Isto é jornalismo de qualidade.

Alguns jornalistas e opinadores que se consideram acima da escumalha gostam de acusar os blogues de máqualidade, mau gosto e maus hábitos. Não sei bem se José António Saraiva é desses, mas sei que já nos tempos finais em que dirigiu o Expresso andava obcecado com a Maçonaria, a homossexualidade, a decadência dos costumes e provavelmente o facto de os escuteiros andarem de calções no Inverno.
Agora dei com ele numa crónica verdadeiramente épica sobre os males sociais do Viagra, no seu novo jornal o Sol, embora já no número da semana passada.

«Deve fazer-se um alerta a todas as mulheres no sentido de que:

Desconfiem do macho que conheceram na discoteca, e que se manteve firme por várias horas, proporcionando-lhes um prazer desconhecido. Não pensem que ele se comportará sempre assim. Quando as tiver presas no anzol, passará a ser igual a muitos outros homens.

E desconfiem dos velhos que mostrarem uma virilidade suspeita para a idade: revolvam-lhes os bolsos, não para lhes roubarem a carteira mas para descobrirem os comprimidos milagrosos que os desmascararão.

Com o Viagra, ninguém - ou quase nonguém - fica hoje mal visto. Mas ele veio instalar a desconfiança universal.»

Afinal, a sífilis sempre ataca o cérebro.

Ou isso, ou o homem anda com uma enorme necessidade de descarregar os fluxos seminais, a menos que ache que isso também perturba a força vital do seu intelecto murcho.