Há vozes críticas que afirmam que neste espaço se citam declarações de figuras públicas de um modo pouco sério e rigoroso.
Permito-me discordar, pois sempre citámos as coisas tal como as ouvimos ou lemos. Se as declarações são pouco rigorosas ou pouco sérias, isso já não é da nossa conta.
Vejamos a entrevista concedida por Fernanda Gaspar, Presidente da JFAV ao Jornal da Moita de hoje.
Tirando o lead da notícia existem dois destaques. No primeiro é afirmado que "recebemos de facto a mesmas verba, mas temos gastos acrescidos", enquanto no segundo que a "situação da Junta de Freguesia é estável".
Não é preciso ser um hermeneuta encartado para depreender destas duas citações as seguintes ideias:
a) A JFAV com o mesmo dinheiro vai ter de gastar mais.
b) Embora gastando mais, a situação é estável.
De onde se infere que:
a) Ou antes sobrava dinheiro, o que agora permite gastar mais recebendo o mesmo, pelo que não se percebe porque não fizeram então o que agora é preciso fazer.
b) Ou agora vai ser possível o milagre da multiplicação dos cravos, dos vidros, das lâmpadas e dos estores. Se calhar passaram a ir comprar as coisas ao Lidl em vez de irem ao Feira Nova. Só se for isso.
Mas a coisa não fica por aqui, pois na quarta coluna da entrevista lê-se, a propósito da assinatura recente de um protocolo de descentralização de competências, que:
«Se não houvesse esta descentralização certamente que nós junta de freguesia, não teríamos possibilidade de atribuir os mesmos apoios financeiros às associações e colectividades da freguesia.
Aqui limito-me a destacar a expressão "os mesmos" e sugerir aos leitores que descubram onde está então a vantagem da elogiada "descentralização".
Se afinal é para o mesmo....
AV0,001
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6 comentários:
É a perfeita entrevista de quem não tendo nada de novo para dizer, não diz nada.
Apesar da técnica de, em todas as respostas repetir as perguntas (para encher texto) não acrescenta nada de novo áquilo que já se tinha constatado. Vazio de ideias.
Em devido tempo, não se percebeu porque é que as entrevistas nos jornais, não seguiram a habitual ordem alfabética.
Percebe-se agora. Depois do descalabro que foi a Festa de Alhos Vedros.
Só agora se refizeram ,e à custa da Festa de Natal e da Comemoração do Foral a Junta apareceu nas notícias. E o resto do ano?
Vá lá, a favor, mudou a cor do cabelo e não se escudou na frase feita que "vão" fazer o Alhos Vedros Cultural. Será que essa promessa também já caíu?
http://www.janelanaweb.com/manageme/imagens/porquinho.gif
Não sei não, se calhar recorreram à Cofidis ou à Credial...
a senhora vale o que vale, não pode dar mais do que dá, não há que esperar outra coisa
Coitada. Ela quer, quer, mas não tem equipa. Executivo e Assembleia é um conjunto de nulidades.
Conheço só de vista, pouco de conversa.
Mas conheço outros e outras e, pois, realmente não dá para esticar muito a corda, se não aquilo rompe-se tudo.
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