sexta-feira, outubro 05, 2007

Cravinhices tardias

João Cravinho, armado em espingardeiro-mor de uma inexistente luta anti-corrupção, armou há uns tempos as malas, com o rabo entre as pernas, logo que percebeu que no seu Partido estavam mais dispostos a dar-lhe uma prateleira dourada e diamantada do que aturá-lo.
E ele aceitou.
Vendeu-se ou deixou-se alugar em ALD ao sistema que tanto criticava.
Agora aparece, de Londres, a largar mais umas postas de pescada sobre o assunto em entrevista dada à Visão.
O que não adianta nada.
Porque ele se deixou calar.
Aceitou o pagamento em espécie e foi-se embora quando não devia.
O BERD não podia funcionar sem ele?
Aposto que lá ninguém sequer tinha ouvido falar em tal arauto da pureza dos costumes.
Por isso, depois de ter sido despachado em correio azul e verde para Londres, o mínimo que se pediria é que João Cravinho tivesse vergonha e se calasse, tipo Ferro Rodrigues em Paris.
Assim só parece um ressabiado, apesar de bem pago.
Tivesse ele sido abandonado nas suas pretensões pelo PS e tivesse assumido - - as consequências de tudo o que afirma e teria o meu respeito.
Assim, quero que ele vá defecar sentenças para o Hyde Park.
E se possível que depois as apanhe com um saquinho e as deite no caixote respectivo.

2 comentários:

Anónimo disse...

O cravinho é como todos os politicos, é um vendido e nada mais.

Anónimo disse...

Vejam os jornalistas descobrem ( quando procuram ):

"João Álvaro Dias, 47 anos, fundador do IPCJ e do Projuris, foi adjunto do ministro Fernando Nogueira, entre 1991 e 1995, e mandatário de Pedro Santana Lopes, nas legislativas de 2005. Professor de Direito na Universidade de Coimbra até Abril do ano passado, foi «dispensado», por «razões científicas, deontológicas e pedagógicas». Em 2007 aceitou ser director da Faculdade de Direito da Independente, na altura do «caso Sócrates». Em Julho o Tribunal de Cantanhede condenou-o a um ano de prisão por envolvimento num crime de falência fraudulenta – mas não cumprirá pena, beneficiando de uma amnistia de 1999."

Isto, a propósito duma polémica em torno dos tribunais arbitrais.

mais em :

http://clix.visao.pt/default.asp?CpContentId=334500