sexta-feira, fevereiro 04, 2011

A Revolução Alastra no Médio Oriente... Por Enquanto.

Foi um deflagrar duma Revolta que não pára e toma conta do mundo árabe, por enquanto, mas que certamente alastrará à Europa, porque os factores são os mesmos que fizeram começar a Revolução de Jasmim na Tunísia; A Miséria e a Exclusão o Desemprego e a Injustiça na Distribuição de Riqueza.
O empobrecimento da classe média, o abismo econômico entre ricos e pobres, criando dois mundos com duas economias, uma para os ricos outra para os pobres, governos que não se preocupam com as condições de vida das classes baixas e médias baixas e governam apenas para defender os grandes capitalistas, os seus interesses próprios e os interesses das suas clientelas políticas.
Políticos sem sentido de Pátria e de Povo, sem respeito pela História das suas Nações e que vivem subjugados a outros Países mais poderosos e que se endividam para manterem Estados Gordos e despesistas onde os gestores ganham 100 vezes mais que os trabalhadores, mas com gestões tão ruinosas que as fazem dar prejuizo... Estes são os factores que fazem as Revoluções.


CAIRO — As rebeliões que atingiram a Tunísia e fizeram o presidente Zine El Abidine Ben Ali deixar o poder em 14 de janeiro ainda estão abalando o mundo árabe, onde diversos líderes estão no poder há mais de 20 anos:

EGIPTO
Em 25 de janeiro, teve início um protesto sem precedentes contra o regime do presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981.
Na terça-feira passada, Mubarak disse que não tentaria a reeleição em setembro, e facilitou as condições para que candidatos rivais se candidatassem.
Mas as concessões foram rejeitadas pela oposição, e a violência tomou conta da praça Tahrir, no Cairo, que foi palco de confrontos entre simpatizantes e opositores de Murarak.
De acordo com dados da ONU, ao menos 300 morreram nos protestos.

IÊMEN
Os protestos vêm aumentando desde meados de janeiro, exigindo a saída do presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder desde 1978.
Nesta quinta-feira, milhares de manifestantes protestaram em Sanaa em um "dia de ira", pedindo a retirada de Saleh, enquando um número semelhante de apoiadores do governo invadiram a praça central. Na quarta-feira, Saleh disse que não estenderia seu mandato.

JORDÂNIA
O rei Abdullah II, da Jordânia, que está no poder desde 1999, demitiu seu gabinete na terça-feira desta semana, depois de semanas de protestos, mas sua escolha para primeiro-ministro não satisfez as demandas por reformas da oposição islâmica.
A rebelião começou em 14 de janeiro, quando milhares de jordanianos ocuparam as ruas de Amã e outras cidades em protesto contra o aumento dos preços dos alimentos, do desemprego e da pobreza. O principal partido de oposição convocou mais um dia de protestos na sexta-feira.

SÍRIA
Na Síria, onde o presidente Bashar al-Assad está no poder desde 2000, um grupo de ativistas on-line convocou um "dia de ira" depois das orações semanais muçulmanas de sexta-feira para acabar com o que eles chamam de "corrupção e tirania".
Em 29 de janeiro, forças de segurança impediram que jovens se reunissem nos arredores da embaixada egípcia em Damasco para expressar solidariedade às rebeliões no Egito.

ARGÉLIA
Na Argélia, onde o presidente Abdelaziz Bouteflika está no poder desde 1999, cinco dias de protestos no início de janeiro contra os altos preços resultaram em cinco mortos.
Um protesto em prol da democracia está previsto para 12 de fevereiro, e foi banido pelas autoridades. Mas Bouteflika informou nesta quinta-feira que o proclamado estado de emergência, em vigor há 19 anos no país, será levantado "em um futuro próximo".

SUDÃO
O presidente sudanês, Omar al-Bashir, está no poder desde 1989. Descontentamentos políticos e econômicos provocaram protestos de rua esporádicos no norte do Sudão nas últimas semanas. Ao menos 64 foram presos e muitos ficaram feridos.

OMÃ
Em torno de 200 omanis protestaram em 17 de janeiro contra os altos preços e a corrupção. O sultão Qaboos está no poder desde 1970.

MAURITÂNIA
O presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, tomou o poder em um golpe militar em agosto de 2008 e foi mais tarde eleito presidente em julho de 2009. Em meados de janeiro, milhares de pessoas protestaram em Nouakchott contra o aumento de preços.

MARROCOS
No Marrocos, onde o rei Mohammed VI está no poder desde 1999, o governo, em meio aos protestos na Argélia e na Tunísia, informou em 25 de janeiro que manteria subsídios às necessidades básicas.

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