A Análise Crítica da Declaração.

Declaração Política dos Eleitos da CDU sobre a situação económica e financeira da Câmara Municipal

"Os Eleitos da CDU, no município da Moita, consideram as dificuldades financeiras da Câmara Municipal resultantes de um contexto nacional em que os sucessivos governos definem as suas políticas em função do controle do défice, impondo a partir desse argumento severas restrições à despesa pública e cortes nos serviços públicos, com inevitáveis reflexos nas autarquias.
Entretanto, está a ser elaborado e vai ser apresentado um novo Plano de Saneamento Financeiro, reformulado de acordo com a legislação entretanto saída."

Ora bem, este é o velho argumento de que a culpa é sempre dos outros, nunca o PCP erra nem errará, porque tem um sentido moralizador da política, e é, desde que o Movimento Anarco-Sindicalista acabou, o único representante da classe operário-camponesa, embora o erro seja uma concepção Hegeliana, que está na base de toda a ideologia "comunista", por causa do materialismo dialéctico, e que poderá levar a uma solução que seria uma súmula da Tese e da Antítese, não pode ser, porque isso criaria um precedente de questionização sobre o próprio PCP, o que é um tabu dentro do Partido Comunista.

Poderia a Moita ser diferente?

Esta pergunta, volta de novo a pôr em questão toda a concepção ideológica do PCP.
Nascendo revolucionário e apenas depois do 25 de Novembro de 1975, ter abandonado a via revolucionária, que implicava uma tomada do poder pelas armas, vulgo, Poder Popular, por via a assegurar a sua sobrevivência como partido político e mesmo sobrevivência dos líderes do PCP de então, (pois essa questão pôs-se na altura), nunca me ocorreria que mesmo sendo um partido standartizado e posto na ordem burguesa, o PCP se pergunte se na Moita poderia ser diferente...
Então se é para ser igual, porque razão andaram aqui durante 34 anos a dizer que eram diferentes ?

...prossegue a intensa actividade cultural, desportiva e de animação directamente promovida ou apoiada pela Câmara...

Talvez toda a política Cultural e Desportiva, que o PCP, tem vindo a fazer neste último mandato esteja errada, já pensaram bem nas despesas de manutenção do Forúm da Baixa da Banheira e do despesismo sem sentido dinamizador da cultura local, talvez esteja errado, talvez o apoio devesse ser para os dinamizadores culturais e desportivos locais, como por exemplo as colectividades.
Talvez que a Feira de Artesanato não devesse ter sido extinta. Talvez as Festas da Moita não devessem ser um pretexto para um despesismo estúpido, para o PCP Nacional ver, e que trás artistas como o Tony Carreira, pagos a peso de ouro !
Talvez a colagem a cidades tauromáquicas e romarias religiosas não precissasse de ser copiado e reperfilado para aparecerem na TV Nacional, como o PCP da modernidade, porque apoia eventos antigos de séculos, sei lá, achei que o PCP era mais Bolos, Bolas...

...a participação no capital da SIMARSUL!

Então não deveria ser a construção da ETAR um desígnio Nacional, a que aí sim deveriam pedir ao poder Nacional a co-participação ?
A Simarsul é uma empresa, as limpezas dos esgotos urbanos uma questão de bom senso, coisa que o PCP, nunca possui, pois colectividades que estão dominadas pelo PCP, como o "Clube Náutico Moitense", ou que estiveram, mas pelos vistos já não estão, como nos indicou o Zeca, da ADNA, "Amigos do Mar" de Alhos Vedros, pura e simplesmente ignoram, não veêm e não cheiram a merda que todos os dias lhes é entregue com abundância em descargas contínuas no rio e que parecem nem sequer notar, devido às benesses que usufruiem do governo local da Moita, para puderem continuar os desportos naúticos, que deveriam ser interditados nessas águas poluídas ?

O III QCA e programas como o PROQUAL e o POLIS, foram uma oportunidade imperdível de obter financiamento para investimentos e intervenções muito importantes para o Concelho. Foi pois necessária e acertada a opção de recorrer ao crédito bancário para permitir suportar a participação municipal nesses investimentos. Acontece que o agravamento dos estrangulamentos financeiros resultantes das situações já referidas ocorreu precisamente no período de execução destes investimentos, criando um desequilíbrio conjuntural nas contas do Município do qual não foi ainda possível recuperar totalmente.

E por causa desta imperdíbilidade, fez-se o reperfilamento da Marginal da Moita e antes, num outro mandato, porque era também imperdível, fez-se o dique, obra sintomática dum partido que não soube corresponder aos desejos dos seus munícipes e que apenas faz obras de fachada, para mostrar obra feita, exactamente como o faz o caruncho na Madeira.