domingo, janeiro 06, 2008

Carta Educativa

Leio no SemMais que toda a gente parece satisfeita com a qualidade da Carta educativa apresentada pelo poder moiteiro.
Ainda bem.
Tirando o PDM, que foi delineado com base em critérios políticos e de interesses, mais do que por parâmetros técnicos, muitos documentos emanados dos serviços camarários são bem razoáveis.
Basta relembrar tanta coisa que foi ficando pela gaveta (o Pró-Tejo, a Agenda 21 local).
O problema é mesmo esse.
O documento é bom, mas servirá exactamente para quê?
As questões colocam-se a esse nível.
Ficamos a saber, como se não soubéssemos, onde estão os equipamentos educativos do concelho.
Também ficamos a saber um pouco mais sobre as características demográficas do concelho.
E a partir daqui?
O que se segue em termos de intervenção educativa, sabendo-se que o concelho da Moita apresenta um dos conjuntos de resultados menos animadores em matéria educativa?
Ou os exames só são difíceis para os outros?
Ou a defesa da escola Pública passará por fazer mais protocolos com os privados?

2 comentários:

Tania Morais disse...

caros,
a carta educativa prende-se com materias de gestao dos espaços, no prazo de 12anos. foca essencialmente a transformação de escolas de 1º 2º e 3º ciclos em escolas basicas integradas em todo o concelho =) quanto a politicas educativas em si, não tem impacto nenhum...
e nao se preocupem, que o executivo esta reticente quanto aos protocolos com privados, essa aposta é mais do PSD =). gostava que lá estivessem para ver o ataque do joao faim ao lobo e o lobi de moradores do carvalhinho que levou para atacarem a camara... PCP no seu melhor, autarquicas ja na disputa interna. de qualquer das maneiras, a dita carta ainda tem de ser aprovada pelo governo central e tal... a ver vamos **

Anónimo disse...

Falar da carta educativa do concelho, é falar de mais uma atitude e de grande responsabilidade política que peca por tardia, deveria ser elaborada em 2003.
Com uma consistência deveras preocupante, tanto que se encontra desfasada de dados reais, tendo em atenção que o mesmo documento se encontra referenciado aos sensos de 1991 e 2001, com dados projectados e recolhidos de 2005 e 2006, e como tal desfasados da realidade no tempo e no espaço que foram utilizados.
Referenciada que esta para uma realidade a doze anos, terá de ser revisto nos próximos três anos, não havendo no seu conteúdo obra para minimizar o abandono escolar, nos 6, 9º e 12º ano, faltando objectividade e mantendo a precariade existente de desenvolvimento e de formação superior e técnica no concelho.
É a vontade da força politica que existe no concelho, que tem traçado a mediocridade da formação dos jovens, futuros homens do amanha.