Alguns leitores do AVP parecem querer que o nosso blog se torne um mero veículo de discussão de assuntos locais e de envolvimento directo na luta eleitoral que está em desenvolvimento até dia 9 de Outubro, achando desnecessárias outras divagações.
Outros, criticam-nos mais ou menos duramente sempre que implícita ou explicitamente declaramos o apoio ou subscrevemos algo dito, escrito ou feito por alguma figura local, exigindo de nós uma imparcialidade e um pureza de posicionamento neutral que não é viável.
Ora bem, no que a mim diz respeito, e respondendo aos primeiros, o AVP não surgiu para ser apenas uma capelinha paroquial em que Alhos Vedros surgisse como tema único, fechando a conversa e a discussão sobre apenas o que nos rodeia no concelho. Aliás, muito pelo contrário, a nossa ideia foi comunicar com a comunidade, mas também abrir este espaço ao exterior. Quem quiser encerrar-se em tertúlias de discussão em circuito fechado ainda tem umas mesas de café para o fazer.
Quanto à segunda crítica - a obrigação de nos mantermos absolutamente neutrais e declararmos todos os nossos interesses na disputa em jogo - só posso responder que depois de nunca ter votado em eleições autárquicas por achar que a APU/CDU não fazia o suficiente, mas por não encontrar alternativas credíveis, desta vez decidi meter-me um pouco ao barulho e explicar porque cada vez me sinto mmesnos identificado como a forma como a minha freguesia e o concelho envolvente se têm (sub)desenvolvido. Claro que isto implica manifestar opiniões, criticar o discurso dos maiores partidos locais ou encontrar aqui e ali afinidades com algumas personalidades. Por isso, é impossível uma completa neutralidade, isto mesmo se optasse pela abstenção de novo.
Por isso, vamos deixar-nos de hipocrisiais e pruridos: eu não tenho alinhamento partidário, não estou nem vagamente ligado a nenhum grupo local, não tenho nenhum interesse em jogo, à excepção de querer que a minha terra não seja progressivamente destruída na sua já escassa identidade. Se isso implica ser desagradável para este ou aquele, se isso acarreta que relembre a alguns o que defenderem em tempos ou se isso faz com que muitos leitores discordem do que escrevemos, paciência...
Quem está connosco há mais tempo já sabe ao que viemos.
Os que têm chegado ultimamente talvez tenham mais dificuldade em enquadrar-se, mas um par de horas (para quem as tiver) no nosso histórico em torno de datas/momentos interessantes dos últimos dois anos podem ser úteis para evitar repetir críticas já feitas.
A única promessa é que o AVP já vem de longe, já sobreviveu a muitos outros blogs de maior impacto na blogosfera e de que eramos leitores e certamente por aqui andará muito depois das eleições que se aproximam, apesar do que alguns pensam.
Porque o AVP foi um espaço criado para nossa diversão, para o estabelecimento da confusão de onde pode nascer alguma luz, e porque só precisa da nossa vontade para permanecer, com maiores ou menores transformações ao longo do seu percurso.
Ah... e o AVP é apenas o AVP e não outra coisa. Quem achar que estamos mal, que nos falta algo ou temos tralha em excesso, nada como enriquecer a blogosfera local com novas propostas: foi o que fizeram alguns dos nossos mais antigos leitores e colaboradores mais ou menos regulares (o Brocas, o Oliude, o Zelupi, o próprio Alhosvedrense...), com a sua marca própria.
E por aqui me fico.
Hoje estou demasiado compenetrado e construtivo.
Vou ver se isto me passa.
AV1
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