terça-feira, janeiro 27, 2009

O PCP é Social Fascista...

...é pelo menos o mínimo que se pode dizer, lendo este texto do autarca de Sines, Manuel Coelho, que anuncia assim a sua desvinculação do PCP:

«Concluo que este partido está impregnado de um conjunto de características típicas de organizações dogmáticas, com disciplina de caserna, que o tornam uma organização estalinizada, com práticas reaccionárias, envolvidas de um discurso pretensamente progressista, mas, de facto, retrógrado», concluiu.
Hoje às 15:31

O autarca de Sines anunciou a sua desvinculação do PCP devido a «recriminações e acusações» lançadas contra si por causa da sua acção de autarca. Manuel Coelho diz que estas recriminações são «absurdas, idiotas, insuportáveis e não mais toleráveis».
O presidente da Câmara Municipal de Sines anunciou, esta terça-feira, a sua desvinculação do PCP, no qual militava há 35 anos, na sequência de «recriminações e acusações» do partido em relação a decisões tomadas enquanto autarca.
Em conferência de imprensa, Manuel Coelho explicou que comunicou pessoalmente a «três elementos dirigentes do partido» esta sua decisão no sábado, «após uma discussão semelhante a outras e que levou, inevitavelmente, a esta decisão».
O autarca, que está a cumprir o seu terceiro mandato, considerou as recriminações e acusações de que foi alvo em reuniões partidárias como «absurdas, idiotas, insuportáveis e não mais toleráveis».
Manuel Coelho disse ter sido questionado sobre os motivos pelos quais tem comparecido nos «actos de cerimónia do senhor primeiro-ministro» ou sobre «o que disse, ou quis dizer, em entrevistas sobre o interesse dos investimentos em Sines».
Estes factos levaram-no a uma «análise dos fundamentos ideológicos, da estrutura, dos programas e das práticas políticas do PCP», o que o levou à decisão de desvinculação que anunciou esta terça-feira.
«Concluo que este partido está impregnado de um conjunto de características típicas de organizações dogmáticas, com disciplina de caserna, que o tornam uma organização estalinizada, com práticas reaccionárias, envolvidas de um discurso pretensamente progressista, mas, de facto, retrógrado», concluiu.

Fonte TSF

5 comentários:

Anónimo disse...

Então o senhor está acima de tudo e de todos?
Por acaso, só por acaso, ele (e todos os outros) não chegou ao poder graças a ter integrado as listas de candidatos da CDU à autarquia local através do PCP?

Quando aceitou a candidatura ignorava que não se tratava de um lugar "seu" mas de representação do PCP, ou seja de um colectivo?
Logo não tem (ele e os outros) o dever de prestar contas?
Não tem (ele e os outros) de respeitar a orientação partidária para a qual cada um dá o seu contributo e pela qual somos todos solidariamente responsáveis?

Então cada vez que alguém seja questionado/tenha de prestar contas, faz, como algumas crianças, birra e bate com a "porta"?
Então onde fica o princípio estatutário (conscientemente aceite por todos os militantes) da critica e da auto-critica?
E desde quando a disciplina é um problema?

O problema deste senhor (e ás vezes de outros) é ter esquecido a sua missão militante e de agente transformador numa base de trabalho colectivo.
O problema deste senhor (e ás vezes de outros) é ter sido perturbado pelo tempo em exercício de funções e, neste contexto, julgar-se dono do poder.

Com os melhores cumprimentos,
O vosso melhor amigo.

Anónimo disse...

Caro amigo,
Até entendo a sua lógica embora não compartilhe das suas ideias. Aqui parece-me que é ao contrário.
As eleições de Presidente da Cãmara é mais como as de Presidente da Républica. Os partidos é que se aproveitam das pessoas para se imporem à sociedade, por isso um cidadão e um grupo de cidadãos podem-se candidatar às autárquicas.
Em boa verdade para ao poder autárquico não deveriam concorrer os partidos, já que um Sr de LISBOA pode vetar um elemento de Ilha do Corvo sem nunca o ter visto ou sequer concertado estratégias e esse ser um dos preferidos das populações.

Anónimo disse...

Onde é que está a novidade sobre o PCP?
Sempre foi assim...

Anónimo disse...

Anita (Salvaterra),Carlos Sousa, Luisa Mesquita, Manuel Coelho e entre muitos outros comunistas.
Estão aflitos, o aparelho é fodido!

Anónimo disse...

Isto é o cúmulo…!

Afinal os autarcas dos municípios portugueses representam os respectivos munícipes e gerem a coisa pública comum em nome dos munícipes e no interesse municipal… ou são os meros representantes ALACAIADOS DA SEITA PARTIDÁRIA QUE OS COMANDA COMO MARIONETES da “Soeiro Gomes” ou de qualquer outra sede partidária?

ONDE ESTÁ O GENUÍNO MUNICIPALISMO PORTUGUÊS?

Qual a legitimidade dos autarcas serem comandados por entidades centrais, estranhas aos respectivos municípios, que nada têm a ver com os órgãos legítimos do Estado… e que se arvoram o direito de nomear e destituir não só os candidatos que propõem à eleição… como também os próprios autarcas eleitos por toda a população, com a finalidade única de imporem os seus interesses particulares e financiarem a sua própria existência enquanto entidades partidárias?

Parece-nos que, no meio de tudo isto, o que verdadeiramente está mal e constitui um verdadeiro CANCRO DE CORRUPÇÃO QUE SANGRA OS MUNICÍPIOS… é o simples facto de serem os partidos nacionais a ter o direito de propor os candidatos ás eleições municipais!

Se isso fosse corrigido, cortava-se o mal pela raíz!