"A Ética é o nome da última obra de P.Kropotkine, a obra à qual ele consagrou as suas forças, durante os últimos anos da sua vida, e na qual ele via o coroamento do seu edifício teórico, filosófico e sociológico. Talvez as opiniões professadas por Pedro Kropotkine, nesta sua obra, surpreendam e perturbem alguns dos seus leitores, ou seja, aqueles que esperavam do teórico da anarquia uma ética de carácter individualista.
Contudo, Kropotkine baseia a sua moral no indivíduo, na sua própria natureza, física e psíquica; repudiando, quer os princípios religiosos, quer as entidades metafísicas, ele chega à conclusão de que a moral não possui uma origem supra-humana.
Mas, qual é a parte do ser humano que, em sua opinião, constitui a base e a causa principal da moral?
É o seu INSTINTO SOCIAL natural, que com os seus mesmos derivados superiores : simpatia do indivíduo humano pelos seus semelhantes, solidariedade, apoio-mútuo, sentimento de justiça, generosidade e abnegação, constituem o conteúdo de toda a moral.
Este conjunto de sentimentos e instintos é, para Pedro Kropotkine, inerente ao homem, como o é a própria vida social."
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