domingo, dezembro 24, 2006

Em tempo de Natal que tal abandonarem o apelo à barbárie?





Enquanto os moiteiros aficionados clamam por Espanha como exemplo por causa das touradas de morte, curiosamente em Espanha o exemplo português é apontado para justificar o fim de tal costume.
Por lá a Direita conservadora insurge-se enquanto a Esquerda aplaude.
Na Moita todos os conservadores estão unidos no apelo à sanguinolência.
Afinal a moitice sempre se definiu pelo conservadorismo acastelhanado.
Ou não se orgulhassem das suas sevilhanadas e flamencos.
A arte taurina não passa necessária ou sequer acessoriamente pela morte do animal que se(nos) enfrenta.
Já esquecendo - e dando por arrumada a questão das tradições - que toda a tourada é um exercício colectivo de cobardia cruel contra uma criatura que está em esmagadora desvantagem (em especial desde que a tourada se recolheu em recintos fechados) e sem qualquer hipótese de vencer, a sua morte final é a a humilhação completa, por muitas voltas que tentar dar à questão.

AV53

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