Esta semana, em sessão de brainstorming com o meu colega co-editor, cheguei à conclusão que a melhor estratégia da oposição em 2009 seria não concorrer ás eleições autárquicas ou concorrer deliberadamente para perder.
Por um lado, talvez tivessem resultados não muito diferentes dos anteriores, mas por outro, e principalmente, acho que no final deste mandato o concelho vai estar de tal modo nque o melhor é deixar os pais com a criança nos braços, com a obrigação de a aturar.
De acordo com o que se vai vendo e se o PDM for implementado, se não formalmente, pelo menos na prática, aproveitando os defeitos e omissões do anterior, isto vai ser território completamente queimado e sem ponta por onde se lhe pegue.
Quem vier a seguir, se for de outra cor, vai ter mais do que o peso de uma má herança, vai ter um pesadelo do qual vai querer sair logo que se aperceba de como tudo isto está armadilhado.
Em termos financeiros é o total colapso que só não dá maior buraco porque se vão tecendo teias frágeis que permitem equilibrar a coisa sem se notar muito de fora o que se passa.
Em termos de serviços, a estrutura técnico-administrativa dos serviços estará completamente minada e infiltrada pelos que agora estão e deixarão os seus a controlar tudo. A CMM não é um órgão do poder público é uma mera agência de empregos e gestão de interesses particulares.
Muitas outras autarquias o são? Não me interessa, este blog não se chama a Brejoeja ao Poder.
Em termos políticos será a guerrilha constante, do mais baixo nível, como se vê por todos os exemplos próximos onde a luta se faz não pela defesa dos interesses de quem se diz representar mas pelo mero ganho de posições.
Com PDM ou sem PDM, com Parque Temático ou sem Parque Temático, com REN deslocalizada ou sem REN deslocalizada, acho que quem deve ficar a apanhar as canas secas deste arraial pindérico devem ser os seus promotores ou então aqueles que, por inacção, deixaram que esta malta fizesse o que anda a fazer.
Não há cá desculpas que sirvam, não me interessa se eles têm sido bons executores de uma estratégia de captação disto ou daquilo para ali ou acolá. É essencial que existam limites para a indecência política e os interesses particulares, de indivíduos ou organizações, não se devem sobrepôr ao interesse público.
E este poder moiteiro há muito que perdeu essa noção, se alguma vez a teve.
Aquilo em que se vai transformar toda a Fonte da Prata a norte da EN é um absoluto escândalo.
Em terrenos para onde nem a "velha" Fonte da Prata se estendeu nos anos 70, agora aproveita-se para mais uma urbanização à maneira, em área que deveria ser preservada e defendioda da intervenção humana.
De que interessa ter o Tejo aqui tão perto se é para desbaratar tudo com base na especulação, quando não é apenas para depósito de lixos?
Toda a frente ribeirinha da freguesia de Alhos Vedros está a ser destruída, descaracterizada, emporcalhada e retalhada, mas ninguém parece interessar-se, ver com olhos de ver, ou ter desejo de intervir e dizer que já chega.
Daqui a 3 anos vai estar tudo completamente destruído. Nada vai restar para além de um anónimo dormitório, com bois e bosta à mistura duas vezes por ano.
Por mim, podem limpar as mãos à parede, que o mais certo é não ter paci~encia para esperar para ver que tinha razão.
E se a Oposição tiver juízo e não conseguir travar isto a tempo, mais vale de uma vez por todas deixar o Frankenstein entregue ao seu criador.
Em 2009 só vão herdar dívidas, direitos adquiridos e um concelho totalmente pilhado por estes moiteiros e amoitados, mesmo que o sejam por empréstimo.
AV1
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