terça-feira, agosto 30, 2005

Ainda a propósito do PDM, da REN e da Várzea...

... existem esclarecimentos que devem ser feitos, a propósito do que vai ficando enterrado em caixas de comentários e que eu não tenho tempo para compilar para o AVP - Best Off.
Antes de mais, esclarecer claramente se em toda a zona da REN não há verdadeiramente possibilidade de fazer qualquer uso do solo, ou se sempre existirão saídas para alguns se safarem. Pelo que se vê no Cabeço Verde, com uma série de sobreiros a serem arrancados para uma urbanização em zona de REN do anterior PDM, é justa a dúvida.
Em seguida, em vez de se acusar o movimento de "moradores & proprietários" da BarraCheia/Várzea da Moita de estarem a ser manipulados por "interesses", conviria que quem tal afirma, explique quais são esses interesses, se dos próprios, se de outros, de legítimos, se ilegítimos.
Por fim, seria também muito conveniente que o poder político local aprendesse a lidar de forma aberta, clara e transparente com os cidadãos.
Eu, pela parte que me toca e embora seja um defensor dos bons preceitos em matéria de debate político, não posso aceitar que um autarca eleito (quer dizer... eleito para Presidente tinha sido o outro) de um partido que se diz representante das massas populares e que na sua matriz ideológica identitária tem no seu cerne a luta de massas, se recuse a receber uma delegação de munícipes porque eles são "muitos", como se passou ainda ontem na Moita.
Mas afinal que espécie de relação com os munícipes defende este senhor que ocupa a Presidência da CMM, sem que para ela tenha sido eleito ?
E, afinal de novo, que coerência ideológica tem este pessoal que só gosta de movimentações populares, quando não se lhes dirigem ?
É que, a menos que tenham existido comportamentos claramente ofensivos por parte das pessoas presentes, o senhor João Lobo não tem qualquer legitimidade ideológica, democrática ou outra, para se considerar acima daqueles que o elegeram e de quem, tenham votado nele ou não, é o representante e de cujos direitos deveria ser o primeiro defensor.

Porque isto é assim, ou há Democracia ou falam e ouvem todos.

Mas claro, isto é a opinião de quem acha que os princípios democráticos não são só para se enunciarem, mas para se praticarem no quatidiano político, mesmo quando isso pode incomodar.

AV1

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