sexta-feira, setembro 10, 2010

Partidos Internacionalistas e Partidos Patrióticos, a Dúvida...

No discurso sobre o tema da perda de soberania de Portugal sobre coisas tão elementares como o orçamento de estado, o PCP e o Bloco de Esquerda assumem uma atitude patriótica de não haver ingerência do eixo (alemanha-frança), na nossa soberania. Muito Bem !
Sabemos que o PS, o PSD e o CDS são partidos internacionalistas que apenas seguem as directrizes dos seus donos e são apenas sucursais desses interesses europeus.
A dúvidas é que o PCP tendo agora tomando a opção radical de ser um partido defensor da Pátria, ainda tem no seu orgão máximo de informação o jornal, "AVANTE!", o slogan, "Proletários de Todos os Países, Uni-vos!" e se isto não é ser internacionalista, não sei já o que é ser internacionalista...
O BE, está para o internacionalismo proletário o que o PCP o foi antes de se ter reformado e abandonado a vertente REVOLUCIONÁRIA em 1975, para não ser extinto.
O BE tem o Trotskismo do PSR como uma das suas bases construtivas, a outra foi o Stalinismo e o Enverhoxismo que tão gratas recordações nos trazem ainda hoje em dia... mas com a reforma e transformação com lavagem a seco, até são europeístas, quiça federalistas "europeíenes".

Resumindo, todos os partidos portugueses são internacionalistas e isso está mal.

A solução é que todos os partidos portugueses sejam abolidos, por serem internacionalistas, e que se fundem partidos Nacionais, que se interessem pelos Portugueses e pelos seus problemas.

O Presidencialismo tem de ser uma opção a tentar, o Presidente tem de ser eleito pelos portugueses e criar um governo, dentro da sociedade e escolher os mais aptos para cada ministério, até isso acontecer apenas estaremos a engordar uma corja de parasitas que nada fazem, tudo empatam e apenas engordam e engrossam a sua volumetria à custa de nós todos.

AV2

2 comentários:

Manuel Madeira disse...

Em primeiro lugar o Partido Comunista Português é e sempre foi um partido revolucionário.

O PCP é, e nunca deixou de ser, um partido defensor do Internacionalismo Proletário que mais não significa do que solidariedade entre os povos e naturalmente na luta contra o imperialismo. Este valor não é antagónico com o que desde sempre e não de agora (ao contrário da sua afirmação) defendemos e passa pelo respeito e defesa da Independência e Soberania de cada Povo.

Sobre a matéria em questão, o senhor AV2 não foi correcto. E sabe porquê?
V.exa., sem inocência, confunde o inconfundível, é como querer nivelar o verão com o inverno.
Não quer distinguir as diferenças, e são todas, entre o Internacionalismo pela perspectiva da solidariedade e da ajuda mútua entre povos, tendo obviamente subjacente o respeito pela Independência e Soberania de cada Estado. E, o que nada tem em comum, o capital, com os seus "boys", cada vez mais a nos quererem impor: a "aldeia global", mas na perspectiva da rapina dos recursos naturais do planeta e da acentuada exploração e desumanização de quem trabalha e cria a riqueza.

Aceita um conselho? Não entre em histórias baratas e de absurda ficção. Ficam-lhe mal.

AV disse...

O PCP acabou com a ideia revolucionária em 1975, aceitou porque o teve de aceitar a ideia reformista, senão era extinto, faz parte da história de Portugal e está relatado.
Foi devido ao "major Melo Antunes, apelou à calma, dizendo que o Partido Comunista era indispensável à democracia; e desta forma a finalização do período revolucionário teve lugar de forma pacífica e não revanchista", (tirado da infopedia: "http://www.infopedia.pt/$o-25-de-novembro"

O PCP sempre seguiu a URSS desde o começo até ao fim da URSS, isto não é ficção é a realidade.
Todas as nuances e tonalidades do "poder da cor vermelha" foram usadas pelo PCP, desde o Stalinismo ao Gorbachetivismo. Quando a URSS acabou o PCP continuou a usar o slogan, "Proletários de Todo o Mundo Uni-vos!"

Contra quem? o capitalismo privado.
O capitalismo de estado sempre foi a base de existência do PCP.

O PCP para ser um partido nacional tem primeiro de retirar o nome de "comunista", expressão inventada por Lenine, aquando da seu exílio na Alemanha e passar a ser por exemplo, Trabalhista ou Reformista... pode sempre manter o nome português, isso já é Patriótico.

Fidel Castro não começou por ser marxista, na linha Karliana. Foram as circunstâncias inerentes à guerra fria que o fizeram aproximar a essas ideias internacionalistas, agora parece ter recuperado a antiga sensatez dos princípios revolucionários Cubanos, mas passaram demasiados anos e a ditadura que auto impôs, destruiu muito Cuba e foi um mau exemplo para toda o Mundo, se o PCP quer e deve tornar-se um partido nacional tem de pensar em termos nacionais e não se comportar como se Cuba e a URSS ainda fossem os "Amanhãs Cantantes" que nunca o foram.

Ficção sois vós e como ficção devem ser entendidos.

Acordai e tornai o "PCP" um partido nacional, aí haverá espaço para diálogo, até lá não.

AV2

PS: A moralização textual sobre o mal e o bem, que utiliza é desnecessária, não aceito moralizações algumas além da Moral Anarquista.