dar a cara e aparecer. E que não lançassem culpas para quem já se disponibilizou claramente a resolver o problema, ou seja, a APL, que só precisava de vontade política para mandar aquilo embora.
Nota ainda para o facto de tudo isto constar de publicações oficiais moiteiras.

AV1

A Técnica C.C.C.P.

Ou como o Colectivo Cobre a Cobardia Pessoal.
Eu explico o que a coisa é e porque, mais do que como uma ideologia, eu embirro solenemente com uma prática entranhada em certos ambientes políticos que desresponsabilizam os Indivíduos em nome do Colectivo.
É assim; sempre com o refúgio cómodo de certos princípios e certas decisões de carácter mais controverso serem da responsabilidade do senhor Colectivo, os indivíduos que aderem a essa prática escapam sempre a qualuqer tipo de responsabilização pelos seus actos.
Mesmo quando dão a cara dão a dita em nome das posições do Colectivo.
Quando alguém é escolhido para um cargo, a responsabilidade da escolha foi do Colectivo.
Se outrém é afastado de um outro cargo, a apreciação do seu desempenho foi feita pelo Colectivo.
Se aparece uma prosa escrita em qualquer lado, mesmo que com um nome por baixo, as opiniões são as que resultam do processod e discussão do Colectivo.
Isto é extremamente vantajoso porque permite, por um lado, que os nomes individuais apareçam à baila, mas que nunca nada se lhes possa asscar em concreto, porque tudo emana do Colectivo.
Esta é a forma mais rematada de cobardia individual pois corresponde à daqueles putos muito reguilas e irritantes, que estão sempre a fazer chinfrim mas que, quando levam um apertão, correm logo para trás dos irmãos e amigos mais velhos, para não serem culpabilizados pelas asneiras cometidas.
Por isso, acho particularmente caricato, que algumas vozes apareçam a criticar blogs e autores de blogs por serem isto e aquilo, anónimos e tal, cobartes e aqueloutro se, quando ficam à mão de semear, apelam logo para o Colectivo.
Ainda se o Colectivo correspondesse a um ideal de solidariedade e amizade interpessoal eu poderia achar muito bem, mesmo não gostando para meu uso.
Só que, nos tempos que correm, essa é apenas uma fachada para o exterior, pois por detrás das cortinas e das "paredes de vidro" fumado, o esfaqueamento mútuo é uma regra do quotidiano para atingir posições em que se possa aparecer em nome do Colectivo.
É triste mas é verdade.

AV1

Se o ridículo enchesse de alcatrão e penas...

... um jovem opinador local pareceria um daqueles batoteiros do Lucky Luke, depois de ser apanhado com ases falsos na manga.
O jovem opinador para toda a obra Nuno Cavaco depois de encostado às cordas para demonstrar o que a CMM fez em prol do encerramento do cais de desmantelamento de Alhos Vedros, dá-nos este endereço, embora continuando sem saber fazer um link, para um dos documentos do projecto de revisão do PDM com data de Abril de 2005.
Documento esse alojado fora do site da CMM, o que não deixa de ser curioso.
Julgo que o objectivo é um parágrafo que se encontra na página 59 em que, de forma doce, a CMM diz que logo que levem o cais de desmantelamento, fazem qualquer coisa para aquilo ficar mais bonito.
É pá, Nuno, você é assim mesmo tão básico como parece ou achava que eu não ia ler aquilo e ver que é só "tanga", pois o documento nem tem qualquer validade, nem demonstra nenhuma acção tomada pela CMM no sentido de afastar dali aquela tristeza?
O que vem naquele papel, ligado a uma revisão inacabada de PDM e portanto sem qualquer valor é algo do tipo; "se me tirarem este barracão da frente, eu faço um jardim, mas enquanto lá estiver, fica tudo assim".
Vamos tentar não ser hipócritas, OK?
Ou você continua a não perceber o que é uma fundamentação de uma opinião e a não perceber o que lê?
Se é assim, pelo menos não se enterre à vista de todos.
Porque é um espectáculo pungente e deprimente para final de Agosto.
Por exemplo, não deve ter percebido a carta que o mandatário do Carlos Sousa divulgou no Público, acusando os camaradas de "traição".

AV1

Se o encontrarem por aí...


... devolvam-no ao local de onde saiu, desembestado, com ordem para marrar nesta direcção.
Com a necessidade de disfarçar a atenção de outros temas escaldantes até agarra em assuntos que domina muito mal, sem os estudar nem se documentar previamente.
Mas o corte da orelhas está para breve.

AV1 (com imagem recolhida no Região de Setúbal Online)

quarta-feira, agosto 30, 2006

Acção Directa

Quanto ao Cais Novo há muito que defendo a acção revolucionária directa para acabar com o problema. Não há outra hipótese.
Mas como temos uns autarcas sem um mínimo de coragem para o que interessa, nem sequer o acesso aos Cais cortam em nome da segurança e defesa do Ambiente, como fez o tipo de Coimbra.
Depois há ainda os camaradas de terceira ordem a esganiçarem-se e a querer dar-nos recados, mas era melhor que fossem ver se as fraldas já estão molhadas e boas para mudar.
Aqui só se dá importância a quem a tem, não a quem ainda trabalha para a ter.
Parvo é o AV1 por prolongar conversas com o Jardim de Infãncia amoitado.

AV2

Não é isso que está em causa, pois não

Bruno Dias no Setúbal na Rede, sobre a demissão de Carlos Sousa:

«Não estão em causa as opiniões sobre a opção de cada partido quanto ao seu funcionamento e organização. Cada um poderá analisar (até a propósito deste caso concreto) como intervêm os comunistas eleitos em cargos públicos. A questão é que os partidos são feitos de homens e mulheres livres, que neles se associam por sua vontade, que através deles intervêm na sociedade de acordo com os seus ideais.
(...) É claro que a Comissão Concelhia de Setúbal e os organismos de direcção do Partido podiam ter tomado a decisão mais fácil neste quadro, um deixa-andar mais “compreensível” para alguns que vêem o poder local como palco de isaltinadas ou felgueirices. Mas se assim fosse, o PCP estaria a ser como os outros. Certo?»

Exacto e eu defendo que o PCP deve organizar-se como bem entender, votar de braço no ar e tudo isso, se necessário obrigar toda a gente a actos de contrição e a penitências na montagem da Festa do Avante.
Defendo acerrimamente que quem vai para um Partido é porque aceita as regras da colectividade. Se não aceita venha-se embora. Se gostava que fossem outras crie um Partido novo.
Só que as eleições para a Câmara de Setúbal são feitas de acordo, não com os estatutos do PCP mas com as leis da República.
E embora essas leis até prevejam que os cargos são dos partidos e as renúncias são possíveis, até ao momento ainda não institucionalizaram a cortina de fumo como método legítimo para encobrir a razão da renúncia explicitamente forçada contra a vontade do próprio "renunciado2.
O Isaltino, a Fatinha Felgueiras e o major Valentão candidataram-se à revelia dos seus partidos e foram reeleitos, mas nós sabemos o porquê de tudo isso e os eleitores locais até se ficaram nas tintas para as aldrabices que foram feitas.
Já por estas bandas os telhados e as paredes de vidro, quando se trata destes asuntos, ficam mais pardacentos do que a vala que vem ali a escorrer da Vinha das Pedras e desagua no nosso Cais Velho.
Porque, no fundo, o que Bruno Dias escreve é que, se não tivessem levado Carlos Sousa à renúncia, a situação seria equivalente a uma isaltinada ou felgueirice. Ora sabendo nós que estas maroscas não foram meras disputas sobre "renovações" mas casos de polícia fica sempre a dúvida sobre se porventura, pela margens do Sado... ... ...

AV1

Está lá!

Por muito que queiram fingir que não está.
A culpa da instalação é da A.P.L.? Tudo bem, não me interessa se a culpa está casada com alguém de posses, são esses os culpados, damos isso já por adquirido e não se fala mais nisso.
Agora o que também me interessa é que, quem desculpabiliza as autoridades locais e afirma que essas autoridades têm desenvolvido forte acção para desencalhar dali aquele cancro, demonstre o que afirma!
Não é muito rigoroso e é manifestamente desonesto do ponto de vista intelectual, acusar os outros de fazerem denúncias infundadas e depois não provarem o que escrevem ou dizem.
Por isso, meu jovem Nuno Cavaco, quando escrever sobre algo e tentar desmentir o óbvio e afirmar o que lhe interessa, faça lá uma listinha das acções que - não vou alongar-me muito no tempo - desde 2000 a CMM desenvolveu sobre o assunto.
Eu, assim de memória, parece que me lembro de uma reunião há um par de anos para discussão de assuntos vários, que a CMM se apressou a divulgar que contemplava a questão do Cais Novo, mas parece-me que o regresso de rabinho entre as pernas, sem que qualquer acção concreta no plano jurídico fosse tomada, foi o desfecho.
Estará o jovem opinador em condições de, com provas documentais, me desmentir?
Ou apenas é capaz de acusar os outros de denúncias infundadas, mas depois especializa-se em denunciar, de forma infundada, essas denúncias?

AV1

Vocabulário Actual da Gestão Autárquica Moiteira - Letra G

Gestão - aquilo que em boa verdade a "gestão" autárquica moiteira desconhece para além da designação. Os exemplos podem ser mais que muitos, distribuídos por diversas áreas, embora para todos eu já saiba que a justificação é que o mesmo se passa em outras autarquias e de outros partidos e que os críticos perderam as eleições e que por isso deviam estar calados. Mas comecemos pelo mais óbvio, que é a gestão financeira do município. Neste particular eu apenas destacaria o facto de tudo, em matéria de investimentos, andar ao sabor dos calendários eleitorais e depender quase em exclusivo do sector imobiliário e das famosas "contrapartidas", pois as capacidades financeiras próprias estão nas lonas. Durante 2005 gastou-se a bom gastar, mas muitas vezes por conta e seguindo os bons e velhos hábitos do rol ou do calote. Não havia dinheiro para grande coisa, mas guardou-se tudo para as últimas para parecer que se fazia muito, do Vale da Amoreira ao Largo do Coreto em Alhos Vedros, mais uns reperfilamentos à la carte, da Avenida 1º de Maio na Baixa à famigerada Marginal, que já leva uns quantos meses de atraso na conclusão da obra. Distribuiram-se generosamente outdoors pelo concelho a anunciar obra feita, a fazer e por fazer, enquanto não se pagavam as contas à Cabovisão e à Amarsul. Grita-se que a água é a mais barata deste sistema solar e galáxias anexas, mas mal se ganham as eleições estabelece-se uma taxa a cobrar na dita factura, para financiar a recolher dos RSU que a Amarsul afinal fica mais cara do que a encomenda. Por outro lado, quando as coisas apertam, descobre-se que, afinal, quem tem formação na área não é quem fica com o sector das Finanças e quem fica diz publicamente que não percebe do assunto. Em matéria de gestão de pessoal, a CMM é, como sempre foi, uma agência de empregos melhor ou pior pagos, levano mais de um terço do orçamento e sabendo seleccionar sempre a preceito quem tem direito a mais uns extras, quer em absentismo ao trabalho para tratar de "outros assuntos" e "contactos com a população", quer em horitas extraordinárias resultantes do que não foi feito durante o expediente regular. Se alguém perde o lugar numa câmara da mesma cor no Alentejo, lá vem com o cargo de assessor(a) para aqui, onde nunca tinha estado, para ajudar um neófito presidente a perceber o que claramente não percebe. Quanto a outro tipo de "gestões", da ambiental à urbanística, nem é bom falar porque tudo é feito segundo dois princípios: o que é que é costume fazer-se? e o que é que se consegue arranjar? Os resultados são os que sabemos, oscilando entre a mais profunda rotina instalada e a cedência completa aos interesses privados mais convenientes e mobilizáveis para jantares pré-eleitorais na Quinta da Freira. Ao fim de mais de 30 anos do mesmo tipo de "colectivo" seria de esperar menos amadorismo, menos soluções casuísticas e uma capacidade mínima de inovação dos métodos, abandonando a cópia de modelos estafados e cada vez mais recusados a norte do Tejo. Mas é o que se consegue arranjar e, graças isso sim a uma óptima gestão de clientelas e fidelidades, a máquina de gerar maioriaas absolutas é a que funciona sempre em pleno.
.
Carlos Rui Engavetado (especialista AVP e bacharel em matéria económico-financeira)

Anjos vs. Mosquitos


Não estive lá, pois sou de ouvido e pele sensível, mas parece que o espectáculo na 6ª feira da passada semana de Os Anjos no Modelo de Alhos Vedros acolheu farta audiência por parte dos simpáticos insectos dípteros que aplaudiram com entusiasmo a actuação e aproveitaram para dar umas trincadinhas na assistência bípede que por ali andava.

AV1 (com foto do Brocas)

Agora ide e espalhai a boa nova...


E, custe o que custar, digam que o gelo é fogo e a água estagnada é ambrósia.
Utilizai todos os vossos artifícios de retórica para escapar às questões chatas dos ursos.
E se alguém vos perguntar o que aconteceu ao antigo pregador Aprumadinho respondam sempre que o problema da Antártida é o buraco da camada do ozono, perante o qual tudo o resto é uma insignificância.

AV1

terça-feira, agosto 29, 2006

Léxico Analítico do Moiteiro Básico e Encartado - Letra G

Gosma - uma das principais maleitas que afecta o moiteiro desde tenra idade. É assim como que uma substância meio pastosa que se lhe forma abaixo do gorgomilho e lhe sobe pelo canal acima até chegar às traseiras da garganta (já repararam que vai tum em "g") e começa a afligir que se farta até que o moiteiro é obrigado a tossicar de forma repetitica e iritante, para arrancar a dita gosma ao sítio onde se alojou e, em manobra sanitária mas máscula, atirá-la para longe, em trajectória hiperbólica ou meramente rectilínea e encurvada pela força da gravidade, por forma a que caia no chão numa forma que é conhecida cientificamente por escarretus moitensis. Pela aparência e frequência do acto atrás descrito, o moiteiro tem infindáveis capacidade geradoras desta substância e uma vontade imensa de a expelir o mais rapidamente possível mal a detecta, seja em que circunstância for, certamente por receio de alguns efeitos nefastos se a não atirar logo para o chão, esteja a passear na rua, na missa ou em trânsito no seu belo carrinho. Para além disso, o moiteiro deve ter um substrato verdejante dentro de si pois a matéria expelida é por via de regra assim como que esverdeado-amarelada, conforme a incidência dos raios solares e a perspectiva do observador. A gosma, não tendo sido inventada por ele, foi muito divulgada pelo mítico jogador de futebol moiteiro Carlos Manuel, graças às vezes sem conta em que ele apareceu em transmissões televisivas a executar o lançamento do escarretus moitensis com uma eficácia que nunca conseguiu atingir nos seus livres directos e olhem que ele até nem era mau nisso. Aliás o jeito para a coisa devia ser familiar e de transmissão hereditária pois o também mítico "Cebola", irmão caçula do Carlão, era igualmente um exímio executante de tal arte. Mas, de qualquer modo, este é um hábito sanitário que todo o pequeno moiteiro aprende desde os cueiros, para isso apenas precisando de observar com atenção mínima os ascendentes masculinos familiares e alguma ascendente feminina asssim mais para o arrapazado. Na adolescência, a técnica vai-se aperfeiçoando com concursos de iniciados, juvenis e juniores, destacando-se sempre os moiteiros gosmentos mais fumadores, embora seja considerado dopping utlizar um bocadinho de haxe no cigarrinho enrolado, que todos sabem potenciar exponencialmente a gosma e a capacidade de lançar o escarretus moitensis a longa distância.
Importante: não confundir gosma com gosmice, outra característica moiteira que ficará para próximo léxico.

Fernandino Pasmoso (especialista AVP em Higiene e Sanidade)

De louvar





Em especial porque é um esforço quase a solo do Derradé.
O nº 2 do HL Comix, procurando respeitar a periodicidade anunciada.
Oxalá continue e alargue o leque de colaboradores, se isso não acabar por levantar problemas ao projecto.

AV1

Actualização

Novo site para a SFRUA e um interessante e ao que parece moitense Festas do Concelho da Moita.
Logo que tiver um tempinho para remodelar a secção de links e varrer o que está desactualizado e colocar o que há de novo, prometemos que estes entram logo.

AV1

De qualquer modo...






... por vezes sempre se acham matérias de interesse como a de ontem na revista Dia D do Público que aborda a estratégia comum das autarquias da Região Oeste para se candidatarem ao último pacote de fundos europeus que por aí vai aparecer.
Na Península de Setúbal, apesar de uma quase completa monocromia partidária, nada disto acontece e é perfeitamente inconcebível encontrarmos uma estratégia concertada de desenvolvimento ou captação de investimento deste tipo, pois cada um - em caso de sorte - dá-se com o vizinho do lado e pouco mais (o Seixal às vezes com Almada, Palmela com Setúbal, a Moita com o Barreiro, e fica-se por aí).
É que o rai'sparta do Colectivo só não funciona quando devia funcionar, ou seja em defesa dos interesses comuns de uma região - a Margem Sul - que há 20-25 anos padece dos mesmos males estruturais, mas que a maior parte dos autarcas parece pensar resolverem-se apenas com melhores acessibilidades e maior densidade de construção.

AV1

A nossa Economia é um Sucesso

Pelo menos é o que aparenta pelo número de jornais, revistas e outras publicações especializadas sobre o nosso sector económico.
São pelo menos dois jornais diários, mais um ou dois semanários, dependendo do tipo de formato, mais várias revistas mensais.
Ele é Diário Económico, ele é Jornal de Negócios, Vida Económica, Exame, Prémio, Valor, Economia Pura e mais umas quantas que nem sei se ainda existem ou não. Fora os suplemntos de Economia dos "jornais de referência".
Comparativamente com o desporto, eté parece que o povinho só discute downsizings e cash-flows à mesa do café e não se deve ser o Gil Vicente, o Belenenses ou o Leixões a jogar com o Benfica e se o major Valentim é um aldrabão em ponto médio, grande ou muito grande.
O desporto, mas em especial o futebol alimenta e bem três jornais diários, mas pouco mais, visto que as tentativas de revistas nacionais - de que a Doze foi um dos últimos exemplos - morrem ao virar da esquina.
A economia até parece que é assunto que atrai dezenas e milhares de leitores.
E depois existem imensos colunistas sobre estes assuntos, sempre capazes de escrever as maiores inanidades como se de pérolas de sabedoria se tratassem.
Uma lista de bacoradas puras e duras semanais penso que seria mais longa que a de todos os futebolistas e treinadores nacionais de futebol, mais o presidente do Gil Vicente.
É óbvio que não é assim e que muitas destas publicações não passam de projectos vagamente jornalísticos, mas que não passam de testas de ferro dos grupos económicos que as alimentam, lhes dão as notícias que desejam divulgar, que pagam generosas fatias de publicidade e que em troca têm direioto a colocar os "perfis" dos economistas e gestores que afirmam ser "de sucesso", numa quantidade que chega para corar de inveja qualquer país do G-8.
Não sei como é possível escrever tanto sobre um sector que quase não existe, que vive de meia dúzia de empresas, com um restrito grupo de gestores de topo recrutados entre os que realmente percebem da coisa - muito poucos - e ex-membros dos vários governos, úteis para alimentar grupos de pressão e explicar como se sacam fundos comunitários.
Mas a verdade é que o sector parece andar de vento em popa e garanto-vos, por testemunhos em primeira mão, que há quem continue a desfrutar de belos "favores", desde viagens ao estrangeiro para "cobrir" determinados eventos que ninguém percebe bem o que são até "brindes" que aterram com generosidade em certas redacções como manifestação de reconhecimento pelo esforço feito em dourar certas notícias.
Enfim, os negócios como de costume num país de (semi?) periferia, óptimo para os verdadeiros e economistas fazerem encontros e jogarem golfe.

AV1

segunda-feira, agosto 28, 2006

Tem a sua graça

Ver como na blogosfera local, do Banheirense ao Arre-Macho é tratada a questão da demissão do Carlos (de?) Sousa (como podem reparar eu faço links quando falo dos outros, não finjo que falo sobre a atmosfera em geral).
De certa forma é como que uma disputa do género, quem é mais genuinamente de Esquerda e quem é que tem a alma verdadeiramente comunista?
Percebo o malabarismo retórico do João Figueiredo em defesa do indefensável em especial depois do ataque cerrado que os seus camaradas fizeram aos vereadores actualmente em exercício do PS (ou mais exactamente a um, porque o outro parece que não é mal visto por aquelas bandas), assim como entendo o desgosto de O Broncas com aquilo que nos é servido por cá como sendo a nata do PC local e mais não passa que de pechisbeque com banho de tinta dourada.
Só que o que interessa mesmo é saber tudo o que se move por detrás dos nomes que funcionam como testas de ferro e protagonistas ocasionais, que jogos de sombras escapam ao nosso olhar.
É que há quem, ainda antes que o venham para aí defenestrar, já tenha avisado que no fim desta rodada não bebe mais.
Em contrapartida, por Setúbal eu gostaria de saber quem é que vai entrar - qual Garcia por estas bandas também na primeira metade do mandato anterior, recrutado á pressa na Assembleia Municipal - agora para a vereação, com a saída dos outros dois.
E também vai ser muito interessante ver como é que os pelouros vão ser distribuídos na próxima semana.
Aí talvez se perceba melhor um pouquito de tudo isto.
Penso eu de que... mas há sempre quem pense melhor.

AV1

Bloco Central Alargado

Quando todos estão de acordo com o valor da estabilidade, do tradicional Bloco Central socrático aos pseudo representantes de uma esquerda que se quer genuína, mas que quando tem o tacho agarrado nem pensa em largá-lo, é porque os arranjinhos que se andam a cozinhar são de molde a dar para muita boca faminta.

AV1

Que boa notícia!

Já temos passaportes electrónicos, o que é um avanço essencial para o nosso desenvolvimento.
Que pena que, para além de eu não estar assim com posses para poder usar um em viagem de lazer, já tenha havido que demonstrasse que afinal são quase tão falsificáveis como os actuais, o que sempre dá uma certa segurança às redes de desvio e roubo de passsaportes portugueses em diversas embaixadas e consulados.

AV1

Vocabulário Actual da Gestão Autárquica Moiteira - Letra F

Feiras, Festas, Festarolas e Festivais - e outros que tais, tornaram-se a moderna estratégia da gestão autárquica moiteira para tentar mostar dinamismo, animação e fingirem que a Moita se tornou uma "nova centralidade", aquele ridículo chavão que inundou os textos introdutórios ao projecto de revisão do PDM. Na falta de uma qualquer ideia séria e consistente de Desenvolvimento como deve ser, a visão estratégica do poder moiteiro ditou que agora o concelho se deve "projectar" e à sua imagem e assim atrair as atenções para a sua "identidade", tornando-se a "capital" de qualquer coisa que alguns ainda almejam ser as boiadas. Cá por mim, quem devia ser "projectado", e tipo homem-canhão, eu bem sei que seria. Nesse sentido, em vez de investirem em algo que que consiga atrair ou produzir riqueza para o concelho, entrámos num ciclo de apoio a festividades várias, desde as Feiras/Festas de Maio e Setembro, passando pela Feira Equestre, aquele Congresso Internacional do ano passado sobre Vilas e Cidades Taurinas e todo e qualquer tipo de evento que se relacione com quadrúpedes vagamente aparentados com a "Festa Brava", passando ainda por exibições bovinas no conhecidíssimo e mundialmente aclamado "Pavilhão das Vacas" a.k.a, Galeria Municipal de Exposições. Esperamos ainda pelo Festival Permanente do Burro e pela Exposição Municipal de Mulas, eventos que julgo de fácil produção com tanto material indígena disponível e capazes de estar todo o ano em exibição. Estamos pois perante um exemplo magno da velha política romana do Pão e Circo para alegrar a malta, estratégia velha de mais de dois mil anos, agora transformada, em Bosta e Bois, com largadas pela manhã e touradas ao cair da tarde para a malta se alegrar e votar em executivo tão apegado às milenares tradições taurinas locais. O único problema é que apesar de tanto arreganho e pertinácia em promover tudo o que tenha a ver com Bois, Cavalos, Burros e Mulas, depois alega-se falta de recursos para apoiar outras actividades ou, numa fórmula brilhante, declaram-se os serviços "sobrelotados" para ajudar logisticamente iniciativas que fujam à fórmula-base achada para "projectar lá fora a identidade do concelho". Mas em contrapartida há dinheiro para comprar bilhetes às mãos-cheias para festivais em que se glorifica um qualquer Pedrinho que matou um touro numa praças com milhares de cobardes anónimos a ulular e para lhe pagar a correspondente multa, caucionando assim uma ilegalidade evidente. Enfim, eu sei que o mundo pula e avança mas nunca pensei ver tamanha união fraterna entre marialvismo taurino serôdio e ortodoxia estalinista militante, só faltando que qualquer dia convidem o Zoio para fazer uma reprise comemorativa daquela famosa corrida de touros de um outro Setembro. Isso sim, é que seria o lamber de velhas feridas e a comunhão final entre velhos inimigos.

Arnestino Basófias (especialista AVP em festejos populares)

Choque Frontal

Um tipo choca, logo pela manhã, de frente com as velhas rotinas e não há inspiração que não dê em transpiração.

AV1

domingo, agosto 27, 2006

Leituras muito recomendáveis



Sobre coisas como Desenvolvimento como Liberdade (numa perspectiva de Esquerda) e Liberdade e Igualdade (numa perspectiva mais de Centro-Direita). O segundo até encontram online se procurarem bem por aqui. Eu encontrei.

AV1

Parece que anda tudo com vergonha...

... mas nós, para espanto geral ou talvez não, não temos problemas em divulgar aqui a tempo e horas a 30ª Festa do Avante, efeméride político-cultural já tradicional no nosso país.
Nunca lá pus os pés e provavelmente nunca lá os colocarei, pela mesma razão que nunca assisti a qualquer comício partidário e, desde que passei a mandar em mim e a não seguir no carro familiar em passeio domingueiro "dos tristes", raramente coloquei os pés em qualquer mercado ou festarola moiteira ou em centro comercial ao Domingo.
A sensibilidade não se me dá muito bem com os ajuntamentos, com as massas, sei lá, serei elitista talvez, mas o que sei com selo de garantia certificada pelo Instituto competente é que sou criatura pouco gregária e acho que mais de uma mão cheia de pessoas no mesmo sítio já formam uma manifestação contra qualquer coisa e eu não concordo com nenhuma manifestação que me aceite nela (para citar enviesadamente Marx, o Groucho).
Andam por aí no espólio familiar umas EP pagas e nunca usadas, mas isso são outras conversas.
Assim como anda pela Atalaia muita gente amiga a apanhar sol no lombo em nome do Colectivo, aquele senhor que defenestrou o Carlos de Sousa e antes dele o João de Almeida e, no nosso caso, nos faz gramar com a dupla dinâmica até 2009 quando o outro assumir a aposentadoria.
Como eu sempre gostei mais do senhor Indivíduo que só se mete na vida dele, prefiro deixar o Colectivo com as suas festas que nos tempos que correm já não têm as míticas delegações de jovens barbadas da Bulgária, para não falar na brigada feminina anti-depilação da Roménia.
O que não me impede de registar o evento, é óbvio e sabido, que aqui não se usa a técnica do silenciamento ou do fingimento, tipo o que incomoda não existe.

AV1

Urbanismo Terceiro-Mundista no seu melhor




Foto sacada do A-Sul, apenas para mostrar que, afinal, a micro-rotunda do Carvalhinho tem uma irmã e que a visão urbanística e de distribuição do tráfego automóvel na Moita não é tão original quanto pensaríamos, pois no Seixal há igual ou ainda mais ridículo.

AV1

E também porque é Domingo...

... dia de descanso e harmonia familiar, sempre que se cruzarem com as vossas sogras acenem com a mão bem aberta e não apenas com um ou dois dedos.

AV1

Porque hoje é Domingo...

... não há nenhum dos coleccionáveis AVP, pelo que a letra F do Vocabulário Actual da Gestão Autárquica Moiteira fica para o início da semana.
De qualquer das maneiras boa parte dos interessados na leitura até devem a andar a dobrar a mola pela Quinta da Atalaia...

AV1

sábado, agosto 26, 2006

O Cartoon do Serão

Ora bem!

Do site da Sic Online:

«"Se há cinco anos disse votem Carlos Sousa, hoje não estou arrependido, mas peço à cidade de Setúbal desculpa pela traição que nos foi imposta", afirma Luís Machado na carta.
Jerónimo de Sousa afirmou que o mandatário de Carlos Sousa devia "fazer um acto de contrição pelas suas declarações" , já que "não se tratou de qualquer traição".»

Em primeiro lugar Luís Machado Luciano foi o mandatário de Carlos (de?) Sousa nas eleições autárquicas e escreveu o que escreveu em carta publicada no Público (que não tem link gratuito para estas coisas).
Em segundo lugar, e como há uns tempos havia um colega blogueiro local ligado ao PC que afirmava não fazer ideia do que era um "acto de contrição" no seu partido, sempre poderá, na próxima Festa do Avante perguntar o que afinal é isso ao camarada Jerónimo, se é que já não poderá fazê-lo este fim de semana, caso esteja a ajudar a montar a coisa.
É que sempre me espanta como esta malta desconhece como funciona o próprio partido quando eu, apartidário ferrenho, sei dessas coisas há muito.
Devem ser muito distraídos, é isso...
Já o Carlos (de?) Sousa que pelos vistos é católico praticante e assíduo nas missas (é o que se lê hoje no Expresso em perfil traçado a propósito de uma pequena entrevista do próprio), deve já estar habituado a estas contrições que, afinal, não estão muito longe do arrependimento que se deve demonstrar no acto da confissão e antes de receber a penitência.
Já agora, e só para acabar o veneno, como ambos os Sousas parecem com muita vontade de se abraçar, vejam lá se não vão com tal força ao porte que não partam alguma bilha.
E não se beijem à moda do Brejnev e do Honecker, que isso em certos círculos é conhecido como o beijo da morte.

Pronto, agora que fiz o meu post anti-estalinista e anti-colectivo, já posso dormir descansado.

AV1

Eu não sei o que o homem toma para os nervos...

... mas lá que o Presidente do Gil Vicente hoje na hora dos Telejornais parecia a alucinar de forma galopante lá isso parecia (aqui arranja-se link para o vídeo, mas na minha maquineta eu carrego no play e só me aparece o ecrã).
E nem de propósito, parece que é tudo por causa de uns chutos que queriam dar amanhã e já não podem.
É triste esta dependência.

AV1

Boletim Metereológico?

É preferível espreitarem este site.
Muito bom e até dá para metermos uma imagem no blog, assim eu tenha paciência para o descobrir e fazer.

AV1

Léxico Analítico do Moiteiro Básico e Encartado - Letra F

Festa - é aquilo para que o moiteiro vive todo o ano e como muito bem escreveu alguém num blog recente, na Moita há o AF (Antes da Festa) e o DF (Depois da Festa) a que eu acresentaria para baralhar o EF (Entre as Festas), ou seja o período que vai de Junho a Agosto, em que a festa de Maio já se foi e a de Setembro ainda não está para aparecer, e um DRF (Durante o Raio da Festa) que é o período que aqui mais nos interessa. No DRF, o moiteiro resplandece, rejubila e quase amarinha pelas árvores acima, mesmo sem ser dia de largada. É o período nobre do ano, em que o moiteiro sai à rua sempre nos chamados "trinques", em especial à noite e no Domingo, amostrando a sua melhor farpela e exibindo aquele ar empertigadote que, a custo quando a barriga já faz com que a lei da gravidade puxe com muita força para baixo, o faz empinar o queixo e tentar olhar toda a gente de cima. E nunca devemos esquecer a moiteira, figura que se tem negligenciado neste léxico, mas que merece especial destaque neste período, graças à forma dengosa e langorosa como exibe os seus roliços atributos durante esta temporada em que, com o cheiro na bosta, na fartura, nos bois e bejeca, o moiteiro abre a guarda um pouco e esquece que o moiteiro vizinho tem sempre olho comprido para o que não é dele. E então a moiteira aproveita para fazer tudo por incitar a líbido alheia, com os seus olhares lúbricos por de trás de dois dedos de rimmel e sorrisos insinuantes por debaixo de mais um dedito de base e rouge. Nem de propósito, a feira de Maio vem quando a Primavera já floriu tudo e a de Setembro aparece quando os calores ainda se fazem sentir e há toda a justificação plausível para as carnes da moiteira genuína ainda andarem à vista descoberta e despertarem a cobiça do moiteiro galã e marialva, que aproveita as horas das largadas, enquanto o moiteiro aficionado e vermelhusco anda que nem um abrenúncio a subir às árvores, de fogareiro em punho a assar o belo coirato, na esperança de aparecer em toda a plenitude da sua genuína bronquidão numa transmissão da SIC ou da TVI. Durante a Festa o moiteiro transfigura-se, deixa de ser o sovina do costume e paga rodadas aos amigos e desconhecidos e oferece gelados às criancinhas da família e vizinhanças. Para além disso anda alegre que nem um passarinho, a quem não cabe uma palhinha no dito cujo, mal conseguindo concentrar-se no trabalho, reduzindo o seu tempo útil de laboração dos habituais 20 minutos diários, para apenas 5. Isto é facilmente verificável se alguém tentar ser atendido em qualquer repartição pública ou instituição privada, da Câmara às Finanças, passando por qualquer dependência bancária, posto de polícia, gabinete de contabilidade, papelaria ou delegação da EDP. Só nos cafés e snack-bars é que se nota maior agitação, porque a afluência redobra e os pedidos de reabastecimento são insistentes e pouco pacientes. A Festa da Moita é o momento da comunhão absoluta do moiteiro com a sua natureza festeira e taurina, pelo que assistir às largadas é ponto de honra, assim como dar uma espreitadela a uma das corridas de touros, aproveitando para comentar que devia haver corridas de morte e que aquilo da multa ao Pedrito de Portugal foi um abuso. O moiteiro torna-se corajoso, enche-se de bravata e, apesar da alegria eufórica, fica muito susceptível a qualquer indício de provocação à qual reage logo com ameaças de violência física e dentes e ossos partidos mil aos seu interlocutor. O moiteiro em festa é criatura digna de se ver e merecedora de estudo antropológico, caso houvesse quem o conseguisse fazer numa perspectiva científica e não meramente fotográfica e não se concentrasse apenas nos moiteiros de quatro patas e de chifres visíveis, pois os outros são muito mais divertidos.
.
Felizardo Sebento (crítico de festividades locais e outras manifestações very typical)

Revivalismo a Sério


Scissor Sisters - I don't feel like dancing

Para quem ainda gosta de bom disco-funk dos anos 70, agora com uma recauchutagem que deixa a milhas a tentativa artificial da Madonna relembrar os ABBA.
A coisa tem o ar apropriadamente abichanado que, admitam-no, tinha tudo dentro do género há perto de 30 anos atrás. Versão ao vivo (?) aqui, com o vocalista a parecer gémeo do Beckham.

AV1

Este também desceu à Liga de Honra

É verdade que não é novidade, pois já tem um par de dias, mas Plutão deixou de ser considerado um planeta, foi despromovido e desceu à categoria de planeta-anão (!?), planetóide ou algo parecido, tipo monte de gases e poeira, que é quase o mesmo que a Avenida da Moita em manhã de largada.
Para as crianças não ficarem traumatizadas, mesmo as que ainda não conheciam o Sistema Solar, aparentemente os manuais escolares vão mantê-lo como planeta ou vão ser obrigados a fazer uma adenda a corrigir-lhe o estatuto.
Tipo Gil Vicente, desde mas não desce ou talvez fique suspenso.
Entretanto na blogosfera escrevem sobre o assunto como se não houvessem amanhãs para o pobre Plutão.
E quem será que lhe vai dar a notícia?
Estará Neptuno para isso?
Ele está lá perto, é grandalhão e pode aguentar-se ao barulho se o pequenote protestar.

AV1 (com imagem do pobre Plutão tirada pelo Hubble)

Outra coisa que já não é o que era...

... é o voleibol feminino e o aspecto visual de algumas equipas que em Mundiais e Jogos Olímpicos de há duas décadas ainda tinha raparigas que enchiam o olho, não só pelo tamanho como por tudo o resto.
Ainda me lembro dos tempos em que, para aí nos Olímpicos de 84, a selecção sul-coreana me deixou positivamente com os olhos, ora em bico, ora esbugalhados.
Agora, no Mundial em transmissão no Eurosport, apanho com 6 vigas (polacas, cubanas, russas, japonesas, americanas, etc) em campo de cada lado, não só pelo tamanho como por tudo o resto, incluindo uma completa ausência de curvas nos sítios aconselháveis.
Nem mesmo a selecção do Brasil consegue atingir padrões mínimos de atractibilidade visual.
Enfim resta-nos o voleibol de praia em que ainda uma pessoa se pode alegrar um 'cadinho.

AV1

Já por outro lado...

... ou eu passei a ler mais depressa com a idade ou cada vez mais os artigos nas revistas especializadas ou nos jornais "de referência" ficaram mais curtinhos e digeríveis em poucos minutos.
Ainda me lembro quando O Jornal ou o Expresso implicavam umas horas de leitura atenta.
Agora parece tudo pastilha elástica e ao fim de meia hora já cuspimos tudo e não ganhámos grande coisa com isso.
Nas revistas é o mesmo, tudo se faz de peças muito curtinhas ou então os "dossiers" temáticos são mosaicos de pequenos textos, como se a capacidade de concentração dos leitores tivesse sofrido uma brutal compressão e não aguentasse mais de três parágrafos seguidos.
Na velha Música & Som ou no Se7e um bom disco levava um par de páginas a analisar, assim como um que fosse mau levava pancada da boa, mas espalhada por larga prosa. Agora, na nova Blitz, em duas páginas criticam-se 10 cd's de uma vez e todos têm 3 ou 4 bolinhas, pois nenhum é mau ou péssimo e nenhum é excelente, porque isso não se conseguiria justificar em menos de 1000 caracteres.
Depois chamam-me erudito porque prefiro a Atlantic ou a Vanity Fair (já que New Yorker ou a Harper's não aparecem por aí e quando aparecem custam os olhos da cara e quase mais alguma coisa) onde os artigos de fundo se espraiam por dezenas de páginas, à boa velha moda do ensaio jornalístico.
Acho que nos tempos que correm até os artigos da Playboy dos anos 70 e 80 fariam figura de obras-primas, quando comparados com a indigência da imprensa tuga actual.
Mas se calhar a culpa é mesmo nossa, dos leitores, que já perdemos a maior parte dos critérios de exigência e qualidade e nos chega ler os títulos para seguirmos em frente que logo se vê o resto no Telejornal.

AV1

Conforto Matinal

É sempre bom sentirmos como, apesar dos anos e décadas, há coisas que mantém o seu carácter de sempre, sendo âncoras seguras onde, mo remoinho acelerado do nosso quotidiano, podemos encontrar segurança.
Hoje, como há 10 ou 20 e mais anos atrás, continuo a não perceber as críticas musicais do Expresso e, na maior parte dos casos, nem entendo do quê ou quem estão a falar.
Já no caso da crítica literária se é verdade que conheço alguns autores e livros que passam por aquelas páginas, depois de ler as recensões fico sem qualquer vontade de os ler ou arrependido de os ter lido.
Mas fico feliz pois é o reencontro semanal com velhas incompreensões.

AV1

sexta-feira, agosto 25, 2006

Vai começar a palhaçada...

... desculpem vai começar a SupéLiga, com os órgãos eleitos suspensos e três clubes para um lugar, graças a um novo caso N'Dinga.
Fora o tal Apito que de Dourado nada tem de tão enferrujado que está de ficar tanto tempo na cave a apanhar mofo até prescrever ou ser arquivado, numa manhã de nevoeiro em que todos estiverem a olhar para o outro lado.
E depois ainda querem que os levemos a sério.

AV1

Era hora de maré de Agosto





Afinal foram só umas tampas pelos ares com a água a entrar pela canalização dentro, nada a que já não se esteja habituado, mas quer-me parecer que no Inverno vai haver coisa pior...
Depois já mostramos o resto.

AV1 (com foto do Brocas)

ÚLTIMA HORA - Parem as rotativas

Aparentemente por causa da má-língua da malta dos blogs de Alhos Vedros, que aqui começou a falar nas más ideias que andavam por ali a pairar na estrada para a Baixa, por causa dos "melhoramentos", a coisa já está a dar bronca e ouvi falar em inundação para as bandas da GEFA.
Ver para crer, por isso o nosso repórter no terreno já vai a caminho para fazer a cobertura - não da vala nem dos esgotos - mas da escorrência, digo, da ocorrência.

AV1

Música Alternativa














Broken Social Scene e Jurassic 5, os primeiros andaram por cá há pouco e pareceram-me interessantes, enquanto os segundos também parecem fugir ao que por aí se vai fazendo.

AV1

Para quem apreciar

Já estão em formato compacto, no há muito adormecido AVP-Best Off, as cinco primeiras letras do LAMBE, Léxico Analítico do Moiteiro Básico e Encartado, um dos nossos coleccionáveis da estação.
Agora ao ver o espaço que aquilo ocupa é que percebi o parlapiê que para ali vai.
Nas próximas letras vou ver se me contenho mais porque eu, como o outro, tenho vida.

AV1

Novidade blogueira

Festas do Concelho da Moita, ao que percebo acabadinho de nascer, nem 24 hpras ainda terá.
Antes de mais revelam bom gosto na selecção de links :D, o resto logo se vê.

AV1

Proposta de Arte Popular









Proposta muito útil para enfeitar uma qualquer nova rotunda moiteira, desde que não seja numa das que ficam da Fonte da Prata para cá e que continuam uma lástima.
Pode ser assim numa rotunda qualquer a fazer na sequência das rotundas das Avezinhas e do Boi, ou então ali como quem desce da mini-rotunda do Carvalhinho (onde esta arte não caberia) para a Moita em que há um entroncamento que está mesmo a pedir para lhe fazerem uma rotunda.
Penso eu de que... é uma linda homenagem ao moiteiro e à sua arte mais íntima, aquela que lhe sai das entranhas, como se de um(a) filho(a) se tratasse (e bem grandote, por sinal).

AV1 (com um agradecimento pela imagem ao Brocas, embora eu não queira saber como ele a arranjou)

Rapidinhas e muito básicas

Carlos de Sousa, o renovador renovado.

e

Se com um Presidente de 55 anos, a Presidência da CMS precisava de ser rejuvenescida o que irão fazer à simpática camarada Odete da Assembleia Municipal que, mesmo sendo uma senhora, tem ar de já ter deixado os cinquenta para trás há uns tempos?

AV1

Por exemplo...

... este gajo deve ser de Direita e quase de certeza Fascista.
E este também, na certa.

AV1

Vocabulário Actual da Gestão Autárquica Moiteira - Letra E

Esquerda - é o critério básico (único?) para definir se uma coisa, política ou pessoa é boa ou não e, na inversa, também serve para qualificar positivamente qualquer coisa, política ou pessoa que seja bem vista ou conveniente ao poder moiteiro. Eu explico: em 75 era de Esquerda acabar com as festividades locais porque estavam ligadas ao "antigo regime"; em 2005 como se passou a gostar de touradas e festarolas, passou a ser de Esquerda apoiar as festividades moiteiras. Ou explicando melhor, se é de Esquerda defender o Ambiente, diz-se que se defende o Ambiente mas, se por um acaso, acabar com espaços verdes e destruir zonas húmidas dá jeito para construir casas, então é isso - construir casas para as pessoas - que passa a ser de Esquerda. Se há uns anos era de Esquerda ser contra os grupos nacionais capitalistas, as grandes superfícies eram más e não deviam vir destruir o pequeno comércio local; já agora, quando a instalação de tais superfícies traz algum interesse para apresentar "obra", então passa a ser de Esquerda promover a instalação desses espaços comerciais porque trazem emprego para o concelho e o comércio tradicional está desajustado das realidades. Este tipo de atitude tem a sua razão de ser e radica no contexto local pós-25 de Abril, quando havia 4 hipóteses: ser de Esquerda, ser de Extrema-Esquerda, ser de Esquerda Revolucionária (bombista, de preferência) ou ser um Porco Fascista (é ainda a lógica dos textos de certos opinadores locais cujo cérebro parou nessa data, mesmo se então aqui cá não viviam). Qualquer criatura na casa dos quarentas ou, ainda melhor, com a idade do nosso Presidente da Câmara e da generalidade dos Vereadores, mesmo os da oposição desde que sejam indígenas, sabem que isto era assim. O PCP marcava a diferença entre a Esquerda e a Direita, tendo uma perna já do lado mau; o PS era de Direita, o PPD de extrema-direita e o CDS era um porco de um partido fascista. A (Extrema-)Esquerda eram a UDP, o MRPP, a FEC (m-l), o PC (R), e mais umas quantas coisas acabadas em (m-l) ou MLP. As discussões políticas nessa altura eram divertidas, pois bastava dizer que o interlocutor era de Direita para se ter o caldo entornado. Era um bocado tipo desenho animado, mas lembremo-nos que à data o Barreiro e a Moita tinham níveis de votação nos partidos à Esquerda do PS que faziam inveja ao Alentejo profundo e pediam meças às votações para o soviete de Moscovo ou para uma comissão de moradores de Tirana. Toda essa malta que agora conhecemos espalhada por vários partidos era, no fim da adolescência, do MRPP ou da UDP e quando não se andavam a bater uns aos outros, andavam a chamar sociais-fascistas aos comunistas, o que ainda hoje é um adjectivo composto bastante útil para irritar a malta do PC. Portanto, hoje ainda vivemos num clima que só se alterou ligeiramente, e em que a Esquerda é o argumento essencial para definir a fronteira entre "bons" e "maus". Reparem que até o vereador do PSD diz ser da "esquerda do PSD". Aliás o erro fundamental do PS foi não se ter apresentado como da "esquerda do PS", pois viu-se a diferença entre os votos para a CMM e depois os votos nas Presidenciais. Por aqui, ser de Esquerda é a base de tudo, assim como tudo o que interessa tem que se apresentar como sendo de Esquerda. Fazer um dique é bom? Então é de Esquerda! Deitar abaixo o dique é bom? Então é de Esquerda! A coerência abstracta não é muito útil, apenas interessando a ligação entre a realidade local e a Esquerda. Se algures fazer nomeações políticas clientelares é de Direita, aqui fazer o mesmo já é de Esquerda. Se além apoiar o associativismo com base nas fidelidades partidárias é sinal da política discriminatória da Direita, aqui é apenas uma prática democrática de Esquerda. Se em outros lados a malta reformar-se no início da meia-idade é uma falta de vergonha de políticos de Direita, oportunistas e sem carácter, por aqui é uma prática legítima e, acima de tudo, é de Esquerda. Em suma, os que são a favor das políticas da autarquia são de Esquerda, os que são contra, são de Direita. Os que se calam são de Esquerda, os que se interrogam são de Direita. Por exemplo, em Lisboa o PSD é de Direita, mas no Barreiro já é de Esquerda. No anterior mandato, no Porto, o Rui Rio era praticamente de Esquerda; agora já é de Direita pura e dura. Ao fim de um certo tempo, isto parece um enredo de uma sitcom inglesa baseada no non-sense, mas a vantagem é que, ao fim de uns anos, acabamos por nos rirmos muito. Embora o riso, se formos bem a ver, seja de Direita quando é mal usado.

AV1

Jogging Matinal


Jurassic 5/Dave Mathews Band - Work It Out

A música é assim-assim, mas o vídeo é interessante, muito interessante, mesmo se a imagem sucks.

AV1

Sinceramente não sei...

... se o Luís Filipe Vieira cometeu - legalmente - alguma irregularidade na transferência do Mantorras para o Benfica ou se vai ou não ser arguido, dando de barato aquela questão nebulosa de Vieria ser o vendedor no momento do acordo e o comprador no momento da assinatura final da papelada como ele ontem na televisão procurou não mencionar.
Agora que tudo aquilo foi um barrete de todo o tamanho, à custa de um bom jogo do rapaz contra o Sporting em que marcou 2 golos, lá isso foi com toda a certeza.

AV1

Não sei o que acham...

... mas eu acho que o atletismo feminino português, apesar de tudo, era uma coisa mais séria com nomes como Rosa Mota, Aurora Cunha e Albertina Machado. Agora, valha-nos a santinha no altar, mesmo se este é um nome capaz de entusiasmar o AV2.

AV1

quinta-feira, agosto 24, 2006

Léxico Analítico do Moiteiro Básico e Encartado - Letra E

Erotismo - um dos pontos fortes do moiteiro-macho, criatura que deita testosterona por todos os poros e feromonas numa quantidade tal que, misturado com um atractivo cheio a suor requentado, é capaz de deixar qualquer elemento da espécie vacuum, digo, do género feminino sem capacidade de resistência num raio para aí de uns 15 mm. Mas para além desses atributos naturais que, só por si são esmagadores, o moiteiro tem ainda um savoir-faire de experiência feito na maneira como lida com as mulheres e que o torna, nas suas próprias palavras, um engatão do caraças, capaz de pedir meças a qualquer Zezé Camarinha dos Algarves. Para começar, a preparação do aspecto físico é algo fundamental e em que o moiteiro chega a perder 20 segundos de manhã, enquanto veste a t-shirt de alças com furinhos no peito e a correntinha de ouro ou pechisbeque com o crucifixo ao pescoço, mais a calcita de ganga justinha ao material, com o chumaço bem puído de tanto ser coçado. E depois há o óculo escuro, para dar o ar misterioso, e o gel para amainar a melena. E depois é toda uma dinâmica corporal na forma como passa as horas sentado no café, de pername bem aberto para não entalar nada, e o modo lascivo como escurrupicha a imperial, deixando aquela espuma sensual nos pelos do bigode, lançando olhares em redor em busca de presa feminil acessível, a que ele carinhosamente chama as minhas gajas. A técnica da conquista é subtil e é exercida preferencialmente através do chamado dichote, ou dito espirituoso (és boa cum'ó milho já vai estando gasto e agora passou para o anda cá que eu até as fufas ponho a gritar por mais), lançado para o outro lado da rua quando vê passar desde a mais jovem pré-púbere à pós-balzaquiana mais arriada de maquilhagem que o David Bowie nos anos 70. É que com ele marcham todas, pois como espírito profundamente democrático que é, o moiteiro não é especialmente selectivo e qualquer uma que lhe dê um olhar piscoso, mesmo que seja por causa de uma fagulha nos olhos, de saltos altos e saia que mostre um naquinho de carne, conta como alvo a abater, tanto melhor se for casada com outro moiteiro, que ele não gosta de se sentir amarrado, mesmo quando é casado desde os 17 anos porque engravidou - foi um azar do caraças, pá, estava cá com uma pedra - uma colega da Escola em mil novecentos e setenta e coiso se for moiteiro já entradote nas idades, ou noventa e coiso se for moiteiro ainda com direito a cartão-jovem. De qualquer modo um gajo não 'tá paralítico e então, nos seus sonhos, depois de uma tarde de tramoço e minuins, o moiteiro sonha ter engatado este mundo e o outro, desde a Jolie - se eu a apanhasse é que ela sabia o que era um homem - até à Jennifer Lopez - eu partia aquela bilha toda - não esquecendo uma paragem rapidinha na Maria Albertina do 2º esquerdo que tem o Fanã na choldra e precisa de uns cobres para pagar a roupa dos miúdos.

AV1

Faz tudo, só não dá beijo na boca!

Deve ser das férias...

... nada de Jornal da Moita nas caixas de correio à vista.
Voltámos ao boicote.
Sinto-me como se não soubesse o que vai no mundo, completamente desinformado.

AV1

Tanta conversa para nada

Quando começaram as obras na A2 fartaram-se de falar que era uma vergonha cobrarem portagens por um serviço que não é assegurado nas condições devidas.
Passaram meses, as obras continuam e estão para durar, muitas vezes com estreitamento para apenas uma faixa no troço Coina-Fogueteiro pelo qual pago portagem em Coina e preciso de ter mais cuidado do que se for na velha EN 10 e demoro se calhar quase o mesmo tempo.
As férias estão no fim e as filas e borlas na 25 de Abril a acabar.
Quando recomeçarem as portagens na Ponte alguém se vai lembrar da lástima em que está a A2 para quem vai destas bandas e voltar a exigir a abolição das portagens em Coina, Palmela e Setúbal?

AV1

Os Lugares-Comuns do Aparelhismo

Nas conversas no Rostos Online temos agora direito a uma segunda investida, desta vez mais longa, com a nova vereadora da CMBarreiro, de sua graça Regina Janeiro onde podemos apreciar em primeira mão como se faz uma carreira dentro de um partido desde a adolescência, para isso bastando começar a gritar contra a PGA.
Comecemos pela apresentação em jeito de lugares-comuns:

«Regina Janeiro, Vereadora da Câmara Municipal do Barreiro
Regina Janeiro, filha de operário da MAGUE. Licenciada em Psicologia. Mãe de dois filhos (gémeos – Diogo e Tiago, de 6 anos). É do signo Balança. “Não acredito mas leio sempre, quando tenho tempo. Não faço disso o meu guia” - salienta. Recorda o tempo em que trabalhou com Jerónimo de Sousa – “Ele é uma excelente pessoa, com um coração tamanho do mundo.” “Costumo dizer que eu sou a soma de todas as partes da minha vida. Não houve nada na minha vida que não interferisse naquilo que eu hoje sou”.»

Agora o início da saga de "luta":

«“Na Associação de Estudantes travei uma das lutas politicas mais interessantes, recordo que em dois meses caíam três ministros da Educação.Foi uma luta mesmo a sério acabámos com a PGA – Prova Geral de Acesso.Foi o ano em que houve três ou quatro erros na construção da prova que levou ao fim dessa prova.»

Agora a saga profissional, toda, todinha dependente do partido, um exemplo de aparelhismo a 100%, sem qualquer tipo de vida real pelo meio, o que explica que, depois, o Colectivo se sinta dono das almas e dos cargos de todos, pois sem o Colectivo não há emprego:

«Afastada pela PGA de entrar na Faculdade, após ter concluído o Secundário, refere que – “Como não entrei no primeiro ano para a Universidade fui trabalhar para a JCP, como funcionária da JCP. A minha vida foi sempre muito ligada ao Partido.
(...) Regina Janeiro, depois de funcionária da JCP, passou a exercer funções de funcionária no PCP, encontrava-se no 3º Ano da Faculdade. Na brincadeira comentamos – “Chegou ao 3º ano na Faculdade foi promovida para o partido”. Sorri com uma gargalhada.
(...) “Depois fui trabalhar com Luís Sá para as autarquias, na campanha de 1997."
(...) Em 1998 foi para Évora. Uma nova experiência de vida.
(...) O PS conquistou a Câmara de Évora. A perda das eleições, pela CDU, fez que Regina Janeiro deixasse para trás aquela cidade, onde deixou amigos e recordações da Festa de S. João.»

Agora a inesquecível experiência moiteira, interlúdio necessário a caminho de outros voos, mas tendo tempo para perceber a inexperiência de João Lobo para o cargo, coisa que todos nós já sabíamos mas não podemos dizer alto, por causa do Colectivo:

“Vim para a Moita. Na Moita foi mais simples. Vivia em Alverca e trabalhava na Moita.A minha integração na Câmara Municipal da Moita foi muito fácil. Trabalhei com o Presidente João Lobo. Ele era Presidente há um mês, nunca tinha tido essa experiência. Tinha sido Vereador do Urbanismo. Teria, talvez, uma visão mais restrita do fazer cidade.

Essa da "visão restrita do fazer cidade" do presidente Lobo, infelizmente ainda não a perdeu, mas adiante.
Agora as razões, que pelos vistos a própria desconhece, porque acabou em vereadora no Barreiro, terra que notoriamente não conhecia. A responsabilidade foi de novo do senhor Colectivo:

«Porque foi escolhida como candidata no Barreiro? – perguntámos. Remeteu a resposta para o Partido. Refere que foi convidada pelo responsável Concelhio, Nuno Costa, com quem tinha, em tempos, integrado a Direcção Nacional da JCP. “Mas acho que foi uma decisão do colectivo” – sublinha.»

Mas o mais, mais interessante, e se estiverem para se dar ao trabalho de ler toda a entrevista é reparar como a moçoila foi trabalhar para sítios que não conhecia, onde teve de aprender tudo sobre as terras, apenas graças à vontade do Colectivo que, certamente, nunca encontrou nesses locais ninguém capaz de desempenhar tais funções.
E é assim que os jovens fazem a sua vidinha nos tempos que correm, no PCP, no PS, no PSD, no CDS. Vão para a Escola, entram em "lutas", dão nas vistas, assinam o cartãozinho e lá se vão amanhando.
Tudo isto é triste, tudo isto é Fado.

AV1 (não comecem os camaradas com percurso parecido com tretas, a dizer que isto são ataques pessoais, que eu não conheço a moça e as declarações são todas dela e públicas, de onde até retirei as referências mais recentes à família)

A Origem das Melgas




A Saga do Esgoto a Céu Aberto no Alhos Vedros Visual com fotos do Brocas.
E escusam de berrar comigo, já sei que a culpa é do Poder Central e que estas coisas antes de estarem bem feitas, vão-se fazendo assim.

AV1

Eu juro que corto os pulsos...

... se mais alguém me liga para fazer promoções comerciais ou qualquer forma de telemarketing e se apresenta como "Cárina" ou "Vánessa".
Ao menos aprendam a dizer correctamente o próprio nome.
E não, já por três vezes que respondi que não quero a factura electrónica da PT.
Se a treta do selo do carro demorou 24 dias a chegar, querem que eu acredite na cólidade destes serviços?

AV1

ARGHHHH !!!!!!


Não é moiteiro, mas podia ser...
Zezé Camarinha em discurso directo na FHM de Setembro.

AV1 (a partir de hoje com peadelos)

Combinação explosiva

«Ele é politicamente atípico: mistura fidelidade ao partido e pensamento próprio.» (Declarações de um amigo de Carlos Sousa à Visão p. 43).

Mas quem é que ele pensa que é para ter pensamento próprio?
Ora não se vai lá a ver o menino...

AV1

Bom Dia...









... e bem-estar à beira-Tejo.

E ainda há quem não perceba a origem das melgas.

AV1 (com foto do Brocas)

Dúvida matinal

Ontem tinha A Dica da Semana na minha caixa de correio, apesar do autocolante anti-publicidade, mas tudo bem, não é isso que agora me interessa.
O que interessa é que o nosso conterrâneo e super-estrela vidente, Miguel de Sousa, o Vidente das Estrelas, mail'o Oráculo de Belline me dá os números da sorte para jogar no Totoloto.
Eu como acredito nos poderes para-mentais do Miguel ia já preencher o boletim, mas reparei que ele dá números diferentes para todos os signos, o que me deixa confuso.
Então quais são os números certos?
Qual é o signo eleito?
É que não podem acertar todos e acertando um, falham os outros onze.
O que me parece estranho.
E já agora, os números também servem para o Euromilhões?

AV1

quarta-feira, agosto 23, 2006

Best Humour Ever



Ou como os Escoceses inventaram o Golfe.
Obviamente implica conhecimentos básicos de ingalês e daquela língua divertídíssima que falam na Escócia e que está para o inglês como o Peseiro está para um treinador de futebol.

AV1

Vocabulário Actual da Gestão Autárquica Moiteira - Letra D

Desenvolvimento - por estas bandas é um credo na boca dos autarcas dinâmicos que vêem desenvolvimento em tudo e mais alguma coisa, mesmo se o concelho de tornou um dormitório, terciarizado, sem qualquer estrutura produtiva e geradora de riqueza para a própria região. O conceito de desenvolvimento é equivalente ao de um terceiro-mundismo de há um par de décadas, que se mede por aumento da área construída, alargamento de estradas e abertura de espaços comerciais, tudo coisas muito legítimas, caso acontecessem em simultâneo com outras que por cá não são prioridades. Desenvolvimento é a ausência de uma rede de espaços em boas condições para a prática desportiva; desenvolvimento é a destruição da maior parte da zona húmida ribeirinha do concelho ou a completa descaracterização de outra parte com diques faraónicos que só servem para acelerar o assoreamento do Tejo ou reperfilamentos de milhões de euros que terão um impacto mínimo na qualidade de vida e hábitos das pessoas, enquanto a a paisagem do outro lado, assim para o abarracado, continuar no estado em que se encontra. Desenvolvimento é falar em "novas acessibilidades" e "novas centralidades", chavões sem conteúdo e sem sentido, quando se propõe um crescimento urbano desmesurado, comparável ao das piores experiências da margem Norte do Tejo e sem garantias de sustentabilidade em termos de infra-estruturas. Desenvolvimento é acabar com as únicas manchas verdes do concelho com a desculpa de projectos ilusórios de Parques Temáticos que estaremos cá para ver se chegam a nascer. Desenvolvimento é, nas palavras dos peões que o defendem, dizer que são precisas casas para as pessoas e que os outros são maluquinhos por árvores e outras inutilidades desse tipo. Desenvolvimento é deixar descaracterizar as zonas históricas ancestrais, através de uma inacção em matéria de recuperação e que só serve os interesses de particulares. Desenvolvimento é sinónimo de derrocada e demolição, mas nunca de sustentabilidade. Desenvolvimento é aumentar o aparelho burocrático autárquico à custa de admissões que reforçam fidelidades e não se traduzem em qualquer aumento de qualidade dos serviços. Desenvolvimento é entrar em projectos de empresas intermunicipais que acabam por aumentar os custos dos serviços que prestam. Desenvolvimento é fazer obras e depois desfazê-las porque afinal estavam mal projectadas. Desenvolvimento é impor as boiadas como traço identitário da região e comprar bilhetes para festivais taurinos destinados a pagar coimas ao Pedrito de Portugal e distribuí-los por amigos e conhecidos. Desenvolvimento é tudo isto e muito mais, porque este é um concelho dinâmico, sempre em movimento e com muito bem-estar à beira-Tejo.

AV1

Top 10 da Technorati

Por ordem decrescente do 1º para o 10º do que mais têm sido colocados nos favoritos dos blogueiros registados no Technorati.

Boing Boing.
43 Folders.
TechCrunch.
PostSecret.
Lifehacker.
CyberNet News.
Micro Persuasion.
Engadget.
A List Apart.
Gapingvoid.

Sinceramente só devo voltar a este último, que é interessante para mim, e talvez ao primeiro. Os outros estão carregados de publicidade e são na maior parte para nerds e geeks, falando de tudo o que não me interessa e que, talvez por isso, mal percebo.

AV1

Não faz sentido

Acabo de ver na RTPN as declarações de Carlos de Sousa em torno da sua renúncia ao cargo de Presidente da Câmara de Setúbal, que também se encontram no site da TSF.
Para além da teoria da cabala sobre a divulgação dos dados do relatório do IGAT quanto às reformas compulsivas de funcionários, Carlos de Sousa afirma o seguinte:

a) Sempre agiu em prol da população de Setúbal.
b) A sua acção foi também sempre norteada pelo objectivo do equilíbrio financeiro da autarquia.
c) Sempre tomou as decisões com base em discussões alargadas no âmbito do partido, insinuando mesmo que as decisões seriam discutidas fora dos órgãos autárquicos próprios com o famigerado colectivo partidário.

A ser isto verdade, e eu não tenho elementos para o colocar em causa e o homem parecia convicto do que dizia, isto significa que não existem razões para o forçarem a renunciar ao cargo e, mais importante, que as medidas por ele tomadas tinham o conhecimento e anuência do tal colectivo que agora o mandou afastar-se.
Ora se é assim há qualquer coisa que me escapa na transparência de todo este processo ou então tenho a vista embaciada.

AV1

Virtual/Concreto - Parte I

Como a generalidade da literatura produzida sobre o fenómeno blogosférico explica, existe uma extrema dificuldade por parte dos indivíduos e meios de comunicação tradicionais, fundados numa lógica anterior, coexistirem ou compreenderem verdadeiramente as "regras" (se é que existem) e os padrões de comportamento específicos do mundo dos blogs.
Passa-se algo semelhante ao que se passou quando surgiu o rádio, mais tarde a televisão ou ainda mais tarde a própria internet.
Existe sempre um discurso crítico, nascido da estranheza e arreigado aos seus esquemas anteriores e que insiste em não aceitar ou compreender o que é novo ou que apresenta uma forma nova de organizar e rearrumar o mundo que conhecemos.
Umberto Eco escreveu ironicamente sobre esse fenómeno, muito antes de existirem blogs, usando para esse propósito a metáfora do ornitorrinco, animal estranho e que escapa às categorias tradicionais que pode ser visto como algo completamente diferente (um ornitorrinco como ele é) ou como um retalho de coisas conhecidas (é um mamífero, tem bico de pato e por aí adiante).
Isso verifica-se por exemplo em relação ao fenómeno das identidade virtuais na net em geral e na blogosfera em particular.
As identidades virtuais surgiram naturalmente na net, como alter ego das pessoas concretas que preferiram criar uma identidade específica para esse meio e, ao mantê-la de forma duradoura e coerente, assim acabam por se inserir numa comunidade onde os sujeitos físicos são secundários em relação ao seu produto intelectual mostrado online.
Como tudo, tem vantagens (independência em relação a pressões, estabelecimento de relações de intercâmbio e confiança que a nível pessoal nem sempre se conseguem desenvolver) e desvantagens (permeabilidade à falsificação), pelo que o balanço pode ser contraditório mas é globalmente positivo, havendo mesmo quem defenda que o ambiente assim criado é favorável à aprendizagem cultural.
Outros destacam o interessante aspecto de esta ser uma forma de nos tornarmos contadores de histórias interactivas, sem os bloqueios e limitações que o meio de transmissão pessoal impõe.
O que interessa é tentar perceber porquê e como aparecem e funcionam as identidades virtuais.
Há quem as aceite, há quem as renegue, com base numa forma de encarar o mundo estática, só capaz de funcionar na base de um conhecimento concreto das pessoas físicas, que lhes parece mais cómoda para poderem emitir juízos de valor sobre a mensagem, não com base nessa mensagem, mas com base no emissor.
Só que, nesse casos, há que obedecer à própria lógica e não combater o uso de identidades virtuais coerentes, com base na utilização de múltiplas identidades virtuais que, mesmo deixando o seu traço pelos tiques do discurso, apenas pretendem estabelecer a confusão, mesmo declarando querer combater essa confusão. É que a hipocrisia, mesmo em meios virtuais, percebe-se à légua.

AV1 (identidade virtual de...)

Mais materiais: Artigo sobre Identidade Virtual e Engano (Deception), uma interessante reflexão que apresenta a identidade como uma extensão e uma segunda vida da pessoa física e um livro sobre Política Virtual: Identidade e Comunicação no Ciberespaço.

Outras melgas

O meu camarada co-editor é um teórico, muito bem-pensante que elabora muito sobre tudo e nada, a blogosfera e sei lá mais o quê.
A verdade é que há gentinha nesta terra, e falo de Alhos Vedros, que é toda muito politicamente correcta para quem o AVP é demasiado desconfortável porque lhes demonstra as suas fraquezas e limitações. Há quem seja amigo, faça blogues e tudo, mas nem sequer faça ligações para os outros, preferindo alimentar o seu próprio Ego e depois acusando os outros disso.
Por mim eu fazia-lhes o mesmo e ignorava-os, nem sequer fingia que existiam porque na verdade não existem. São a elite, a nata da terra, os verdadeiros supra-sumos do intelectual acarneirado ao poder, mesmo se dizem o contrário no café da Júlia ou nas reuniões de certas associações que bem sabemos quais são, sempre de mão estendida.
Acham que somos demasiado desalinhados, demasiado excessivos na linguagem, muito violentos e pouco respeitadores dos privilégios alheios.
Felizmente que ao contrário das outras melgas, são menos do que pensam.

AV2, depois de acordar mal-disposto de tanto andar a matar mosquitagem durante a noite

MELGAS

Às centenas, milhares e milhões por Alhos Vedros, daquelas com asas e não de duas patas, logo que anoitece, nas ruas e a entrarem pelas janelas como eu não via há muito tempo.
Se eu dissesse qual era a minha teoria sobre o fenómeno lá me chamavam básico mas o problema é que quando se muda o habitat da bicheza a bicheza muda de sítio.
Agora somem lá dois mais dois.

AV2

Logo que houver tempo e paciência

D de Desenvolvimento no Vocabulário Actual da Gestão Autáquica Moiteira.
Reflexão curtinha sobre a incompreensão que por aí se nota muito quanto ao que na blogosfera é algo corrente e tão antigo como ela, ou seja a existência de identidades virtuais que funcionam como entidades virtuais num mundo virtual, mesmo quando discutem problemas e ideias concretas a partir de sujeitos evidentemente concretos.
Links para alguns dos blogs mais vistos a nível global ou de personalidades fundadoras da blogosfera.

AV1

Especial Jon Stewart


The Daily Show - Brink Of War?!

Como desconstruir os discursos mediáticos sobre a guerra.
Genial a forma como é desmascarado o sensacionalismo das informações das estações televisivas e da própria CNN, onde o mesmo Jon Stewart tem um especial semanal compilado dos seus programas.
Ou como o humor pode ser mais eficaz do que centenas de artigos inflamados e formatados, mas incapazes de acertar no osso.
A parte final é especialmente deliciosa quanto ao cinismo de muita gente quanto ás consequências da guerra.

AV1

Updeite

Algumas das últimas pesquisas que acabaram em visitas no AVP:

por que fio dificil para os negros africanos manterem inalterada a sua cultura

revista jornal madeira tapa cristiano y merche

fotos deposito de lixos clandestinos

Receitas de Frango para parturiente

Confesso que de todas, e há outras bem normais, esta última feita às três e tal da matina me deixa boquiaberto e a pensar que há maravilhas ocultas nos posts do AVP que nem eu conheço.
É que somos ecléticos mas a este ponto não sabia.
O que será que o AV2 andou a escrever sem eu saber?
"Receitas de frango para parturientes"?
Uóti?

AV1

É um bocado narcísico mas...

... esta discussão e esta poderiam dar alguns resultados e ter desenvolvimentos interessantes.
O comentador pede aos outros o que não dá e a certa altura em outros comentários, dá um rodopio de 180º na argumentação, mas apesar disso merece que alguém, para além de mim, o apoie ou contradiga.
Eu continuo a achar que, de madrugada, conheço poucas pessoas interessadas em ler o AVP e a essa hora ninguém mantém especial coerência no pensamento, mas isso sou que não passo de um estranho matinal

AV1

terça-feira, agosto 22, 2006

Sugestão?







Candidato ao filme mais disparatado da temporada.
Trailer aqui e vídeo em 2 partes da entrevista tresloucada no Daily Show do Jon Stewart aqui ou no You Tube.


AV1

How Lovely...

Photobucket - Video and Image Hosting

Ainda sobre o Carlos de Sousa

Por causa de um novo comentário sobre o assunto, que confesso não ter percebido bem, sobre a aparente legitimidade da concelhia do PCP retirar a confiança política e defenestrar o homem devido a uma avaliação negativa do seu desempenho em apenas 10 meses de mandato, eu gostaria de perceber qual das duas hipótese é válida:

a) Carlos de Sousa fez asneira da grossa e merece ser afastado, justificando-se assim o desrespeito pela vontade popular expressa nas eleições, com base na apreciação de uma estrutura partidária.

b) Carlos de Sousa não fez nada de mal e, então, não há qualquer forma de justificar o seu afastamento.

Perante o que se avizinha, e mesmo que ele não se demita já amanhã, fica claro que algumas forças partidárias, em nome do famoso Colectivo, consideram que ser este ou aquele a encabeçar uma lista tanto faz, porque quem é eleito é o dito Colectivo, bicéfalo, tricéfalo ou tetracéfalo.
É verdade que na Moita já passámos por experiência parecida, com atribulada sucessão de João de Almeida que muitos fazem por esquecer, mas a mim continua a fazer-me muita confusão este entendimento dos processos democráticos, em que se criticam as sucessões alheias como ilegítimas (tipo Barroso-Santana, ainda por cima por mútuo acordo e felicidade do "fugido"), mas depois em casa tudo se acha normal.
Em moral isto chama-se duplo padrão, em política é business as usual.

AV1

Selecção Nacional



A introdução do tipo inglês é quase tão cómica como a música e, para os distraídos, parece directamente saída de um episódio dos Monty Python quando ele traduz "Bem Bom" para inglês como sendo "BimBom".
Aqui têm a exibição no Festival propriamente dito, mesmo sem a presença de Reinaldo, esse mito urbano português do início dos anos 80.

AV1

Léxico Analítico do Moiteiro Básico Encartado - Letra D

Delicadeza - por muitos defeitos que o moiteiro tenha, este é um dos que não tem com toda a certeza, certezinha. O moiteiro é muito macho, é gajo de voz grossa, capaz de enfrentar um touro numa largada do alto da janela do 2º andar ou mesmo de ter andado na Escola de Toureio onde costumavam apalapar a fruta aos miúdos para ver se estava madura, mas isso agora não vem ao caso, já está tudo esquecido. O moiteiro é homem de barba rija e essa coisas das delizadezas é para quem gosta de fazer panelas, ou gays como se chamam em Cascais. O moiteiro distingue-se por nunca baixar a voz em situação alguma, por forma a ser bem ouvido por todos, esteja num velório ou a falar ao telemóvel; destaca-se ainda do vulgo por uma peculiar qualidade que é de usar basto chaveiro preso à presilha (mas que bela aliteração) das calças, que chocalha com vigor quando se desloca para se fazer anunciar ao povinho. Quando é obrigado a ficar parado e o chocalho perde ímpeto - quando está na fila para o Correio, as Finanças, na EDP, na mercearia da esquina ou no café - desprende o chaveiro em causa e chocalha-o manualmente com alegria, para gáudio de todos os que o rodeiam. O moiteiro nunca pede desculpa pois tem sempre razão. Atropelou uma velhota em plena passadeira? A culpa é "do raio da velha que já não devia andar na rua"! O canídeo acabou de urinar alarvemente as rodas de um carro alheio e de defecar com jactância um belo volume fecal em pleno passeio fronteiro à porta da habitação de outra pessoa? Então o que há a fazer, "queria que o cão não cagasse, é?". A aparelhagem está em altos berros à meia-noite a ouvir o último cd do Eros Ramazotti ou da Celine Dion? É porque "cá em casa todos gostamos de música de qualidade a qualquer hora e ninguém tem bada a ver com isso, olha não queiram lá ver?". No supermercado acotovela toda a gente para se chegar à frente primeiro na fila de espera da peixaria? "É porque tenho vida, não sou um desocupado como vocês!" Por tudo isto, mas muito mais, o moiteiro distingue-se da vulgaridade dos delicadinhos pretensiosos e eleva-se aos cumes da afirmação pessoal de quem é como é, com todo o orgulho em sê-lo e quem não se sentir bem a vê-lo coçar alegremente a genitalia de pername aberto na esplanada é melhor ir dar uma volta que a Moita não é terra de gentre frouxa. É tudo malta capaz de ganhar um concurso, em recinto coberto ou em pista, de escarreta a longa distância, venha quem vier.

AV1