Escravos que nos tornamos
Na vã esperança de sonhos
Não nos revoltamos
E no Verão vamos a banhos
Engordámos malandros
E vivemos do ar
Mas mesmo assim
Dizem-nos para votar
Com este sistema
Temos de acabar
Se não há emprego
Para quê trabalhar
Os Alemães pensam
Que somos calões
Os patrões dão-nos
Salários Verdes de 50 tostões
Com uma vida assim
Para quê tentar
Em empregos de Merda
Tu não vais querer estar
Tiraste um Curso
Marraste a Estudar
Foste um grande Urso
Só te resta roubar
És desempregado
Já não és um jovem
Nunca terás emprego
Apenas te fodem
Se nada mais temos
Não vale a pena chorar
Partamos para a Luta
Vamo-nos Revoltar
Contra os Filhos da Puta !
Deolinda - Parva que sou
Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
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