quinta-feira, março 31, 2005

Equipa de Futebol do CRI (Anos 50) - Parte II


Arquivo particular FG

Mais uma equipa de futebol do CRI de outros tempos, bem anterior às das fotos que surgem no site oficial do Clube.
Seria interessante vasculhar nas caixas velhas de fotos dos sócios mais antigos e colocar online a memória de uma das principais colectividades da vila.

Jornais do Mundo

Para quem quiser aceder à edição electrónica de jornais de todo o mundo, este é um óptimo portal.

Eurídice Pereira ocupa o Jornal da Moita

Além de ter uma foto que ocupa quase toda a primeira página, Eurídice Pereira consegue mais 3 páginas de propaganda no JM e comentários de louvor à dama da parte de António Vitorino, Maria Amélia Antunes, Jorge Coelho, José Dias Inocêncio, Emídio Xavier, Eduardo Cabrita, Joel Hasse Ferreira e Teresa Almeida... é obra !
O Semanário Independente da Moita e Baixa da Banheira parece estar cada vez mais dependente do PS. E depois nós é que temos a fama.

O Café do Júlio (Final dos Anos 50)


Arquivo particular FG

Depois do futebol, mas não só, era tempo de fazer uma bela patuscada no café do Júlio, hoje desaparecido.
Reconhecem-se nesta foto - do fotógrafo Barreto - muitas caras que já desapareceram mas, felizmente, algumas que ainda estão entre nós.
Para quem se interroga se a simpática criança que se vê ao centro da foto é algum dos editores do blog, lamentamos confessar que, por esta altura, nem zigotos ainda seríamos.

Outros cadáveres II


Foto do Brocas

Mais uma perspectiva das ruínas da Fábrica de Cerâmicas Lusitânia.
A reportagem completa entrará no Alhos Vedros Visual na próxima terça-feira, o dia da semana escolhido para a inclusão deste tipo de séries fotográficas.

Quem de 1 tira 1 com o que é que fica ?

Se ao PS a ONU retirar (para comissário para os refugiados, cargo para o qual já a santa alma se disponibilizou) o seu candidato natural à Presidência da República, com que candidatos a candidato ficarão os rosinhas ?
Com um jovem e ambicioso meio candidato ?
Ou com um menos jovem mas alegre candidato ?
Aceitam-se sugestões.

Cinema na SFRUA

Já chegou a mão amiga um conjunto de documentação que o Presidente da Direcção da SFRUA, Vítor Cabral, nos prometeu com o objectivo de esclarecer a situação que foi aqui levantada (primeiro por ABF, e depois retomada por nós) sobre a possibilidade de serem projectados filmes na Velhinha.
Logo que nos pudermos deslocar ao local do "depósito", escreveremos de nossa justiça sobre a questão (talvez a partir do fim de semana).

Já não se fazem destes



Já não há padres como antigamente.
Isto é que era um macho orgulhoso da sua masculinidade que levou à risca aquela do "Crescei e Multiplicai-vos".

Equipa de Futebol do CRI (Anos 50)


Arquivo particular FG

O futebol do CRI, nos tempos em que começou a ter equipa de seniores, mesmo se o forte eram os jogos de "Solteiros x Casados" ou entre equipas de terras vizinhas.
Não sou da época, mas ao que me contou a fonte da imagem, o campo era junto ao Largo da Graça, ou seja perto do actual posto médico, embora não possa confirmar se este é o caso (vou pedir informações adicionais, embora pense reconhecer aquele depósito lá ao fundo da foto).
Quando eu era puto, era o campo do Vinhense que servia para os jogos e a que belas cenas de pancadaria eu assisti nos jogos, por exemplo, com a equipa do Santo António. Até a GNR levava na enxurrada. Era a forma do pessoal se desforrar em tempos de ditadura.

Suplemento da AAG. Painéis de Alhos Vedros


O Suplemento #3 da AAG, já está no AVVisual, com mais 8 painéis de Alhos Vedros !

Continuamos o nosso concurso de Slogans para a Azulejaria Artística Guerreiro, mas simplificamos as regras de participação, já não será necessário utilizar as palavras:
“Azulejaria Artística Guerreiro” e “Alhos Vedros”.
Isto para facilitar a participação dos nossos leitores.Os leitores deste Blog têm de inserir nos comentários a este Post uma frase que se adeqúe para a AAG, o actual slogan é:
“Para quem prefere a Qualidade”, esse slogan será depois utilizado pela AAG na sua publicidade, o concurso está aberto a todos os leitores de Portugal e do Mundo.
Os três prémios serão depois enviados para a morada dos vencedores, mas se os leitores viverem nos Concelho da Moita, Barreiro ou Montijo, podem também ser levantados na Oficina:
Rua Duarte Pacheco nº6, 2860-074 Alhos Vedros, Portugal. Telef.21 2048677.

Pode colocar as suas dúvidas nos comentários às imagens.

Eis os Prémios:

1º Prémio, Um painel de 6 Azulejos pintado à mão + 1 CD Rom da Azulejaria Artística Guerreiro + Uma colecção de postais de painéis de Alhos Vedros (Forcas Bar) + Uma caderneta com 24 Imagens do Concelho da Moita. (Valor de 65 Euros sem incluir os portes de correio.)

2º Prémio, Um CD Rom-Quadro com um motivo do séc. XVIII, pintado à mão + Uma colecção de postais de painéis de Alhos Vedros (Forcas Bar) + Uma caderneta com 24 Imagens do Concelho da Moita. (Valor de 20Euros sem incluir os portes de correio.)

3º Prémio, Uma colecção de postais de painéis de Alhos Vedros (Forcas Bar) +1 CD Rom da Azulejaria Artística Guerreiro + Uma caderneta com 24 Imagens do Concelho da Moita. (Valor de 5 Euros sem incluir os portes de correio.)

quarta-feira, março 30, 2005

Utilidades

Depois de muito solicitados pelo Brocas, já inserimos no blog a possibilidade dos estimados leitores se inscreverem no Bloglet para receberem notificações por mail da publicação de posts no AVP. A coisa está a seguir à figura com a fase da lua, ao fundo, na barra lateral do lado direito.
Isto significa que cada vez estamos mais sérios e formais.
Qualquer dia apanham-nos de gravata a distribuir propaganda nas rua, a beijar velhotas com bigode e bébés ranhozecos... ou vice-versa, bébés com bigode e velhotas ranhozecas.
Credo.
Que arrepio na espinha.

Best Off

No nosso suplemento AVP - Best Off, já está a quarta recolha, a propósito do post "Finalmente" com um texto de José Luís Pinto sobre a construção do pavilhão desportivo na EB 2+3 José Afonso. A terceira recolha, a propósito do post "Manifesto para Memória Futura" ainda está em produção.

António da Costa descobre a pólvora


O Rio nº 98, p. 16.

Até prova em contrário, descobri a pólvora !
Em sentido político figurado, é claro.
Depois de consultar os resultados das últimas eleições autárquicas, com vista a prevermos o desfecho das que se avizinham, penso ter descoberto porque razão a actual gestão moiteira se tem esmerado na forma como tem tratado Alhos Vedros da forma displiscente que se constata com facilidade, em especial atendendo ao investimento feito em satisfazer os interesses da sede do concelho.
Apesar de todo o respeito e simpatia que nos merecem as aprazíveis freguesias de Sarihos Pequenos e do Gaio-Rosário não chegam a somar 2000 eleitores, pelo que tudo se decide nas outras quatro freguesias do concelho, todas com mais de 10.000 eleitores e a Baixa da Banheira acima dos 20.000.
Ora se entre 1997 e 2001, os resultados para as Assembleias de Freguesia da Baixa da Banheira se situaram acima dos 50% de votos na CDU (mesmo se com uma quebra de 6%), do Vale da Amoreira subiram de 33,8% para 37,3% e de Alhos Vedros de 41,6% para 42,1%, no caso da Moita deu-se uma fortíssima quebra de 39,3% para 31,6% (quase 8%), mantendo-se a Junta de Freguesia na posse do PS.
Isto teve como consequência que as prioridades na sedução do eleitorado tenderam a concentrar-se na Baixa da Banheira (mesmo ganhando, tornou-se necessário estancar a sangria de votos que atingiu uma quebra de um milhar) e na Moita (onde o declínio parece irremediável, tendo sido perdidos perto de 500 votos em 2001). Os investimentos feitos nestas duas freguesias, comparativamente a Alhos Vedros, são bem elucidativos desta situação, com a Baixa da Banheira a ter direito ao seu reperfilamento na Avenida 1º de Maio e suas quatro faixas e duas novas rotundas. Cá por mim, passo bem sem novas rotundas e reperfilamentos, mas não me imprtava que o dinheirinho fosse usado para requalificar parte do parque habitacional da zona antigae numa requalificação urnabística a sério e não meramente cosmética.
Ou seja, Alhos Vedros, pela sua fidelidade à CDU (os números foram quase iguais entre 1997 e 2001), passou a merecer menor preocupação, porque aparentemente a população que vota normalmente na CDU estabilizou e aparenta estar satisfeita. Isto mesmo se o PS e o PSD já somam mais votos no seu conjunto e se o par MRPP/BE em 2001 chegaram quase aos 8%. O que terá consequências este ano, como veremos.
Significa isto que a descoberta da pólvora – no sentido de se ser beneficiado pelo investimento moiteiro – passa por votar menos na CDU, porque assim ficam com medo de perder mais votos e vão a correr apagar o fogo. Enquanto Alhos Vedros continuar na costumeira apatia, estamos todos tramados, porque é para a Moita e a Baixa da Banheira que os dinheirinhos correm.
Tudo isto tem naturais consequências quanto à estratégia das diferentes formações partidárias para as eleições que se avizinham. Sobre isso e, em particular, quanto ao erro da estratégia do PS em não apresentar uma alternativa credível e se limitar a funcionar como uma caixa de esmolas das queixas e ao papel fulcral que pensamos que vai ter o Bloco de Esquerda no futuro da CMM, escreveremos em próxima ocasião.

António da Costa, 30 de Março de 2005

Importa-se de repetir...

UDP vai passar a "associação política de natureza comunista"
(Público, a partir de nota da Lusa)

«A UDP, um dos partidos que deram origem ao Bloco de Esquerda (BE), vai aprovar no próximo fim-de-semana a sua extinção como partido, passando a associação política "de natureza comunista".
Os outros dois partidos que estiveram na origem do BE, em 1999, a Política XXI (sucessor do MDP/CDE) e o PSR, de inspiração trotskista, foram extintos em 2004. Tal como a UDP, o PSR decidiu constituir uma associação política.
De acordo com Carlos Santos, da direcção nacional da UDP, a extinção do partido "merece consenso" entre os militantes e decorre da participação no BE e do novo quadro legal, que prevê a extinção de partidos que não concorram a eleições gerais durante seis anos consecutivos.
A declaração de princípios a aprovar no congresso estabelece que a "UDP é uma associação política de natureza comunista" que pretende afirmar "uma corrente de esquerda marxista" no BE

A nossa dúvida é a seguinte:
Se a UDP se pretende uma corrente de esquerda marxista no BE, o que são os outros ?
Enfim.
Eu até gostava da UDP.
Não praticava, mas respeitava a admiração pela experiência marxista purista albanesa.
Enfim.
Tudo tem o seu fim. Eu sei que não acabou, mas é como se fosse.
Sugaram-lhes a alma, só vai ficar a carapaça.
A modos que ficam ligados à máquina e eu, neste caso, acho que a eutanásia teria mais lógica.
Enfim.
Paz à sua alma.
R.I.P.

Novidades

Gostamos de estar em cima do acontecimento, mas recentemente isso está a ser mais difícil devido ao desempenho medíocre do Blogger.
De qualquer forma, fica aqui a menção para um notável post do Conde de Alhos Vedros sobre as instalações desportivas no concelho e, já agora, para a publicação no jornal O Rio de um artigo do António da Costa resultante de um post aqui incluído há cerca de duas semanas. A chatice é que vem por baixo de uma peça sobre iniciativas do PS, o que fará os mais "distraídos" somarem 2+2 e chegarem logo a 22.

... outra na laranja



Desde que colocámos inicialmente a imagem aqui já apareceu um desmentido da PGR a afirmar que não há processo-crime por causa deste "negócio".
No entanto, parece que a investigação existe e, a não existir, será uma vergonha.
Os milhões do Estado não podem servir para alimentar as carteiras dos amigos e conhecidos que se tem cá por fora, só porque se foi ministro por um par de meses.

Uma na rosa...

Recorte enviado pelo leitor T. Maurício

Aparentemente, as maroscas dos tempos de Macau ainda voltam, quais fantasmas inquietos para atormentar aqueles que deles beneficiaram mas que nem sempre ficaram "às boas" com todos os envolvidos.
Joaquim Vieira lá saberá do que fala, e só resta saber se será desmentido ou demonstrada a falsidade das suas afirmações. Que são graves, muito graves, e dispensavam aquele início hipócrita do ter "laços de amizade" com o tipo de quem se escreve que não é apto para o cargo que aceitou e que terá, há 15 anos, feito algo profundamente condenável.
Se é verdade que J. Vieira também não será uma virgem impoluta nesta matéria de favores e desfavores, não é isso que invalida a seriedade dos factos que (d)escreve e assume na primeira pessoa.
Agora o que se lamenta, é que pastas cruciais da governação sejam atribuídas a quem já revelou no passado - quando foi Ministro da Administração Interna - uma razoável falta de estaleca para a coisa e uma profunda inabilidade para gerir conflitos e situações de tensão.
Satisfazer determinados lobbies partidários (ou extra e trans-partidários) não pode ser um critério válido para a atribuição de pastas ministeriais, mesmo que neste governo os casos mais óbvios estejam razoavelmente circunscritos (embora em alguns sectores críticos).

Desculpem lá o "esticadinho" da imagem, mas foi assim que a recebemos.

Outros cadáveres


Foto do Brocas

Não é só em Alhos Vedros que os cadáveres industriais existem.
Na periferia da Moita, também encontramos alguns, mesmo se menos numerosos e sem ser mesmo junto a zonas residenciais.
Neste caso, é a antiga Fábrica Lusitânia, ali defronte para a moderna urbanização que se está a fazer entre o Palheirão e o Carvalhinho.
Mais imagens em reportagem do Brocas a inserir logo que possível.

Estamos a ficar supérfluos

Depois de passar os olhos pelo último Jornal da Moita ficámos convencidos que ou o AVP passou a dominar as estruturas partidárias locais ou então que nos tornámos absolutamente supérfluos, pois os políticos parecem convertidos por cá às nossas causas.
Nas páginas 2 e 3, a Situação revela o seu amor pelas questões ambientais, em passeio pelo concelho para destacar a obra feita nessa área - embora, como é óbvio, a falta de uma ETAR, seja assacada ao Poder Central e não à incapacidade de gerar uma solução capaz - e num encontro sobre Ecologia no Vale da Amoreira.
Na página 4 é a vez dos socialistas revelarem que "querem um novo desenho urbano para o concelho".
Esta malta chegou tarde a estes assuntos, mas parece que descobriram o amor pelo ambiente e por um urbanismo de qualidade, pelo menos no discurso.
Sejam bem vindos.
Então quando começarem a concretizar, calamo-nos logo.

A EN, nos dias de hoje



A mesma zona da foto anterior, nos dias de hoje.
A perspectiva não é bem a mesma, mas o editor/fotógrafo não quis para o meio da estrada, porque ainda era atropelado por um moiteiro desembestado.
Repare-se como as árvores cresceram durante estes 50 anos, tapando quase por completo a residência.

A Estrada Nacional (Anos 50)


Arquivo particular FG

Foto tirada na Estrada Nacional, no sentido da Moita, mais ou menos à frente de onde está hoje uma oficina de pneus e a estação dos correios, vendo-se mais atrás a vivenda (quem se lembrar do nome da família proprietária faça o favor de dar a informação, porque eu não me lembro) que foi ocupada pelo MRPP a seguir ao 25 de Abril de 1974 e longamente usada como sua sede, à medida que se foi degradando. Esta é daquelas pelas quais o Leonel Coelho vai ter de responder no dia do Julgamento Final (mas o camarada Mao é capaz de o absolver).

A Misericórdia (Anos 50)


Arquivo Particular FG

Cá estamos de novo com o Grupo Esperantista de Alhos Vedros em frente da Misericórdia de Alhos Vedros, quando ainda não existia aquele jardinzinho com laranjeiras, mas outro tipo de árvores.
Neste caso temos uma foto familiar, com diversas crianças, nenhuma das quais é dos editores do blog.
(A digitalização da foto também podia ser melhor e não deixar visíveis os vestígios de outros papéis velhos, que se detectam por baixo da imagem.)

O Pelourinho e R. Cândido dos Reis (Anos 50)


Arquivo particular FG

Após milhentos problemas ontem para fazer o upload das imagens e para editar posts, lá conseguimos retomar hoje a nossa sequência de imagens de Alhos Vedros nos anos 50.
Neste caso temos uma perspectiva do Pelourinho e da Rua Cândido dos Reis, sem quaisquer problemas de estacionamento.

terça-feira, março 29, 2005

O Cine-Teatro (Anos 50)


Arquivo particular FG

Ora aqui está aquilo que muitos de nós conhecemos como "Cinema" mas foi antes um "Cine-Teatro", construído a meio da Avenida Bela Rosa, aqui ainda de terra batida e com pouco casario em redor.
Já nesta altura a fachada parecia um bocadito em mau estado, mas ainda aquentou mais um quarto de século em pé.
Quem tiver outro tipo de testemunhos fotográficos desta época - ou anteriores - faça o favor de digitalizar e mandar para cá.
Isto é o serviço público que as instituições públicas da terra não fazem.
Quando será que alguém se lembra de recolher estas imagens e fazer uma exposição e respectivo catálogo.
Alô, CACAV ?
Alô, Junta de Freguesia ?
Alô, colectividades ?
Anda alguém por aí ?
Pelo menos o Vinhense já tem um site com fotos antigas do seu espólio.
É que nós não temos meios para fazermos mais do que fazemos, e não queremos subsídios.
Só gostaríamos que quem tem o dever de agir neste tipo de matérias, agisse de forma consequente, de uma vez por todas, e não apenas quando a burra faz anos (e como sabemos os asnos esquecem-se muito dos aniversários).

A SFRUA (anos 50)


Arquivo particular FG

Correspondendo ao nosso pedido, um nosso leitor enviou-nos um conjunto de fotos históricas de Alhos Vedros que incluem imagens do Grupo Esperantista que funcionou na vila no final dos anos 4o e anos 50 e que se fez fotografar em diversos locais da terra (como esta que aqui se inclui), de equipas de futebol do CRI e de petiscadas no desaparecido "Café do Júlio".
Iremos incluí-las aqui a pouco e pouco e talvez façamos uma série para inserir no Alhos Vedros Visual.
Só não percebemos porque este nosso leitor, que já nos visita há pelo menos um ano pelo que diz, ainda não nos tinha feito esta oferta.
Vamos lá a ver se outros lhe seguem o exemplo.

Figuras típicas da terra


Foto do Brocas

Há uns tempos atrás - no Verão de 2004- abordámos aqui algumas das figuras típicas de Alhos Vedros, com destaque para o Tagacha, o Aldemiro "Mosca", a Teresa Tramouca e outros que tais.
Recentemente, o Brocas redescobriu um deles (conhecido por alguns como "Yo-Yo") e mandou-nos o registo.

Secção "Best Off"

Em princípio, os próximos Best Off serão com os comentários sobre os posts "Esclarecimento para Memória Futura" (13 comentários) e "Finalmente" de zal sobre a construção do pavilhão da Escola Básica 2+3 José Afonso (22 comentários).
Também como foi proposto, provavelmente já surgirão num anexo ao AVP e não como longos posts aqui.

segunda-feira, março 28, 2005

E depois o burgesso ainda fala

Desvio adicional elevou-se a 29,6 milhões de euros
Tribunal de Contas detectou desvio de 71,8 por cento em obras no norte da Madeira (Público)

«A Secção Regional da Madeira do Tribunal de Contas (SRMTC) apurou que nove projectos realizados pela Sociedade de Desenvolvimento do Norte da Madeira (SDNM) registaram um desvio orçamental de 71,8 por cento, face ao valor inicial de 41,2 milhões de euros.
Esta conclusão consta da auditoria à SDNM relativa ao ano económico de 2003, enquadrada no âmbito da fiscalização sucessiva e que hoje foi tornada pública pelo Tribunal de Contas local.A auditoria refere que o desvio orçamental se traduziu na necessidade de financiamento adicional de 29.609.993,99 euros, quando o plano de actividades apontava para um custo de 41.215.000 euros.»

Circular e estacionar em Alhos Vedros

O Alhosvedrense protesta, e com razão, com as dificuldades que começam a existir em Alhos Vedros para circular e estacionar em algumas zonas.
Por nós, e por agora, gostaríamos só de destacar três razões do caos que por vezes se instala na circulação pelas ruas da nossa terra e no estacionamento em muitas zonas.

- Em primeiro lugar, temos a desorganização que caracteriza muitas das intervenções/obras que se fazem, sejam da responsabilidade da CMM, da EDP, das Águas, dos telefones, do gás, da televisão por cabo, ou seja lá o que for. Cada um chega, faz os buracos que entende, coloca umas tabuletas a sinalizar a coisa a trouxe-mouxe e está feito. Quem quiser que se desenrasque.
- Em seguida, muitas zonas foram projectadas sem pensar em estacionamentos. As Morços são um bom exemplo, mas também mutitos dos prédios que foram sendo feitos, aqui e ali, foram-no sem garagens ou sem lugares disponíveis suficientes para os tempos que correm, em que não são poucas as famílias que têm dois carros.
- Por fim, a falta de civismo individual que faz com que, por um lado, muita gente não use as garagens por comodidade e desejo de rapidez, preferindo estacionar de qualquer maneira à porta de casa ou então, quando precisa de tratar de qualquer assunto, deixando o carro à porta do lugar. O caso da Farmácia Portugal na Avenida Bela Rosa é exemplar porque todos os dias, mesmo com lugar para estacionar do outro lado, há quem ache melhor ficar ali a empatar mesmo à saída da esquina com a Vasco da Gama; outro caso é o da Rua Humberto Delgado, na sua extremidade poente, desde o Parque Infantil até à esquina com a Cândido dos Reis, em que não é raro, pelo meio da manhã, estar toda a gente estacionada dos dois lados. Já para não falar naqueles rabos de chumbo que param o carro á frente da papelaria Saturno para comprarem o jornal e aproveitarem para ficar na conversa.

Se é verdade que a origem do problema está no mau planeamento urbanístico, não é menos verdade que muitos de nós contribuem com o seu modelo próprio de "estacionamento à moiteira".

Fotos da Velhinha

Muito obrigado por publicar a foto da sede antiga da SFRUA.
Solicito-lhe um favor:
Antes da fachada estar pintada com as cores de azul e branco, esteve pintada com as cores de amarelo ocre e preto.
Por acaso alguém tem essa foto a cores, que pudesse publicar? Ou outras fotos antigas da Colectividade?
Muito obrigado

V. Cabral


Comentário: Vamos tentar, mas umas fotos antigas que temos , de não muito boa qualidade, são a preto e branco.
Por isso, quem tiver fotos antigas de interesse, faça o favor de passar pelo scanner e mandá-las para o nosso mail.

O Rancho da Barra Cheia

O Rancho Etnográfico de Danças e Cantares da Barra Cheia comemora este ano 25 anos de actividade ininterrupta. No seu historial conta com mais de 1.400 actuações, tanto no país como no estrangeiro (é o que se pode chamar um autêntico embaixador da Barra Cheia, da Freguesia - Alhos Vedros e do concelho).
Nessas comemorações, promove dia 17/04 uma homemagem a um dos seus impulsionadores e ensaiador - JOAQUIM AFONSO MADEIRA, natural do Algarve, mas residente durante muito anos nas Morçoas, em Alhos Vedros.
Verdadeiro dinamizador cultural, a sua actividade fez-se sentir na Velhinha (teatro, rancho folclórico, etc), Capricho Moitense (teatro), Barra Cheia (folclore), etc. etc.
Solicita-se que:
Se tem documentos antigos, fotos, ou outro material que ajude a lembrar a actividade deste ilustre AlhosVedrense, por favor contacte o Rancho da Barra Cheia.
21-2120780
Cumprimentos,

VC

O PS ao ataque

A líder do PS local fez publicar no Distrito Online - e adivinha-se que no Jornal da Moita e no próximo Rio - um texto em que afirma ser "proibido desistir".
Talvez decidida a finalmente dar uma aparência de alternativa, procura apresentar uma visão de desenvolvimento para o concelho. Claro que não passa de ideias vagas, só um poucochinho menos vagas do que até aqui, e entra por aquele discurso sem arestas e aparentemente muito positivo, polvilhado de lugares comuns e expressões para ficar no ouvido, muito característico do discurso rosa local. Como potencialidades do concelho, apresentam-se:

«A qualidade do ar, a boa capacidade dos solos agrícolas, as reservas aquíferas subterrâneas, a localização do concelho e toda a riquíssima frente ribeirinha constituem mais valias para a “aposta” na sustentabilidade do desenvolvimento local".»

Por momentos, parece que propõe o regresso aos tempos bucólicos que já aqui nos acusaram de querermos fazer voltar. Por momentos, e neste parágrafo, quase parecia um texto nosso, em dia de preguiça e inspiração morna.
O problema é que quanto a qualidade do ar, depende dos sítios, porque não deve ser junto da zona ribeirinha de Alhos Vedros; quanto às reservas aquíferas não se percebe bem qual é a utilidade a ser-lhes dada e a propósito da boa capacidade dos solos agrícolas, gostaríamos que especificasse qual o modelo de desenvolvimento rural que propõe. Cá por nós, preferíamos que resolvessem o raio do atraso da construção das ETAR's do Barreiro (autarquia PS há quase 4 anos) e da Moita, mas isso é outra história.
A proposta de uma circular externa - já falada há um par de décadas e já com direito a cartaz de anúncio no cruzamento para a via rápida, ali a seguir à vacaria - seria interessante se viesse junto da proposta de traçado, só para perceber se não será para acabar com algumas das poucas zonas florestadas que sobrevivem. Assim, dito para o ar, não adianta muito.
Por fim, destaquemos a "pérola" do conjunto, que é esta passagem:

«O potencial humano é outra das “pérolas” do concelho que tem de ser acarinhado. A população é jovem, logo, seiva de boas perspectivas futuras; é identificada uma estrutura multicultural rica; o movimento associativo é vasto e pode ser parceiro inalienável nos processos de mudança e inovação; a tradição operária da população constituiu um trunfo para o fomento da educação/ formação, investindo-se seriamente no ensino profissional do concelho da Moita tendo como promotor o próprio Município.»

A população como "seiva" presta-se a demasiados trocadilhos fáceis a que não cederemos, bem como não iremos troçar de todos os clichés que enxameiam este parágrafo (como a "estrutura multicultural rica"); mas a ligação da tradição operária à necessidade de fomento na educação/formação é que nos deixa confusos, pois não se percebe bem como é que é para colocar em prática e, por outro lado, parece encarar a coisa como resultado da acção directa da autarquia, o que se afigura um modelo de tipo estatista à boa moda marxista.
Embora consideremos que a CMM tem responsabilidade no atraso do concelho e que poderia ter feito muito mais para travar a terciarização do concelho e a sua feição de dormitório descaracterizado - salvo os bois - nem a nós nos surgiria a ideia de colocar o município como agente principal do ensino profissional no concelho.
Mas por certo que fomos nós que, como de costume, treslemos o que está escrito.
Não foi, com toda a certeza, o texto que foi escrito à pressa e com pouco conhecimento das condições concretas da coerência e exequibilidade das propostas feitas.
Temos a convicção que, nas próximas tentativas, certamente a coisa sairá mais perceptível para as nossas pobres mentes.

A Estante Local



Em 1992, a Câmara do Barreiro fez publicar este belo livrinho com autoria (investigação e textos) da Ana de Sousa Leal, sobre o concelho barreirense nos séculos XV a XVII.
É aqui destacado porque, em grande parte, é sobre Alhos Vedros, de cuja autoridade o Barreiro se libertou no início do século XVI com a sua elevação a vila.
Imagens, documentos e textos de síntese de muito boa qualidade.

Aí vamos nós cantando e rindo...


... a caminho do trabalho nos nossos transportes públicos de qualidade, para evitarmos gastar gasolina a 215$00 e não levarmos com as novas multas previstas no Código da Estrada.
Acabou-se o fim de semana prolongada, vamos lá produzir.

Foi há quase 20 anos...


... que fiquei entusiasmado com uma iniciativa colectiva visando melhorar o nosso mundo.
Foi o Live Aid e ontem, em substituição de uma saída ao cinema porque o tempo estava desagradável, fiquei a saltitar pelos 4 dvd's da caixa que um amigo me emprestou e voltei a reviver aqule espírito de euforia momentânea.
À distância, muito do que lá está não parece tão entusiasmante como da primeira vez, mesmo se os 20 minutos dos Queen continuam electrizantes (Bohemian Rhapsody, Radio Gaga, Hammer to Fall, Crazy Little Thing Called Love, We Will Rock You e We Are the Champions) os 15 do David Bowie são contagiantes (disco 2) e se até percebemos, em retrospectiva, que a Madonna era melhor já na altura do que se pensava e que o Eric Clapton mesmo numa fase má era melhor que a maior parte da concorrência (disco 3).
O resto é muita nostalgia das boas intenções em cuja eficácia ainda se acreditava.

domingo, março 27, 2005

Este parece que os tem no sítio !



Ministro da Agricultura proíbe corte de sobreiros em Benavente
(Público)
«O ministro da Agricultura, Jaime Silva, proibiu o corte de sobreiros na Herdade da Vargem Fresca, em Benavente, e ordenou o levantamento dos cortes já efectuados, divulgou o Ministério da Agricultura.
De acordo com um comunicado do ministério, Jaime Silva decidiu não autorizar os cortes de sobreiros na Herdade da Vargem Fresca para "garantir a protecção das formações florestais de especial importância ecológica, nomeadamente os montados de sobro"."A protecção do sobreiro justifica-se largamente pela sua importância ambiental e económica, sendo proibidas as conversões em povoamentos de sobreiros", diz a nota.A decisão do ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas teve ainda em conta "a manifesta insuficiência da fundamentação do despacho conjunto dos ministérios da Agricultura, Ambiente e Turismo", de 16 de Fevereiro, publicado a 8 de Março no Diário da República, e a recente decisão judicial.»

A Velhinha, um pouco mais nova



A SFRUA, "Velhinha", antes do vai abaixo, vai acima, da fachada.
Está aqui a propósito do nosso interesse em saber mais sobre a história das instalações subaproveitadas para a projecção de cinema.
A coisa não funciona porque não há interesse, porque não é comercialmente viável, porque ninguém sabe mexer no equipamento, porquê , afinal ?
Aceitam-se esclarecimentos.

Em contrapartida, lá por fora...

... a blogosfera anda morna.
No Abrupto, o Pacheco Pereira, só mete poemas e pinturas, entretetido que anda a fazer uma bibliografia sobre o movimento comunista.
Um dos chamados blogs de referência da esquerda - o País Relativo - finou-se ao fim de 2 anos, talvez porque agora são os amigos que estão no poder.
O Barnabé, por seu lado, está entregue à bicharada e perdeu toda a graça que tinha, mesmo para quem não concordava com eles. O Daniel Oliveira tornou-se colunista sério na imprensa do regime e o resto da malta não passa de criançada na esperança de dar nas vistas. Alguns, para marcarem o ponto, fazem um título pseu-engraçado e acrescentam uma parte de uma notícia com o link e "tá-tá" como diz a minha descendência.
O Acidental tenta tornar-se o que o Barnabé foi em 2004, mas do lado da direita e com muita dificuldade.
Isto assim anda mal.
Enquanto o novo governo não começar a meter a pata na poça valentemente, estamos tramados, que há pouco para a malta se divertir.
Quer dizer, temos sempre a realidade partidária local, que não deixa de ser um viveiro de anedotas... no duplo sentido, figurado (os figurões) e literal (o que dizem e escrevem).

Isto vai animando

Chegou à blogosfera um novo blog alhosvedrense, o Alhos Vedros no Coração.
Depois do nascimento recente do Alhosvedrense, que se juntou ao Blog do Brocas, ao Conde de Alhos Vedros e a nós mesmos, isto significa que a blogosfera por estes lados está a ter uma animação que já existia em outras paragens, mas que não tinha ainda cá chegado.
Independentemente da natureza específica de cada blog, das suas motivações, dos seus interesses, isto são boas notícias porque significa que o marasmo pode ter os dias contados.
Ainda estamos a tempo de fazer qualquer coisa por esta terra, tão esquecida e desprezada pelos poderes locais e centrais.
Pelo menos aqui, a opinião é livre.
Discorde-se, concorde-se ou talvez não.

Sugestão de JMartinho

Um bom post (O liberalismo compassivo de Sócrates) no blog doportugalprofundo conclui:
"A mudança no sistema de caciquismo das estruturas partidárias para a democracia directa é a reforma que pode reconciliar o povo com a política."
A blogosfera está a amadurecer os seus novos conceitos.
jm

As memórias perdidas da Pop dos anos 80



Quando falamos dos anos 80 lembramo-nos logo de U2, Police, Prince, Madonna, Duran Duran, Talking Heads, Smiths, New Order, Cure, até dos Human League, Echo and the Bunnymen, dos Prefab Sprout, Pet Shop Boys, OMD,ainda um pouco dos Blondie, dos Tears for Fears, Housemartins, Lloyd Cole and the Commotions, Everything but the Girl, ABC, Fairground Attraction, etc, etc, ou coisas mais comerciais.

Infelizmente nunca nos lembramos da maior parte daqueles grupos que só editaram um par de álbuns mas que, apesar disso, produziram alguns dos melhores momentos dessa década e, em particular, dos seus primeiros anos.

Aqui está minha lista dos 15 grupos e respectivas músicas mais injustamente esquecidos desses tempos. O pódio está assinalado; o resto está de forma arbitrária.

1º - SundaysHere’s Where the Story Ends. Para mim, a melhor música pop de sempre, e não há mais conversas. Álbum Reading, Wrinting and Arithmetic, com o vinil a imitar a superfície lunar, sem nenhum tipo de indicações. Dava um trabalhão acertar com o início das faixas.

2º - Aztec CameraOblivious. O rapaz tinha só 16 aninhos, Roddy Frame de seu nome, mas fez um álbum que era uma maravilha (High Land, Hard Rain).

3º - Go-BetweensRight Here/Bye Bye Pride, Os australianos de quem quase nunca ninguém se lembra se não for pelo mediano Streets of Your Town. Aqui eram uma mistura de Smits e Manic Street Preachers antes do tempo. Álbum Tallulah.

China CrisisWishful Thinking. Pop electrónica suave, melhor que todos os outros que ficaram registados nos tops da época. Fizeram cinco álbuns mas só os dois primeiros valem a pena.

Haircut 100Boy Meets Girl/Fantastic Day. Só fizeram um álbum com a formação original, mas muito bom. Depois o Nick Heyward saiu, obrigou-me a comprar o primeiro single dele a solo (Whistle Down the Wind), a par do segundo álbum do resto do grupo, mas já não era a mesma magia.

Lilac TimeThe Girl that Waves at Trains. O grupo do Stephen “Tintin” Duffy que tinha ficado conhecido por um Kiss Me, que só fez este álbum (Paradise Circus) e pouco mais.

Altered ImagesI Could be Happy. Pop festiva típica do pós-punk britânico, com uma vocalista (Clare Grogan) que veio a tornar-se actriz e apresentadora de programas, apesar da vozinha de falsete.

Orange JuiceRip it Up. Pop dançante também típica do pós-punk britânico que o Miguel Esteves Cardoso divulgou entre nós. Durou pouco mas foi bom.

Martin Stephenson and the DainteesBoat to Bolivia/Wholly Humble Heart. Dois álbuns que foram duas pequenas pérolas. O primeiro ficou conhecido pela canção título (Boat to Bolívia), enquanto o segundo (Gladsome, Humour and Blue), comprei e gastei o vinil sem parar.

Danny WilsonMary’s Prayer. Não fizeram muito mais e isto ainda surge de vez em quando na rádio. Se calhar não deviam estar aqui.

Blow MonkeysIt Doesn’t Have to be This Way. Doctor Robert e a sua banda privativa. Música pop de dança excelente da primeira metade dos anos 80. Quem se lembra, por certo que concorda.

Style CouncilHow She Threw it all Away. O melhor da segunda fase do Paul Weller, que vinha dos Jam, e ia a caminho de uma longa carreira a solo que ainda dura.

XTCGenerals and Majors. Aquele álbum com capa verde alface não foi dos meus favoritos desta altura, mas esta música foi. Está disponível em muitas compilações do melhor da new wave.

CarmelAnd I Take it for Granted. Mistura de pop com jazz, bossa-nova e outros ritmos latinos. Tive o azar de a ver na Aula Magna sem a banda com a secção de sopros, em concerto quase acústico. Foi pena. Agora está tão esquecida que nem se acham as capas dos cds reeditados nos sites da marosca.

TriffidsBury Me Deep in Love. Outros australianos de quem quase ninguém se lembra. Eram assim como que uns irmãos siameses dos Waterboys, fase épica do The Whole of the Moon, se é que me falo entender.

António da Costa

Top 5 "metaleiro"



Nunca gostei muito de hard-rock/heavy-metal e derivados. Tenho mesmo bastante dificuldade em distinguir uns grupos dos outros, à excepção de uma dezena deles. Confundo as músicas dos Deep Purple com as dos Led Zepellin, as dos Judas Priest com as dos Saxon e não distingo os Pantera dos Sepultura.

No entanto, aí para início dos anos 80, por via de um grupo de amigos, fui obrigado a ouvir vários LP’s do género de fio a pavio e acho que consigo alinhar cinco músicas – sem ser baladas - que não tenho vergonha de ser visto a ouvir em público. Lamento, mas dificilmente consigo arranjar mais de cinco, se não for recorrendo a mais uma ou duas dos AC//DC ou, com continuação do esforço, a mais uma dos Van Halen e, com muito boa vontade, aos Metallica.
Vamos a elas:

1º AC//DCBack in Black. O regresso dos australianos depois da morte do aparentemente insubstituível Brian Johnson. O Highway to Hell tinha-me despertado algum interesse – fui obrigado a ouvi-lo umas dezenas de vezes na casa de um amigo meu - mas só o álbum do luto me convenceu. Ainda hoje o oiço com prazer e o volume quase no máximo.

2º Van HalenJump. O fim em grande do folclore do David Lee Roth com os manos Van Halen. Cá para mim foi a utilização dos sintetizadores que me fez gostar da coisa. Separados não foram dar a lado nenhum. Os Van Halen com o Sammy Hagar ficaram canastrões, e o David fez uma versão boa do Just a Giggolo e mais nada que se (ou)visse.

3º Iron MaidenThe Number of the Beast. O único álbum dos rapazes de que consegui gostar de duas músicas (a outra era o Run to the Hills). A partir daí foi para esquecer.

4º ZZ TopSharp Dressed Man. Não me interessa se isto não é bem hard rock, mas os tipos eram (e ainda são) o máximo.

5º Guns’N’RosesWelcome to the Jungle. Foram jeitositos enquanto duraram. Estive quase para ir vê-los a Alvalade. Ainda bem que não fui. Foi uma banhada. Atiraram garrafinhas de água ao Axel e o tipo chateou-se, pois claro que se chateou.

Isto anda mal

Antes de mais, um dos editores do blog esqueceu-se da mudança da hora e ficou todo baralhado quando descobriu que em vez de meio-dia já era uma da tarde e hora de almoço.
Depois, o editor que não tinha problemas em inserir imagens no AVP passou a tê-los e não conseguiu meter a imagem do Suplemento Dominical de hoje.
Digamos assim, começámos o Domingo de Páscoa com o pé esquerdo. Esperemos que a coisa daqui para a frente melhore um bocadito.

Suplemento em Quadrinhos # 12



Bom dia a todos os BeDófilos do AV ao Poder,
Continuamos a publicação do nosso Suplemento Dominical em Quadrinhos no AV Visual.
A América de Robert Crumb é uma visão dura e realista deste autor que se encontra auto exilado em França desde a década de 1990.
Angeli mostra as peripécias hormonais de Tantra e Luke, duas adolescentos com os hormônios em fúria.
Os Quadrinhos Dourados começam hoje a narrativa sobre a história dos outros Suplementos, começando com o Mirim, revista juvenil que começou por ser semanal, mas cedo passou a trisemanário.
O Mundo de Aventuras entra na sua 4ª fase da 5ª série e acaba no número 586.
As crónicas Zappianas continuam com a biografia deste grande compositor Norte Americano e o Tarzan pela pena de Russ Manning e o Príncipe Valente pela pena de Hal Foster são presenças habituais do nosso Suplemento em Quadrinhos, que pretende assim homenagear estes dois génios da BD.
Boas leituras BeDófilas e até para a semana.

sábado, março 26, 2005

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Top 10

Em matéria de visitantes de fora de Portugal, agora que completámos cerca de 2 meses de instalção do Extreme Tracker, a situação é a seguinte:

1º EUA - 242 visitas
2º Brasil - 230
3º Irlanda - 42 (grande subida na última semana)
4º Inglaterra - 39
5º Alemanha - 37 (está renhida esta luta pelo 3º lugar)
6º Canadá - 27
7º Espanha e Singapura - 17 (com Singapura em crescendo de forma)
9º França - 16 (a perder lugares)
10º México - 11

Como de costume, a todos os nossos agradecimentos pelas visitas.

Só um reparo

Algumas vozes criticam-nos, por isto ou por aquilo, seja pela nossa forma (raramente pelo conteúdo), seja pelas nossas eventuais motivações (raramente pelo conteúdo), seja ainda quando se sentem atingidos (raramente quando são outros os atingidos, porque aí já somos certeiros).
Provavelmente todos terão as suas razões.
Mas deixem-nos perguntar uma coisa:
Seremos só nós, ou fundamentalmente nós, que temos o dever de criar o espaço de debate de ideias que até hoje raramente existiu neste concelho, fora dos aparelhos e questiúnculas partidárias ?
Pensem nisso.
Nós somos apenas um blog feito por menos de um punhado de tipos fartos dos (des)interesses instalados.
Agora que vamos começando a ter companhia na blogosfera (o Alhosvedrense foi a mais recente chegada e com o Brocas e o Conde já somos quatro) e que as eleições se aproximam, é que muita gente parece preocupar-se com o equilíbrio e a justeza do debate ?
E antes, por onde andou este debate ?
Nas publicações oficiais da CMM não foi de certeza.
Na imprensa local e regional, só o encontrámos a espaços e quase sempre com o espartilho oficial das declarações políticas de circunstância do aparelhismo.
Quantos se chegaram à frente e, sem a rectaguarda protegida por uma bandeira partidária, se conseguiram fazer ouvir ?
Quem reclamou para Alhos Vedros a dignidade que, por apatia, conveniência ou desinteresse, lhe foi sendo retirada progressivamente ?
Quem tem resultados a apresentar nessa matéria ?
E uma coisa vos garantimos, o que queremos é uma mudança na atitude do Poder, não o Poder.
Porque sabemos, por observação directa do que se passou com muito boa gente, o poder é como a luz para as traças, seduz e depois queima, se não soubermos manter as devidas distâncias.

Ao entardecer


Barreiro (1997)

Camões e Alhos Vedros

Não foi só o cronista Zurara que falou de Alhos Vedros, dando testemunho da decisão tomada neste vila de conquistar Ceuta por D. João I.
Também Camões a refere no seu Auto de El-Rei Seleuco, conforme se prova por este excerto:

«Diz logo o Mordomo, ou dono da casa:
Eis, Senhores, o Autor, por me honrar nesta festival noite, me quis representar ũa farsa; e diz que por se não encontrar com outras já feitas, buscou uns novos fundamentos para a quem tiver um juízo assi arrazoado satisfazer. E diz que quem se dela não contentar, querendo outros novos acontecimentos, que se vá aos soalheiros dos Mordomos da Castanheira, ou de Alhos Vedros e Barreiro, ou converse na Rua Nova em casa do boticário, e não lhe faltará que conte.»

Secção Gastronomia



Uma maneira fácil de reconhecer um dos editores deste blog é vê-lo a ler, com a devida calma, a secção de crítica gastronómica de alguma imprensa.
Longe de se rum ás na cozinha ou mesmo de ter uma vasta experiência na área da restauração, não deixo porém de achar que alguns dos críticos gastronómicos da nossa imprensa são dos melhores prosadores e investigadores da cultura portuguesa que temos.
Antes de mais o nosso maior Saramago - Alfredo Saramago - com a sua monumental sabedoria sobre a comida popular, em especial do Alentejo, mas não só.
A par, o grande José Quitério, talvez o mais antigo em actividade contínua e aquele que, ao longo de muitos anos no Expresso, faz as mais qualificadas crónicas restaurativas da nossa imprensa.
A seguir, e durante uns tempos, apreciei ainda enormemente as crónicas nesta área de um senhor que se dava pelo nome de Hervias y Mendizabal (ou algo parecido) que escrevia na revista do Independente e que também percebia razoavelmente da(s) coisa(s): comida e escrita.
Isto apenas para justificar a aquisição, há umas semanas do Guia 2005 da Boa Cama e da Boa Mesa do Expresso que só agora pude começar a desbastar devidamente.
Como eu já supunha, a nossa zona não é particularmente bafejada em termos restaurativos, pelo menos a avaliar pelas sucessivas edições críticas deste género. Confesso que, aqui por perto, gosto do Alfoz em Alcochete (pró carote), do Alcanena na Quinta do Anjo (carote, mas compensando o investimento) e não muito mais porque sai caro comer fora. Quanto ao Guia propriamente dito, as sugestões próximas são escassas - o Arrastão, na Praia dos Moinhos em Alcochete (que desconheço em absoluto), o Girassol, em Sarilhos Grandes (por fora, ninguém diria), o dito Alcanena na Quinta do Anjo e, já mais longe, o Rédea Solta na Herdade do Rio Frio (fechado boa parte da semana).
Como estamos na Páscoa, que dizem ser momento de reunião familiar, se calhar ainda vou experimentar um destes que desconheço.

Caixa de Correio

ALHOS VEDROS NO CORAÇÃO,

Olá,
Nascido e criado nesta terra querida de Alhos Vedros, queria só dizer que me estou a fazer familiar com estas andanças do blogger e que adoro visitar os blogs de pessoal de Alhos Vedros como o Alhos Vedros ao Poder e ainda há o Brocas e o Conde de Alhos Vedros; é muito bom que as pessoas possam discutir os seus pontos de vista sobre uma terra tão especial e rica em património.
VIVA Alhos Vedros e a todos que a trazem no coração, um grande abraço.
Espero aprender rápido e comecara ser mais activo com este espaco na internet.
UM abraço e até breve.

o inspector x

P.S. Espero que aceites os meus e-mails e comments; tentei abrir um blogger mas ainda estou a aprender pode levar tempo até estar a 100% com as minhas publicações; até mais ver e um abraço.
Chama-se Alhos Vedros no Coração

O Cartoon de 6ª Feira, hoje ao Sábado


Shoe, Chris Cassatt e Gary Brookins

O pessoal ontem distraiu-se e esqueceu-se de incluir o cartoon da ordem (quem quiser ver melhor é só fazer o duplo clique do costume sobre a imagem).
Não sei se deram pela falta, mas hoje nós demos.
Para amanhã, continuamos com o nosso Suplemento Dominical em Quadrinhos se não existirem problemas técnicos e o António da Costa continuará a escrever sobre a música pop dos anos 80 e vai mesmo aventurar-se pelos terrenos complicados e duvidosos da música "metaleira".

Ponto de Ordem à Mesa III

Ó minhas amigas e meus amigos,
Parece ser preciso um esclarecimento adicional quanto aos nossos best off, um par de adendas quanto a planos para o futuro e um esclarecimento editorial final.

Primeiros (esclarecimento inicial): os best off com a compilação dos comentários mais numerosos a determinados posts são feitos à medida que se considera estarem fechadas as discussões e por ordem cronológica. ABF queixou-se da não inclusão de um comentário seu, só que esse estava num post posterior que ainda não foi compilado. Aliás, mais do que transformar todas as discussões em longos posts no AVP, considera-se a hipótese de criar um blog anexo (AVP - Best Off) só para inserir este tipo de material. Quanto a isto aceitam-se sugestões. Se é melhor continuar tudo aqui ou fazer um anexo específico para o efeito, como é o caso do AVV para as séries de imagens. Não se esqueçam ainda que nós temos vida (emprego, família, esse tipo de detalhes...) para além disto aqui, por muito que nos dê gozo perder horas por dia nisto.

Segundos (primeira adenda para o futuro): Para breve, esperam-se incluir textos mais analíticos sobre questões como a situação de subdesenvolvimento socioeconómico do concelho e de Alhos Vedros em particular, bem como reportagens mais detalhadas sobre a desordem urbanística existente e a má qualidade de aspectos essenciais para o quotidiano de todos nós, cuja responsabilidade não poderá ser assacada ao Poder Central mas ao Local. Neste plano esperamos alargar as nossas reportagens fotográficas, cobrindo áreas da freguesia menos tratadas até agora, como por exemplo as Arroteias e a Fonte da Prata (já temos algumas fotos do Brocas, neste caso).

Terceiros (segunda adenda para o futuro) : A partir de meados de Abril iremos dar início a uma longa abordagem do 30º aniversário das comemorações (31º aniversário do acontecimento) do 25 Abril de 1974 com diversos materiais de análise, memória ou iconográficos. Neste plano, gostaríamos de contar com a colaboração de todos, seja com testemunhos pessoais ou contributos visuais (jornais da época ou sobre a época, cartazes, murais, etc). Já temos material enviado anteriormente pelo Brocas e temos bastante material próprio, mas nunca nada é demais.

Quartos (o tal esclarecimento editorial): O nosso papel, neste momento em que se aproximam as autárquicas, não é alinhar com ninguém. Não gostamos do que se passa na forma com AV tem sido tratada pelo poder instalado na Moita (mesmo quando exercido por alhosvedrenses), mas desconfiamos daqueles que se alinham, esperançosos, para quebrarem o jejum. Não estamos contra a CDU enquanto força partidária, mas contra a maioria das políticas desenvolvidas a nível local; e não estamos a favor do PS, de cuja alternativa desconfiamos por desconhecermos mais do que uma ladaínha de queixas sem propostas concretas. Se alguém- pelos lados da rosinha - pensa que vamos, de forma indirecta, auxiliá-los no seu trabalho, estão redondamente enganados e talvez o descubram da forma mais amarga.

sexta-feira, março 25, 2005

Pelo menos não faltam nabos

Do Expresso:

«O MINISTÉRIO da Agricultura emprega um funcionário por cada quatro agricultores. Luís Vieira, secretário de Estado da Agricultura e Pescas, reconhece que o número de funcionários é elevado mas diz que não está prevista qualquer redução. «Um dos combates do Governo é o da redução do desemprego, por isso não queremos nem podemos contribuir para o seu aumento», explica Vieira.»

A Vaga de Fundo



Ao que parece, no CDS, Paulo Portas parece ver-se obrigado a suceder a Paulo Portas, só faltando, de acordo com diversas notícias dispersas pela imprensa, a chamada "vaga de fundo" que reclame a anuência do "salvador".
Este tipo de "vagas de fundo" são muito populares em outras paragens e com outros grandes líderes nacionais, como Alberto João Jardim na Madeira (vai para aí no 3º último mandato) e Jorge Nuno Pinto da Costa no FCP (pelo menos no 4º último mandato).
A imagem apresentada, foi recolhida quando Paulo Portas reflectia sobre os seus possíveis sucessores na liderança do CDS e no apoio que lhes prestaria.

Alhos Vedros é uma Nação

Mais exactamente um Estado-Nação cujo animal nacional é o boi e a moeda corrente são os alhos.
É só confirmar aqui.

Galeria dos Moinhos de Maré V


Moinho de Maré do Zeimoto (Coina)

Secção Clássicos de Sempre



"Despertai" e "A Sentinela" são publicações que considero clássicos de sempre.
Porquê ?
Porque desde os anos 70 que em Alhos Vedros - pós-25 de Abril, porque mesmo nisto o Estado Novo era bem restritivo - que sou visitado por aqueles pares de predicadores de fim de semana, de início apenas Jeovás mas depois cada vez mais variedades novas de envangélicos, que me tentam convencer que o mundo está para acabar e que eu preciso de me salvar.
Quando vivia com os meus pais, era o meu pai que respondia à porta e começava por afirmar que achava que o Vasco Gonçalves é que era o seu profeta, o que fazia as senhoras fugirem logo a sete pés.
Quando passei a viver por minha conta, adoptei uma atitude mais tolerante, abro sempre a porta, dispenso dois dedos de conversa para testar os conhecimentos bíblicos do par (agora o normal é uma senhora com ais idade e um jovem) que normalmente são escassos, fico com a literatura e peço para passarem em outra altura, porque tenho um compromisso familiar inadiável.
O essencial é guardar sempre a literatura, porque estas publicações têm sempre artigos que nos põem bem dispostos de tanto nos ameaçarem com calamidades e têm imagens muito agradáveis.
Quanto ao resto, procuro explicar às simpáticas senhoras e amáveis jovens que:

- Há tanto tempo que me anunciam o fim do mundo que ele já tinha tido tempo de acabar, mesmo que a notificação viesse pelos correios portugueses sem correio azul e precisasse de ser entregue por um destes novos carteiros que entregam cartas para o 3º andar esquerdo em moradias de um piso.
- Mesmo que eu me quisesse salvar, e por muito arrependimento que me nascesse agora espontaneamente, já deve haver pouco espaço no Paraíso e seria injusto tirar o lugar a alguém mais virtuoso que eu.
- No fundo, no fundo, eu não quero ser salvo, porque a vida no Paraíso parece chata (não me confirmaram se lá existe ligação rápida à net e leitores de dvd). Sei que Alhos Vedros já esteve melhor e mais habitável mas, mesmo assim prefiro a vida na Terra.

Perante isto, e após vários sorrisos forçados de resignação, normalmente acabam por convencer-se que basta deixarem-me a literatura na caixa do correio e irem para pastos com ovelhas mais dóceis.
Mas, repito, o essencial é deixarem-me a literatura porque, como neste número datado de 22 de Março de 2005, até nos permitem pedir o livro Aconchegue-se a Jeová, desde que nos dirijamos a "um dos endereços alistados na página 5 desta revista".

Notas de Imprensa

O Expresso saiu mais cedo este fim de semana por causa da quadra pascal, por isso parte da manhã de hoje passou-se a escavar nas montanhas de páginas de que é formado.
Passando sobre o caderno principal, onde as notícias "plantadas" cada vez são mais, vou ficar hoje por umas notas e curiosidades sobre o caderno Actual.

1) Belo artigo de Mário Robalo sobre a evolução histórica que sofreu a memória e a representação da Última Ceia. Nem sempre o dogma parece corresponder ao que chamamos normalmente verdade e vice-versa (pp. 18-19).

2) Destaque merecido, pelo que me consta, ao filme O Assassínio de Richard Nixon (p. 26) e à edição em DVD da série Anjos na América que passou por duas vezes na Dois. Não é bem o meu género, mas que é um momento único na história da televisão lá isso é (p. 29).

3) Galeria de mérito duvidoso da literatura (e agora da dramaturgia) "jovem" que temos nas páginas 32-33. Dos sete autores em destaque, consigo gostar do Possidónio Cachapa (mais que não fosse pelo nome). O resto é formado por muita pretensão, alguma "sensibilidade" (Pedrosa, Peixoto), alguns pós de pós-modernismo (Mexia, Tavares), muito vazio prolífico (Pires) e muito, muito boa imprensa.

4) Histórias mirabolantes dos tribunais portugueses, em especial de indemnizações por delitos de opinião como a devida por Francisco José Viegas a Alberto João Jardim, na apresentação do livro de Sofia Pinto Coelho, Jornalistas e Tribunais (pp. 46-47).

5) Continuação da deriva de João Carlos Espada para a direita mais extrema e para o alinhamento mais pró-americano que se pode imaginar num ex-esquerdista com que, ao contrário de Freitas, ninguém parece incomodar-se (p. 54). O elogio da nomeação de Paul Wolfowitz para a presidência do Banco Mundial consegue ultrapassar mesmo os limites do razoável ao considerar que PW "pode imprimir ao Banco Mundial uma orientação mais activa no combate à pobreza no mundo". A ideia deve ser: "se bombardearmos alguns dos países mais pobres e matarmos parte da sua população, o número de pobres no Mundo diminuirá".

A Estante


Joseph Stiglitz, Globalization and its Discontents (New York, 2002)

Ontem à noite, no programa Expresso da Meia-Noite (SIC Notícias) discutiam-se, a certa altura, os efeitos da globalização nas economias ocidentais e na portuguesa, realçando-se como um fenómeno que inicialmente se pensava ser uma nova forma de dominação do Ocidente sobre o resto do mundo se está a virar ao contrário.
Devido ao sistema duplo existente actualmente na China, que permite um regime político comunista com uma economia parcialmente capitalista, as propostas liberais de livre-comércio mundial estão a virar-se contra as economias ocidentais, devido ao baixíssimo preço da mão-de-obra chines, várias vezes mais barata do que a da própria Europa de Leste e dezenas de vezes mais barata que a alemã, italiana, britânica ou americana.
Contra isso e as suas consequências ao nível da deslocalização de empresas, são pouco eficazes aquelas políticas de redução da carga fiscal sobre as empresas, pois são os custos do trabalho que no Oriente que tornam a atracção por essa regiões quase impossível de resistir pelas empresas transnacionais.
Entre outras revelações de ocasião, nos diálogos estabelecidos, por exemplo, entre Luís Nazaré (economista de reserva do PS) e Miguel Frasquilho (pseudo-guru neoliberal do PSD), ficou-se a saber que AutoEuropa tem direito a uma flat rate de IRC substancialmente inferior à de qualquer empresa normal e que essa foi uma das condições para a sua instalação e manutenção em Portugal e que em 12 estados dos EUA, para algumas empresas se manterem em território americano e não se irem embora para a China, já existe o recurso à mão de obra de prisioneiros, permitido por leis específicas que determinam um pagamento mínimo por esse trabalho (alguém por aqui já ouviu falar de trabalhos forçados, gulags e afins ?).
Para terminar o pequeno detalhe de se prever a existência de 75 a 100.000 novos desempregados nos próximos anos em Portugal, apenas devido à liberalização do comércio de têxteis da UE com a China.
Por tudo isso, o livrinho aqui recomendado é de leitura útil, mesmo se o descontentamento expresso pelo seu autor (Prémio Nobel e quadro de topo do Banco Mundial até há poucos anos) ainda é de um outro tipo, mais desconfiado com a agenda dos interesses financeiros ocidentais e os seus efeitos nos países emd esenvolvimento do que com o seu reverso.

Material Alheio - Inépcia

«Portas jornalista pode suceder a Portas político na liderança do CDS

O processo de escolha do novo líder do CDS poderá trazer surpresas com a hipótese recentemente avançada de que Paulo Portas na sua versão de líder político e estadista poderá ser substituído pelo Paulo Portas jornalista, director do semanário “O Independente” e enfant terrible do jornalismo nacional, responsável pela divulgação de vários escândalos que lhe conquistaram a antipatia de nomes consagrados do panorama político. Portas político manifestou a sua intenção de se afastar da liderança do partido que conduziu ao governo e, posteriormente, a um resultado muito aquém das expectativas, não devendo voltar atrás, apesar dos apelos feitos por altas individualidades do CDS para que reconsidere. No entanto, o mesmo não é válido para o outro lado da sua personalidade e Portas jornalista poderá fazer um regresso triunfal.»

Mais um insólito em AV



Infelizmente, isto é em Alhos Vedros, na rua Antº Hipólito da Costa. Será faz algum sentido? Ainda se o caminho tivesse muito movimento... Mas não, praticamente só se pode lá passar sobre duas rodas! Enfim, deve ter chegado uma nova carrada de sinais e há que distribuí-los. Democraticamente.

Zal

Best Off II

A publicação no AVP de uma carta enviada pela Direcção da SFRUA à Presidência da CMM deu lugar a uma das mais animadas trocas de ideiais no nosso blog. Com a (pré-)campanha eleitoral para as autárquicas a dar os primeiros passos, as coisas começam a doer mais e as (trocas de) acusações sobem de tom.
O AVP, como espaço de liberdade de opinião, acolhe todas as perspectivas, mesmo se nos reservamos o direito do comentário próprio e de, à partida, não estar muito sensível à publicação de manifestos partidários, embora pense disponibilizar os links para todo o tipo de material que ajude a esclarecer os munícipes do concelho.
Mas, vamos ao que interessa, ou seja, às duas dezenas de comentários que estão na respectiva caixa, hoje, dia 25 de Março, pelas 10.30 da manhã.

As minhas dúvidas começam a desvanecer, apesar de já ser muito evidente, espero não ver este blog tornar-se num site de apoio ao PS local. Ao Sr. Vitor Cabral, só quero dizer que fica-lhe muito mal vir para aqui fazer campanha.Mas isto é só a minha opinião!
bs

Mas apesar disso os problemas que Vitor Cabral, o presidente da SFRUA, coloca são pertinentes e exigem uma resposta do presidente da Câmara.
Luís Cruz Guerreiro

Sim concordo consigo, penso que uma resposta deveria ser dada, ou será dada, mas sendo o sr. Vitor Cabral vereador da câmara (sem pelouro atribuido), não deveria vir para aqui com cartas que dirigiu ao presidente da câmara, poderia sempre pedir uma reunião ao presidente e expor a situação (penso eu), agora pôr isto aqui para mim é pura campanha politica! eles querem o poder à força, então vale tudo!
bs

Caro bs,
Está mais interessado no conteúdo ou na forma ?
Para si, as críticas só interessam se forem feitas por virgens políticas ?
Que mal faz ser divulgada publicamente uma carta que trata de assuntos públicos e de interesse público ?
Prefere a lei da rolha ?Se alguém quiser o direito ao contraditório, nós temo-lo disponível às carradas.
Será que o caro "bs" tem algo a dizer em defesa daquilo que muitos consideram erros na intervenção de requalificação ou apenas acha que quem não é da CDU deve ficar calado e dizer "amén" ?
AV

Independentemente do Sr.Cabral, agora ser do PS, isso não quer dizer que não tenha razão naquilo que está a denunciar.
Conde de Alhos Vedros

Não há dúvida que as questões são pertinentes, nomeadamente no que concerne à circulação em caso de perigo e o estacionamento, já de si complicado, mesmo antes das obras, quando se podia estacionar diante do café coreto.
Agora, sendo o Sr. Vitor Cabral (Sr. Conde de AV, aqui tem um VIP, mas há muitos mais...) vereador da câmara poderia, e deveria expôr essas questões em sede própria! Obviamente sempre as pode colocar onde quiser, e ainda bem que a blogosfera é um espaço livre e democrático. Agora, tendo a ligeira sensação que o Blog alhosvedrosaopoder, que eu tanto gosto de ler, não é alinhado com o PS, parece-me, no entanto, que está a ser levado para a direcção errada, tanto é a sua posição crítica à gestão CDU da Moita!
Já agora, o Sr. Luis Guerreiro, também é um tanto ao quanto suspeito... depois acha que a JFAV e a CMM lhe devem comprar em exclusivo!
Se estes eram os seus principais clientes, não os deveria acicatar tanto! Há opções que têm o seu risco... mas se calhar a opção da JFAV e da CMM é por PREÇO e não por côr! Digo Eu!Pode ser que quando a CMM cai nas mãos do PS (no pior que ele tem) com alguém que esteve ligado à gestão irresponsável da Câmara Municipal de Setúbal... todos este problemas se resolvam... ou não!
Digo EU

Ouvi dizer que o sr. Vitor Cabral já concorreu a eleições pelo CDS, pelo PSD, pelo PS e que também já se disponibilizou(em tempos)para concorrer pelo PCP (será verdade?).
O problema é real e alguém devia falar em soluções alternativas (ninguém melhor que os vereadores, mesmo da oposição)
A carta aqui é simples promoção!
minhoca

Eu cada vez me convenço mais da minha estupidez pois não entendo certas coisas que gostava que alguém mais elucidado me explicasse o seguinte:
Se o Vitor Cabral, como é sugerido algures num comentário ai para cima, utilizasse o facto de ser vereador sem pasta, para ir resolver assuntos da Velhinha, era acusado de quê ?
Mais uma vez digo, tanta gente preocupada com merdas, mas ninguem apresenta soluções para a limpeza do Parque das Salinas entre outras coisas. Que interessa se o Vitinho é do PS e não da CDU ou do CDS ? As pessoas só são boas se forem da nossa cor politica ? E a propósito, o AVP já divulgou cartas do Sr. Titta Mauricio (destacado militante do CDS) issso quer dizer que AVP foi do CDS e agora e do PS ?
Brocas

A propósito, eu pessoalmente considero este Blog de certo modo apartidário na sua maneira de estar, mas gostava de deixar aqui um pedido:Alguém me faz o favor de enviar para o meu endereço de email: o.brocas@gmail.com informação de nomes de blogs da região (Concelho da Moita) de modo a eu também poder consultá-los e quiçá também enviar umas fotos etc ?
Brocas

Pois ele é do PS, e tal e coisa...(bem que eu gostava de ser mosca(o) pra ver onde é que ele põe a cruzinha...
ABF

Sobre o senhor Vítor Cabral e as suas reviravoltas políticas, deixo a defesa ao próprio.
Aqui entrou como director da Velhinha.
Já aqui elogiámos o Leonel Coelho e não somos do MRPP.Quanto a nós, o nosso propósito é suscitar este tipo de discussão, nem que seja provocando valentemente quem deve ser provocado.Repetimos o que o António da Costa escreveu nos post "A Realidade agora em tons de cinzento":
Achamos que a Situação local não é capaz, mas duvidamos da Oposição. Infelizmente as alternativas são ambas muito fracas.
Por isso, não se admirem se nois inclinarmos para o voto branco, nulo, a pura abstenção ou mesmo a saída do concelho.
AV

A apresentação e discussão de problemas de forma livre e democrática é positivo, muito positivo mesmo. Viva a blogosfera.
Conde de Alhos Vedros

Sobre o sr. Leonel Coelho e do que conheço, sei que foi um lutador pela liberdade (como muitos outros por aí)e que trabalha incansávelmente pela feira do livro. Como muitos parou no tempo, nos ideais, na realidade e, consequentemente, no discurso.
Não lhe reconheço qualidades para gerir os destinos do município.
ABF

O elogio que lhe fizemos foi no sentido da sua obra na Academia.
Que parou no tempo, parou, e não foi ontem.
AV

Isto tá animado! bem, gostaria de dizer que concordo plenamente com o que o leitor "Digo EU" aqui disse. Tb gostaria de dizer que não estou a criticar o Sr. Vitor Cabral, por aqui exprimir as suas opiniões, mas sendo uma pessoa que no panorama politico do concelho faz parte do PS,(principal força da oposição) é vereador, esta não é uma maneira correcta de expressar as suas opiniões, poderia falar do mesmo assunto que falou, mas deixando a situação da carta de fora. qualquer pessoa à primeira vista diz que o senhor está com intuito de fazer campanha, e essa não é a utilidade deste blog. acreditem no que digo, hoje é o Sr. Vitor Cabral com cartas, amanhã é uma Sra. Eurídice com outro assunto, e por ai a diante!! Tb para não pensarem que sou do contra, aqui vos digo, que em relação ao parque das salinas é muito importante uma solução a sério, e rápida.
Não tenho problemas em dizer que sou da CDU, sempre votei CDU, e que na generalidade concordo com as opções e intervenções que a Câmara tem realizado no concelho, mas claro tb se cometem erros e isso é normal do ser humano, e acredito que os politicos que estão na Câmara não estão por interesse, ao contrário de outros que estão cegos pelo poder, só utilizam a política do falar mal, e não apresentam projectos concretos que leve este concelho a uma melhor qualidade de vida.
bs

Assim sim, "bs".
Nada como explicar claramente as coisas. Já tínhamos percebido que era da CDU, mas nada como ser o próprio a explicá-lo.
Quanto à srª Eurídice, penso que ela se julga acima de meros bloguistas como nós.E, como afirmámos desde o início, só anda por estes lados, porque em Setúbal foi o que se viu e foi obrigada a vir-se embora.Quanto aos outros jovens que a acompanham, ainda precisam de comer muita sopa de couve.
AV

Ora aí está mais uma opinião em que ambos concordamos.
bs

Fiquei a matutar no problema do estacionamento da área da Velhinha e não me parece despropositado pensarmos um pouco em propostas de solução, isto partindo do princípio que, como afirma o Vitor Cabral, não foram pensados pela CMM.
Pensei nas possibilidades que são as seguintes: na rua prependicular à estrada nacional, que acaba junto à porta da Velhinha e uma melhor rentabilização dos ex. passeios da rua que vai dar à igreja.
Não resolverá às necessidades da "Velhinha", sobretudo em dias de maior afluência, mas para além disto, só vislumbro a transformação da Praça da República em estacionamento ou deitarem umas casita abaixo. Estas parecem-me inviáveis e sou totalmente contra.
Como o assunto me deixou deveras preocupado e a cabecita não dá pra muito mais, se houver por aí alguém que arranje alternativas de maior eficácia, peço encarecidamente que as exponha.
ABF

A Rua Jerónimo de Noronha (a tal perpendicular) não dá para muito.
A solução teria passado, durante a obra de requalificação, pelo reordenamento do estacionamento que já havia antes da paragem do autocarro e, já que aquele bocado de jardim está meio abandonado, por transformar o espaço onde estiveram os urinóis públicos em estacionamento.
Uma segunda opção teria sido o encurtamento do Parque das Salinas em 4 ou 5 metros do lado Norte (junto à estrada) e a definição de um estacionamento em espinha que daria, no mínimo, para umas duas dezenas de carros.
AV

Boa(s) ideia(s)!
ABF

Caro(a) ABF,
Até nós, quando nos esforçamos um bocadito, atingimos o óbvio.
Pena que na CMM poucos se esforcem esse bocadito.
AV

Best Off I

Começamos hoje aquilo que esperamos ser uma coluna semanal regular de recolha das trocas mais animadas de comentários no AVP.
Esta semana que passou destacaram-se duas ou três, sendo que a primeira foi despoletada por uma nota curta que fizemos sobre o desempenho do Pedro Barbosa no Sporting-Middlesborough, em que obrigaram o rapaz a trabalhar hora e meia com aquela idade (e voltaram a fzê-lo no jogo com o Porto). Como se verá, a coisa foi dar a caminhos muito diferentes:

Só o Sporting na UEFA vai disfarçando este cheiro a bafio que o futebol doméstico vai largando.
CARNEIRO

E, para quem ainda não reparou, o apito dourado vai enferrujando. Primeiro, foi o vice-presidente dos árbitros a ver algumas medidas de coacção serem levantadas. Agora é o Valentim Loureiro a começar a protestar...Com jeitinho, vai tudo esfumar-se no ar.
AV

Oh, AV e não se está a passar o mesmo com a Pedofilia ?
Brocas

Desde o início.
Mesmo os que estão a julgamento, são só uma pontinha de toda a festa.
Alguém ainda se lembra daquelas notícias sobre as festas de pessoal da Marinha e da histórias das cassetes da RTP ?
AV

E já notaram quem é que foi nomeado para tutelar a Casa Pia?!?E depois digam que há fumo... mas não há fogo!!!
João Titta Maurício

Isso ainda não reparei.
Quem é ?
O Vieira da Silva, suponho.
AV

Sim, e...?!?
Não me digam que é agora que a vossa imaginação e capacidade crítica vai desaparecer?
João Titta Maurício

Sim... e achamos uma coincidência tão grande como a ida de Celeste Cardona para a Justiça, quando o caso Moderna ainda estava a desfilar.
São coisas que acontecem e que, infelizmente, ninguém tem muita autoridade moral para contestar, a menos que decida quebrar o círculo vicioso do controle do aparelho de Estado em defesa de interesses privados.
AV

As grandes diferenças é que a Pasta da Justiça não tutela a actividade do Ministério Público (único responsável pela decisão de prossecução ou não de uma acusação - a qual até já estava produzida e foi, inalterada, até ao fim do processo), nem tão pouco a actividade e a decisão dos Juízes (órgãos de sobrerania independentes, irresponsáveis e inamovíveis, que dispõe de organização autónoma, completamente alheia a qualquer interferência por parte do Governo)...
E poder-se-à dizer o mesmo relação entre a CPL e o ministro?!?
Além disso, no caso das "modernices", Paulo Portas era (e foi) uma mera testemunha... no caso CPL não há dúvidas de que Paulo Pedroso foi (e ainda é) arguido no processo!
Mas,... "prontos": fica sempre bem defender a esquerda atacando a direita... mesmo se, para tanto, houver que torcer a realidade!
João Titta Maurício

quinta-feira, março 24, 2005

Olh'á novidade fresquinha !



Para grande espanto de dois flamingos em repouso na Caldeira da Moita, do toiro lindo da Rotunda do Boi e de três barranquenhos de visita à Catedral Taurina da Moita, o «PS “lança” Eurídice Pereira na corrida à Câmara»
Ficámos repletos de espanto, surpresa e admiração, em doses variáveis, conforme a incidência da luz do sol.
Agora só falta virem dizer que se não votarmos PS é porque somos uns misóginos machistas inveterados.

Estacionamento moiteiro


Foto alarvemente pilhada do Blog do Brocas.

Já aqui várias vezes gozámos - ou lamentámos - a forma moiteira de estacionamento.
Aqui temos um exemplo notório, que só não é pior porque não é como habitualmente num dos lugares reservados a deficientes.
Apesar disso, temos aqui todos os elementos clássicos do estacionamento, estilo "pato(a)-bravo(a) da Moita", ou seja:

a) Um jipe (também funciona bem com um TD de marca alemã).
b) Espaço disponível à fartazana.
c) Alguém com apêndices cranianos ou o fundo das costas manifestamente maiores do que a média.

O resultado final é esta beleza, no estacionamento do MaxMat, ao lado do Modelo da Moita.
Garanto, porém, que já vi bem pior no estacionamento do próprio Modelo, em especial aquelas senhoras e senhores que "vão só ali tomar um cafézinho", ligam os quatro piscas e encostam o carro mesmo à entrada ou nos lugares bem assinalados a amarelo para quem deles mais precisa.
Já sabemos que "não faz mal nenhum" ou "o que é que você tem a ver com isso !" ou ainda "Vai-t'a f... !", mas não é demais sublinhar este costume.
É certo que não é exclusivo, mas ser moiteiro não é necessariamente uma determinação geográfica, é um estado de (pobreza de) espírito.

Suplemento da AAG #2

Já está no Alhos Vedros Visual, o nº 2 do Suplemento da Azulejaria Artística Guerreiro, com o respectivo regulamento do concurso em inglês.



Caros editores eis a imagem e o texto para inserir no AV ao Poder.

Suplemento da Azulejaria Artística Guerreiro
, Painéis de Alhos Vedros nº2

Continuamos o nosso concurso de Slogans para a Azulejaria Artística Guerreiro, os leitores deste Blog têm de inserir nos comentários a este Post e também para o e-mail: azulejariaguerreiro@netvisao.pt uma frase que se adeque para a AAG; esse slogan será depois utilizado pela AAG na sua publicidade, o concurso está aberto a todos os leitores de Portugal e do Mundo e tem de ter as palavras Alhos Vedros e Azulejaria Artística Guerreiro, como por exemplo: "Azulejaria Artística Guerreiro faz azulejos em Alhos Vedros para o Mundo inteiro", mas pode não rimar.
Os três prémios serão depois enviados para a morada dos vencedores, mas se os leitores viverem nos Concelho da Moita, Barreiro ou Montijo, podem também ser levantados na Oficina: Rua Duarte Pacheco nº6, 2860-074 Alhos Vedros, Portugal.telef.21 2048677.
Podem colocar as suas dúvidas nos comentários às imagens.

Eis os Prémios:
1º Prémio, Um painel de 6 Azulejos pintado à mão + 1 CD Rom da Azulejaria Artística Guerreiro + Uma colecção de postais de painéis de Alhos Vedros (Forcas Bar) + Uma caderneta com 24 Imagens do Concelho da Moita.
(Valor de 65 Euros, sem incluir os portes de correio)

2º Prémio, Um CD Rom-Quadro com um motivo do séc. XVIII, pintado à mão + Uma colecção de postais de painéis de Alhos Vedros (Forcas Bar) + Uma caderneta com 24 Imagens do Concelho da Moita.
(Valor de 20 Euros, sem incluir os portes de correio)

3ºPrémio, Uma colecção de postais de painéis de Alhos Vedros (Forcas Bar) +1 CD Rom da Azulejaria Artística Guerreiro + Uma caderneta com 24 Imagens do Concelho da Moita.
(Valor de 5 Euros, sem incluir os portes de correio)

Best Off

De acordo com o prometido, amanhã faremos uma compilação dos comentários feitos a alguns dos nossos posts que provocaram maior debate. Começaremos pela mirabolante reviravolta que deu uma observação sobre o desempenho do Pedro Barbosa no jogo do Sporting com o Middlesborough e continuaremos com a acesa discussão em torno da inclusão no blog de uma carta enviada pela Direcção da SFRUA à Presidência da CMM.
Neste último caso, como os comentários têm continuado, decidimos esperar um pouco mais para os compilar a todos.

Adeus Lisboa :(



«Manuel Maria Carrilho vai ser o candidato do PS em Lisboa
(Ana Sá Lopes, Público)
Ferro Rodrigues já não será o candidato do PS à Câmara de Lisboa, abrindo assim espaço para que, em breve, Carrilho seja indicado pela direcção.»

Entre este tipo e Santana Lopes, venha o Diabo e escolha.
Agora é que Lisboa não tem saída.

Complicado !

É muito difícil resistir a alguma indignação - por demagógica que possa parecer - quando se fica a saber que o alegado assassino do agente Irineu Dinis há um mês na Cova da Moura era um homicida condenado que tinha saído da prisão, em regime precário, para passar o Natal com a família, com autorização de um juiz, nunca tendo voltado.

Cuidado !

Isto que se segue, a ser verdade, pode ser muito complicado.
A tentação pode ser muita e a carne é quase sempre fraca. Mesmo que agora se resista, é uma porta que se abre para um poço que pode não ter fundo.

«Governo passa a decidir o que as polícias devem investigar
(Cláudia Lima da Costa, Portugal Diário)
Executivo determina prioridades na investigação criminal
Uma das medidas do executivo de Sócrates é a determinação de prioridades na investigação criminal. Actualmente sob a alçada do Ministério Público (MP), as investigações são instauradas cada vez que o MP tem conhecimento de um crime. Mas o volume processual nem sempre permite apagar todos «os fogos» judiciais ou seguir todas as pistas.
(...)
Apesar de estar previsto constitucionalmente, nenhum governo anterior tomou as rédeas das prioridades na investigação criminal, pelo menos, não formalmente. Isto porque, a nomeação do Procurador-geral da República é política e como tal seguirá as orientações dadas pelo governo eleito. Para os socialistas é preciso ir mais longe e discriminar legalmente os crimes aos quais deve ser dada prioridade, para além das que decorrem da legislação já em vigor.»

Finalmente !


Foto de J. L. Pinto

É mesmo verdade, após 20 anos de espera, as obras para a construção do polidesportivo na
Escola José Afonso, arrancaram mesmo!!!
Até já derrubaram os balneários como a foto comprova; será que vai ser como o cruzamento na (B)oita em que a pressa era só mesmo para derrubar só eucaliptos, ou irá mesmo até ao fim?
Como dizia o cego: "- Cá estaremos para ver..."

Um abraço

José Luís Pinto

Damos música

Temos disponíveis mais músicas do João Martinho.
Já reenviámos hoje a mais recente (I love Hollywood) a alguns leitores, mas por vezes as caixas de correio estão sem capacidade e voltam para trás.
Quem quiser receber é só contactar-nos para o mail do blog e deixar uns 4Mb de espaço para cada mp3.

Cadáveres expostos II



Já repararam que mesmo a zona da entrada na Moita, vindo de Alhos Vedros, parece também estar quase completamente ao abandono ?
Tirando a bomba de gasolina BP e o Intermarché, está quase tudo com aspecto de estar à espera de ir desta para melhor.

Cadáveres expostos



Não é só em Alhos Vedros que existem cadáveres industriais em exposição. A vantagem é que na Moita são menos e não estão espalhados por todo o lado, incluindo em zonas que deviam ser residenciais.
Neste caso, temos os restos da antiga Socorquex, naqueles limites entre as freguesias da Moita e Alhos Vedros, que eu nunca sei a qual pertencem.
Já agora, alguém sabe no que ficaram os projectos de transformar estas instalações num núcleo museológico dedicado á indústria coreticeira ?
É que nós realmente não sabemos e como não é sítio por onde passemos normalmente - só fomos lá de propósito há uns dias para tirar umas fotos -, estamos assim um bocado como que ignorantes sobre a coisa.

quarta-feira, março 23, 2005

Vamos ao Cinema !



Aproxima-se um fim de semana prolongado, o que é ideal para colocar em dia as visões cinéfilas.
Desde a semana passada, foi tempo para rever em DVD, material já visto no cinema ou que então escapou, com destaque para um mini-ciclo Tom Hanks, à base do Ladykillers, comédia negra dos irmãos Cohen vista pela primeira vez no Fórum do Montijo numa sessão das 13 horas só comigo e a minha mulher no cinema, e do Terminal do Steven Spielberg. Não são obras-primas, mas não deixam de fazer-nos sorrir bastante. Também se voltou a ver o The Village e viu-se finalmente o Sideways, qualquer deles um pouco sobrevalorizado pela crítica.
Para os dias que se aproximam o plano é o seguinte:
- Ocean's Twelve do Steven Soderbergh, para desopilar.
- Finding Neverland com o Johny Depp e a Kate Winslett, para ver porque foi nomeado para o Óscar de melhor filme.
- Hotel Rwanda, com o Don Cheadle sobre os massacres feitos entre tutsis e hutus.
- Polar Express, animação para a família e para completar o ciclo Tom Hanks.
- Dreamcatcher, baseado num livro do Stephen King, se tiver com espírito para suspense.
Depois logo se contará como foi.
-

Até quando ?


Bairro Gouveia

Até quando conseguirá resistir este sobreiro ?
Com o aspecto apetecível do terreno em volta, só a crise poderá adiar o loteamento do sítio e a sua transformação em mais uma urbanização com o nome uma cor do arco-iris.
Claro que para alguns é apenas mais uma árvore sem utilidade visível.
Permitimo-nos humildemente discordar.

Isto vai animando

Surgiu mais um blog cá na terra. É o Alhosvedrense e é bem vindo.
Ainda por cima é verde, como as cores da terra.
Vale sempre a pena quando a alma não é pequena, já lá dizia o outro que era poeta.

Palavras para quê ?


Bairro Gouveia

É o planeamento urbano que temos !
Quem terá aprovado isto ?
Pensando bem, quem terá projectado e aceite construir isto ?

Para quem tem interesse em Obras

Para os interessados:
- A Obra de Deus.
- A Obra dos Homens.
Dão-se orçamentos ao domicílio.
Garante-se a confidencialidade.
.

Material Alheio - Afixe

Usamos alguns dos truques referidos, mas é a vida !
Não deixa de ser uma desmontagem interessante e bastante completa das bloguices.

MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA DISCUSSÕES NA BLOGOSFERA


É fundamental desmontar quais as técnicas de falsa argumentação - vulgo falácias – mais habituais na discussão diária e que medram (e merdam!) na blogosfera nacional. São técnicas clássicas, mas que, reconheço, talvez apanhem alguns jovens mais desprevenidos - o sistema de ensino já conheceu melhores dias e duvido que a malta nova ainda aprenda estas coisas.

- O apelo à emoção: tenta-se convencer através do recurso a argumentos emocionais ou sentimentais, geralmente negativos, em vez da apresentação de premissas ou evidências convincentes. Geralmente, as emoções mais instrumentalizadas são a raiva, a culpa, a vergonha, o medo, etc. O apelo à emoção anda paredes-meias com a falácia da reductio ad absurdum. (“Como é que podes ser católico depois da Inquisição?” “Como é que podes ser comunista depois dos Gulags?” “Como é que podes ser Alemão depois do Holocausto?” “Como é que podes ser físico nuclear depois de Hiroshima?”, and so on and so on)
.
- A analogia imprópria, ou non sequitur: é uma falácia argumentativa clássica, consistindo em retirar conclusões de premissas que não têm nenhuma conexão de implicação lógica. (“Ando com as regras atrasadas porque tenho o salário em atraso” argumenta a Celeste ou “Há muita sida em África porque o Papa convenceu o pessoal a não usar o preservativo” o que pressupõe um poder notável do Papa em face de um continente maioritariamente animista e islamista, onde a generalidade dos homens considera culturalmente o preservativo como um empecilho à sua virilidade (!), o mesmo Papa que igualmente pediu aos Estados Unidos que não invadissem o Iraque e não é que os gajos invadiram?! Logo! Pôrra da lógica! Se invadiram foi porque o Papa-Todo-Poderoso certamente não se esforçou o suficiente!...).

- O apelo ao ridículo (cfr. São Barnabé): introduz-se uma passagem de presuntivo humor (geralmente o humorista de serviço ao argumento acha-se muita piada, pelo que o presuntivo é nosso) ou ridícula no argumento, procurando desta forma o espertalhão encobrir a sua incapacidade ou laxismo intelectual para responder à altura do argumento adversário. É uma falácia bastante eficaz: geralmente a força lógica do argumento adversário é completamente ensombrada pela tirada humorística do outro – a assistência aplaude e agradece o circo, pois é da natureza das massas simpatizar com a facilidade mental, preferindo-a à trabalhosa e, porque não dizê-lo, opressora e fria inquirição do mérito das premissas usadas em debate.

- O acento impróprio: acrescenta-se um acento ou expressão maliciosa à apresentação de um facto para desacreditar as suas motivações. Admito, às vezes é irresistível: tipo quando se informa que o Morais Sarmento disse que “vai alternar como Deputado por Castelo Branco”, está mesmo a pedir um acento impróprio...

- A descida escorregadia: sugere-se geralmente que a opção numa determinada direcção desencadeará necessariamente um processo irreversível de consequências ainda mais radicais. (“Se se privatiza a gestão dos hospitais acaba-se o serviço nacional de saúde!”; “Se deixo o Ruben André beber antes dos vinte e um anos, acabará nos Alcoólicos Anónimos”; “Se se descriminaliza o aborto, as mulheres vão todas desatar a fazer abortos”, etc.)

- A ignoratio elenchi: não podendo atacar o argumento original que lhe é proposto, o adversário trata de introduzir material irrelevante para o ponto em discussão de forma a desviar o argumento para outra conclusão em geral mais fácil de ser atacada que o argumento original. (é muito vulgar o uso desta falácia por Pastores da Igreja Ateísta Militante)

- O wishful thinking toda a gente sabe o que é, não se fala noutra coisa na blogosfera.

- A petitio principii é o vulgar argumento circular: a falácia consiste em usar a conclusão a que se tenta chegar como componente ou suporte de uma das premissas. A melhor forma de desmontar a falácia é reescrever o argumento do adversário numa forma que demonstre a respectiva circularidade: “Ou seja, Vossa Eminência está afirmando que se o gato tinha botas, então é porque o gato tinha botas!”

- O ataque ad hominem (ou ad mulierem, para não ser acusado de sexista): consiste em atacar o adversário, geralmente diminuindo-o, em lugar de atacar os seus argumentos. Ao contrário das restantes falácias, e do que as pessoas geralmente pensam, esta técnica, além de muitas vezes ser irresistível e saudável para mantermos o bom metabolismo dos nossos fígados, é também lícita em muitos casos: é admissível quando se trata de atacar a credibilidade de um mero testemunho ou opinião apresentado pelo adversário.
.
Argumentar é coisa mais séria do que parece.
Opiniões, factos, descrições, questões, emoções, não são argumentos.
O pessoal argumenta só para persuadir?
Ou para crescer intelectualmente com o conhecimento de todos?
Querem a verdade? Certamente que a repetição não é a verdade: proposições e lugares-comuns, bastantes dichotes e bocas que se tornaram hábito em quem aplica a régua da tolerância aos outros mas que raramente a aplica a si próprio, designadamente nos clichés com que classifica quem lhe é diferente, não se tornam verdadeiros por serem ditos e re-ditos, lidos e re-lidos à exaustão.