quarta-feira, agosto 31, 2005
A ver...
A nova série de fotos do Brocas sobre aquilo que está mal no nosso concelho por causa do Governo Central.
Ao que ele investigou, isto foi culpa do Marques Mendes.
AV1
A ler... em especial o texto original
(...) Portugal podia estar ao nível de desenvolvimento da Finlândia, se melhorasse a sua posição no ranking de controlo da corrupção. Quem o diz, é Daniel Faufmann, director dos programas mundiais do Banco Mundial» (Público de hoje, p. 10, link para notícia online com texto mais curto)
Mas mais importante é o texto original propriamente dito sobre os 10 Mitos sobre a Governação e a Corrupção no nº de Setembro da Finance & Development.
AV1
Alguém me explica...
Eu vou comprar a edição em papel, que é para os meus arquivos (onde vai ficar certamente o texto do Vítor Barros a fazer de programa eleitoral do Bloco de Esquerda) mas é que me tinha dado jeito ter lido já tudo.
Ia embalado com aquela parte em que EP diz que se for eleita "esta proposta de Plano vai ter de ser toda reanalisada antes de qualquer outro passo" (o que em si, não é grande promessa, pois parece que ainda não tem opinião ao fim deste tempo) e depois ....................... nada de página 9.
Hom'essa !
AV1
Descodificador de politiquês, precisa-se...
E pensava eu que a candidata EP ia concretizar as suas propostas, mas afinal ainda as embaralha mais.
O que quer isto dizer, afinal ?
Motivar a frequência individual para sedimentar uma atitude colectiva de gostos culturais ?
Mas, mas, mas, mas ?????????
Mas não se pode ir em grupo ?
E os espaços e eventos são só na Moita, só no concelho, ou pensam articular-se com outras autarquias envolventes ?
Eu posso ter apenas um Passaporte Alhos Vedros Cultural ?
Ou pode haver uma espécie de L123, com zonas (eu prefiro só Alhos Vedros e Baixa da Banheira, porque dispenso largas, touradas, exposições bovinas e/ou cavalares e reuniões de organizações de cidades taurinas).
E já agora, isto foi resposta escrita não foi ?
Ou então, se foi dada oralmente, foi revista posteriormente, não foi ?
Am I right or am I wrong ?
AV1
Vou já ler...
É longa e como a senhora candidata decidiu especificar um poucochinho as promessas eleitorais vou ler com a atenção devida.
De caminho, vai uma vergastada para o Vardasca que lhe deu para a escrita, só que nada sobre o que nos interessa agora, que são as próximas eleições autárquicas.
Será que ele já foi informado que é candidato à JFAV ?
É que a cara dele ainda está naquele placard ali naquela esquina a meio da Bela Rosa, como quem vira para a Cooperativa.
AV1
Isto é que me preocupa !
Já viram bem toda a área a amarelo clarinho que é para transformar em dormitório, desde a zona da Kleopatra até à rotunda da Fonte da Prata ?
Só fica a "Vala Real" pelo meio, porque por aqui não há REN, nem protecção à rede hídrica que resista.
E o casario da Nova Quinta da Fonte da Prata é para estender ainda mais para a margem, pelo que quem comprou casa até agora a pensar na vista para o estuário, adeus, ó vai-te embora !
E os Bairros Gouveia e Francisco Pires vão pelo mesmo caminho, devendo estar a caminho a Vila Arroxeada, a Vila Amarela e a Vila Cor do Burro quando Foge, enquanto não se arranja uma Vila vermelha para contrabalançar a já existente Vila Rosa.
É que eu nem percebo onde vão buscar gente para tanta casa, a menos que seja à custa do baixo preço, conseguido por sua vez com o abaixamento da qualidade da construção e dos equipamentos urbanos, o que normalmente tem consequências, no plano social, não muito difíceis de prever.
Quando quisermos dar com o velho Circuito de Manutenção, entre armazéns e dormitórios, é preciso ir de parapente.
AV1
Só mais uma ach(eg)a...
... para a fogueira !
Embora legítima e incómoda para a CMM, o que é verdade é que a movimentação em torno da REN, acaba por fazer passar meio despercebido o facto de toda a zona sul da Fonte da Prata estar destinada a dormitórios, à moda compacta de subúrbio de 4ª categoria.
E contentes com isso devem estar aqueles que andaram a comprar aquelas terras meio ao desbarato e se preparam para fazer uns belos negócios quando transformarem tudo em caixotes de apartamentos, daqueles que já estão a rachar ainda não completaram o primeiro ano de idade.
AV1
Secção "Isso era Antigamente !"
Falta de caldinho democrático
Isso nota-se pelos próprios comentários que vão aparecendo pelos blogs e em especial pelo AVP.
Parecendo que não, e embora não estejamos por aqui ao nível do que se passa mais a Norte, o caciquismo político continua bem vivo e os hábitos cívicos de debate democrático são muito curtos.
Alguns ainda se esforçam mas é pouco.
Pelo que parece, CDU e PS apostaram ambos numa estratégia de "Eles ou nós", tipo Bush no caso da guerra do Iraque.
Ou são por nós ou são contra nós.
E disparam sobre o que mexe e não tem aspecto de amigo de confiança.
E depois não sabem debater as questões com argumentos estruturados.
Só sabem adjectivar e pouco mais, ou se o sabem não praticam.
Os textos que escrevem são pedras que se arremessam para atingir os adversários, não são coisas pensadas para demonstrar a (in)validade de uma ideia, de uma teoria ou de um tipo de acção.
Há excepções, claro.
Mas são poucas.
E as estratégias de intimidação também não são esquecidas, desde as ameaças mais ou menos veladas, às exigências de desagravo, não esquecendo as alusões implícitas ou explícitas à adesão à facção contrária.
O problema é que isto já são métodos tão velhos que, mesmo praticados por nomes novos, não trazem qualquer novidade e, no nosso caso, um efeito nulo.
É que, como já aqui repetimos, nós não precisamos de publicidade comercial ou institucional para sobrevivermos e continuarmos a piar, quando e como nos apetece.
E quem não perceber isso, só fica a perder.
E a fazer figuras tristes.
AV1
terça-feira, agosto 30, 2005
Foi um bom discurso...
Não só para ele como para aqueles que realmente acham que um confronto Soares/Cavaco não merece uma saída de casa para ir votar em dia de Inverno.
Mas foi demolidora a crítica "republicana" a Soares.
Quanto às queixas sobre o peso e os processos do aparelhismo socialista (leia-se Vitorino, Coelho e Sócrates) só podem ser redundantes, depois do que se passou nas eleições internas do PS.
Manuel Alegre nem sempre me motivou muito, devido ao seu ar de poeta-profeta visionário, que achava ter um lugar vitalício nos órgãos do PS mas confesso que desta vez o trataram muito mal, em especial um Mário Soares que, com a idade que tem, deveria ter menos vaidade e já saber resistir às seduções duvidosas dos seus homens de Macau.
AV1
A Campanha - V
Na nossa análise da campanha fica ainda um espaço em aberto para protagonistas de outras candidaturas à CMM ou à JFAV.
Até ao momento não demos por mais alternativas do que as que expusemos nos quatro anteriores textos sobre este tema.
Será que Leonel Coelho vai desistir de ser, finalmente, o único comunista a sério eleito no nosso concelho ?
É desta que o MRPP recolhe as armas ? Não acredito. precisamos de mais um ou outro mural para o Brocas fotografar a preceito.
AV1
São gostos, não se discutem...
No entanto, e mesmo não sendo propositado, em especial no meu caso, guardo os adjectivos (mormente os qualificativos mais ácidos) para as acções e comportamentos e raramente para as pessoas.
Sei que a distinção é difícil de fazer para quem lê a quente ou para quem lê a frio, mas só quer armar confusão.
De qualquer maneira, como os adjectivos ficam com quem os diz e não com quem é visado e como eu só me chateio se me acusarem de algo pejorativo que tenha um fundo de verdade, esboço o meu sorriso de compreensão para o esforço de alguns comentadores em tentarem que puxemos da chinela e que coloquemos a mão na anca, antes de arriar a jiga e sacar a faca da liga.
Mas para isso, seria preciso muito mais do que uma sucessão de "mentirosos" e afins.
Aprendam com o nosso amigo Alhosvedrense, ele pelo menos é mais variado quando parte para a adjectivação (desculpe lá, amigo Alhosvedrense, mas estou a apresentá-lo como um exemplo para os jovens).
AV1
Secção "Cá não há nada disso"
Ainda a propósito do PDM, da REN e da Várzea...
Antes de mais, esclarecer claramente se em toda a zona da REN não há verdadeiramente possibilidade de fazer qualquer uso do solo, ou se sempre existirão saídas para alguns se safarem. Pelo que se vê no Cabeço Verde, com uma série de sobreiros a serem arrancados para uma urbanização em zona de REN do anterior PDM, é justa a dúvida.
Em seguida, em vez de se acusar o movimento de "moradores & proprietários" da BarraCheia/Várzea da Moita de estarem a ser manipulados por "interesses", conviria que quem tal afirma, explique quais são esses interesses, se dos próprios, se de outros, de legítimos, se ilegítimos.
Por fim, seria também muito conveniente que o poder político local aprendesse a lidar de forma aberta, clara e transparente com os cidadãos.
Eu, pela parte que me toca e embora seja um defensor dos bons preceitos em matéria de debate político, não posso aceitar que um autarca eleito (quer dizer... eleito para Presidente tinha sido o outro) de um partido que se diz representante das massas populares e que na sua matriz ideológica identitária tem no seu cerne a luta de massas, se recuse a receber uma delegação de munícipes porque eles são "muitos", como se passou ainda ontem na Moita.
Mas afinal que espécie de relação com os munícipes defende este senhor que ocupa a Presidência da CMM, sem que para ela tenha sido eleito ?
E, afinal de novo, que coerência ideológica tem este pessoal que só gosta de movimentações populares, quando não se lhes dirigem ?
É que, a menos que tenham existido comportamentos claramente ofensivos por parte das pessoas presentes, o senhor João Lobo não tem qualquer legitimidade ideológica, democrática ou outra, para se considerar acima daqueles que o elegeram e de quem, tenham votado nele ou não, é o representante e de cujos direitos deveria ser o primeiro defensor.
Porque isto é assim, ou há Democracia ou falam e ouvem todos.
Mas claro, isto é a opinião de quem acha que os princípios democráticos não são só para se enunciarem, mas para se praticarem no quatidiano político, mesmo quando isso pode incomodar.
AV1
A ler
- A era da tolerância intolerante e Defender o discurso livre - agora mais do que nunca (ambos de Mick Hume)
Na Foreign Affairs:
- Desenvolvimento e Democracia (Bruce de Mesquita e George Downs)
Primeiro as senhoras...
... foi o que me ensinaram quando era pequenino.
Não é estereótipo machista é apenas cortesia.
Foto surripiada ao Brocas
Segurança, qual segurança ?
Não é de hoje que existem muitas razões de queixa sobre a insegurança pública no nosso concelho, mesmo se não atinge os níveis de algumas zonas da Margem Norte.
Em plenos anos 70 já se falava na necessidade de um posto de GNR em Alhos Vedros, em especial na sequência (mas não só) das confusões do Carnaval.
Ainda me lembro dos surtos de assaltos há cerca de duas décadas, de manhã e à noitinha, na zona da estação da CP, de que eram normalmente vítimas as pessoas mais fracas.
Depois, no início dos anos 90, houve aquele "arrastão" que deu a volta a parte da terra e caiu nas bocas do mundo.
Entre a toxicodependência e os pequenos e médios furtos, a situação não melhorou nos últimos anos, agravando-se mesmo em algumas zonas que foram ganhando cada vez mais a feição de bairros problemáticos.
Como de costume, as autarquias empurram para o Poder Central, alegando que não é sua a responsabilidade de instalar as forças de segurança.
Têm razão, mas não toda, como de costume, pois desde que uma localidade preencha os critérios para que tenha um posto das forças de segurança, devem ser as autarquias a propor uma solução e não se percebe porque, ainda hoje, a Moita tem posto de PSP e GNR e em Alhos Vedros nada.
Mas, pensando bem, talvez seja melhor assim.
Quer pela experiência da "pequena" falta de rigor dos agentes que por cá vão passando e pela sua permeabilidade a favores em troca de outros favores, quer porque, devido à falta de candidatos nos último concurso, a própria GNR já retirou dos requisitos para a entrada na força uma experiência militar de dois anos.
Ou seja, agora qualquer um já pode ser da GNR, como cantavam os GNR há um quarto de século.
E, para termos um posto de ineptos fardados e armados, mais vale ficarmos como estamos.
Só se na PSP a situação estiver um bocadito melhor.
AV1
segunda-feira, agosto 29, 2005
Qual é o problema ?
Se formos reparar bem, os blogs de Alhos Vedros também andam todos com aquele sinalzinho e, pelo menos por nós, até nos sentiríamos bastante bem com a coisa, se realmente significasse uma reprovação pública causada por qualquer tipo de denúncia.
Mais do que Censura, isso não passaria de patetice, como aquelas bolinhas no ecrã dos canais televisivos quando passa um filme com um bocado mais de pele à mostra, mas depois ninguém se rala se aparecer sangue e tripas à mostra num noticiário ou num filme de 3ª com o Van Damme ou o Chuck Norris.
Mas, em boa verdade até penso que aquilo é apenas um anúncio da iniciativa, porque há muito bom blog sério que tem lá tem o sinalito (do Causa Nossa ao Dias com Árvores, passando pelo Bloguítica ou o Escrever para o Boneco, todos linkados aí ao lado).
E, que raios, quem é que está a olhar ali para aquele canto do ecrã quando visita um blog ?
O que é preciso é ter calma,
Não dar o cuerpo pela ialma...
AV1
A Democracia em funcionamento
Esta Reunião era para ser com 6 ou 7 de entre vós.
Com tanta gente eu não falo.
Só vos digo e repito que Eu e a Câmara não enviaremos para decisão superior o Projecto de PDM ora em Discussão Pública, enquanto a Lei da REN (Dec. Lei 93/90 de 19 de Março) não for alterada.
Depois de eu falar o que vos estou dizendo, ninguém pode falar, pois isto é só uma Declaração da minha parte, e, ao terminar, ausento-me de imediato da Sala.
Não há portanto direito nem a perguntas, nem a intervenções da parte de nenhum de vós.
Como vos disse, com tanta gente eu não falo, pois só estava à espera de 6 ou 7, e não de 200 Pessoas.»
João Lobo, Presidente da CMM, citado de memória n' A Várzea da Moita
Palavras para quê, é um autarca português !
É a Democracia como a vivemos.
Lotação Esgotada
Passam pouco das 9.00 da noite e, pela primeira vez em quase dois anos, estamos a passar os 200 visitantes e a ultrapassar largamente as 350 páginas vistas.
O que se passa ?
Eu sei que hoje é segunda-feira e muita gente terá regressado de férias. Seriam saudades nossas ?
Por outro lado, hoje foi dos dias em que postámos menos, porque o AV2 está de férias. Será que quanto menos escrevemos, melhor ?
Para além disso, em dois dos quatro posts anteriores incluímos imagens de animais "fôfinhos". Será que é esse o caminho, apostar na bicharada de olhar queriducho ?
Ou será que foi porque falámos da vergonha que tem sido o tratamento dado por este governo à classe docente, com a complacência dos sindicatos (hoje até ouvi o Avelãs todo satisfeito com o Governo, pelo que deve estar uma burra para morrer), e a professorada veio toda espreitar ?
Enfim, estamos um bocado desorientados.
Qual será a fórmula do sucesso (relativo e éfémero, é claro) ?
É que só nos faltam uns 3000 visitantes para apanharmos o Abrupto !
AV1
O Fim da Paisagem
Não foi pela primeira vez, mas desta foi com mais atenção, que vi o desvario de outdoors que invadiu as nossas ruas, a nossa vista e os nossos limitados horizontes, desfeando ainda mais a paisagem.
Por regra, sou pouco favorável à proliferação deste tipo de estruturas, mesmo para efeitos comerciais. Concebo que o Vinhense tenha necessidade de ter uns placards em torno do campo para gerar receita, mas já não percebo porque a CMM tem de pespegar um enorme outdoor naquele pequeno relvado fronteiro, seguindo-se, junto aos semáforos, novo cartaz imenso com o João Lobo, logo antes de um daqueles verticais, tipo arranha-céus, da Eurídice Pereira. E por aí adiante, até chegarmos lá ao topo, à rotunda das Fontaínhas, onde se voltam a acotovelar cartazes do PSD, do PS (mais pequenote) da CMM, da Festa do Avante e o que mais se lembrarem de lá colocar.
Já a caminho da via rápida é a foto de conjunto do PS, no cruzamento para a Cidade Sol, mais um João Lobo e, já na esquina do IC mais um da CMM a anunciar obra feita, paredes meias com um do candidato do PSD à Câmara do Barreiro.
Mas quem diz este trajecto, diz qualquer outro pelas principais artérias do concelho (e dos restantes concelhos, difga-se em abono da verdade).
Confesso que isto enfastia qualquer um.
Sou completamente a favor da regulação dos espaços a ocupar com campanha política e da sua distribuição de uma forma razoavelmente quitativa e circunscrita a determinados espaços, que devem estar bem visíveis, mas não de forma anárquica.
Depois das eleições, quero ver quanto tempo leva a desmontar a tenda, para onde vai esta lixeirada toda e se as estruturas para colagem dos outdoors para aí ficam ao deus-dará, a infestar-nos o olhar.
Sei que a imagem conta muito nas eleições de hoje em dia, mas não haverá maneira de os próprios candidatos auto-regularem as suas campanhas e assumirem que a sua mensagem deve privilegiar o conteúdo e a seriedade e rigor das propostas ?
O que significa afirmar que a Moita é "Um concelho em movimento" ?
Ou garantir "Solidariedade" e "Competência" em letras garrafais ? Parafraseando o estribilho de um dos candidatos "O que faz falta é... dois dedos de testa e um pouco de bom senso e respeito por todos nós".
Que tal divulgarem antes os seus programas eleitorais, a preceito, junto dos eleitores, com uma listagem de prioridades, os planos para a sua implementação e respectiva calendarização ?
Se calhar custava menos dinheiro e sempre limpava a paisagem.
AV1 (com fotos do Brocas)
À desfilada, pela sombra do Verão
Todos eles, em especial os do Ensino Básico e Secundário, sofreram tratos de polé às mãos dos Governos de Durão Barroso e Santana Lopes.
No entanto, esses desvarios foram resultado principalmente de incompetência técnica em erguer um novo modelo de concurso ou em fazer com que os serviços fizessem as suas obrigações.
Com a vitória do PS e de Sócrates, para que muitos contribuiram, esperavam que a nuvem negra tivesse passado e que novos e melhores ventos soprassem.
Ora pelo que à minha caixa de mail tem chegado, parece que desta vez o ataque anunciado há meses às condições de trabalho dos(as) professores(as) chegou à desfilada em maratona legislativa feita durante a época de férias e em milhentas instruções aos órgãos de gestão da Escola. E desta vez não é incompetência é apenas um ataque puro e duro, com muita má-fé à mistura.
Após os maus resultados nos exames de Matemática, já aqui destacara o erro que é manter um regime de ensino laxista e afirmar que o necessário é os professores (e não os alunos) passaram mais tempo nas Escolas e trabalharem mais (e não os alunos).
Agora, e perante a legislação produzida neste último mês, entre a qual se conta a revisão do Estatuto da Carreira Docente, não sei se com a explícita colaboração dos tristes sindicatos que enxameiam o panorama, desenvolve-se o mais violento ataque ás condições do trabalho docente dos últimos 15 anos, desde o não pagamento aos estagiários já licenciados ao aumento de horas de trabalho lectivo nas Escolas, a coberto de ser ao abrigo das horas da componente não lectiva, não esquecendo (como agora parece ser prática comum) a aplicação retroactiva de limitações às regalias dos docentes com problemas de saúde ou mesmo a limitação à assistência a familiares (para mais informações consultar dossier legislativo no site da NetProf).
Não tenho aqui todos os elementos necessários para analisar mais detalhadamente estas questões (a que eventualmente voltarei) mas, a avaliar pelo que me é dado conhecer, gostaria de deixar aqui algumas notas adicionais ao que já escrevi há uma meia dúzia de semanas:
a) O Estatuto de uma carreira profissional, mesmo dependente do Estado, não pode ser revisto de forma ad hoc, sem participação dos sindicatos ou, tendo essa participação existido, sem um debate e esclarecimento alargado dos interessados e visados.
b) O hábito que se vai inscrevendo de aplicar retroactivamente medidas legislativas mina, a partir do centro, a legistimidade da sociedade democráticas e das boas regras de convivência entre cidadãos e eleitos/governantes.
c) Muitas das condições de trabalho dos docentes que agora se limitam (nomeadamente o horário lectivo e não lectivo), foram "regalias" conquistadas em finais dos anos 80 em troca da não equiparação salarial da carreira docente à carreira técnica superior da Função Pública. À menor remunmeração relativa, para além das condições específicas da função, corresponderia uma menor carga horária efectiva no local de trabalho. Sei do que falo porque era técnico superior contratado nessa altura e ganhava bem mais do que os professores e, só por coincidência, um dos meus trabalhos de então passou pela análise dos documentos preparatórios daquela que ficou conhecida como a reforma Roberto Carneiro.
d) Em contrapartida ao rigor colocado na domesticação dos docentes, continua por regulamentar de forma corajosa a ocupação quase vitalícia de cargos de gestão nas Escolas, por parte de pessoas que, graças a isso, não leccionam e (ab)usam do seu poder de forma discricionária.
e) É triste que, em vez de uma regulamentação e fiscalização séria dos abusos cometidos por alguns, se legisle para todos de forma injusta para muitos. Quando o Estado opta pela solução mais fácil e o faz à socapa do Verão e das férias e beneficiando de uma apatia dos sindicatos, enredados nas suas próprias insuficiências e capacidades, continuamos no grau zero da política e no fundo do buraco para onde o governo anterior já atirara o país.
Como detalhe final, cumpre referir que as minhas condições de trabalho não irão ser afectadas por esta legislação, pelo que no dia 1 de Setembro, ao contrário de muitas pessoas amigas, não sofrerei na pele a indignidade que este governo tem reservado para aqueles que trabalham para o Estado, excepção feita - é claro - aos assessores, chefes de gabinete, secretários particulares e outros que tais, recrutados entre os amigalhaços e retribuídos na base dos muitos milhares de euros, sem que a qualidade do desempenho do poder executivo se note.
AV1
Quase de férias...
Amanhã parto de férias, com a minha esposa.Conseguimos finalmente arranjar um hotel que aceita a presença do nosso amiguinho de 4 patas...
Fazem tanto apelo para adoptarmos animais e depois, especialmente com os cães, é proibido ir na praia com eles, é proibido irem nos parques, até no parque da Baixa da Banheira que está naquelas condições miseráveis, tem uma placa de probição para cães, é proibido a entrada nos transportes públicos rodoviários; faço aqui uma ressalva para os comboios e os barcos da Transtejo que o permitem, um grande bem hajam, porque assim sempre posso levar o meu cão quando vou passear a Lisboa, para ele ver as montras.
Seria talvez menos hipócrita proibir a adopção de cães, já que tudo quase lhes é vedado.
AV2
domingo, agosto 28, 2005
Foi interessante, ora se foi...
Em poucas horas, aprendi bastante sobre os meandros por onde correm (e podem ser travados) os desvios à legalidade e os enriquecimentos súbitos de algum pessoal político e não-político das Câmaras.
Não é nada que não soubesse de ouvir falar em 2ª mão, mas agora sempre foram alguns casos explicados em 1ª mão, em especial alguns daqueles que até podem levar à perda de mandatos.
Por outro lado, sou capaz de ter acesso à legislação específica sobre a forma de iniciar uma Acção Popular, tão incentivada pelo nosso leitor Mário da Silva.
Eu sei que é capaz de chegar tarde, mas é que eu estive de férias umas semanas...
AV1
Poema do dia
À esquerda da minoria da direita a maioria
do centro espia a minoria
da maioria da esquerda
pronta a somar-se a ela
para a minimizar
numa centrista maioria
mas a esquerda esquerda não deixa.
Está à espreita
de uma direita, a extrema,
que objectivamente é aliada
da extrema-esquerda
Entretanto
extra-parlamentar (quase)
o Poder Popular vai-se reactivar, se...
Das cúpulas, (pfffff!) nem vale a pena
falar, que hão-de
pular !
Quanto à maioria de esquerda
ficará - se ficar - para outro poema.
Alexandre O'Neill in A Luta, 1 de Julho de 1976
(Reedição em Coração Acordeão, Lisboa, 2004, p. 134)
Memórias musicais
Os álbuns de estreia dos quatro grupos que mais divulgaram o ska mesmo a acabar os anos 70, por ordem da preferência pessoal. Tudo a preto e branco como convinha na editora 2-Tone. A propósito de estar a fazer uma compilação pessoal dos sons desses tempos, de que só tenho em vinil o primeiro, enquanto o meu colega co-editor tem, salvo erro, todos os restantes.
Madness, One Step Beyond (9/10)
The Specials, The Specials (8/10)
Bad Manners, Ska'n'B (7/10)
The Selecter, Too Much Pressure (6/10)
AV1
Memórias de Férias
Ora aqui voltam as minha memórias de férias, de que só eu estava a sentir falta, mas mesmo assim...
E voltam com um daqueles temas que têm tanto de mania pessoal como de anacrónica realidade.
Falo, é claro, das pedras da calçada que em algumas terras do nosso país ainda existem como piso de algumas das suas principais ruas, apesar das queixas do mal que fazem às suspensões dos carros, mas esquecendo-se do bem que são para a infiltração das águas pluviais e para a redução do risco de enxurradas em artérias mais desniveladas.
Passei parte das minhas férias numa localidade em que era obrigado a descer uma rua toda em calçada para poder tomar um cafézinho ou comprar um jornal onde pudesse continuar a medir a dimensão dos incêndios ou o tempo que o Koeman desesperava por um avançado que não usasse bandolete ou que corresse mais do que a própria bola.
Em virtude do peso da idade e da minha evidente falta de verticalidade (já começo a regredir em relação à posição erecta do Homo Sapiens Sapiens de tanto escrever ao computador), tenho um andar já meio alquebrado que faz com que não seja raro ir a olhar mais para o chão do que para o caminho em frente propriamente dito.
E foi assim que me vi a admirar estas belas pedras da calçada, que a Alhos Vedros voltaram com as famigeradas obras de requalificação da Praça da República, cerca de 30 anos depois de terem deixado de ser o piso da Avenida Bela Rosa, do qual bem se lembram os meus cotovelos e fundo das costas, à custa de um par de tombos bem dados depois de travagens falhadas na minha pasteleira de então.
Enfim, memórias cruzadas que mais um bocadinho me fazem a mim próprio ficar a imaginar no que andará a pensar o editor deste blog para escrever coisas destas.
O tipo deve andar mesmo sem muito que fazer.
Ele está a precisar é de voltar ao trabalho já amanhã.
AV1
Por nós tudo bem !!!
As opções menos votadas (apenas 1 votos e 2,4% do total) foram as de incluir mais materiais nacionais, mais material visual ou apenas mais textos.
Agora vamos passar a incluir sondagens mais directamente relacionadas com as próximas autárquicas, as quais obedecem às regras de sempre: só se pode votar uma vez por dia, mesmo se é possível escolher mais de uma opção.
AV1
A Campanha - IV
Historial: Esta é apenas a segunda vez que o Bloco concorrer às Autárquicas enquanto tal, pois antes quem por cá andava era a UDP. Sempre com resultados fraquitos, apenas para fazer lembrar que, como o MRPP, ainda existiam por cá irredutíveis gauleses (leia-se "albaneses"). Nos últimos anos, a mediatização dos dirigentes nacionais do Bloco e a crescente insatisfação com os outros partidos de esquerda dez engordar a votação bloquista, em especial nas últimas legislativas, onde iam disputando o 3º lugar com o PSD.
Ideias-fortes: Tentativa de conciliar o desenvolvimento urbano com as questões ambientais, propondo-se a humanização de um espaço urbano cada vez mais descaracterizado.
Pontos-fortes: O facto de ser uma candidatura de, por correr "por fora", poder dizer aquilo que as outras (em especial a CDU e PS) não podem e, dessa forma, evitar a facilidade da demagogia populista. O aparente não alinhamento com os grupos de interesses instalados no concelho e na CMM. O ênfase nas questões ambientais e de defesa do património.
Pontos-fracos: Escassos meios de campanha e um certo amadorismo na definição e arranque da dita cuja. Alguma hesitação em arrancar para a luta política a sério e em definir uma linha de rumo suficientemente clara para se impôr como uma alternativa. A tentação de optar por um discurso politicamente correcto e "redondinho" para não ferir as susceptibilidades daqueles que podem ser os futuros ocupantes da CMM. Dúvidas quanto à capacidade local de reproduzir os resultados das eleições nacionais.
Erro estratégico: A demora em definir o rosto da candidatura e o seu programa e, principalmente, o atraso evidente em tornar visível a sua campanha para a população.
AV1
Os Imparciais
Até ao momento dispomos de informações sobre o site do PS-Moita e o blog da concelhia do Bloco de Esquerda.
Quem tiver informações sobre outros sites úteis para este efeito (da CDU, da aliança PSD/CDS ou outros), faça o favor de nos informar.
As Playmates de Domingo
sábado, agosto 27, 2005
Para Domingo...
Olhó Ego inchado !
Até ao momento foram os melhores resultados de sempre do AVP, revelando um público fiel mesmo em período estival. Por outro lado, verifica-se que os leitores visitam a página, em média claro, 2 a 3 vezes por dia, daí a diferença entre visitantes e páginas vistas.
Isto é tanto mais gratificante quanto estamos apenas 7 lugares abaixo do blog do próprio criador do serviço e jornalista do Expresso (P. Querido, tido como um guru destas coisas) e à frente de outros bem conhecidos como o Tugir, O Céu sobre Lisboa ou o Fumaças.
AV1
União Europeia ?
Não é que a conversa foi para o campo da política, imaginem...e os meus primos que são nortistas assumidos, explicaram-me que a Liga do Norte, não apenas pretende uma federação de estados na Itália, mas uma fedração apenas com os estados do norte.
O que pretendem realmente é uma independência da região norte de Itália, de Nápoles para cima e o Sul, disseram-me eles, pode fazer uma aliança com África que é onde pertencem...
Bela União Europeia, em que Soares nos meteu...
Está a dar na SIC...
... uma das melhores comédias dos anos 90: A Gaiola das Loucas (The Birdcage), na versão americana (o filme original é francês e também é bastante bom) de Mike Nichols com Robin Williams e Nathan Lane num casal gay inesquecível, continuando o elenco com Gene Hackman e Diane Wiest no casal políticco com valores conservadores, Calista Flockart e Dan Futterman como filhos apaixonados e ainda Hank Azaria.
Só não estou a vê-lo porque, como os livros do Astérix, devemos relê-los de tanto em tanto tempo para melhor gozarmos o prazer do reencontro.
AV1
A Questão dos Transportes
Em boa verdade, considero que este tema é razoavelmente supérfluo e lateral às reais necessidades do concelho e, muito em particular, da freguesia de Alhos vedros.
Vamos por partes:
Em primeiro lugar, o concelho não está assim tão mal servido de transportes como isso e assim me lembro dele desde os anos 70, com carreiras rodoviários e o caminho de ferro próximos. É verdade que, neste aspecto, Alhos Vedros e a Baixa da Banheira são freguesias privilegiadas, pois a estão da CP da Moita fica onde fica, mas penso que só algumas zonas rurais mais interiores do concelho têm razões de queixa quanto à frequência e qualidade do sistema de transportes.
Por isso mesmo, penso que a ideia do PS de criação de uma rede de mini-autocarros precisaria de ser fundamentada e explicada nos seguintes aspectos:
a) Existem estudos que indiquem a real necessidade de criação de uma rede desse tipo ?
b) Em caso afirmativo, quais seriam as linhas a criar e seriam apenas linhas internas ao concelho ou viradas para o exterior, em eventual articulação com outros municípios ?
c) Muito importante: quais os custos de tal iniciativa (aquisição e manutenção do equipamento, efectivos humanos necessários, instalações de apoio, etc) quando se sabe os problemas com que vivem as autarquias com serviços de transporte próprios (caso do Barreiro) e a situação de aparente défice crónico de muitas empresas de transporte de passageiros ?
Sem tudo isto explicado, a proposta de criação de uma espécie de serviços municipais de transporte é apenas um tema de campanha lançado para o ar, sem qualquer tipo de estudo prévio sério ou de sustentação sólida.
Quando o PS concretizar esta sua proposta, talvez seja possível avaliá-la como algo mais do que mera promessa destinada a futuro esquecimento.
Mais importante seria tentar coordenar os serviços rodoviários existentes e, por exemplo, procurar que a qualidade da oferta ferroviária se não torne cada vez menos atractiva.
Relativamente às acessibilidades, mais do que rasgar novas vias, conviria tornar mais funcionais as existentes com destaque para as entradas das principais localidades, em especial para o caso da chegada a Alhos Vedros vindo da Moita, onde (ao contrário da rotunda da Lagoa da Pega ou mesmo da que fica entre a Fonte da Prata e o Plus) falta um nó de distribuição do trânsito entre as Arroteias, as Morçoas e o resto da vila.
A ideia da ligação Barreiro-Moita no modelo de via "circular" ou "envolvente" rápida, já é uma ideia velhinha e comum à CDU, para não dizer que não é mais um estratagema para criar uma obra pública de grande aparato e captação de fundos, sem que isso corresponda a um anseio da população alegadamente interessada.
Por tudo isto, penso que a questão dos transportes e acessibilidades é de carácter menor na campanha e que, para o tornar algo relevante, deveria ser fundamentado com estudos credíveis e um caderno concreto de propostas que nos ajudasse a perceber do que é que se anda a falar.
AV1
Os Subúrbios continuam entre nós
Conforme prometido, no final de Agosto retomaríamos a saga da família Subúrbio.
Neste caso temos os primeiros estudos para o joven Ruben Miguel, o filho todo certinho, bom aluno e adepto dos valores conservadores, que deixa os progenitores entre o orgulho e o embaraço e a irmã com vontade de o encher de sapas e calduços ao primeiro pretexto.
Nos últimos anos sentiu-se entusiamado pelo sentido de Estado e pela firmeza de convicções de Paulo Portas, mas um adepto do CDS em Alhos Vedros tem a vida difícil, tanto pela incompreensão alheia como pela ausência de um porto de abrigo onde debater questões como a necessidade de criminalizar de novo o aborto e a importância de rever os poderes do Presidente da República quando ele é de esquerda.
Lê diariamente o Acidental e compra o Independente, mas sente-se actualmente um órfão político, desconfiando de Cavaco como candidato presidencial.
Estuda com denodo, na esperança de entrar para a Faculdade e ir para Lisboa, onde sente que está o seu habitat natural, em especial se conseguir convencer a família a pagar-lhe um curso de Direito na Católica.
AV1
A Campanha - III
Historial: Uma contínua incapacidade do PSD de atingir resultados relevantes a nível autárquico na Moita, mesmo no auge do cavaquismo (16,5% em 1989). Nos últimos anos, estabilização em valores pouco acima dos 10% e desgaste da imagem do seu eterno vereador eleito, entretanto substituído na liderança da concelhia. No caso do CDS o seu peso eleitoral sempre se mostrou praticamente irrelevante, independentemente de quem se apresentou a votos.
Ideias-fortes: Difíceis de identificar, para além de um apelo aos valores "tradicionais" da Moita, no caso associados à actividade taurina e de uns slogans algo generalistas nos cartazes da campanha.
Pontos fortes: Cara nova do candidato, que surge em nome da aliança. Mais nada a assinalar, infelizmente.
Pontos fracos: Campanha marcada por uma fraquíssima qualidade gráfica do material. Discurso algo atabalhoado do candidato e colagem a um tradicionalismo perfeitamente passadista e que não corresponde à identidade do concelho, mas apenas a uma das suas partes. Candidato perfeitamente desconhecido na região.
O erro estratégico: O lançamento da campanha como sendo "independente", quando na verdade o não era (nem a campanha, nem o candidato).
AV1
Despojos de Férias - Camiliana
Entre outras raridades, dei com uma boa série camiliana, da colecção de obras completas publicada pela Companhia Editora de Publicações Illustradas no final do século XIX. Normalmente são terceiras edições revistas e corrigidas de alguns erros. Os casos apresentados são de duas obras menos conhecidas do grande público, em especial as Memórias de Guilherme do Amaral, obra póstuma em que Camilo constituída formalmente de forma epistolar.
O Que Fazem Mulheres, por seu lado, é Camilo típico de grande consumo, que o próprio apresenta como «uma história que arripiar os cabellos, Ha aqui bacamartes e pistolas, lagrimas e sangue, gemidos e berros, anjos e demónios. É um arsenal, uma sarrabulhada, e um dia de juízo ! Isto sim é um romance !»
E quem escreve assim de si mesmo, não pode deixar de ser prolixo.
AV1
sexta-feira, agosto 26, 2005
Para amanhã...
... apresentaremos a nossa análise sobre a campanha da candidatura PSD/CDS.
... iremos tentar continuar a tentar perceber em que é que ficamos afinal quanto à posição dos responsáveis autárquicos sobre o PDM, a REN e isso tudo.
... procuraremos divulgar mais uns despojos e fotos das férias do AV1 (como se isso interessasse a alguém).
... demonstraremos que o projecto da família Subúrbio não está esquecido, com a apresentação dos primeiros esboços do filho, o Ruben Miguel.
Por agora, vamos ver uns episódios da primeira série de O Santo com o Roger Moore (DVD em promoção no Carrefour a apenas 7 euritos, que é para compensar a gasolina) e depois tentaremos dormir com os anjos, se houver alguns disponíveis.
AV1
A Questão da Biodiversidade
Logo de início, vou dar uma alegria ao nosso leitor Mário da Silva remetendo o pessoal para a definição de biodiversidade na Wikipedia, por ser clara e bastante completa.
Porquê este assunto ?
Em parte, porque o leitor Nuno Cavaco o aflorou quando discutimos o problema da água e resvalámos para questões mais amplas relativas ao Ambiente.
Ele inquiriu-me sobre as minhas propostas na área do Ambiente e adiantou as credenciais do seu trabalho na CMM, com destaque para a identificação de espécies naturais vegetais no concelho.
Acerca disso, respondi-lhe que não interessa só a quantidade de espécies, mas também as características das respectivas populações, acrescentando agora que para mim interessa e muito a existência (ou não) de ecossistemas sustentáveis pelo menos a médio prazo.
Ora o que a mim me preocupa em termos de biodiversidade no nosso concelho é o facto de, independentemente de poderem existir muitas espécies (a este propósito existem textos-inventário no site da CMM sobre a flora e fauna, entre outros), as populações de muitas dessas espécies estarem em risco de não sobreviver a médio-prazo, em especial na zona ribeirinha, pois os seus ecossistemas foram destruídos.
Lembremos que os ecossistemas são comunidades de seres vivos que vivem em interdependência e cujo equilíbrio pode ser rompido de forma irreversível muito facilmente.
E, neste particular, o concelho da Moita não terá o melhor desempenho, pois em termos de fauna, praticamente já só existem roedores, insectos e avifauna de pequeno ou médio porte (não esquecendo a fauna aquática), e em termos de flora, muitas das espécies inventariadas existem de forma dispersa e desgarrada, com poucos espécimes e sem quaisquer garantias de protecção efectiva. E não adianta falar nos espaços verdes urbanos, ordenados e de criação antrópica (na expressão técnica de NCavaco), pois esses não correspondem de forma alguma a ecossistemas naturais. Em contrapartida, as zonas fluviais de sapal são ecossistemas desse tipo que urgiria defender, com zonas de protecção amplas nas margens e não com urbanizações de grande densidade populacional e geradoras de poluição e outros tipos de agressão.
Isto é tanto mais interessante quanto um dos critérios legais para a definição de uma REN passa pela protecção da biodiversidade, embora no caso do projecto do novo PDM da Moita (ver artigos 48º a 50º do respectivo Regulamento) não se conheçam os estudos que justifiquem que as opções tomadas são as mais adequadas à defesa dessa mesma biodiversidade ou do "equilíbrio biofísico" do concelho, conforme se escreve no mesmo documento.
Seria interessante saber até que ponto a maior parte da REN definida neste projecto de PDM corresponde à área de maior biodiversidade do concelho ou, pelo menos, à área que sendo preservada, permitirá a preservação do maior número de espécies indígenas (vegetais ou animais) e de um ou mais ecossistemas.
Sem que isso seja demonstrado, é curto esgrimir com a defesa dos espaços de protecção à rede hídrica, porque isso é insuficiente.
Pelo contrário, permitir que se continue o entulhamento selvagem de zonas de antigas marinhas e viveiros (ou a instalação de depósitos de materiais combustíveis, ou a manutenção de actividades fortemente poluentes), já é um tipo de (in)acção que é pouco consentânea com qualquer tentativa séria de defesa da biodiversidade no concelho.
AV1
Agenda cheia
Hoje ainda pensamos tratar da questão da Biodiversidade, só que entretanto o nosso leitor Tiago já nos propôs a abordagem do tema dos Transportes, que também tem bastante interesse.
Como ainda gostaríamos de aprofundar o que se passa com a actual posição ziguezagueante mas se calhar não tão inesperada e surpreendente neste cenário pré-eleitoral (cuidado, que este zigue, já vem depois de um zague e de outro zigue) da dupla dinâmica sobre aspectos importantes do PDM, estamos assim a modos que com as mãos cheias de trabalho e sem subsídios à produção de conteúdos para a Internet que se vejam.
Ainda por cima, depois de declararmos um apoio de princípio à candidatura do Raminhos, ficámos a saber que eles não têm dinheiro nem para meia dúzia de outdoors dos mais baratuchos, pelo que nem daí podemos esperar um "estímulo", encoberto ou escancarado.
Mas, com coragem, abnegação, "arreganho e pertinácia" (expressão típica do mítico comentador futebolístico Alves dos Santos), para não dizer muita ignorância e presunção lá iremos fazendo os possíveis por gastar o resto do tempo das férias e a vossa paciência.
AV1
A Campanha - II
Historial: Três décadas de oposição e de incapacidade, normalmente causada por fragmentações internas e por disputas pessoais que foram invalidando a apresentação de alternativas credíveis à CDU, apesar da erosão crescente do PC/CDU. A reboque dos resultados mais "gordos" do PS nacional surgem periodicamente umas esperanças que, no caso presente, são personificadas pela candidata Eurídice Pereira.
Ideias-fortes: Apresentação de uma candidatura fortemente personalizada, que ostenta apoios fortes no aparelho socialista e meios de campanha aparentemente amplos. Aposta no acumular de insatisfações com a CDU, esperando colher os proveitos de andar a ouvir os descontentes. Aposta num cenário de bipolarização para levar os munícipes a escolher entre "eles ou nós". Quanto a temas de campanha, o esencial passa pela crítica ao que existe, sendo dado algum ênfase à questão dos transportes e das acessibilidades.
Pontos-fortes: Meios de campanha acima da média e uma campanha lançada de longe. Capacidade de mobilizar diversos militantes do PS nacional para expressarem o apoio à candidata e das estruturas locais para fazerem uma barragem de artigos de opinião na imprensa local. Capitalização do descontentamento com a CDU e tentativa de criar um cenário bipolar, em que o PS surge como única hipótese para alterar a situação.
Pontos-fracos: Excessiva personalização da campanha, como se os outros membros da lista quase não contassem ou trouxessem mais-valias enquanto equipa. Atraso na divulgação do programa eleitoral (prometido para Setembro) e indefinição na determinação de um rumo, pois a sucessão de críticas não demonstra um traço identificador comum, nem uma ideia clara para o futuro do concelho. Currículo da candidata, ligado ao insucesso da gestão de Mata Cáceres em Setúbal e ao impasse que tem sido a de Emídio Xavier no Barreiro.
O erro estratégico: A posição pouco clara e a reboque de alguma pressão da opinião pública sobre o processo de revisão do PDM, em particular sobre os seus traços estratégicos estruturantes, dando a sensação de partilhar o modelo suburbanista de segunda categoria da CDU.
AV1
Cinema à 6ª feira
Duas boas propostas: o filme da direita já está em exibição por cá (o título a ronda À Boleia pela Galáxia) e vale, mais que não fosse, poir Marvin, o robot deprimido e desgostoso por achar que ninguém gosta dele (fiquei a babar para o bonequinho qu está na montra da Bertrand com a tradução portuguesa do livro). O da esquerda estreou há uma semana nos EUA e é uma coisa fabulosa, como se pode ver pelo trailer.
They're back
Não é o One Step Beyond ou o The Return of the Los Palmas 7, mas tem um aroma desses tempos no single Shame and Scandal.
Os tipos já estão meio velhotes, mas ainda disfarçam bem.
É que eu, por ser um pouco mais novo que o meu colega co-editor, cheguei primeiro ao ska (Bad Manners, Specials) do que ao punk (Ramones, Sex Pistols e afins).
AV1
Estamos nos píncaros !
Ontem chegámos quase aos 160 visitantes e andámos pelas 300 páginas vistas.
Hoje, para além da análise à campanha do PS, pensamos escrever um pouco sobre o que se entende por biodiversidade (e como ela está a desaparecer no nosso concelho), a propósito de uns comentários do Nuno Cavaco e do Mário da Silva. Também esperamos perceber melhor o que se passou na 4ª feira na Assembleia Municipal, em que João Lobo e Rui Garcia parecem ter começado a retirar as tropas de parte dos terrenos do PDM.
Resta saber se o recuo é só na REN, mas depois deixam os dormitórios prontos para ser construídos.
quinta-feira, agosto 25, 2005
Várzea ‘chumba’ revisão do PDM da Moita...
"A discussão vai mesmo prolongar-se para além das eleições autárquicas de Outubro próximo, garantiu o edil. Na próxima segunda–feira terá lugar uma discussão mais técnica e um ponto de situação sobre as medidas do executivo sobre o PDM, e em que participarão representantes dos moradores da Várzea da Moita."
E a esta grande vitória que a todos dá alegria, são tábuas para o caixão do moribundo PDM, plagiando o Tino Flores...
Será o Sombra ?
Onde, onde ?
O Bloco de Notas do BE local apresenta este como o outdoor da campanha para a Presidência da CMM do BE, mas eu acho que deve ser é um indoor, pois ainda não pus os olhos em cima de nenhum.
É preciso ajuda para os colar ou já não há espaço disponível depois da metralha de Lobos, Nascimentos e Eurídices a que temos tido direito ?
AV1
Se Hitler fosse o líder deste governo, como explicaria o holocausto aos ”Judeus” (1)
Como se pode continuar com estas diferenças que existem entre os”judeus”, que são os detentores de todos os privilégios e o resto dos portugueses que trabalham sem as regalias que têm os ”judeus”!
Trabalhadores honestos e que têm de sustentar as suas famílias com os magros rendimentos que auferem!
Os “judeus”estão habituados a ser os parasitas da sociedade e criaram uma série de defeitos que afectam toda a sociedade, umas vezes pela inacção, outras por quererem mesmo atrofiar o funcionamento do Estado e da Pátria !
Fiz diversos apelos aos”judeus” para se integrarem na sociedade normal e abdicarem das regalias que têm em relação aos outros cidadãos portugueses, mas a sua resposta foi greves e boicotes que ainda contribuíram com mais prejuízos para esta nossa pátria tão desamparada e empobrecida, a crise acentua-se, também devido a estes “judeus”, que se acham uma elite da nossa sociedade.
Quando a luta tem de ser pela união de todos os portugueses e só pela união poderemos combater este problema de subdesenvolvimento e de atraso que Portugal possui, os “judeus”em vez de se unirem neste esforço titânico com o resto dos portugueses, para construirmos a nossa pátria, um socialismo nacional que permita a todos os portugueses um nível de vida mais igualitário e digno… Não! Contestam!
Agarram-se aos seus privilégios e não abdicam deles.
Isto acontece porque se sentem superiores ao resto dos portugueses! Acham o nosso partido, Autoritário e não dialogante, não se esqueçam que a União Nacional-Socialista, foi o mais votado pelos portugueses e pretendemos o bem-estar de todos os verdadeiros Portugueses, já decidimos, e todos os “judeus” têm de colaborar com este esforço para a salvação da Pátria.
Por isso todos os seus bens serão expropriados para assim contribuírem para o desenvolvimento de Portugal!
Campos de trabalho estão também a ser criados em todo o continente, para os judeus voltarem a tomar consciência de que o trabalho é que liberta o espírito e por isso, esperamos que com esta reeducação pelo trabalho, os”judeus”tomem consciência de que pertencem a uma pátria que tem mais de 1000 anos!
Viva a União Nacional Socialista !
Manuel Pedro
Imagem tratada por AV2
Direitos Adquiridos ?
Após um período em que era o Estado que marcava a agenda social em termos laborais, agora é o Estado que alumia aos privados o caminho da retirada.
É interessante que tenha sido necessária a chegada de um partido "socialista" ao poder para isso. Aliás, recorde-se aos mais distraídos, que muitos dos direitos agora retirados têm origem no período cavaquista, esse tenebroso decénio de governo de direita.
Continuem assim e eu ainda vou pedir de joelhos a Boliqueime para o Cavaco se candidatar a Presidente.
AV1
Pois, pois...
A este propósito apenas alguns pontos:
a) O homem está coberto de razão.
b) É pena que só fale porque vai ser afastado do cargo. Zangam-se as comadres...
c) É interessante quando os vereadores do Urbanismo acabam quase sempre em Presidentes da Câmara ou acumulando as funções.
d) Por estes lados, certamente não há nada disto, ou haverá... ?
A Campanha - I
Historial: no poder na CMM desde as eleições de 1976 (e na prática desde 1974), o PCP e as forças partidárias com que se coliga apresentam-se este ano a sufrágio com uma equipa que, no essencial, é de continuidade com a solução encontrada após a saída inesperada de João de Almeida da Presidência a meio do actual mandato.
Ideias-fortes: a CDU apresenta como seu principal trunfo a experiência e o trabalho que afirma ter desenvolvido nestas três décadas. Privilegia no seu discurso o facto de apresentar um colectivo para trabalhar e não uma candidatura centralizada numa só personalidade. Quanto a temas de campanha, usa e abusa da publicidade à obra feita e pareceu encontrar na questão da gestão pública da água um argumento a explorar.
Pontos fortes: O facto de partir de uma posição de Poder e de lhe ser possível reclamar como suas todas as obras feitas no concelho é uma vantagem evidente. A fidelidade do eleitorado CDU é outra, mesmo se esta equipa suscita algumas dúvidas a certos sectores mais tradicionais do PCP. A figura fotogénica e relativamente jovial de João Lobo pode ajudar a contrariar a erosão do eleitorado jovem da CDU.
Pontos fracos: O cansaço de 30 anos de poder que levaram a Moita a regredir, em termos relativos, no contexto da Península de Setúbal em diversos parâmetros socio-culturais e económicos. O atabalhoamento do processo de revisão do PDM e as indefinições, retrocessos e inflexões que sofreu ao longo dos anos, assim como a solução encontrada de completa suburbanização do concelho. A apresentação de uma equipa em que a média de idades não oculta o longo aparelhismo dos protagonistas principais.
O erro estratégico: A tentativa de colagem ao lobby taurino da Moita.
AV1
Não estivemos lá...
Aceitam-se registos e opiniões sobre o que se passou, ficando aqui o link para o relato dos Moradores e Proprietários da Várzea.
AV1
Mais um casal maravilha...
Depois do casal Fernanda Vellez/Luís Nascimento tomar conta do PSD-Moita, agora é a vez do casal Maria José/José Ferreira ocupar lugar de destaque na lista do PS para a JFAV.
Sei que o assunto não é muito relevante, mas é que já não os via há uns tempos e é sempre bom rever velhos colegas nestas andanças.
Mesmo se estava mais distraído a olhar para a candidata a Plesidente da Junta.
O Parcial
Não é por nada, mas fiquei a perceber claramente que o jovem (a foto, de pose algo pretensiosa, revela alguém bem menos antigo do que eu) se sente bem em ser parcial, em defender as suas opiniões e que gosta de as discutir mesmo com quem não concorda com as suas, achando salutar a discussão com argumentos racionais e parciais
Só não fiquei foi a saber as ideias de ML sobre um qualquer assunto com o qual possa discordar, seja de que forma for.
Por isso, fica-se à espera da próxima tentativa, para ver/ler afinal a favor do que é que ML é parcial.
É que não chega escrever que é necessário chegar-se à frente e fazer a diferença.
É que pela amostra, não dá para saber nada quanto ao conteúdo das parcialidades do articulista, mesmo se quanto à atitude já se percebeu que é profunda e reflectida.
AV1
Descubra as diferenças...
Em especial no caso de dois professores (MIguel Latas e José Lourenço), esperava-se um pouco menos de monotonia.
Isto não é (não devia ser !) escrever uns parágrafos e depois o PS espalhá-los a desmando por onde lhe apetece (com o Jornal da Moita sempre disponível, Distrito Online quando apetece e O Rio quando convém).
Bem... neste aspecto a imprensa local também tem as suas culpas.
Alguém está a ver o Público, o Expresso ou outra publicação de referência a dar como artigos de opinião os textos que os candidatos de um partido apresentam nos respectivos sites ?
É que por cá ainda ninguém percebeu que uma coisa é um texto de militante para meio interno de uma estrutura partidária, outra coisa é um artigo de opinião para publicação na imprensa.
O mal não é só dos escribas do PS, mas como eles aparecem em maior número, dá mais nas vistas a falta de inspiração.
AV1
Drama existencial
É que desde ontem que parece que não escrevo nada de jeito.
Primeiro, meti-me a escrever de águas, e o leitor Nuno Cavaco acusou-me de baralhar conceitos e trocar tudo o que interessa.
Logo a seguir escrevi sobre o campo do CRI e também levei por tabela, embora com posterior reconciliação, de um leitor que se chama a si mesmo Bisonte.
À noite anunciei que iria fazer a análise da campanha eleitoral concelhia e o leitor Tiago apelidou a coisa de simples e fez logo, num mero parágrafo, a dita análise aos quatro principais partidos.
Já dias antes o Conde se manifestara contra a indefinição/desorientação que eu estaria a trazer ao AVP.
Fiquei de rastos.
Duvidei da vocação.
Pedi inspiração a qualquer divino que estivesse disponível e não tive resposta.
Fui desabafar com a minha cara-metade que ia deixar o AVP, porque não dava uma para a caixa e tudo o que me propunha era redundante.
Confesso mesmo que uma ou duas lagrimitas me terão assomado os olhos.
Mas é para estas alturas que serve a força da Família.
A minha mulher deu-me alento, dizendo-me que as horas que eu passo agarrado ao computador são horas santas para ela e para a minha filha, a quem deixo de chatear por tudo e por nada. Por isso, apelou-me ela com a voz embargada de emoção, eu deveria continuar a blogar e a postar no AVP, apesar dos ventos e marés em contrário.
E eu, em nome do bem-estar da Família e dos valores morais que me foram evocados, acedi e aqui estou de novo, pronto a escrever o que não interessa a ninguém, de forma não fundamentada, gratuita e, admito-o sem rebuço, até prolixa.
AV1
Para mais logo...
... início da análise da (pré-) campanha eleitoral no concelho.
É só esperarem um par de horas, porque hoje foi de dia de praia pela manhã e ainda estou no recobro da ventania que havia no Meco.
AV1
Adivinho abstenção no horizonte...
Ao contrário do meu camarada co-editor AV2, eu já calculava que o desfecho do tabu soarista seria a sua candidatura.
Aliás já se entrevia a coisa quando o homem veio à Baixa da Banheira promover-se e não à candidatura da dótôra.
Ao contrário do AV2, acho que a candidatura de Soares alarga mais o espaço do PS que a de Alegre, em especial como o PC e o Bloco a apresentarem candidatura próprias. Isto mesmo se confesso que votaria no Alegre sem pensar muito na coisa.
Assim, provavelmente vou quebrar o meu hábito de votar em Presidenciais de 10 em 10 anos: votei nas primeiras vitórias de Soares e Sampaio e pelos vistos chegou-me. No primeiro caso, à segunda volta por causa do Freitas; no segundo caso, porque andava mesmo lixado com o Cavaco (devia ser de ter dado o nome de Mariani à vivenda algarvia...).
Agora já não me parece que ele seha o bicho-papão.
Quanto ao Alegre, é verdade que tudo foi muito triste.
O homem já não tinha idade para descobrir a treta de amigos que se fazem e mantêm ao longo de uma vida.
AV1
Presidênciais dividem o PS
O líder histórico do PS, Mário Soares, deverá anunciar publicamente a sua candidatura à Presidência da República no próximo dia 31 de Agosto, dois dias antes da reentré política do PS, em Lisboa, no Hotel Altis, iniciando assim a sua caminhada em direcção a um terceiro mandato no Palácio de Belém."
Jornal "Público", edição de hoje
"Alegre não recua face a recandidatura de Soares
A formalização da recandidatura de Mário Soares não vai condicionar a disponibilidade de Manuel Alegre para concorrer à Presidência da República.
Manuel Alegre mantém disponibilidade para Belém
Potencial candidato à Presidência da República, o socialista Manuel Alegre não pensa descartar a possibilidade de avançar com uma candidatura a Belém, apesar da decisão do líder histórico do partido e amigo pessoal, Mário Soares, de concorrer ao cadeirão presidencial, oficializando a sua candidatura já no próximo dia 31 de Agosto."
Jornal "Público", edição de hoje
Comentário de Luís delgado
dn.opiniao
"A forma como Manuel Alegre, e os seus apoiantes, foi tratado não augura nada de bom para um eleitorado mais de esquerda do PS. E em teoria até se poderia dar o caso de Soares não avançar à última hora, depois de um sono bem dormido, e Alegre fazer a sua birra, com toda a razão, deixando o PS sem eira nem beira."
Na minha opinião Manuel Alegre deve formalizar a sua candidatura, mesmo sem o apoio do PS, porque se não o fizer, toda aquela conversa de coragem e de passado antifascista passam a nada valer, mas é especialmente a honra do Homem, que está em jogo.
Se Manuel Alegre não avançar para as presidênciais não sei como será possível aceitar esta vergonha a que foi condenado pelo seu próprio partido.
Nestes momentos é que se distinguem os Homens dos ratos.
AV2