quarta-feira, abril 07, 2004

Caramba, somos obrigados a responder outra vez.

Por qualquer razão, o nosso leitor TM (Titta Maurício, mas a gente já o trata com familiaridade) pensa que só escrevemos para ele e que os esclarecimentos apenas se lhe dirigem.
Já lá dizia o jovem Álvaro Cunhal em 75 – “olhe que não, olhe que não”.
Só que há quem escreva mas não seja para publicação ou que transmita oralmente (sim, nós existimos e falamos com o vulgo, mesmo sem por intermediários anónimos, como convém a uma organização clandestina).

Mas aqui ficam apenas alguns reparos, que a isso nos obriga a verdade, ou outra coisa qualquer.

- A malta não dá a cara porque não. Acho que é o argumento mais válido que podia haver. E a malta não usa os nomes de baptismo porque são muito feios, tipo Claudomiro, Leocádio, Lenine da Anunciação ou Tatiana Andreia.
- A malta já se quis divulgar, mas a imprensa local não gosta de dar visibilidade à concorrência virtual e deve achar que nós somos demasiado fora do sistema. Como não nos pretendemos anunciar no jornal do Lidl ou naqueles que são pagos pelas imobiliárias e não estamos para pagar anúncios no que resta, ficamos por onde estamos (e ficamos muito bem).
- O BE é nóvel porque é uma treta nova, formada por tretas velhas. Mas eles em Alhos Vedros até são quase todos bons rapazes e raparigas. Não fariam mal a ninguém e não têm grande culpa dos líderes nacionais que têm.
- O CDS/PP é “repassado” porque já passaram de CDS a PP ou a PP/CDS e voltaram a CDS ou a CDS/PP que a malta já não se entende. Já parecem o Santana Lopes com o PPD/PSD. Ainda se a mensagem fosse nova, vá que não vá, mas o Paulinho Portas não diz nada que se aproveite desde que deixou o Independente. E aquele de querer arrancar olhos aos Soares já chateia. Ao pé dele, o discurso do Manuel Monteiro até parece fresco e inovador.
- A gente não bate nos “rosinhas” ? O camarada não nos lê há tempo suficiente ou anda meio desatento. Quanto a bater a senhoras, tanto nos faz, se for preciso também batemos a minorias étnicas, criancinhas, jovens e mutilados de guerra. A malta é muito bad.
- A malta não ameaça ninguém. A malta é ameaçada (mesmo sendo muito bad).
- O caro leitor identificou a redundância. Muito bem. Proximamente tentaremos a hipérbole e o pleonasmo.
- A malta não tem qualquer fixação anal, por isso, ultrapasse lá a coisa. Não se fixe nisso. Pense nos passarinhos nos seus ninhos. Deixe-se lá de supositórios. A malta até tem medo de lhe mandar tomar xarope, não vá surgir aí qualquer fixação oral.
- A malta gosta de si, Titta, leia-nos pleeeeeeease. Apareça sempre que quiser.
- Antes de uma última nota cultural, apenas um reparo: continue a tentar identificar-nos. Tente encontrar indícios na nossa prosa, no nosso estilo. Tente provocar-nos e tirar-nos do sério para nos descairmos. É um entretém (os mais sofisticados escreveriam hobby) como outro qualquer nas cálidas tardes do Estio que se aproximam.

Nota cultural final (a pedido): N’O Nome da Rosa, o monge velhote provoca a morte de todos os que tentam ler uma suposta 4ª parte da Poética de Aristóteles dedicada ao Riso, porque considera ser esse um assunto perigoso, ameaçador e inapropriado para os leitores comuns. Capisce ?

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