sexta-feira, setembro 16, 2005

Por fim, a Educação...

Depois de tanta emoção e antes que o pessoal da CMM caia para o lado depois de tanto esforço, vou tentar, conforme prometido, dar réplica a dois textos recentes escritos sobre o tema da Educação (se há mais avisem ou mandem-mos...).
Vou começar pelo de Nuno Cavaco, porque é mais curto e mais fácil de comentar. O de Miguel Latas é um bocado o inverso, longo e emaranhado.
Começa assim NC:

«A Câmara Municipal da Moita tem investido no futuro e da melhor forma possível, na Educação. Não quero aqui enunciar uma lista infindável de obras e acções (mas ela existe), porque estão à vista de todos. Quero apenas relembrar e sintetizar os motivos de todas estas intervenções. São de diversa natureza, mas fundamentalmente convergem para um grande objectivo, garantir melhores recursos educativos a professores e alunos.»

Caro Nuno (desculpe-me a familiaridade mas, graças à foto, é como se já o conhecesse),

Não sei se a CMM tem gente no sector da Educação que (não) queira escrever sobre o assunto.
Não tenho anda contra os seus temas preferenciais e prioridades de publicação em tempo pré-eleitoral.
No entanto, como alguém que se acha no direito/dever de opinar sobre tudo e mais alguma coisa, gostaria de lhe fazer uns reparos, antecedidos de um esclarecimento.
O esclarecimento é apenas para lhe comunicar que, por acaso, por razões profissionais da época (rapidamente ultrapassadas) assisti de perto ao processo transferência de algumas das responsabilidades educativas do Poder Central para as autarquias, no caso das relativas às escolas do 1º ciclo. Por isso, sei um pouco mais do que o habitual sobre o que agora escrevo, incluindo a legislação então aprovada e protocolos estabelecidos com a ANMP e etcs.
Por isso, acho que é legítimo afirmar que o seu texto se limita a "marcar território" e a enunciar algo que é redundante, ou seja, que a CMM cumpriu com as suas obrigações.
Não adianta dizer que outros não o fizeram.
Não adianta estar sempre a dizer que o Poder Central não transfere as verbas acordadas a tempo e horas.
A verdade é que, neste aspecto, a CMM cumpriu com as suas obrigações e ainda bem. Ponto final.
E o meu caro Nuno é o porta-voz desse lembrete.
Mas só isso não me chega.
A maior iniciativa na área educativa no concelho - a Feira dos Projectos Educativos - é algo que, mesmo se dinamizado pela CMM, se faz essencialmente com o trabalho da(s) comunidade(s) educativa(s). Caso esse trabalho não existisse, de pouco adiantava a CMM disponibilizar um espaço para a sua mostra.
Para além disso, no seu texto, fala-se muito do passado, julgo que como forma de legitimação da continuação das mesmas opções para o futuro.
Em nenhuma parte se projecta o futuro.
Por isso, acho que faltam ideias e sobram referências ao que foi feito, sendo que na generalidade "a infindável lista de obras e acções" é algo que não passa do cumprimento de obrigações legalmente instituídas.
Volto a escrever... não adianta insinuar que nem todos o fizeram.
Não nos devemos medir pelos incumpridores, nem nivelar a nossa acção por padrões mínimos.
Devemos, isso sim, perspectivar o futuro.
E isso, espero meu caro Nuno, que venha a fazer em próximo texto.

Este que s'assina,

AV1

(Nota Final: Caro NC, já respondi à sua estranha dúvida nos comentários ao post "Ar Puro". Homem, anime-se, divirta-se, sorria... é 6ª feira e você parece muito sisudo, visto daqui...)

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