Vimos o nº 4 da revista «Tauromaquia».
O dinheiro anda muito mal distribuído nesta terra. Enquanto há falta de dinheiro para publicações com interesse, sobra dele para revistas de grande formato sobre temáticas bovinas, em papel couché, de distribuição gratuita, mas que nem ficha técnica apresentam.
Claro que, na tradição acastelhanada da Moita, temos direito a muito Velazquez (não é o pintor das Ninãs, é claro) e a referências bastas ao Procuna (as piadas com este nome são demasiado simples, demasiado fáceis, para cairmos em tal armadilha). Parece que não existem nomes portugueses adequados a esta actividade, por isso é necessário recorrer a tais lindezas onomásticas. O Roldãoi Preto é que tem razão.
O mosaico das páginas centrais dedicado aos “óscares da tauromaquia” (!!!!), atribuídos pela Sociedade Moiteira de Tauromaquia a pretexto da Feira Taurina, estimula sensações que a transposição em palavras não aconselha.
Digamos assim, tudo isto tem imenso interesse antropológico.
Pena que não existam, títulos à parte, antropólogos em actividade na região.
José da Silva
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