terça-feira, agosto 30, 2005

Segurança, qual segurança ?

Duas das candidaturas à CMM (PS e PSD) levantam na sua campanha de rua a questão da Segurança.
Não é de hoje que existem muitas razões de queixa sobre a insegurança pública no nosso concelho, mesmo se não atinge os níveis de algumas zonas da Margem Norte.
Em plenos anos 70 já se falava na necessidade de um posto de GNR em Alhos Vedros, em especial na sequência (mas não só) das confusões do Carnaval.
Ainda me lembro dos surtos de assaltos há cerca de duas décadas, de manhã e à noitinha, na zona da estação da CP, de que eram normalmente vítimas as pessoas mais fracas.
Depois, no início dos anos 90, houve aquele "arrastão" que deu a volta a parte da terra e caiu nas bocas do mundo.
Entre a toxicodependência e os pequenos e médios furtos, a situação não melhorou nos últimos anos, agravando-se mesmo em algumas zonas que foram ganhando cada vez mais a feição de bairros problemáticos.
Como de costume, as autarquias empurram para o Poder Central, alegando que não é sua a responsabilidade de instalar as forças de segurança.
Têm razão, mas não toda, como de costume, pois desde que uma localidade preencha os critérios para que tenha um posto das forças de segurança, devem ser as autarquias a propor uma solução e não se percebe porque, ainda hoje, a Moita tem posto de PSP e GNR e em Alhos Vedros nada.
Mas, pensando bem, talvez seja melhor assim.
Quer pela experiência da "pequena" falta de rigor dos agentes que por cá vão passando e pela sua permeabilidade a favores em troca de outros favores, quer porque, devido à falta de candidatos nos último concurso, a própria GNR já retirou dos requisitos para a entrada na força uma experiência militar de dois anos.
Ou seja, agora qualquer um já pode ser da GNR, como cantavam os GNR há um quarto de século.
E, para termos um posto de ineptos fardados e armados, mais vale ficarmos como estamos.
Só se na PSP a situação estiver um bocadito melhor.

AV1

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