quarta-feira, setembro 14, 2005

Boas memórias


No início dos anos 80 enquanto boa parte dos meus amigos se dividia nas suas devoções entre o pós-punk (Police, Talking Heads, Ian Dury, Stranglers), a barulheira hard (Van Halen, AC//DC, Motorhead, Iron Maiden) ou as tendências mais urbano-depressivas (Joy Divison, Cure, Bauhaus), eu tive sempre, meio escondida para não ser apedrejado pelos adeptos das outras facções, a minha simpatia especial pela corrente neo-romântica mais festiva.
Agora não vale a pena dizerem que, afinal, os Duran Duran até são uma banda de culto e tal.
Do que eu gostava mesmo era daquelas bandas que ficavam entre a 1ª e a 2ª linha de exposição comercial e de que hoje nem sempre se ouve falar.
Hoje à noite, no VH1, vi no programas Bands Reunited, o reencontro dos seis membros originais do Haircut 100 que fizeram o belíssimo Pelican West, disco inaugural equivalente ao dos Aztec Camera e quase comparável ao dos Fairgroud Attraction ou mesmo ao Lexicon of Love dos ABC. Depois o Nick Heyward saiu, os outros fizeram um razoável Paint and Paint que ainda tenho em vinil, mas já não era a mesma coisa.
Hoje vê-los, mais barrigudos ou mais carecas, a tocarem irrepreensível e alegremente o Love Plus One e o Fantastic Day fez-me ganhar o dia remoçar para aí uns 3 meses...

AV1

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