sábado, fevereiro 16, 2008

O Arco Ribeirinho



Espero que a memória não seja curta e as gentes daqui se lembrem da conversa fiada em 2004 e 2005 do poder moiteiro acerca das «novas centralidades» e baboseiras semelhantes,a propósito do PDM e coisas afins.
A verdade, porém, é triste e bem dura.
A Moita é uma nova centralidade só na cabeça de alguns alucinados ou então de uma meia-dúzia de charlatões.
O TGV, cujo corredor estava mais do que definido há anos, vai passar em aceleração por aí.
Com jeitinho pode ser que a deslocação de ar refresque os dias mais calientes do Estio, agora que nem árvores há para fazer sombra.
Para além disso, apesar do deserto parecer vir a ficar muito concorrido nos próximos anos (foi a ponte no Montijo, é o aeroporto entre Montijo, Alcochete e Benavente, é a plataforma logística do poceirão e ao que parece a ponte para o Barreiro), a Moita fica a chuchar, com toda a justiça, no dedo.
Porque os seus políticos são uns zeros à esquerda, à direita e ao centro.
Não é nenhuma conspiração do Poder Local, porque se assim fosse os novos investimentos não iam para vários concelhos do Partido do Colectivo.
Nem é uma conspiração anti-Colectivo, pois pelo que se lê hoje no jornal SemMais, os autarcas do Barreiro, Montijo e Alcochete acertam estratégias para o futuro próximo, apesar de dois serem da CDU e uma do PS.
A verdade é que cada um deles está interessado em puxar pela sua terra, sendo isso muito claro com Carlos Humberto.
Entretanto, o shôr Presidente moiteiro continua na sua saloice e provincianismo, a promover touradas e largadas, a entrar e sair de presidências de organizações boiófilas que não interessam nem ao menino jesus da Alpendurada e a fazer visitas turísticas anuais às geminações.
Só ele e os acompanhamentes encontram utilidade nestas opções e no entretanto o concelho fica a ver passar o comboio e tudo o mais.
Vejam lá se o «trio do arco ribeirinho» se incomoda com o shôr Lobo e a Moita?
Passam por cima dele como se não existisse.
Quanto muito fazem como os outros fizeram ao Barroso, convidam-no para servir de porteiro.
Mas quem perde somos nós, porque ele já está garantido, aposentadinho e tudo e à espera que depois lhe arranjem um tachinho numa empresa qualquer amiga ou numa estrutura regional.
Vamos apostar?

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