O primeiro comentário é que, à aparente falta de outros articulistas de serviço, o nosso amigo NC é servido à saciedade por todas as vias disponíveis para o efeito.
É a chamada massificação da mensagem, estratégia em que o PS já se antecipou e o resto das formações partidárias ainda não investiram , por desinteresse ou incapacidade.
Agora quanto ao conteúdo, NC argumenta, no essencial, que o governo PS preparou mal o projecto de expansão do ensino do Inglês ao 1º ciclo e que é injusto esperar que sejam as autarquias a vir agora "tapar os buracos" do Poder Central nesta matéria.
«Assim, parece-me que se devem referir três pontos fundamentais:
1- O processo de candidatura só termina no final de Setembro, pelo que usar qualquer argumento sobre este programa até lá é pura demagogia;
2- A vontade de participar no programa tem de ser expressa pelas escolas em primeiro lugar, e não pelas autarquias;
3- A Associação Nacional de Municípios Portugueses considerou que o Ministério da Educação não quis diálogo (o que é comum com este governo do P.S.) inviabilizando a assinatura de um protocolo»
A este respeito eu dir-lhe-ia o seguinte:
a) O governo PS realmente preparou mal este plano, sem ter estudado talvez se a expansão dos agrupamentos de Escolas (em particular os verticais, como alguns que existem no concelho da Moita) já permitiriam uma implementação razoável da medida.
b) O Ministério da Educação fez passar bem a sua mensagem, sem que ninguém tivesse aparecido a obstar as suas mazelas e lacunas. Os seus responsáveis sabiam que vinham aí as autárquicas e que as Câmaras iriam querer ficar bem na fotografia e que não apostariam na velha estratégia do "quanto pior, melhor".
c) Apesar disso, as autarquias devem ter uma atitude pró-activa nesta área (não devem esperar que as Escolas lhes venham bater à porta...), pois o investimento necessário não é muito para "tapar" o que o Poder Central deixou destapado e não é nenhum bico de obra estabelecer protocolos com Escolas (públicas ou privadas) para colocar em prática esta medida, caso a considerem vantajosa.
d) As autarquias não podem estar constantemente a queixar-se e numa atitude defensiva, com o velho argumento de que o Poder Central não transfere as verbas necessárias para as competências que delegou nas Câmaras. Neste caso, com toda a sinceridade, até tenho pudor em comparar os custos eventualmente necessários para esta medida e os dispendidos em propaganda da obra feita.
e) É verdade que este tipo de medidas tem um impacto positivo na opinião pública e é uma forte arma de arremesso na luta política. Agora o que cada um deve saber é usá-la melhor do que o "adversário", mesmo se sente que está a merecer um tratamento discriminatório relativamente a um ou outro vizinho.
f) Já agora, no caso de decidirem agir, não devem exercer sobre as escolas as medidas discriminatórias, conforme os alinhamentos do(a) seus(uas) responsáveis, de que se queixam quanto ao Poder Central.
AV1
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