sexta-feira, abril 02, 2010

O Estado e o Indivíduo-Viva a Iniciativa Privada !

Comentario postado no A-SUL

Engraçado alguns dos "comunistas" darem vivas, pelo alegado FIM do A-SUL...

Um partido que tem como imagem de marca a luta pela liberdade, regozija-se quando uma opinião livre seria calada, neste caso pelo próprio.

Curiosas as noções e conceitos de liberdade do partido internacionalista dos proletariados, sempre o foram desde que o Lenine transformou o Partido Social Democrata da Rússia no exílio na Alemanha, no Partido Comunista da Rússia e acabou com a Democracia Manchevique...

Aqui temos dos gramar no poder há 36 anos, uma ditadura local que já tem quase o tempo da ditadura nacional que o Estado Novo implantou em 1933 e que sofre de grande parte dos seus defeitos, tais como o conceito de liberdade limitada e de criação de inimigos internos.

O neo-corporativismo que implantou com as nacionalizações totais do PREC em 1974/75 fez destruir empresas como a CUF devido à má gestão dos nóveis "admnistradores" e fez com que o modelo apresentado pelo PCP, que mais não era que uma cópia do Estado Corporativo do Salazar, em que os Grémios foram substituidos pelos todo poderosos Sindicatos da CGTP formatados para que fossem a arma de arremesso que tudo pretendia para a estatização total das empresas.

O intuito era criar um regime de capitalismo de Estado, em que o aparelho produtivo apenas serviria os interesses do partido e não dos cidadãos, como tão bem o Sócrates e o actual Partido Socialista o quiseram também agora implantar, neste caso escolhendo a dedo as empresas colaboradoras e o foco de interesses, Espanha.

Este modelo antigo de "progresso" de que é arauto o PCP e quase toda a esquerda tradicional Portuguesa, é no fundo limitadora das liberdades individuais, porque o colectivo teme o indivíduo, e sabe que a capacidade inventiva e criativa da espécie humana não pode nunca ser limitada por qualquer regime ditatorial ou qualquer impedimento de iniciativa empresarial privada, esses sim factores de desenvolvimento da espécie humana.

Um só homem pode mudar o Mundo como o provou Cristo na sua anarquia libertária que acabou com a religião de estado dessa época, o Judaismo, ou estadistas como Churchil só para dar dois exemplos de como indivíduos podem destruir colectivos, Jesus Cristo o Judaismo e Churchil, o Nacional-Socialismo Alemão.

Foi fácil aos partidos de direita depois de 1975 tomarem o poder não mais o largarem, apenas inverteram o conceito e privatizou-se tudo, tendo como exemplo o sucesso da então CEE e o insucesso visível do Bloco de Leste, com economias fechadas, foi fácil vender esta nova ideia de "progresso" capitalista social. Só que isso era dantes, agora o capitalismo está na China com a sua mão de obra escrava e na India com o seu capitalismo da Castas e as fábricas foram para lá e sairam daqui.

Fecharam as multinacinais de Confecções, com nomes de peso como a Helly Hensen e dos tempos do PREC sobrou o PEC e aqui o soviete da margem sul, que ameaça implodir devido a anos e anos de políticas viradas para o pequeno colectivo Marxista, porque o aparelho produtivo que era capitalista estrangeiro, foi deslocado para o estrangeiro, era de lá que tinha vindo!

O partido com paredes de vidro deixou de ter aqui na margem sul os focos de luta sitiados nessas empresas, resta a Auto-Europa que veio depois, onde a CGTP tenta reacender o rastilho, aparentemente sem sucesso porque a empresa ainda continua por cá devido ao bom senso de sindicalistas como o António Chora. Na óptica Marxista ortodoxa do PCP, o que é capitalismo privado nacional e multinacional é para afundar, mas se for capitalismo de Estado, então já pode, como o era na URSS e satélites, onde devido a se ter já atingido um patamar de "progresso" e "igualdade" já não havia a necessidade de Sindicatos.

A questão que se põe, e que o AVP vem pondo desde sempre é se existe a necessidade de haver Estado, se não se poderá criar alternativas a esse Estado que tudo consome e nada dá em troca.


A questão segunda é se existe necessidade de haver dinheiro, porque apesar do muito que circula, as pessoas estão cada vez mais pobres.

A terceira é saber se as necessidades básicas dos indivíduos da espécie humana não poderão funcionar de maneira autónoma, refiro-me à habitação, à educação, à saúde, à alimentação...etc.

Dizem que o Estado somos todos nós, mas é mentira, o Estado é de quem tem poder e tudo o faz para o manter seja mais "socialista" ou mais "liberal" é sempre só de quem lá está e são sempre os mesmos, aqui localmente o PCP e a nível nacional o rotativismo entre PS e PSD, sempre com a muleta do CDS para um lado ou outro.

QUANDO O ESTADO FORMOS TODOS NÓS, ENTÃO TEREMOS JÁ ATINGIDO A ANARQUIA, ou seja a ausência de estado.

Não questiono a iniciativa privada, tudo deve ser privado, o indivíduo é que tem de ser o ponto fulcral do desenvolvimento humano, questiono sim a iniciativa privada que vise o lucro, o que deixará de acontecer se se acabar de vez com o DINHEIRO.

AV2

2 comentários:

Anónimo disse...

Há anarcas e anarcas e como este devem haver poucochinhos...É um anarca absoluto!

Tenho para comigo que quando ele der o berro o regime moiteiro também dará. Pois este anarca, só ele, faz rejuvenescer a CDU, pois vive anarca por muitos anos e bons... Por que sendo assim a CDU que tanto o faz mover tira daí as contarpartidas..!
Buenas tardes companero

AV disse...

Olhe que não, olhe que não, há muitos Comunistas Libertários...

Se o PCP conseguisse sair do social-fascismo e aceitasse a linha Anarquista, do Comunismo Libertário, como fazem os seus colegas do DKP, o Partido Comunista Alemão, ou os Anarquistas da Grécia, já me daria por satisfeito.

Embora não acredite que o PCP tenha capacidade de se revisionar de novo, esse sim seria o caminho certo. Mas podem sempre aprender os conceitos básicos Anarquistas que começaram com a cisão logo na 1ªInternacional, de Bakunine com os Sociais-Democratas.

Dos escombros do actual PCP nada sobrará, quando as velhas gerações que acreditaram no marxismo, ou nada sabendo da teoria marxista, todos aqueles que aceitam o PCP, como os adeptos de futebol aceitam o seu clube, ou como as religiões aceitam, INCONDICIONALMENTE, acabarem por morrer de velhice, o PCP acabará com eles.
SEM QUESTIONAR a ortodoxia social-fascista e sem terem tido nunca a coragem de questionar o porquê de todas as tentativas de capitalismo de estado terem fracassado.

AV2