quinta-feira, maio 20, 2004

Ó c'um caraças

TM volta responder-nos, desta vez tão depressa que nem houve tempo de fazer o segundo texto de resposta (aquele com os argumentos sérios de que ele gosta e com muitas referências literárias).
Quem tem razão é o Manuel Pedro, o homem está apaixonado por nós ou, arre, mesmo por mim. Acho que nunca ninguém lhe tinha estimulado assim os neurónios.
Mas, prontossss. Cá vai.
O que se pode dizer ? Espaireça. Vá ver o nosso fotoblog.


Meu grande amigo Paulo,
Folgo em saber que vê bons filmes... rogo a Deus que deles tenha retirado proveito. E que se não compreendeu o setido da mensagem de Redenção que Cristo nos veio anunciar, pelo menos deixou algumas sementes. Parece muito mais tolerante... ácido como sempre... mas tolerante! Quanto à apatia do Deus feito Homem durante a Paixão... não se espante: há muitos homens que muito suportaram, suportam e suportarão em ordem às suas convicções! E as de Cristo são as maiores... ele que é Caminho, Verdade e Vida!
Mas isto é outra questão... e não quero abrir uma nova frente!
À não resposta à primeira parte do meu comentário apenas posso manifestar o meu pesar... e tanto trabalhinho que me deu... e depois eu é que sou mau!
Quantos ao seus comentários:
a) tem piada... mas não pensei nesse trocadilho. Mas, "prontos", teve a sua piada!
b) não é do PS. Nem eu o disse. Mas não deixo de ficar aliviado (sem trocadilhos, please...) pelo facto: agora já só falta negar que é do PPD/PSD, PCP, PEV, a variante "renovadores", BE, PCTP-MRPP, POUS, PRP-BR, FEC-ML, Política XXI, PC(R), PC(M-L), PNR, MIRN, PDC, FN (eh pá... não me lembro de mais)... e fico à sua espera para preencher a ficha de militante do CDS-PP!
c) porém não tenho muita esperança... tão lesto e claro foi na negação à pretensa pertença ao "bando" socialista... e tão cuidadoso quanto ao "comunas"... apenas deixe claro que, a admiti-lo se excluí daqueles que o envergonham pelos seus vis actos (os «torturadores de criancinhas e simpatizantes de choques eléctricos»)... desses não é, já percebi!
d) parabenizo-o pelo resultado obtido no teste de QI... só é pena que não lhe permita soletrar o nome da Senhora chefe dos "xuxalistas" moiteiros (é assim que dizem, não é?!?). Mas, cada um nasce p'ró que nasce... essa é que é essa!
e) leu pouco do Marx... bom aqui divido-me. Por um lado, saúdo uma mente vazia... mas não poluída! Por outro lado, lamento a mente vazia... porque tais leituras poderiam ter vacinado! Diga-me ao menos que a leitura do "Manifesto..." operou em si o milagre da rejeição... e não lhe deu ideias de que a leitura de demagógicos panfletos p'ra entreter chegava para conhecer tais quejandas ideias!
f) quanto ao modo como me refiro, por escrito, aos ministros... sempre o fiz como manda o protocolo... os bajuladores lá dirão "Sua Excelência, o Ministro...". Isso era no tempo da "outra Senhora" (reparou? Com maísculas...). O meu modelo é anglo-saxónico e até prefiro tratá-los sem títulos académicos ou profissionais! Já agora, não sei se reparou, mas partido também escrevo com minúsculas! Com maísculas só os nomes próprios, as designações oficiais de instituições e substantivos como Povo, Portugal, Portugueses, Nação, etc... Não sei se concorda?
g) Quanto ao que ele escrevia como colunista e director do Indy... algumas pessoas deviam saber que ou não escrevem certas coisas ou então não deviam ir para ministros. Mas acho que ele se deu bem com ambos... foi a sua opção. Mas muitas vezes o que se diz a título de opinião (onde o desejo se confunde com a palavra) com o que se pode dizer e fazer quando não liberto de responsabilidades governativas... O mal de Paulo Portas foi ter tido tanto sucesso com o que escreveu... e ter feito tantos "amigos" à conta dessas prosas! Amigos cheios de memória e raivinhas incontroladas! Porém, cada um deita-se na cama que faz... e suporta os danos por ter tido opinião... Engraçado é aqueles que nunca ousaram publicar a sua verdadeira opinião e são meras "Marias-vão-com-as-outras"... alguns defende-nos. Não vejo porquê... apesar de suspeitar para quê!
h) ninguém se queixou do "tacho" da Dra. Maria de Jesus. O que não suporto é que quem teve "tacho" à custa do partido se queixe quando outros partidos entendem que o lugar será melhor desempenhado por seus militantes. Repito: não gosto de "tachos"; compreendo quem por eles faça a sua vida político-partidária; só não percebo é que essas pessoas usem desses métodos para entrar e depois, quais "virgens-talvez-já-só-nas-orelhas", se queixem quando provam do mesmo remédio...
i) a Dra. Maria José Nogueira Pinto... parece que, ao contrário da Dra. Maria de Jesus,... tem feito carreira na área... assim como o Dr. José Luís Nogueira de Brito (que havia sido vogal da direcção da CV... a convite da Dra. Maria de Jesus!). Mas que são belos "tachos", ah isso são! Mas ficam bem melhor quando são ocupados pelos nossos... é a minha opinião! Mas isso sou eu a falar... e eu sou sectário.
j) quanto à Sra. Paulo Portas... presumindo que o Paulo (o do blog) é homem, julgo, por isso, que não se está a habilitar para o cargo? Ou será para alguma sua conhecida... uma que nutra pelo ministro de Estado e da Defesa alguma paixão "assolapada"?!? De qualquer modo, não podia ser útil... sou militante do partido e não tenho a meu cargo o pelouro da "alcoviteirice"... sem ofensa!
k) quanto ao rigor... aqui, desculpe, está a usar de desonestidade académica: eu não disse que o discurso político é desprovido de rigor! Repetindo o texto do seu post: «Então não é que TM, que nos critica pela nossa linguagem, usa expressões como "cobardes", "bárbaros", "canalhas" a propósito daqueles que encara comos seus adversários políticos. A adjectivação é colorida mas o rigor analítico fica curto, mesmo que tenha muita razão por trás». A minha resposta foi: «Quarto, o rigor analítico. O texto é político e não académico! Mas será que quando um texto (mesmo académico que seja) se refere ao nazismo... é rigor analítico dizer "a barbárie nazi"? Resposta: SIM! ASSIM COMO O COMUNISMO!!!»
Descodificando: o que eu disse é que o rigor (na sustentação e demonstração) num texto académico é mais exigente (nomedamente pela necessidade de identificação mais precisa das fonte e pela necessidade de as confrontar todas...). Um texto político, pelo público a que se destina, pelo tipo de mensagem e pelo objectivo a que se destina é muito menos exigente. Tente ler um texto de tese de doutoramento como um texto político e veja os seus leitores ou apoiantes a cairem que nem moscas... mortos de tédio! Modéstia à parte... bem tento que os meus textos sejam intelectualmente honestos e explicativos. A resposta dos leitores foi... "escreve p'ra gente ler e deixa-te de presunções intelectualóides"!
Além disso, como a sua objecção estava na adjectivação ("cobardes", "bárbaros", "canalhas!) eu limitei-me a notar que, mesmo em textos académicos, há sistemas políticos que são adjectivados do mesmo modo... citei o exemplo da "barbárie nazi"!
Compreendido?!?
Eu não escrevo o que me vem à cabeça... isso é coisa para quem o pode fazer... acolitado por detrás do conforto proporcionado pelo anonimato de um nick! Eu leio, estudo, reflicto, depois escrevo, publico, dou a cara, e coloco-me à disposição da publicidade crítica... e a única resposta tem sido insultos... e "brincadeiras"! Sendo justo: também tenho tido muito interessantes diálogos epistulares com militantes comunistas e socialistas. Umas vezes eles aprendem com as informações que eu forneço... outras eu com as deles! Conversas entre homens sérios, tolerantes e intelectualmente honestos!
l) Acha que escrevo mal... Será por causa de alguns erros ortográficos? Fraca argumentação! Não gosta do estilo? Eu também não gosto do do Saramago... e ele ganhou um prémio Nobel! As ideias não são correctas... porquê? Porque, em relação a si, li mais e diferentes livros?!? Quanto às argumentações serem fracas... engraçado, nunca você as tentou rebater... limitando-se a entrar por "brincadeiras" (assim as gosta de classificar) onde o seu alvo não são as ideias mas a pessoa! Fraca técnica para quem julga tudo saber... Sempre cuidei de saber porque será que aqueles que se gabam de não ler e de não ter estudado, se julgam mais sabedores do que aquele que confessa ignorar?!? Os meus argumentos são fracos mas os seus são mais "profundos" e "substanciais": diz que «TM incorre em vários equívocos» (mas não diz quais, nem os corrige... menos pontos para o seu afamado rigor); pretende usar de elevação... mas de vez em quando... a escrita resvala no ataque pessoal: «O resto do texto é um descabelado arrazoado anti-comunista, como já não líamos há muito tempo» (posição que denota uma profundidade e esclarecimento que extasiariam o melhor dos académicos e o mais inspirados dos poetas!!!). Não serve de nada (pelo menos comigo) essas suas afirmações de fé: rebata a argumentação sem atacar o sujeito; esclareça e não tente usar de linguagem de "cassete pirata" para criar nuvens de fumo para tentar obnibular as ideias.
Argumente, não fuja!
Debata, não insulte!!
Rebata, não agrida!!!
m) quanto ao que acredita que sou... lamento informar mas sou sócio do Sporting Clube de Portugal e do GD Fabril do Barreiro!
n) competência profissional...
o) tolerância... quem a tem chama-lhe sua!
Será que não sou tolerante quando respondo às bocas tuas?!?
Aguardo com esperança por um texto rigoroso, com argumentos que ataquem argumentos, com factos (e indicação das fontes a que recorreu) e não com demagogia de cassete (nem CD, nem DVD, ou outros meios de reproduzir argumentos aprendidos "de ouvido"...)!
Se não fôr pedir muito...
Só mais umas coisinhas:
1. Nunca afirmei que Sanches Osório fosse «um farol do rigor histórico e do amor à democracia». Essas são palavras suas. Limitei-me a ler um livro que ele excreveu, a nele constatar perplexidades (que contradiziam os factos que são repetidamente colocadas nos "media" portugueses) e a colocar questões... Tenho pena que elas incomodem! Só o deveriam fazer a quem disso tem consciência pouco segura!
2. Quanto ao Prof. Freitas do Amaral. Compreendo o incómodo que lhe causou a parceria com o PDC... ainda que ele não nos haja esclarecido sobre os sentimentos que lhe causaram ser eleito com votos de eleitores do PDC! Por outro lado, sabendo-se (e é ele que o conta) que o CDS foi fundado a pedido do Conselho da Revolução, recordando-nos da missiva dirigida ao "Companheiro Vasco" (que cobria de encómios e onde tecia louvores à revolução e às nacionalizações...), ao modo cobarde como tenta fazer a "limpeza" do seu passado ao lado de Marcelo Caetano (e do servilismo que lhe devotou) e à traição a que votou aqueles que o elegeram ao desdizer hoje aquilo que bradou para lhes procurar o voto... até aos finais do anos 90, nunca o Prof. Freitas do Amaral se afirmou com rigorosamente ao centro... calou as suas desinteligências com o eleitorado e os dirigentes do CDS... para lhes sacar o voto! Porém, o elogio que lhe faz (tornando-o fonte credível de direita) duvido que ele lhe agradeça... não agora, pois ele está... rigorosamente ao centro! Ao resto ele nunca pertenceu, não conhece, nem ninguém o apresentou!
3. Nunca disse que não houve o ELP ou o MDLP. Nem sequer que eles não foram autores de actos bombistas. Só não percebo porque é que os que lutaram contra o comunismo e pela Liberdade... não merecem uma "medalhinha"... mas também, com tais companhias! Se quer a minha opinião, quem luta contra a Democracia nunca deveria receber uma medalha da Liberdade! Como vê não sou selectivo... essa é mais doença que lastimo o meu amigo padecer! Selectivo seria se eu reclamasse a "medalhinha" para os que citou e não para a "bombista" que referiu. Ora eu apenas disse que ela não a merecia! Mas, "prontos", sou eu que sou tendencioso, faccioso e sofro de "tendencionite aguda"...
Com argumentos desses... rapidamente aprendo o significado de elevação e rigor argumentativos... coisa que muito bem decorre do seu argumento final...o VPV não tem razão... porque alguém espalhou o (conveniente) boato de que ele é bêbado! Só espero que a sua (Paulo) sobriedade permanente lhe permita sequer tentar perceber o que ele diz... porque, uma vez mais, argumentar que é sério... ficou-se apenas pelas intenções!
É a elevação e o rigor no seu expoente! São técnicas... ou tácticas de esclarecimento!
Como diria o outro, «Pois, pois... compreendi-te»!
Post scriptum - se erros de ortografia houver... deixe lá: para quem é, bacalhau basta!

João Titta Maurício (isto fomos nós que acrescentámos, que é para não haver confusões)

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