Por qualquer estranha razão que só Balsemão saberá bem, Manuel Maria Carrilho parece ter os principais órgãos de informação da Edimpresa do seu lado.
Numa reviravolta em relação ao que se passou durante e no final do debate com Carmona Rodrigues, o Expresso apresenta como título «Carmona caluniou, acusa Carrilho», afirmando este que pretende um pedido de desculpas.
Hoje à noite na SIC, na reportagem de campanha, a jornalista destacada surge obedientemente a inquirir mais de uma vez Carmona se vai pedir desculpas a Carrilho por ter falado na malfadada casa de banho que o então Ministro da Cultura mandou redecorar a peso de ouro, independentemente das decisões ou acordos feitos em Tribunal.
Realmente isto anda tudo ao contrário e são os órgãos da comunicação social que fazem os possíveis por nos confundir.
O Expresso e a SIC - ou o grupo Edimpresa - têm todo o direito de terem os seus candidatos favoritos mas, por uma questão de ética, deviam afirmá-lo com clareza e não fazer passar como notícia o que é apenas deturpação dos factos.
O estranho é que ninguém se parece lembrar que Carrilho nem programa eleitoral ainda apresentou, embora ande em campanha há perto de um ano.
Não voto em Lisboa e se o fizesse provavelmente ficaria em casa mas é triste ver o baixíssimo nível em que nos encontramos no plano do debate político e da tentativa de manipulação do eleitorado.
AV1 (com foto do Oliude)
(Já na véspera, em outro exemplo de jornalismo de alto nível e de perspicácia interrogativa, outro repórter- jornalista "fruta da época" perguntava ao treinador do Porto que problema é que ele tinha com o MacCarthy ao que o homem, meio espantado, respondia que o problema era do jogador que não respeitava as regras em vigor no clube. Mais do que uma pergunta, o jornalista parecia levar um recado para dar.)
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