O Poder local está todo minado, aqui na ditadura feudal moiteira que dura há 36 anos, sempre o PCP governou acompanhado de suplementos que foram mudando conforme os tempos, resta-lhe o suplemento "verde" e agora o PSD para se agarrarem ao poder.
A oposição local mais forte foi sempre o PS, mas devido a condicionantes várias, especialmente o facto de estarem no governo Nacional e fazerem sempre merda, as populações, sempre em menor número votam no PCP e assim se mantém um poder que também só faz merda, (Basta lembrarmo-nos do Dique moiteiro e dos sucessivos reperfilamentos da marginal moiteira para ficarmos bem elucidados da mediocridade dos desgovernantes CDU...) mas que funciona como um voto de protesto e tipo clubístico para um partido que se encontra no Limbo da história, cantando e vencendo sempre que perdem mais e mais votos... é o destino, é o nosso Fado.
O facto é que todos os vereadores eleitos deviam ter pelouros e assim ir tentando mudar as coisas, porque necessáriamente apareceriam novas ideias, mas o PCP prefere aliar-se ao PSD para continuar a governar sózinho, o PSD nada faz, mas assim também não empata, por isso o Inimigo do meu Inimigo é meu Amigo e os tachos continuam a ser distribuídos pela Irmandade Comunista, que vai cantando e rindo, levados, levados sim !
Devido a este estado de coisas, pessoas que poderiam dar alguma coisa para melhorar o actual concelho moiteiro, abandonam a vereação, porque são apenas figuras decorativas nesta pseudo democracia moiteira.
Saudamos a saída do António Duro e apelamos a que todos os outros vereadores da oposição que são apenas "bibelots" façam o mesmo, pelo menos pôe assim a nú uma situação de faz de conta democrático, em que o João Lobo detém todo o poder, com vereadores da CDU, subjugados às suas ordens e com os vereadores da oposição sem qualquer pelouro ou poder a comporem o lindo ramalhete de cravos murchos em que o poder feudal moiteiro transformou Alhos Vedros os arredores de Alhos Vedros.
Mas vejamos as razões de António Duro;
Fonte "O RIO" Pode ler aqui a entrevista completa:
Política : Na Câmara Municipal da Moita ■ António Duro suspende mandato e diz que será difícil um regresso
"...O vereador socialista diz que “esta posição foi tomada por saturação de estar num chamado executivo completamente desprezado, tal como os restantes vereadores, por não poder, como no passado já o provei, ajudar este concelho. Isto para além de ter outros motivos de saturação, de índole partidária e de política em geral.
Não vale a pena voltar a "bater numa tecla" já algo gasta de que aqui na Moita metade dos vereadores são marginalizados em tudo o que possa "mexer" com o envolvimento da câmara, tirando as cerimónias da praxe, que damos jeito. Que no Barreiro e noutras câmaras CDU é diferente
Nesta reunião de câmara do passado dia 2 recebi a declaração de rendimentos como vereador para o IRS. Recebi durante 2010 cerca de 2.060 euros, isto, pois fui o vereador que mais se fez substituir nesse ano, por entender que os restantes elementos da lista pelo PS deveriam ter oportunidade de ver como aquilo funciona. Significa pois que os restantes não terão recebido menos que 2.500 euros, para quê? O que se fez ali de útil mais do que marcar uma posição política, o que fora os partidos podem e devem afirmar-se, para além da assembleia municipal? E ver vereadores com ideias, com vontade de fazer coisas, mesmo que para isso tivessem que existir (e tinham) acordos de coexistência de gestão política geral, tirando o Orçamento e Plano, que mesmo aqui, se quem dirige quisesse, poderia haver participação, que poderia levar a voto diferente do habitual voto contra. Poderia mas não há, sendo a câmara mais ortodoxa e sectária do distrito, apesar de ser uma câmara totalmente de forças da esquerda. O problema é que nem toda essa esquerda é de princípios democráticos, em meu entender. Como dizia o saudoso Manuel Luís Beja, "não temos só azar por nos calhar estes tipos, é que nos calharam mesmo os priores".
Também tem sido muito difícil conseguir uma forte coesão entre os vereadores do PS, por sensibilidades políticas práticas muito diferentes, havendo quem quisesse lutar duramente e quem fosse demasiado "macio", tenho que respeitar mas não concordo.
E pronto, chega, é bom que a população veja, veja o que se passa, o que é sistematicamente prometido e sistematicamente não cumprido. Este concelho, legitimamente reconheça-se, é gerido por 20 e poucos por cento da população eleitora."
António Duro
Vereador pelo PS na CMM com mandato suspenso.
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