II - Do Dilema das Tardes sem Fim para quem não faz a Sesta
Eu sei que isto pode não vos interessar nada.
Mas eu vou escrever na mesma, porque o Sporting perdeu e porque me apetece chatear alguém.
Por isso, vou continuar com as minhas memórias de viagem deste Agosto que vai passando.
Ultrapassada a fase em que descrevi a importância vital da casa de banho (desculpe lá o incómodo, caro Conde), passarei para a análise do dilema ocupacional em que se tornam certas tardes de Verão, em férias em local onde não se tem net acessível ou televisão por cabo ou outra inutilidade semelhante, quando todo o resto do pessoal decide ir fazer a tradicional (e muito latina) sesta.
Ora bem, por razões fisiológicas que têm explicação científica credível (já consultei o médico e tudo) eu não consigo fazer uma sesta vespertina, pós-prandial (esta é pró dicionário), sem que acabe por acordar com um humor de cão raivoso cruzado com jumento incontinente.
Dormir à tarde faz com que o meu metabolismo se baralhe todo e eu acorde com o jet-lag de quem chegou da Nova Zelândia.
Dizem-me (e leio em revistas sérias) que isso se deve ao facto de o meu ciclo de sono REM ser relativamente longo e não dever ser interrompido. Ou seja, posso dormir só 5 a 6 horas por noite, mas devem ser seguidas. Não me adianta estar 10 horas no belo leito se me interromperem de 2 em 2 horas.
É da serotonina, dizem os mais conhecedores.
E eu faço por acreditar.
Só que em Agosto, quando tudo fica a roncar ao desatino, é muito chato ficar acordado, pois a vida também não se faz só de leitura e algum descanso até se afigura simpático.
Por isso, há que escolher o retiro para passar 2 a 3 horas de uma tarde, em que os livros trazidos de casa já se acabaram e não apetece fazer nada de útil.
Este ano, escolhi um espaço amplo para, na falta de uma sesta, me poder deitar de papo para o ar a pensar em coisas mais aprazíveis do que PDM's, incêndios, REN's, Manuéis Pinhos ou mensalões.
Como podem constatar, a regularidade do padrão do madeiramento do tecto que me acolheu tem um efeito claramente repousante, embora não propriamente entediante, não induzindo ao indesejado sono.
As vigas eram boas vigas, de madeira de razoável qualidade, como se pode observar.
E assim foi...
Belas tardes a ver vigas eu passei, enquanto ganhava coragem para me abalançar ao novo Harry Potter (and the Half Blood Prince), que eu apesar da quarentena, sou um espírito jovem e com gostos fáceis.
E por aqui me fico hoje.
E ainda há quem diga que por aqui somos prolixos.
AV1
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