III - Do Esquecimento das Pedras da Calçada
Ora aqui voltam as minha memórias de férias, de que só eu estava a sentir falta, mas mesmo assim...
E voltam com um daqueles temas que têm tanto de mania pessoal como de anacrónica realidade.
Falo, é claro, das pedras da calçada que em algumas terras do nosso país ainda existem como piso de algumas das suas principais ruas, apesar das queixas do mal que fazem às suspensões dos carros, mas esquecendo-se do bem que são para a infiltração das águas pluviais e para a redução do risco de enxurradas em artérias mais desniveladas.
Passei parte das minhas férias numa localidade em que era obrigado a descer uma rua toda em calçada para poder tomar um cafézinho ou comprar um jornal onde pudesse continuar a medir a dimensão dos incêndios ou o tempo que o Koeman desesperava por um avançado que não usasse bandolete ou que corresse mais do que a própria bola.
Em virtude do peso da idade e da minha evidente falta de verticalidade (já começo a regredir em relação à posição erecta do Homo Sapiens Sapiens de tanto escrever ao computador), tenho um andar já meio alquebrado que faz com que não seja raro ir a olhar mais para o chão do que para o caminho em frente propriamente dito.
E foi assim que me vi a admirar estas belas pedras da calçada, que a Alhos Vedros voltaram com as famigeradas obras de requalificação da Praça da República, cerca de 30 anos depois de terem deixado de ser o piso da Avenida Bela Rosa, do qual bem se lembram os meus cotovelos e fundo das costas, à custa de um par de tombos bem dados depois de travagens falhadas na minha pasteleira de então.
Enfim, memórias cruzadas que mais um bocadinho me fazem a mim próprio ficar a imaginar no que andará a pensar o editor deste blog para escrever coisas destas.
O tipo deve andar mesmo sem muito que fazer.
Ele está a precisar é de voltar ao trabalho já amanhã.
AV1
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