A réplica de Pacheco Pereira no Abrupto, em post de ontem com os títulos Objecções e (Não Objecções); como não dá para linkar directamente para os post do JPP, não há outro remédio se não visitar o blog e ir descendo até achar os textos, de que deixo aqui apenas um razoável excerto:
«Pelo que conheço, ver-se-á a gravidade da transformação dos aparelhos partidários em mecanismos de ascensão social, dando aos que neles fazem carreira melhores "situações sociais" do que aquelas a que acederiam pelo seu mérito pessoal e profissional, ascendendo apenas pelo exercício de pequenos poderes em núcleos muito fechados de decisão, e tornando inviável, a prazo, a saída da vida política sem grande perda de estatuto pessoal. Como os bens são escassos, essas estruturas tendem a ser cada vez mais fechadas sobre si mesmas, a seguir "más práticas" para usar o jargão empresarial, a corromperem-se. Os partidos perdem a noção do "bem público" e abandonam qualquer actividade cívica. Nada que qualquer estudioso de ciência política não saiba sobre o carácter oligopólico dos partidos. Só que, em democracia, é com eles que se vive.
A corrupção das estruturas partidárias é hoje um gravíssimo problema em que quase ninguém tem mão nos partidos políticos, nem as suas direcções. Só com uma revolução, democrática claro. Como por exemplo, instituir uma moratória de dez anos em que o exercício de cargos partidários é incompatível com outros cargos no sistema político que não sejam por eleição (deputados, autarcas, etc.). Limpava-se e depois via-se no que dava.»

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