terça-feira, maio 12, 2009

Opinião-António Chora


Gosto da maneira frontal como António Chora vê a política local e muito especialmente a desmistificação que faz do social-fascismo, disfarçado de grande frente defensora dos trabalhadores, como é o caso da CGTP e da sua ala mais ligada ao PCP.

Os interesses da maior central sindical, extravasam há muito o campo da luta pelos direitos dos trabalhadores e entram no campo da luta política contra qualquer governo que esteja no poder em Portugal, a não ser que o PCP tomasse o poder e aí a CGTP deixaria de tomar posições e pura e simplesmente tornar-se-ia um elo da corrente que formaria a muralha de aço socialista, pois é sabido que em todos os regimes leninistas do antigo bloco de leste, os sindicatos eram meros acessórios decorativos dos regimes, como acontecia também na Itália fascista, ou no Brasil do estado novo de Getúlio Vargas por exemplo.

Os Sindicatos têm de ser independentes dos partidos e não coniventes com qualquer regime político e deveriam ter como tarefa principal a defesa dos trabalhadores do sector público, mas especialmente do privado e agora ainda mais premente a defesa dos desempregados e a procura de soluções para esse problema, vendo as coisas com um sentido patriótico e não com um sentido de classe.

O Nacional-Sindicalismo de Rolão Preto apontava nessa vertente corporativista da actuação dos sindicatos, num sentido de Pátria, mas muito mais importante do que isso o Anarco-Sindicalismo, além de lutar titânicamente pela defesa dos trabalhadores, criou escolas e creches e associações culturais de cariz anarquista e socialista libertário, o que tornou a antiga, Confederação Geral do Trabalho, do princípio do século XX a maior e mais bem alicerçada União de Sindicatos, não estando ligada directamente a nenhum partido político, (apesar do PCP ter sido criado pela Komintern em 1921, como secção regional do PC da União Soviética), além de editar e publicar o jornal diário, anarco-sindicalista, "A Batalha".

(O jornal A Batalha foi fundado em 23 de Fevereiro de 1919, no mesmo ano da Confederação Geral do Trabalho (CGT) portuguesa de que seria porta-voz. Como jornal diário alcançou a terceira maior tiragem em Portugal.)

8 comentários:

Sportinguista disse...

O que é mais engraçado é que misturados nos manifestantes contra o vital moreira também se encontravam militantes do partido do chora.Mas disso nem ele nem tu falas.

AV disse...

O partido do Chora, o Bloco de Esquerda, tem pessoas de diversas tendências, algumas que sendo ex-UDPs seguiram fielmente o Stalinismo e o Maoismo, coisa que são a pior derivação do Leninismo, tem também a sua vertente Trotskista, mais tolerável.
Acho que algumas ficaram arreigadas a essas ideias extremamente perigosas e ditatoriais, outras evoluiram para outras vertentes mais democráticas, coisa que o PCP não fez até agora.
Mas nenhuma destas ideologias são do meu agrado, e o BE não é o meu partido e o post nada tem a ver com a participação ou não de elementos do BE na manifestação da CGTP, nem de elementos do PS, nem do PCP, porque existem militantes destes partidos na CGTP, o post tem a ver com o aproveitamento que um partido político faz da CGTP e esse partido é o Partido Comunista Português, que pretende tornar Leninista ortodoxa uma Central Sindical que deveria ser plural e abrangente às diversas ideologias de esquerda, desde a social-democracia ao anarquismo.

Anónimo disse...

engraçado agora o BE também tem bons e maus, democratas e stalinistas, os que evoluiram e os que não, já agora os paneleiros e os outros.
mas que merda de gajo(a) és tu que não és de esquerda nem de direita, que és contra tudo e contra todos, vês mal em tudo o que se faz e não se faz. foda-se vê lá se te defines....

AV disse...

Definitivamente não me defino.

Anónimo disse...

Pela mensagem liofilizada camuflada no discurso da treta deves estar mais para lá, antigamente, do que para cá.

Com os respeitosos cumprimentos,
O vosso melhor amigo.

M & M, o seu chocolate copo de leite disse...

andamos muito activos sem contudo coragem de criar um nick ou escrever em nome próprio

Anónimo disse...

atão, cadê o POWERCOLOR?

Anónimo disse...

Pois coiatadinho do Sr Professor que acha que os trabalhadores da função pública quando defendem os seus intersses de classe e os seus direitos são preveligiados e coorperativos. Já ele não e nada incoeeirente não senhor leia-se o que escria em livro de caráter académico em 1973 sobre serviços públicos eoutras questões semelhantes e a enorme difernça qdo que hojwe diz , será que na altura era ignorante ou será que mudou de campo para ficar agarrado a gamela do poder