quarta-feira, agosto 10, 2005

Isto está bonito, está...

De volta em menos de 24 horas graças a Internet rápida e razoavelmente baratinha (um euro=meia hora).
Por isso, tenho algum tempo para ficar estarrecido com o que anda pela caixa de correio do Alhosvedrense (o link permanente está aí ao lado, não peçam muito trabalho...).
Desde acusações que à boca pequena sempre se ouviram sobre o desempenho de um certo autarca, até trocas de mimos como já há uns tempos não se viam entre comentadores.
Por mim, que estou longe do calor e dos fogos que podem aquecer em excesso os ânimos em época que devia ser de descanso, apenas gostaria que tudo se tornasse mais claro na vida política local, da Situação à Oposição.
É óbvio que a sucessão (modelo santanista) na CMM teve muita água no bico.
Resta saber que água e em que bicos.
Resta ainda saber se quem veio a seguir encobriu voluntariamente, a bem de valores mais altos, o que ficou para trás.
E resta saber até que ponto estão motivados para não repetir os erros do passado, que só os mais empedernidos aparelhistas podem defender, com receio de que, quem venha a seguir, descubra o que será varrido para debaixo do tapete.
Por isso, volto a afirmar que o papel de uma Oposição séria é controlar com rigor a acção de quem detém o poder e não apenas produzir textos de circunstância e colocar o dedo húmido no ar para ver de onde sopram os votos.
Ora o PS está cheio de gente que anda de dedo no ar (já esqueceram o punho há muito) a ver de onde sopra o vento e com muito pouca que revele estude da situação real das necessidades do concelho, para além das afirmações cosméticas.
Por tudo isto, seria bom que a candidatura do Bloco espertasse a orelha e, embora mantendo as bandeiras dos seus membros (que não são as do Bloco nacional propriamente dito), deixasse o discurso do politicamente correcto, arregaçasse as mangas e se levasse a si mesma a sério.
A coisa é assim: não vale dar o nome por frete, se depois não de dá o resto, porque dá muito trabalho.
Assim também eu.
Não chegam dois ou três aparecerem e puxarem um bocadinho.
É preciso mais, muito mais.
Resta saber se vão encarar esta candidatura com um espírito excessivamente cacaviano, porque de boas intenções está o inferno cheio.
E, avaliando pela subida de tom da discussão em alguns blogs, vem aí carga pesada.
E por cá todos nos conhecemos uns aos outros e quem tem paredes de vidro, acagaça-se com facilidade perante os brutamontes da vizinhança.

AV1

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