sábado, maio 08, 2010

Obras Megalómonas, Primeiras Ilações.

O primeiro sentimento que tive ao ouvir o que o primeiro ministro depois de ter vindo de Bruxelas, onde o meteram nos eixos, (adenda irónica desnecessária de cariz ferroviário) foi de certo alívio.
O descalabro despesista não é total, é apenas parcial. Ainda se vai construir o troço do TGV entre o Poceirão e Caia, pelo menos até segunda feira quando 12 ex-ministros das obras públicas irão falar com o presidente da República...

O ministro actual das obras públicas, António Mendonça teve de "assassinar" à pressa o contrato porque os interesses negociados com a Brisa e com a Soares da Costa, são o garante de reforma dourada deste núcleo duro do governo xuxalista e contaram com o empenho total do actual primeiro ministro. A subserviência a Espanha também de ter salvaguardada e assim não se podendo fazer o pleno, TGVs, Novas Travessias do Tejo e Novo Aeroporto, sempre se salvam as aparências, fazendo este troço, pelo menos e virtualmente até segunda feira, porque também este acordo pode ser eliminado se houver bom senso da parte do presidente Cavaco Silva, (pessoalmente acho que o Medina Carreira e o grupo dos 12 fará prevalecer o bom senso, espero...)

Já é uma grande melhoria este reconhecimento da maleita demencial que eram estas obras faraônicas destruidoras do nosso futuro como Nação Independente e que punham em causa o futuro das próximas gerações. Como no alcoolismo, ou na adição de qualquer espécie, o reconhecimento da doença, é meio caminho andado para a cura.

Os efeitos da não construção do troço Poceirão-Lisboa, é óptimo para o actual concelho da Moita, porque essencialmente vão impossibilitar a criação de uma fronteira física ferroviária que dividiria o concelho duma maneira abrupta e definitiva, sem contrapartidas nenhumas ao contrário do que pensa o PCP, porque nem a tecnologia seria feita por empresas nacionais, não possuimos tais empresas nem os trabalhadores portugueses têm qualificação para a tecnologia do TGV, que é de matriz Francesa e as empresas que o fizerem serão dessa matriz, essas e as outras subsidiárias, que fazem os componentes.

Agora o mais importante, se fizerem o TGV até Madrid são duas coisas:

1º- Se a bitola ferroviária será a ibérica que não é compatível com a europeia !

2º- Se o TGV terá a vertente de transporte de mercadorias !

Se estes pressupostos não acontecerem, nada justificará a construção do TGV.

A não construção da Terceira travessia do Tejo, é um bem sem preço a nível ecológico, porque iria destruir o que resta do ecossistema ribeirinho e porque iria acrescentar exponencialmente o trâfego de viaturas próprias nas duas margens do Tejo, fazendo por isso aumentar a poluição e a confirmação da zona dormitório/passagem sem qualidade da margem Leste do Tejo em que estamos situados.

O novo aeroporto, embora quase impossível de ser feito nos moldes privados, iria além de privatizar a ANA, pôr em causa a nossa companhia aérea nacional de referência, a TAP, que acho não deverá nunca ser privatizada e o Turismo em Lisboa, porque era inadmissível uma capital de um País como Portugal não ter um aeroporto.

Reacçoes dos partidos nacionais:
-PSD saúda adiamento de grandes obras
-CDS diz que Sócrates pôs «um pé no chão»

Dos partidos europeístas e iberístas convictos ainda não há reacções, a não ser a do "alterado", (desde que fumou aquela cena que o Saramago lhe mandou já enrolada, nunca mais foi o mesmo), o Jerónimo, que vamos postar já, já a seguir ...

AV2

1 comentário:

Anónimo disse...

Estava a pensar que uma solução seria levar o TGV até ao Barreiro e ter transportes fluviais para 3 pontos distintos de Lisboa (Ocidente, Centro e Oriente).
Ganda chegada a Lisboa.